Em Belém, manifestantes percorreram as ruas carregando porongas, enquanto representantes indígenas se reuniam na Zona Azul da COP30 para reivindicar a demarcação de terras e a proteção da biodiversidade. Os dois movimentos paralelos aproximaram, de forma simbólica e literal, as vozes da floresta das autoridades presentes na conferência do clima.
Foto de Capa: PABLO PORCIUNCULA / AFP Imagens: AFP
Acesse o site: https://em.com.br / https://uai.com.br
SE INSCREVA EM NOSSO CANAL NO YOUTUBE: https://www.youtube.com/@PortalUai
Siga o Portal UAI nas redes sociais: Instagram - https://instagram.com/estadodeminas/ Twitter - https://twitter.com/em_com/ Facebook - https://www.facebook.com/EstadodeMinas /
00:00Uma marcha iluminou as ruas de Belém do Pará, cidade que cedia a COP30, a Conferência do Clima da ONU.
00:06Promovido pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas, o ato, batizado de Porongaço dos Povos da Floresta,
00:13reuniu principalmente seringueiros, castanheiros, ribeirinhos, pescadores artesanais, quebradeiras de coco e outros povos e comunidades tradicionais.
00:21Porongo é o termo usado para se referir às luminárias de querosene, usadas por esses trabalhadores na cabeça para iluminar o caminho nas madrugadas na Amazônia.
00:28A marcha tinha como objetivo exigir a proteção das florestas, direitos à terra e responsabilidade climática.
00:36Nós queremos um espaço de fala, um espaço de decisão para mudar a sociedade cada vez mais com justiça,
00:45uma sociedade mais justa e igualitária, onde uma sociedade que nos inclua.
00:51Ao final do ato, um documento foi entregue à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que também colocou uma poronga na cabeça.
00:57A tecnologia dos indígenas, dos seringueiros, dos ribeirinhos, dos babassueiros, dos genazeiros, das quebradeiras de coco,
01:08é o seu próprio modo de vida, que protege floresta, biodiversidade, sequestra carbono.
01:16Dentro da Zona Azul, espaço em que líderes de governos e membros da sociedade civil travam as principais discussões da COP30,
01:24representantes indígenas puderam reforçar os pedidos por demarcação de terras e proteção da biodiversidade.
01:29Quando o território indígena é demarcado, ele para de ser ameaçado.
01:33Os nossos territórios indígenas são ameaçados constantemente, através do garimpo ilegal, da rede petroleira,
01:40que tem atacado e afetado muito os nossos territórios indígenas.
01:43As populações indígenas, nós temos um grande desafio.
01:46As populações indígenas representam 5% da população mundial,
01:50e nós temos um grande dever de resguardar para o planeta 80% de toda a biodiversidade do mundo.
01:56Então, isso não é pouca coisa. Nós temos a solução de tudo isso,
02:01é garantir a vida, é garantir quem está lá dentro da floresta.
02:05Então, dentro de uma COP, precisa ocupar esses espaços,
02:11porque só a gente sabe, só a gente sabe o que passamos,
02:14só a gente sente na pele o que a gente passa,
02:16e também sabemos o caminho, temos tecnologias, temos saberes ancestrais,
02:23que até hoje possibilita os nossos biomas de pé, as nossas florestas de pé.
02:31Iniciada na segunda-feira, a COP30 vai até 21 de novembro.
Seja a primeira pessoa a comentar