- há 4 semanas
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00:00Então, Guilherme, em primeiro lugar, te agradecer pelo teu tempo, pela tua consideração aqui com a gente.
00:04Não, que isso.
00:04Poder bater um papo com um técnico tão em alta aqui no circuito mundial.
00:08Prazer pra gente, pro lance de estar aqui com você.
00:10Prazer é meu.
00:12Agradeço aí a oportunidade.
00:15Então, Guilherme, pra começar, no início de 2024, o João Fonseca era 730 do mundo.
00:21Começou a temporada nessa posição.
00:24Dessa posição pra agora, top 25, no final de 2025, passa um filme na sua cabeça.
00:29E se passa, que filme é esse?
00:31Como é que é essa trajetória nesse período que eu te citei?
00:36Quando a gente olha esses números, 700 pra 25, realmente é uma caminhada quase que assustadora.
00:47Eu confesso que a gente, no nosso time, não é uma coisa que a gente olha muito.
00:51A gente nunca foi de olhar muito o ranking.
00:54Obviamente, chega nesse ponto da carreira quase que inevitável.
00:57Você precisa de acompanhar a lista.
01:00Entra aqui, não entra.
01:00Vou pra onde?
01:01Consigo jogar, não consigo.
01:03Mas, realmente, ainda, mesmo estando 25, o que continua nos guiando é...
01:10Qual é o próximo passo?
01:11O que eu preciso fazer pra me estabelecer nesse novo ranking?
01:15Pra que eu consiga me estabelecer e pra que eu dê o novo passo.
01:22Então, obviamente, são mais de 700 posições aí que ele conseguiu subir.
01:28É muito gratificante pra toda a equipe que tá com ele.
01:32Pra ele, com certeza, pra nós, nem se fala.
01:34Mas é pensar em como nos consolidar e planejar os próximos passos.
01:40Acho que isso é...
01:41Não se apegar muito aos números pra nem acomodar, nem...
01:45Enfim, acho que esse é o...
01:47Bacana.
01:49E em dezembro do ano passado, um dia que o João ganhou o Next Day, naquela coletiva que teve online,
01:54a minha pergunta pra ele foi a sua importância na carreira dele.
01:57Ele me respondeu que eu te considero um segundo pai.
01:59Diante disso, e da sua enorme relevância na carreira dele, na vida dele,
02:04eu queria te perguntar quais os principais sentimentos que lhe vem à cabeça ao falar da sua relação com o João.
02:09A gente começou a viajar...
02:12A primeira viagem que a gente fez, eu acho que foi o momento que a gente...
02:17Que a gente entendeu que nossa relação podia ser muito douradora.
02:21Foi a Copa Guga, ele tinha 12 anos.
02:24Eu cheguei no meio do torneio, eu cheguei nas quartas de final, ele foi até a final, perdeu pro Pedrinho.
02:29Mas naquele momento, um tempo atrás eu me peguei pensando nisso,
02:34o que que fez com que ele desse essas declarações e como eu me...
02:37Do meu lado, porque eu me sinto também muito bem do lado dele como treinador, como amigo, como colega,
02:43a gente divide tanto tempo junto.
02:46Mas eu acho que desde o começo, óbvio, teve uma sinergia minha com ele muito grande,
02:50eu acho que eu consegui entender ele muito rápido, ele conseguiu me entender muito rápido,
02:55então a gente sabe mais ou menos como é que um é, como é que o outro é e o que a gente pode e o que a gente não pode.
03:01Então a gente... Primeiro a gente tem um respeito mútuo.
03:03Mas eu dou muito crédito à família, sabe?
03:05Os pais que credenciaram, me credenciaram perante o filho, sabe?
03:11O Guilherme é seu treinador, essas coisas de tendo, você conversa com ele.
03:14Nós somos pais, nós estamos aqui pra apoiar, mas é muito isso, sabe?
03:18Nunca eu senti que os pais pudessem estar contra ou desafiando, não, não, pelo contrário.
03:29Os pais aliados ao seu treinador, João, vão te ajudar, né?
03:33Aí depois a academia foi crescendo, mais treinadores foram sendo agregados,
03:36mas sempre com esse credenciamento, que pra mim é chave, porque os pais são referência número um na vida de um filho,
03:45e quando você tem o aval dos seus pais, acho que fica tudo muito mais fácil.
03:49Perfeito. E o primeiro contato, você falou da primeira viagem, o primeiro contato foi lá no country, não é isso?
03:53Isso. A gente já vinha treinando junto, mas a primeira viagem que eu acho que é o momento que você passa mais tempo ainda junto,
03:59porque até então eram treinos na parte da tarde.
04:02Então, a partir do momento que você viaja, é 24 horas junto.
04:07Lembro que nesse torneio, a mãe tava com ele e eu fui com o pai no meio do torneio.
04:14Era tanta, acho que foi tanta confiança dos pais que os pais ficaram em outro hotel dos nossos,
04:20pra justamente não interferir nessa...
04:23E talvez se eles tivessem, se o João tivesse dormindo com os pais ou coisa, que ele poderia, ele era novinho, 12 anos,
04:28não tivesse tido essa sinergia, enfim, eu acredito bastante nisso.
04:32Que bacana.
04:32E, claro, dentro de quadra a gente conhece a característica do João, e fora delas, quais as principais que você poderia...
04:39Por incrível que pareça, o João dentro de quadra a gente já conhece, com uma agressividade absurda,
04:46mas dentro da quadra ele é um cara calmo, um cara bem calmo, um cara bem tranquilo,
04:50gosta muito de ter o tempo dele pras coisas, não gosta de fazer nada com pressa,
04:54acho que é um pouco de como ele joga tênis, e é um cara que gosta de...
05:01Se fosse pra resumir, ser um cara que gosta do tempo dele, gosta das coisas bem estruturadas, um cara super organizado,
05:07um cara que gosta de saber quando começa e quando termina, eu acho que seria isso.
05:11Bacana.
05:12E, Guilherme, voltando um pouco ainda no tempo, você é de Belo Horizonte, como é que foi sua chegada aqui no Rio,
05:16quanto tempo você tá aqui no Rio, como é que foi essa...
05:18Eu tô no Rio há 10 anos, vai fazer 10 anos esse ano, eu joguei tênis juvenil em Belo Horizonte,
05:26dos meus 12 até os meus 18, chegou com 18 ali eu comecei a dar aulas, um pouco de treinamento,
05:32mas muito focado em treinamento adulto, foi o tempo que eu fui fazendo faculdade na PUC,
05:38estudo de educação física, em um dado momento eu já tinha bastante aluno em Belo Horizonte,
05:42mas eu senti que eu precisava de dar um próximo passo em relação a ir pra ver o tênis de uma forma um pouco mais profissional.
05:52O tênis em Belo Horizonte é muito bom, mas naquele momento, agora as coisas mudaram um pouco,
05:57era muito pro amador e eu queria alguma coisa um pouco mais voltada a gente,
06:02já que eu já pudesse ter um pouco de contato com o alto rendimento.
06:04Foi então que eu vim pra Tênis Rute, já estavam vários amigos meus de Belo Horizonte lá,
06:08o Alex preparador físico, que foi meu preparador físico quando eu jogava,
06:11o Arthur, que foi amigo meu, que o pai me ensinou a jogar tênis,
06:16então foi meio essa razão de eu vir parar aqui,
06:20e aí eu fiquei três anos lá e depois eu fui pro country, foi onde eu encontrei o João.
06:23E voltando um pouco ainda mais na sua vida, e por que você escolheu o tênis lá atrás?
06:29Eu comecei a jogar tênis...
06:31Quem te inspirou, na verdade, desculpa.
06:33Quem me inspirou a jogar tênis, na verdade, foi a simples coincidência
06:37de um dos meus melhores amigos ter duas raquetes em casa,
06:40a gente tem uma quadra num condomínio que a gente morava,
06:43a gente falou, cara, vamos testar isso aqui.
06:46Aí foi, desde aquele dia até hoje, eu nunca mais parei.
06:50Foi uma coisa que eu me apaixonei muito rápido,
06:54teve um episódio na minha vida que foi quando meu pai percebeu que
06:58eu tava muito envolvido naquilo, ele me perguntou,
07:01Guilherme, você quer isso pra sua vida?
07:02Eu lembro exatamente onde eu tava, na mesa que eu tava,
07:04no clube do condomínio que eu morava.
07:06Foi, pai, eu quero isso.
07:08Ali foi uma mudança grande na minha vida, sabe?
07:13Eu passo a encarar, de fato, o tênis como uma profissão,
07:18desde muito cedo.
07:18Eu devia ter 13 anos, mais ou menos.
07:20E qual o nome desse seu amigo?
07:22Chama Fred.
07:23E você tinha 13 anos na época?
07:26Um pouquinho antes, 12 ali, quase 13.
07:29Muito legal.
07:30Bacana.
07:31E quando e como começou o seu trabalho aqui na IES, Guilherme?
07:36Então, a partir do momento que a gente foi pro country,
07:38eu conheci o Bruno, o Bruno era diretor de tênis,
07:41Bruno Bonjano, diretor de tênis no country.
07:43Sim.
07:44E ele entrou de diretor com a proposta de reformular o tênis do clube,
07:48que é um clube extremamente tradicional no tênis.
07:52Jogador de semifinal de US Open,
07:55jogador de Copa Davis, que são sócios de lá.
07:57E a gente entrou com essa proposta de reviver o tênis do clube,
08:02em todos os aspectos.
08:03Então, a gente começou atacando o tênis amador,
08:06a gente reformulou as aulas, organizou os horários,
08:09criou turmas de tênis feminino,
08:13entrou em torneios, torneios amadores,
08:15torneios, a gente reorganizou challenge,
08:17a gente reorganizou future lá dentro.
08:18Foi, vamos dizer assim,
08:21semeando de novo essa cultura de tênis lá dentro do clube,
08:25até que chegou o momento que surgiu a equipe de competição.
08:29Então, eu lembro que a gente começou com os menininhos que estavam ali.
08:32Um dado momento começou a acontecer,
08:34porque tinha o João, tinha a Clara e o Bernardo,
08:37três jogadores que vieram dessa primeira,
08:40desse primeiro, como é que eu posso dizer?
08:43Dessa primeira iniciativa, já jogando muito bem.
08:45E virou um movimento grande no clube.
08:49A partir do momento que chegou, a gente tinha,
08:51a gente precisava de mais quadra,
08:53e a gente precisava da liberdade de também receber atletas de fora.
08:56Foi aí que surgiu a IES do Itaingar.
08:58E como a gente começou a gerir nos dois clubes,
09:00a gente criou a IES.
09:02Nesse meio do caminho,
09:04o Vitor Sakamoto, que é meu sócio,
09:07foi o cara que acreditou nesse projeto desde muito cedo.
09:12Foi um cara que viajou muito com o João no começo também,
09:15porque eu ainda tinha muitas tarefas dentro do country,
09:18de estruturar torneio, organizar as aulas,
09:21estabelecer uma metodologia.
09:22Então, ele fazia muitas das viagens com o João até 14, 15 anos.
09:26Então, a partir do momento que a gente percebeu essa hora de crescer,
09:31e infelizmente no country não era possível,
09:34por restrição de quadra, de horário e tudo,
09:35a gente abriu uma frente aqui.
09:37E aí a gente deu o nome de IES,
09:38e a gente está aqui há três anos no Itaingar.
09:39E o nome IES tem, assim, um porquê exatamente?
09:43Ou como é que foi essa...
09:44A gente não queria dar um nome que fosse Guilherme, Sakamoto,
09:48que a gente queria que a identidade da academia
09:53não fosse baseada em uma pessoa,
09:54mas em si, numa filosofia.
09:56E a gente pensou num nome simples.
09:58Nossa, vou te falar que foi difícil.
10:00A gente tinha um bando de nome ali na lista,
10:04a gente falou, cara, IES, todo mundo sabe falar,
10:06todo mundo no mundo vai pronunciar isso fácil.
10:08E fica essa ambiguidade, né?
10:10O que é IES Tênis?
10:11É um incentivo, é uma academia?
10:12E acabou que a gente criou uma logo legal,
10:14que simula uma quadrinha de tênis,
10:16e a gente falou, cara, IES mesmo, vamos embora.
10:18Bacana.
10:19E como é hoje a estrutura aqui da IES?
10:21Hoje a gente tem 40 atletas, né?
10:24A gente começou aqui, tinha três quadras,
10:26a gente construiu mais uma,
10:27tudo em parceria com o Itaingar.
10:29Hoje a gente conseguiu fazer mais duas,
10:31então a gente atende hoje 40 atletas,
10:32todos de alto rendimento.
10:33Quase metade deles em turno integral e já competindo.
10:39Então acho que a gente está num caminho legal,
10:43a gente tem, de novo,
10:44cada atleta está no seu momento, né?
10:47E a gente tenta entender isso como academia
10:49e tentar dar o guiar da melhor forma possível.
10:52E como é para você, ao mesmo tempo que você está sempre com o João
10:56nos torneios e acompanhar um dia a dia aqui da IES?
11:00Como é que...
11:01Ter uma academia de tênis sempre foi meu sonho, né?
11:03Então ter uma academia de tênis e ainda poder
11:06ser o treinador principal de um atleta de tanto destaque
11:09é sensacional, é melhor que um sonho.
11:13Mas eu tenho muitas motivações aqui dentro, sabe?
11:16Eu acho que o bom ambiente que está se criando
11:19também é um dos fatores que ajudam o João,
11:22que ajuda os outros meninos que estão vindo,
11:23que ajuda, né?
11:25Porque você tem que...
11:27Já é tudo tão difícil, já é tão sacrificante,
11:29já é tão intenso, você tem que botar muita energia
11:32que eu acho que um bom ambiente é fundamental
11:35para a motivação de todo mundo, do atleta,
11:37do treinador, do patrocinador, do clube, né?
11:40Que esteja isso vivo para que seja um ambiente agradável
11:42para você performar e se esforçar, se dedicar.
11:46Bacana.
11:47Guilherme, e ao longo desses últimos meses,
11:50entre outras pessoas que eu conversei,
11:51personalidade do tênis,
11:52nomes como Thomas Kock e Thomas Bellucci
11:54destacaram em conversas, em entrevistas com a gente,
11:57destacaram, entre outras virtudes,
11:59a maturidade do João em quadra.
12:02Como é que você vê a importância dessa questão
12:04na vida dele, apesar de tão novo?
12:06Como é que você vê essa...
12:07E como é que vocês trabalham essa...
12:10É...
12:11Eu acho que o João tem, sim,
12:12uma capacidade competitiva muito alta,
12:15e eu acho que...
12:16A pessoa que tem essa capacidade competitiva,
12:19ela automaticamente desenvolve uma solução de problema mais...
12:23Vamos dizer, mais aguçada do que os outros.
12:26Então, o João, para mim, tem essa capacidade de...
12:29Primeiro, de se sentir pertencente dos ambientes que ele frequenta,
12:33ele vai trocando de ambiente muito rápido,
12:36mas ele ainda assim consegue...
12:37Não, eu faço parte disso aqui,
12:39eu sou capaz de estar aqui,
12:41eu mereço estar aqui,
12:42e junto a isso ele consegue,
12:44com uma lucidez, às vezes,
12:46muito impressionante para a idade,
12:48encarar esses momentos e performar.
12:50Então, acho que essa é uma das...
12:51É uma das grandes virtudes.
12:53De novo, não é difícil de se ver,
12:55mas é um cara muito seguro de si, né?
12:57Então, é um cara que...
12:57É um cara que é muito bem resolvido com ele mesmo,
13:00e eu acho que isso é o fator principal dele conseguir,
13:02junto com esse senso de pertencimento,
13:03conseguir performar nos ambientes que ele é jogado,
13:07vamos dizer assim.
13:08Bacana.
13:09E voltando um pouco também lá naquela coletiva
13:11que ele concedeu a gente após a final do Next Gen,
13:14ele tinha dito naquela época que ele era 145 do mundo,
13:17falou que uma das metas para esse ano agora
13:19seria jogar os principais torneios,
13:21como aconteceu, com tanto brilhantismo.
13:24E em 2025 foram as quatro estrelas de grande lã,
13:28duas finais de ATP, sem perder sete.
13:29Para você, quais desses feitos?
13:33Quatro estrelas de grande lã, sem perder sete,
13:36duas finais de ATP com 18 e 19 anos, sem perder sete.
13:39Para você, qual dessas duas mais te orgulha
13:42entre tantos outros feitos dele?
13:46Eu acho que...
13:46É difícil de elencar uma, assim, porque foi tudo muito intenso,
13:55mas tudo tão rápido e eu acho que momentos diferentes, né?
13:59Sim.
14:00Eu acho que o Next Gen,
14:02conseguir colocar ele num estado de competir como ele competiu
14:07no Challenge de Canberra, logo após um título tão importante,
14:11foi um feito muito grande, conseguir manter aquela chama acesa
14:15com aquela pressão altíssima, né?
14:17Imagina, a gente está acostumado, pelo menos era o que a gente via na televisão,
14:22Alcaraz ganhando, Cine ganhando, a gente vai lá, consegue ganhar aquilo.
14:26Na semana seguinte, horas depois, a gente está dentro de um voo
14:28viajando para a Austrália para jogar um Challenge,
14:30uma pressão absurda.
14:31E acho que esse foi um que emendou junto com a primeira chave principal
14:39de grandes lãs, furando o qualio da Austrália.
14:41Para mim, essa teve um valor, assim, mais do que as outras,
14:44se eu posso dizer assim.
14:46Eu falei com ele que eu tenho um carinho enorme por Roland Garros,
14:48porque a paixão minha veio do Guga Roland Garros,
14:51então ali para mim foi muito especial.
14:53Então, eu colocaria como esses dois momentos,
14:55não tem como não dizer dos ATPs,
14:57foram...
15:00O Buenos Aires é aquela coisa, sabe?
15:03De um primeiro feito tão difícil,
15:05você vê tantos bons jogadores que não têm título de ATP,
15:08a gente consegue ganhar muito cedo.
15:12A confirmação disso acontece agora na Basileia,
15:15a Basileia ainda tem um peso maior,
15:17não por ser 500, mas sim por ser uma superfície
15:19que não é a que a gente está tão acostumado,
15:22e nos dá uma tranquilidade de saber que o João está sendo bem preparado
15:25para os pisos, né?
15:27Passar em rodadas em todos os grandes lances também confirma isso,
15:29passa na grama, passa no Cyborg, passa em uma quadra mais rápida,
15:32passa na Austrália,
15:33e consegue ganhar um torneio indoor.
15:35Então, ou seja, acho que...
15:36Eu diria que é uma somatória, sabe?
15:39De tranquilidade, de saber que o esforço está sendo também valorizado,
15:43acho que para todo mundo,
15:45para ele como atleta,
15:46para os pais,
15:48para a equipe toda, né?
15:49Eu fico muito na linha de frente,
15:51mas tem um time gigantesco
15:52por trás nos ajudando, né?
15:56Bacana.
15:57E falando, voltando, você citou ali a Austrália,
15:59aquela vitória,
16:00como é que foi o seu sentimento naquela vitória sobre o Rublev,
16:02com 18 anos,
16:03ganhado de um top 10,
16:05numa estreia de Grandslam,
16:06primeira da carreira dele como profissional,
16:09aquela emoção ali, dá para...
16:11Aquele jogo foi...
16:13Aquele jogo foi impressionante, né?
16:14A gente já tinha treinado algumas vezes com o Rublev,
16:17Eu não posso dizer que foi uma sorte,
16:20mas é um jogo que combina
16:21num momento que ele estava ultra confiante,
16:25mas aí, de novo,
16:26entra a capacidade que ele tem
16:28de entrar numa quadra daquele tamanho,
16:29com o público lotado,
16:30diante de um cara daquele...
16:31daquele...
16:33daquele nível e...
16:35e jogar daquela forma, né?
16:40Mas...
16:40como...
16:42óbvio que surpreende,
16:45mas...
16:46vamos dizer que a gente estava...
16:48a gente estava atrás desse momento,
16:49já tinha um...
16:50um tempo, né?
16:51A gente não esperava que fosse acontecer
16:52tão rápido,
16:53mas...
16:54óbvio que é...
16:55uma felicidade absurda,
16:57mas não foi uma...
16:58uma surpresa incrível.
16:59A maneira como ele jogou, sim.
17:01A vitória,
17:02acho que foi uma consequência de tudo
17:03que vinha acontecendo
17:04depois de um tempo.
17:05Bacana, inclusive,
17:06se não me engano,
17:06foram dois tie-breaks ali
17:07contra o Rublev,
17:08na estreia de Grandslam,
17:09contra 18 anos,
17:10contra o...
17:11e se não me engano,
17:12um dado recente que eu vi,
17:14foi o mais jovem,
17:15acho que na história
17:16do Alberto D'Australia
17:17ganha de um top 10
17:18numa estreia.
17:20Parece fácil, né?
17:21É, e você pensar
17:22que também naquele momento
17:24ele tinha muitas dúvidas
17:25de vou conseguir jogar
17:27cinco sets,
17:27não vou.
17:28Então, pô,
17:29você joga um primeiro set
17:30no tie-break,
17:31na sua primeira melhor de cinco,
17:33você fala,
17:34caramba,
17:34se eu perco,
17:34ainda tem mais três sets
17:35pela frente,
17:36essa primeira hora que eu joguei
17:37não valeu nada.
17:37Então, enfim,
17:39teve várias consolidações ali
17:40que foram importantes
17:42para ele ao longo desse ano,
17:42com certeza.
17:44Bacana.
17:44E voltando um pouco,
17:46Guilherme,
17:46novamente,
17:47quando vocês ganharam
17:49o Next Gen em dezembro,
17:50você imaginava que praticamente,
17:52menos de um ano depois,
17:52vocês estariam com dois
17:53ATPs no currículo,
17:55um no cyber,
17:56o outro no...
17:57o outro 500 na rápida,
17:58indoor,
17:59como é que é isso para você?
18:00Se ele já falou um pouco disso,
18:01mas...
18:01de novo,
18:04eu acho que a gente nunca pensou muito
18:07nesses números,
18:10é uma coisa que acaba acontecendo
18:11se a gente conseguisse cumprir
18:13o que a gente estava pretendendo
18:14em termos de processo.
18:15Uma consequência, né?
18:16É uma consequência,
18:17exatamente.
18:18A gente sempre teve muito claro,
18:23junto com o time,
18:23de conversar qual é o próximo passo.
18:25e nunca botar a régua muito em cima,
18:28nem muito embaixo,
18:29mas que ela fosse possível.
18:31Então, eu acho que,
18:33óbvio,
18:33não tem como dizer
18:34que não foi uma surpresa muito grande
18:36fechar esse ano
18:36com dois ATPs, tá?
18:38Mas,
18:39é...
18:40a gente também estava
18:41se preparando para isso,
18:42mas sem botar isso
18:43como uma...
18:44como um marcador.
18:46Sim, entendi.
18:47E, Gui,
18:47qual a importância da chegada
18:49do Franco Davin
18:49na sua equipe?
18:51A chegada do Franco,
18:52ela foi oficializada esse ano,
18:54mas a gente já tinha contato
18:56já tinha um tempo, né?
18:59Desde...
18:59o Franco tem uma plataforma
19:00de estatística
19:01que,
19:02junto com um outro argentino
19:04que nos acompanhou
19:05na época do COSAT,
19:06então eu tinha muito contato
19:07com ele.
19:08Tive a sorte de uma coincidência
19:09ali na fila do credenciamento
19:11da UESOP
19:11encontrar com o Franco,
19:13foi onde a gente começou
19:13a falar bastante.
19:16E aí,
19:16a gente...
19:16como a gente usava também
19:17a plataforma dele,
19:18a gente meio que começou
19:19a falar
19:20quase constantemente,
19:22principalmente durante os torneios,
19:23sobre os jogos,
19:24porque ele analisava,
19:25me passava algumas coisas,
19:26até que esse ano
19:27a gente oficializou a parceria,
19:29né?
19:29E eu acho que a vinda do Franco
19:31é...
19:33é mais um...
19:35um...
19:36um sinal de que
19:37nosso time
19:38está tentando sempre
19:40entender o que tem de melhor
19:42e não achar
19:43que a gente é
19:44suficientemente bom,
19:46mas buscar ajuda, né?
19:47Então o Franco ajuda muito
19:48no sentido de
19:50compartilhar a experiência,
19:51de dar instruções,
19:52de tudo,
19:52mas também de
19:53confirmar as coisas
19:55que a gente está fazendo.
19:56Cara, é isso,
19:56vai por esse caminho.
19:57Então isso é um fator
19:58tranquilizador, né?
19:59Foi a mesma coisa
20:00que a gente fez um tempo
20:01com o André aqui.
20:02Então essa turma
20:03ajuda o time inteiro
20:05a orientar,
20:07a guiar os processos, né?
20:09Bacana.
20:10O André,
20:10que você diz,
20:11André Sá?
20:11Ele trabalhou junto
20:14com a gente
20:15nesse modelo
20:16que o Franco faz,
20:17de consultoria
20:17para os treinadores
20:18e tudo.
20:19Bacana,
20:20legal.
20:21E recentemente
20:24eu soube,
20:24através da mensagem contigo,
20:26que você tem
20:26a superstição
20:27durante o torneio,
20:28que é no caso,
20:30não sei,
20:30marcar a entrevista,
20:31enfim,
20:31mas quais são
20:32as outras superstições
20:33antes e durante os jogos?
20:35Quais são elas?
20:36Vou ter que falar
20:36a verdade agora,
20:37a superstição era
20:38para não ter que
20:38responder as perguntas,
20:39mas tem algumas superstições,
20:41elas vão variando
20:42em relação ao torneio.
20:48Eu gosto muito
20:48de criar um cenário
20:51que a gente,
20:53como time,
20:53mostre que a gente
20:54está junto com o João,
20:56sofrendo junto,
20:57ganhando junto.
20:57Então normalmente
20:58a gente faz
20:59algumas metas físicas
21:02que variam de acordo
21:03com o torneio.
21:04Eu vou fazer isso,
21:05o preparador físico
21:06vai fazer aquilo,
21:07o Manolo vai fazer isso,
21:08o Didi vai fazer aquilo.
21:09e a gente vai
21:09nessa toada,
21:11meio que uma forma
21:11de também
21:12de nos distrair,
21:13mas a superstição
21:14é tentar diminuir
21:16na verdade
21:16o máximo
21:18de distração
21:19possível.
21:21Porque
21:22é a coisa
21:23que eu peço
21:23para ele,
21:24é a coisa
21:25que eu como treinador,
21:26nós como
21:27T-Staff
21:27também tentamos
21:28não aumentar demais
21:30os fatores externos.
21:32Claro, claro.
21:33E a propósito,
21:34a promessa
21:35de cortar o cabelo,
21:35como é que ficou
21:36essa?
21:37A dele?
21:38A minha está pronta,
21:39né?
21:39Então,
21:40a dele está por vir,
21:42mas já está marcado.
21:45Legal,
21:45legal.
21:46Aproveitando os últimos
21:47dias do cabelinho,
21:48mas vai cumprir.
21:50E você vai raspar também?
21:51Não,
21:51ele tem que ir.
21:52Eu já estou raspado.
21:54Boa.
21:55E que nota
21:56se daria
21:56para essa temporada,
21:57esse 2025,
21:58do João
21:59e da sua equipe?
22:00Pergunta difícil,
22:03né?
22:04Dar 10 é difícil,
22:05acho que eu não dou 10
22:06para nada,
22:07mas 9,
22:089,5,
22:089,9.
22:10Acho que o time
22:11está conseguindo
22:14em um ano
22:15de muitos desafios,
22:17se manter muito unido,
22:19tomar decisões
22:19em conjunto
22:20e acho que
22:20isso ajudou demais
22:22a nos trazer
22:23tranquilidade, sabe?
22:24bacana.
22:26E você acredita
22:27que em 2026
22:28vai ser uma temporada
22:29ainda mais desafiadora
22:31pelos pontos,
22:32pelo nome
22:33que o João,
22:34que a sua equipe
22:35já tem no circuito?
22:36Como é que você já
22:37ganha isso?
22:38É, eu acho que
22:38a cada ano
22:40que vai passando
22:41a gente vai tendo
22:41novos desafios,
22:43né?
22:44Vai entrar um ano
22:45quando a gente
22:46quando a gente jogou
22:48o último ano de júnior,
22:49era júnior mesclado
22:50com o profissional,
22:51vamos passar rápido,
22:52tentar passar rápido
22:53pelos filters,
22:55passamos,
22:56nos consolidar
22:56no nível challenge
22:57e aí o próximo passo
22:59é nos consolidar
22:59nos ATPs.
23:00Agora vem um ano
23:01aí de, né,
23:03que pela faixa de ranking
23:05vai jogar só torneio
23:06de primeira linha,
23:07começa a defesa
23:07de pontos.
23:09De novo,
23:10a gente não é
23:11uma equipe,
23:11um time que pensa
23:12gigantescamente
23:15lá na frente,
23:16é o que a gente
23:17vai fazer amanhã,
23:18o próximo passo,
23:19o que a gente
23:19precisa de melhorar,
23:20quais são os objetivos,
23:21a gente está no caminho
23:22e a gente vai tentar
23:24nos adaptar de acordo
23:25com o que vai acontecendo.
23:27Gui,
23:27voltar daqui a pouco
23:28ao Alberto da Austrália
23:29como cabeça de chave
23:30era uma das metas
23:31para esse próximo ano
23:32e qual a importância
23:33de mais esse feito
23:34para a sua equipe?
23:36Eu acho que o...
23:38se pensar em,
23:40claro,
23:40ser cabeça de chave
23:41te libera
23:42de encontrar
23:43uma cabeça de chave
23:44precocemente,
23:46isso é uma vantagem.
23:47hoje nos Masters 1000
23:49você tem uma vantagem
23:50muito grande
23:50de ser cabeça de chave
23:52porque você faz
23:52um jogo a menos,
23:53então você tem
23:53um pouco mais de tempo
23:54de descanso e preparação
23:55num calendário
23:56que está muito apertado,
23:58mas se disser que
24:00vai facilitar alguma coisa,
24:02nesse aspecto sim,
24:02mas em termos de jogo,
24:03ganhar do 33
24:04ou ganhar do 50
24:06ou ganhar do 15,
24:08acho que a dificuldade
24:09é a mesma,
24:10mas tem esse facilitador sim,
24:13pensando justamente
24:15no calendário,
24:16tanto desses torneios
24:18obrigatórios
24:19e pensar em defesa
24:22de pontos,
24:22sim,
24:23ser cabeça de chave
24:24principalmente nesses torneios
24:25vai fazer uma diferença
24:27para a logística,
24:28sabe?
24:29Descanso,
24:30recuperação,
24:30adaptação.
24:31Certo,
24:32e agora nesse ano,
24:33se eu não me engano,
24:34os dois únicos
24:35Master 1000
24:35que o João nos jogou
24:36foi Monte Carlo,
24:37não é isso?
24:38E agora Xangá recentemente
24:39por causa da virose,
24:40enfim,
24:40mas sobre o Monte Carlo,
24:41alguma chance dele?
24:42Já podemos antecipar alguma?
24:44É difícil,
24:45difícil saber
24:46porque,
24:47de novo,
24:47a gente sempre preservou
24:48o bem-estar físico
24:50e mental dele,
24:52sabe?
24:52É uma pena
24:53para nós,
24:55não é fácil chegar
24:55e falar
24:56não vamos jogar Monte Carlo,
24:58é um torneio
24:58que é super bonito,
25:00num lugar super legal,
25:02que a gente viu o Guga
25:03jogar tantas vezes
25:04que tem um valor sentimental
25:05grande,
25:07mas
25:08a prioridade sempre é,
25:11sempre é o bem-estar físico
25:12e mental dele,
25:13sempre,
25:13sempre,
25:13sempre,
25:13sempre.
25:14mais do que qualquer ponto aqui,
25:19título,
25:19mas ele está no bem,
25:21a gente sabe que a gente
25:23consegue dar a carga correta
25:24e ele consegue performar
25:26de forma que a gente já conhece.
25:29Muito bom.
25:29E agora,
25:30mês que vem,
25:31o jogo exibição,
25:32como é que está
25:32essa expectativa
25:34para esse acontecimento?
25:36Primeiro jogo,
25:37ainda que não oficial,
25:39vale ponto,
25:39mas,
25:40enfim,
25:41esse desafio contra o Caraccio.
25:43sendo muito sincero,
25:44Gustavo,
25:45acho que
25:45eu ainda não parei
25:48para pensar nisso,
25:48a gente ainda,
25:49vamos dizer assim,
25:49que eu ainda estou
25:50em uma fase de fechamento
25:51do ano
25:51para pensar no que fazer,
25:54mas eu acho que
25:55o nível deles é absurdo,
25:57jogar com o Caraccio,
25:58uma sensação
25:59incrível,
26:01a gente já teve a oportunidade
26:02de treinar algumas vezes juntos,
26:03o cara super legal
26:04e hoje eu acho
26:07que as exibições
26:08têm um fator competitivo legal
26:11e tem também o fato
26:12de ser um pouco mais solto,
26:13então acho que vai ser
26:14bem divertido
26:16e competitivo também.
26:18Mas confesso
26:18que não é uma coisa
26:19que eu ainda...
26:20que a gente ainda
26:22está pensando muito,
26:22até porque vai entrar
26:23na terceira semana
26:24de pré-temporada,
26:25então a gente vai ter
26:26um tempo ainda
26:26para estruturar.
26:28Então o João já começa
26:29a pré-temporada
26:30a partir de...
26:31a gente ainda está definindo,
26:32ele acabou antecipando
26:33um pouquinho
26:33as férias dele,
26:35então a gente vai adaptar,
26:37ele está de férias
26:37nesse momento,
26:38descansando um pouco.
26:40Bacana.
26:41Só a minha penúltima pergunta
26:42sobre...
26:43Falou da vitória
26:44sobre o Rublev,
26:45para mim como espectador,
26:46como jornalista,
26:47na minha opinião,
26:48a vitória mais dramática
26:49do João
26:50foi contra o Navoni
26:52na Argentina,
26:53não é isso?
26:54Para você,
26:55o que você te recorda
26:56daquela vitória,
26:57ele cair no chão
26:58depois do jogo,
26:59enfim,
26:59comemorar daquela maneira
27:00aquele torneio,
27:02ele teve um valor,
27:05a gente conseguiu consolidar
27:06uma das coisas
27:08que a gente vinha trabalhando
27:09há dois, três anos,
27:11que era a questão
27:12de resistência,
27:13poder de luta,
27:14ele jogou
27:15em uma condição
27:16muito difícil,
27:17esse jogo com o Navoni
27:18estava chovendo,
27:20o jogo contra o Etcheverio
27:21também veio
27:21de um dia de muita chuva,
27:23a condição muito lenta,
27:25ele veio de uma semana
27:26completamente doente,
27:29aí você vê
27:29como é que essas coisas,
27:30às vezes o destino,
27:32ele praticamente
27:34não treinou
27:34na semana anterior,
27:35a gente viajou
27:36para lá
27:36sem saber
27:37se ele ia conseguir jogar,
27:38ele foi treinando
27:38meia horinha,
27:39meia horinha,
27:40no último dia
27:42antes do jogo,
27:43ele ia jogar
27:43na terça-feira,
27:44se não me engano,
27:45foi isso,
27:46ele ia jogar
27:46na terça-feira,
27:46a gente marcou
27:47um treino com o Lune
27:48na segunda,
27:49que a gente
27:50meio que parou no meio
27:51porque ele estava
27:51extremamente cansado,
27:53no dia seguinte
27:53ele ia jogar,
27:54a gente foi aquecer,
27:55cinco minutos,
27:55chuva,
27:56cancelou a rodada,
27:57ele não jogou,
27:58parece que aquele dia off
27:59ele recuperou
28:00e aí ele entrou
28:01no embalo
28:02e eu lembro
28:02que eu fazia
28:03um sinal para ele
28:05que justamente
28:06remetia a essa questão
28:09dessa coisa
28:13que a gente
28:13vinha buscando
28:13há muito tempo
28:14e foi muito legal
28:15porque aquilo ali
28:16foi uma,
28:17foi dizer,
28:17você sabe,
28:18um double check
28:19naquele ponto
28:19e agora isso aqui
28:21a gente já entendeu
28:22como é que é,
28:23não quer dizer
28:23que vai estar sempre ali,
28:24mas é uma coisa
28:24que a gente pode
28:25sempre buscar,
28:25mas para dar o próximo passo.
28:28Bacana.
28:28E recentemente agora,
28:29tem duas semanas lá no Saúlip,
28:30no Challenge,
28:31eu estive lá,
28:32fiz uma exclusiva
28:33com o Navoni,
28:33perguntei como é
28:34a sua relação
28:35com o Fonseca,
28:36ele falou que é muito boa,
28:38desde São Leopoldo
28:39que jogaram o Challenge lá,
28:40tem uma relação muito boa,
28:41ele ganhou do Fonseca
28:43aqui no Rio Open
28:43ano passado
28:44e agora veio o troco,
28:45ele falou que foi um clima
28:46muito legal na quadra
28:47tanto em Buenos Aires
28:48quanto lá no,
28:49né,
28:49e de uma maneira já,
28:50como é a relação dele
28:51com os argentinos,
28:52como se bem,
28:52não foram tantos argentinos
28:54que ele jogou
28:55ao longo do ano,
28:56gastou quase tudo
28:56ali no Buenos Aires,
28:58né,
28:58mas...
28:58O Navoni é um cara
29:00super, super leve,
29:01super agradável,
29:02né,
29:02acho que o João tem relação,
29:03na verdade,
29:03muito boa com todo mundo,
29:05o João é um cara,
29:05de novo,
29:06muito tranquilo,
29:07é,
29:08bem low profile mesmo,
29:10então é um cara que,
29:11que facilita muito
29:12a aproximação dos outros,
29:13todo mundo gosta
29:14de estar perto,
29:14é,
29:14e é um cara que,
29:16apesar do nível que tem,
29:18zero,
29:19zero arrogância,
29:20então acho que isso aí
29:21facilita demais,
29:22o convívio dentro do circuito
29:23também ajuda demais
29:24para a marcação de treino,
29:25acho que super tranquilo,
29:26ele se dá bem com a maioria.
29:28E essa simplicidade aí
29:29tem muito também
29:30do técnico,
29:30né,
29:30é isso?
29:31É,
29:31uma coisa que a gente
29:33tenta,
29:34que a gente tenta preservar,
29:35eu acho que o ser humano
29:37tem que vir sempre
29:38antes do tenista,
29:39e os valores,
29:40essas coisas,
29:40não depende do jogo
29:42que você faz,
29:42de como você joga,
29:43mas sim da,
29:45eu sempre falo muito
29:46com ele,
29:46né,
29:47a gente,
29:47a gente está nos preparando
29:49para estar aqui
29:50pelos próximos 15 anos,
29:51então é melhor
29:51que a gente cultive
29:52bons ambientes,
29:53boas amizades,
29:54né,
29:54que a gente,
29:55que a gente trate as pessoas
29:56como a gente
29:56gostaria de ser tratado,
29:58né,
29:58então acho que isso aí
29:59é muito bacana aqui,
30:01só para terminar,
30:02o que a torcida
30:03pode esperar
30:04do seu trabalho,
30:06do trabalho com o João
30:07nesse próximo ano?
30:10É o que a gente
30:10sempre fala com
30:11com os nossos atletas
30:14aqui,
30:15que a nossa entrega
30:15vai estar ainda maior,
30:17os resultados,
30:17a gente vão ser
30:18consequência disso,
30:19né,
30:20que a gente vai
30:20estar ainda mais dedicado,
30:22mais,
30:23né,
30:24mais compenetrado
30:25nos nossos objetivos,
30:27e pensando
30:29em consolidação
30:31e evolução,
30:31consolidação e evolução
30:32sem tentar
30:34dar um passo
30:34maior que a perna,
30:36apesar de que ele
30:36já faz isso,
30:37então a gente tem
30:38que ter mais cuidado
30:38ainda,
30:39né,
30:40mas,
30:41mas sempre pensando
30:42em garantir
30:44os processos
30:45que a gente,
30:46as coisas que a gente
30:47pode controlar,
30:47as coisas que a gente
30:48pode controlar,
30:48eu costumo dizer
30:49que a gente tem
30:49que ser perfeito,
30:50né,
30:51na nossa dedicação,
30:52no nosso comprometimento,
30:54bacana,
30:55eu como amante do tênis
30:56há mais de 30 anos,
30:57eu posso te agradecer
30:57e parabenizar pelo
30:58trabalho incrível
30:59que vocês estão fazendo.
31:00Espero que eu tenha
31:00correspondido aí.
31:01Pô,
31:02sensacional.
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