O podcast Direito Simples Assim recebeu o especialista em comunicação e oratória Alexandro Rocha para discutir como a forma de se comunicar pode transformar carreiras dentro e fora do Direito.
O episódio destaca que a boa oratória vai além da fala bonita: é sobre intenção, conexão e empatia.
Acesse o site:
uai.com.br
em.com.br
SE INSCREVA EM NOSSO CANAL NO YOUTUBE!
Siga o Portal UAI nas redes sociais:
instagram.com/estadodeminas
twitter.com/portalUai
twitter.com/em_com
#DireitoSimplesAssim #ComunicaçãoNoDireito #AlexandroRocha #Oratória
O episódio destaca que a boa oratória vai além da fala bonita: é sobre intenção, conexão e empatia.
Acesse o site:
uai.com.br
em.com.br
SE INSCREVA EM NOSSO CANAL NO YOUTUBE!
Siga o Portal UAI nas redes sociais:
instagram.com/estadodeminas
twitter.com/portalUai
twitter.com/em_com
#DireitoSimplesAssim #ComunicaçãoNoDireito #AlexandroRocha #Oratória
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00Olá pessoal, aqui estamos hoje com uma pequena diferença, tivemos um motim a bordo e trocamos nossa hostess, que é chique falar assim, hostess, que é a nossa querida Rosana e agora estamos trocando, mas ela está na mesa com a gente aqui.
00:14E como sempre, vamos trazer aqui no Direito Simples Assim, mais um tema muito, muito interessante, que é um tema que hoje eu acho que faz sentido para todas as profissões, que seria a questão da comunicação.
00:28Claro que a gente vai falar um pouco do Direito, mas vamos falar de mais coisas aí.
00:36E o seguinte, o tema de hoje, então, no nosso podcast aqui, é o poder da comunicação no Direito.
00:44E para isso a gente trouxe, antes de até apresentar todo mundo, lembrando que estou aqui ladeado, como se diz, lá no Direito, para a minha querida sócia Morgana.
00:55Olá pessoal.
00:55A nossa sócia, a Rosane, e o nosso convidado de hoje, que eu vou tomar liberdade de falar aqui um pouco do currículo.
01:05Hoje a gente vai falar sobre comunicação, nós estamos trazendo hoje um especialista na área, que vai falar umas dicas muito interessantes aí para a gente.
01:13Alexandre Rocha, muito obrigado, Alexandre Rocha, por estar aqui com a gente, e o currículo, né?
01:21Ele é graduado em comunicação, mestre em educação, professor de comunicação e oratória, especialista em voz e comunicação e personal...
01:32Oh, que chique, nem sabia o que tinha isso.
01:33Personal voz e mentor em oratória, especialista em eventos e cerimonial e em comunicação verbal e não verbal.
01:43Olha, ainda temos aqui mais de 10 anos de experiência com professor de pós-graduação, além de facilitador em vários treinamentos em company,
01:52e criador do METO CARP de oratória e diretor da Rocha Treinamentos, né?
01:59Então, para a gente agradecer enorme o convite que foi feito para ele, para estar aqui com a gente, para trazer um pouco dessa...
02:06Já era um tema que nós estávamos já trabalhando muito tempo da necessidade de a gente falar sobre comunicação,
02:13aí vem a questão não violenta, não verbal.
02:15E nós tivemos um tanto de perguntas aqui dos nossos seguidores e vamos já partir, te agradecer de antemão aqui e já começar perguntando já.
02:26Primeira coisa que nos trouxeram aqui foi a questão da...
02:30Por que a comunicação é uma competência tão essencial, independente da profissão?
02:36Porque eu lembro que você até falou que o negócio não é só para o direito que você está falando.
02:40Exatamente. Olá, pessoal. Muito feliz de estar aqui.
02:44E falar de comunicação para mim é uma satisfação, porque é algo que é inerente ao ser humano.
02:51Todas as pessoas demandam de comunicação.
02:54Mas eu posso, às vezes, falar coisas que são mais óbvias, mas quando a gente vê,
03:00isso faz parte da nossa realidade, do nosso dia a dia.
03:04E é onde a gente percebe mais problemas e conflitos.
03:07Então, se você se relaciona com pessoas, se você lida com mais de uma pessoa,
03:13você pode ter certeza que você pode aprender e pode desenvolver muito a sua comunicação.
03:20Tá. E essa questão que é uma coisa, um tema mais na área do direito, que é a questão da oratória.
03:26A gente tem gente que acha que a oratória é só falar bem, em público, assim.
03:32É só isso mesmo ou realmente significa mais coisa que simplesmente falar bem?
03:39Quando nós pensamos em falar bem, nós pensamos na parte estética.
03:43Quer dizer, técnicas que se você treiná-las, você vai conseguir falar bem.
03:48Mas, na verdade, vai muito além, porque existe a intenção.
03:52Quando nós comunicamos, nós queremos algo.
03:54Nós temos um objetivo.
03:56Então, o objetivo é um fator muito importante.
03:59E, claro, a essência da comunicação, quer dizer, o porquê de comunicarmos,
04:05o porquê da gente atingir esses objetivos.
04:07Então, vai muito além.
04:10Envolve relacionamentos, envolve pessoas.
04:13Pessoas são diferentes, cada um no seu universo, com as suas características.
04:17Então, quanto mais eu tiver a habilidade em transitar entre esses mundos, melhor.
04:23Então, vai muito além.
04:25Envolve comunicação assertiva, envolve comportamento.
04:29Nós estamos falando de uma habilidade socioemocional.
04:34Então, vai muito além da estética, que é esse falar bem.
04:38Antes, você fala...
04:39Pode, pode seguir.
04:40Alessandra, eu acho interessante quando você fala assim,
04:42olá, pessoal, a entonação, você já demonstra a sua intenção aqui hoje.
04:45Diferente do meu tom de voz.
04:48Meu tom de voz é aquele...
04:50Taquarinha.
04:51É, taquarinha.
04:53E como que faz para aprender isso?
04:58Para desenvolver essa habilidade, dessa intenção de você mostrar por que você veio?
05:02Temos que treinar, Morgana.
05:04Por quê?
05:05Porque nós temos todos intenções.
05:07E, se temos intenções, trabalhamos a entonação.
05:11Quer ver uma coisa?
05:11Todos vão lembrar da relação com os pais.
05:14A mãe.
05:15A mãe, em um determinado momento, que falava com determinado tom, você entendia o que
05:22que estava por trás desse tom.
05:24Então, nós temos isso.
05:26Mas, no caso da comunicação e da oratória, nós estamos pensando numa relação mais estratégica.
05:32Então, eu vou elaborar melhor a minha comunicação.
05:35Dependendo da minha intenção, eu vou utilizar esses tons.
05:39Mas, eu preciso treinar.
05:40Eu preciso trabalhar.
05:42Para usar na hora que for necessário.
05:46Porque vai muito além da informação, da mensagem que a gente compartilha via voz.
05:50Quando a minha mãe falava assim, porque eu era criança, ela falava assim, passa aqui.
05:56Aí, eu sabia qual era a minha intenção.
05:58Fugir.
05:59Ou seja, isso quando falava.
06:01Porque, às vezes, no olhar, que é comunicação, tem tudo a ver.
06:05Já resolvia tudo.
06:07Já tinha que olhar.
06:08Porque é o que o Vinícius falou.
06:09Comunicação verbal e não verbal.
06:11E não verbal.
06:12E, com mãe, basta olhar.
06:14Não precisa de mais nada.
06:15Só a mãe olhou, você já sabe.
06:17E, ainda mais de uma geração, mas, para trásmente falando, mais antigo.
06:22É assim.
06:23A comunicação não verbal acontecia com mais frequência.
06:27E, uma coisa interessante é o seguinte.
06:31A comunicação, para o direito, é uma ponte.
06:34Que tipo de ponte que a gente tem que construir?
06:37Nossa, das mais diversas pontes.
06:40Porque, nós estamos falando da relação de, por exemplo, advogados com seus clientes, juízes.
06:46E, qual que é a ideia do direito?
06:49A ideia do direito não envolve negociação, não envolve conciliação entre partes.
06:55E, ali, envolve pessoas.
06:58Então, o que você quer?
07:00Eu sempre vejo, eu sempre gosto de perceber isso.
07:02Quando você está em uma audiência, a primeira coisa que o juiz fala é o quê?
07:05Qual que é a primeira pergunta que, normalmente, se faz?
07:08Vai ter acordo.
07:09Ou seja, já parte do pressuposto que nós queremos sair daqui com tudo resolvido, tudo conciliado, todo mundo ganhando.
07:17Quer dizer, nem sempre, mas há essa a intenção.
07:21Então, a comunicação, hoje, a gente vai falar da parte boa dela.
07:25Porque nós sabemos que tem a parte que não é tão glamorosa.
07:30Eu prefiro falar de pontes do que de muros.
07:33Porque a comunicação pode gerar muros.
07:36Pode gerar muros?
07:37Pode.
07:38Com toda dificuldade.
07:40Por exemplo, eu dou muito treinamento em companhias, em organizações.
07:45Qual que é a grande queixa?
07:47Problemas de comunicação.
07:49Problemas de relacionamento.
07:51Então, quando, no início, você falou, olha, vai muito além do direito.
07:55Nós estamos falando do ambiente organizacional, profissional.
07:58Nós estamos falando das nossas relações afetivas e pessoais.
08:02É difícil alguém, numa família, falar que não, está tudo tranquilo, a comunicação flui.
08:10Ah, você, Alessandro, professor de comunicação oratória, provavelmente você não tem problemas comunicacionais na sua família, na sua casa.
08:17Ou, é o que mais nós temos.
08:20Mas, como é uma habilidade comportamental, é algo que a gente precise exercitar.
08:27Então, eu prefiro pensar nas pontes, nas associações, nas contribuições, do que nos cortes, no afastamento, que aí envolve muros.
08:37Olha, Alessandro, pegando esse gancho aí do jurídico, né, qual que é a diferença, as principais diferenças da nossa comunicação do dia a dia, né, e do pessoal que mexe com o judiciário?
08:49Para todos os serventuários do judiciário e, principalmente, para nós que somos advogados.
08:54Perfeito.
08:55Tem uma característica muito marcante na área jurídica, que são os jargões.
09:02O que que é o jargão? São os termos técnicos específicos de cada área.
09:07E, no caso da área jurídica, não é diferente.
09:10Então, quando nós falamos de área jurídica, nós não estamos pegando no pé de vocês, advogados, enfim, dessa área.
09:16Porque toda área possui o seu jargão.
09:19Qual que é o cuidado que nós temos que ter no dia a dia?
09:22Porque, no dia a dia, a nossa linguagem, os códigos que nós escolhemos, eles precisam ser acessíveis.
09:30E, aí, às vezes, eu esqueço com o que eu estou falando, utilizo determinados termos, que, para o leigo, coitado, ele vai sofrer.
09:40Ele não sabe se ele é culpado, se ele está sendo absolvido por causa da terminologia.
09:47Então, eu acho que a grande diferença, e aí eu já chamo o alerta para entender, primeiro, a segmentação da comunicação.
09:55O que é segmentação da comunicação?
09:57Para cada público, para cada pessoa, é uma forma de comunicar.
10:02Eu posso falar com vários termos, se eu falo com o juiz, com o advogado.
10:07Agora, com o cliente, com o leigo, eu preciso fazer a tradução.
10:13Então, eu acho, Morgana, que a principal diferença é, talvez, a carga de termos não usuais.
10:20E, aí, eu já falo, tomem cuidado.
10:24Pode dar problema.
10:25O nosso direito simples assim, ele visa exatamente isso.
10:28É transformar o juridiquês num vocabulário que todo mundo entenda.
10:32Inclusive, o nosso primeiro programa foi sobre isso.
10:36Ótimo.
10:36O juridiquês é uma tentativa dos tribunais de deixar a linguagem mais simples para o público.
10:42O próprio CNJ, o próprio CNJ, ele tem um incentivo para os tribunais para que a comunicação seja o mais simples possível.
10:52Porque, às vezes, não é necessário para comunicar uma decisão técnica daqueles termos.
10:58Então, se for imprescindível, a gente está dentro do mundo de origem, nós não vamos deixar de fazer.
11:03Agora, se não for imprescindível, se eu puder dar uma decisão com outras palavras, que não aquelas, mas rebuscadas,
11:11e já deve ser uma coisa muito interessante que a gente tem, que é o seguinte,
11:15dizem as más línguas que comunicar é ser simples, né?
11:18Porque...
11:18Quanto mais melhor a simplicidade.
11:21Se vocês forem assistir os principais palestrantes, comunicadores, observem como eles comunicam.
11:28Uma coisa é certa, eles não complicam.
11:30Vão direto, tentam atingir o máximo de públicos possível.
11:36Para isso, eu preciso simplificar.
11:38Você falou da iniciativa de vocês, que eu acho bastante interessante.
11:42Eu, por exemplo, dei um treinamento uma vez, numa mega instituição federal,
11:49e que tem dois grupos, duas áreas muito fortes, que é o direito e a área contábil.
11:55Vocês não fazem ideia do tanto que batia a cabeça.
12:00Um contador com advogado, a gente...
12:01Pois é.
12:03Então, assim, eu acho que a iniciativa dessa, de simplificar a linguagem, é o melhor dos caminhos.
12:09Exatamente.
12:10A gente tem uns problemas, os contadores com a gente, a gente com os contadores.
12:13A gente se entende, um dia iremos nos entendendo.
12:15Pois é, e é uma instituição muito importante para todos nós.
12:19Claro, claro.
12:20Lá tem que ser...
12:21A coisa tem que fluir, é como uma orquestra.
12:24Exatamente.
12:24Tem que ser coordenada.
12:25Então, Alessandro, e na sua visão como comunicador, qual que é o principal erro dos advogados
12:30no nosso dia a dia aí?
12:32É, eu acho que passa um pouco por isso que nós já conversamos, essa segmentação.
12:37Eu penso também que muitos deveriam desenvolver melhor esta habilidade comunicacional.
12:45Por quê?
12:46Porque hoje, abrindo um pouco, além da área jurídica, hoje você constrói conteúdos de
12:52uma forma muito fácil, através da inteligência artificial.
12:56Então, aonde que vai ser a hora da verdade?
12:59É na...
13:00No tete-a-tete.
13:01É, olho no olho, na sustentação e defesa daquele conteúdo.
13:06Então, talvez os advogados, de uma forma em geral, precisam prestar atenção nessa habilidade
13:13que para eles vai fazer muita diferença.
13:16Já faz, faz muita diferença.
13:17Mas, cada vez mais, porque ele precisa justificar.
13:21Quer dizer, isso, várias áreas passam por essa realidade.
13:25Justificar algo que vai além do que o robô pode produzir.
13:30E uma delas são as habilidades comunicacionais.
13:33Exatamente.
13:34Eu falei a questão do advogado, né?
13:36Mas isso também se aplicaria para o juiz, para o promotor também, né?
13:40Porque eles também precisam ter uma clareza, uma empatia também, nas suas decisões, né?
13:46Sim.
13:47Humanizar a relação.
13:48Isso.
13:50Então, como...
13:51É, já entrando, não sei se seria isso, mas tem uma corrente, inclusive, até muito
13:58divulgada nas redes sociais, alguns juízes, até da corte americana, que...
14:04Fizeram isso muito bem, compartilharam e ficaram muito famosos.
14:09Aquele juiz até que veio a falecer.
14:10Ele faleceu recentemente, né?
14:12É Frank Capri, o senhor não me engano.
14:14E ele, qual que é a grande marca dele?
14:17O exercício da atividade jurídica, mas de forma humanizada.
14:23Pensando, contemplando as emoções.
14:25Por quê?
14:26Eu posso ser também, trabalhar as emoções.
14:29A parte emotiva, eu não vou comprometer a minha credibilidade por causa disso.
14:37Nós estamos lidando com pessoas, nós temos que entender o papel social da área do direito,
14:43da área jurídica, que é a transformação social, é o desenvolvimento da sociedade.
14:48Então, nós temos que sempre voltar nessa responsabilidade.
14:51E a comunicação é pano de fundo de tudo.
14:54Com certeza.
14:55Então, você está falando na questão da emoção, como a gente pode equilibrar essa questão da emoção,
15:01trazer a emoção para uma sustentação oral?
15:04Perfeito.
15:05Porque em tese, uma sustentação oral teria que ser muito mais técnica, muito mais racional.
15:10Como equilibrar esses dois, se não a sustentação?
15:12É interessante vocês falarem isso, porque vocês trabalham muito a retórica.
15:18A retórica é a arte da argumentação.
15:20E, com o tempo, o tripé da retórica, que é o logos, que trabalha a lógica, que isso não podemos abrir mão.
15:29O ethos, que é a ética.
15:31E o patos, que são as emoções.
15:33Então, às vezes, nós esquecemos os princípios, o beabá, e vamos direto para o que é racional.
15:41Que tem uma linha mais cartesiana, preto no branco.
15:44Vai trazer só a técnica, né?
15:46E técnica é mais fácil de trabalhar.
15:49Ah, não, deixa eu enfiar a cara na lei, deixa eu estudar.
15:52Mas e aí?
15:52O que nós vamos fazer com esse conteúdo?
15:55Então, eu preciso fazer o equilíbrio das emoções.
16:00E, quando eu faço isso, novamente, a gente não está abrindo mão da credibilidade.
16:05Só que nós estamos pensando de ser humano para ser humano.
16:08E o ser humano, você não tem como desassociar as emoções.
16:12Ela é muito importante.
16:14O que eu falo?
16:15Qual que é a sugestão?
16:16Vamos estudar mais habilidades socioemocionais.
16:20Isso vai ajudar muito a comunicação.
16:22Com certeza.
16:23E isso, a gente poderia aplicar essa mesma metodologia nas audiências online, na nossa sustentação oral,
16:31que também hoje pode fazer a sustentação oral online.
16:35Como é que faria essa adaptação para o online?
16:37Bom, primeiro, são dois mundos diferentes.
16:40Uma coisa é o presencial, olho no olho.
16:42A outra coisa é o virtual.
16:44É porque o olho no olho, igual você falou antes, né?
16:47Sim.
16:47A gente, o próprio corpo, consegue transmitir essa emoção.
16:52Agora, no virtual, fica uma coisa muito mais mecânica, né?
16:55Mecânica, até porque parte do seu corpo está sendo...
16:57É.
16:58Ninguém está vendo.
16:59Exatamente.
17:00Então, o que eu penso?
17:01Eu penso o seguinte.
17:01Bom, eu tenho retângulo, porque eu tenho que trabalhar bem nesse retângulo.
17:04Então, eu vejo que as pessoas precisam se adaptar melhor.
17:08E aí, são técnicas simples de lidar com o virtual, a câmera, o microfone.
17:18Então, vamos lá.
17:19Vamos colocar aqui algumas dicas muito práticas para quem trabalha com isso.
17:23Bom, a primeira coisa, eu preciso de um ambiente.
17:26Se eu falar o óbvio, e eu devo falar o óbvio, não se preocupe.
17:30Mas, infelizmente, o óbvio não acontece.
17:33Então, eu acho que sempre agrega valor.
17:35Mas, primeiro, eu preciso ter um ambiente com boa iluminação, com ruídos, tratamento
17:43de ruídos, porque muitas vezes acontece na nossa residência.
17:47Aonde que tem filhos, tem outras pessoas, tem um barulho, tem um vizinho fazendo obra.
17:53Então, tem que ser um local silencioso.
17:56Os trajes, os trajes.
17:58Eu sempre falo dos trajes, porque quando me perguntam, eu falo, como é que você vai
18:03para o virtual?
18:04Como é que você iria para o presencial?
18:06Ah, você colocaria terno e gravata?
18:08Então, coloque o terno e gravata.
18:10Por quê?
18:11Porque o nosso comportamento, os nossos pensamentos, o meu posicionamento é diferente do que se
18:17eu tiver de pijama.
18:19Então, eu coloco o terno e a gravata.
18:21Eu faço como se eu estivesse ao vivo.
18:24Eu preciso dialogar.
18:26Eu preciso olhar para a câmera.
18:27Você falou de olho no olho.
18:29Isso.
18:30Tudo bem.
18:30Como nós estamos fazendo aqui?
18:32Tem um trânsito.
18:33Há uma movimentação.
18:35Lá, no virtual, você tem que olhar para a câmera.
18:38Então, eu estou olhando para a câmera.
18:40Eu tenho que olhar como se eu estivesse fazendo e olhando para as pessoas.
18:43Por quê?
18:44Porque através daquela bolinha preta da câmera é que o seu olhar chega e gera conexão.
18:51Ali, efetivamente, a gente está olhando para as pessoas.
18:56Pois é.
18:56Mas, na prática, Rosane, às vezes não acontece.
19:00O pessoal olha para algum slide, algum material complementar.
19:05Não foca no olho.
19:05E não foca.
19:07Não faz essa conversa.
19:09Outra coisa.
19:10Eu preciso ser cisudo?
19:12Eu preciso ter um semblante fechado o tempo todo?
19:15Não.
19:17Eu posso abrir.
19:18Aí nós estamos falando do quê?
19:20Do nosso corpo.
19:21Porque parte dele, Morgana, já está comprometida.
19:25Então, eu tenho que fazer chover com o que aparece.
19:28E o meu semblante, eu preciso ter um semblante com uma musculatura mais relaxada.
19:34Não é ficar sorrindo, mostrando os dentes o tempo todo.
19:37Mas tranquilo, né?
19:38Não precisa disso.
19:39Mas eu preciso colocar uma postura mais central.
19:43Tem gente que fica no canto da câmera, pega uma cadeira giratória e pela ansiedade...
19:51Fica rodando.
19:52Olha o que eu posso transmitir.
19:55Insigurado.
19:56Insegurança.
19:56Então, quando nós pegamos uma cartilha, é uma cartilha que qualquer um lê e vai
20:04falar, é óbvio, mas é um óbvio que não acontece.
20:07Porque no dia a dia...
20:07É um óbvio que tem que ser observado, né?
20:09É, tem que ser observado.
20:10E essa questão que você falou na câmera, né?
20:12Aqui o tempo todo você comunicou com as mãos também, né?
20:16E numa sustentação oral, uma audiência, isso não é captado.
20:20É.
20:20Geralmente não é captado.
20:22E aí tem que ter controle também das mãos.
20:24Eu sempre falo que as mãos são as aspas do texto escrito e a ênfase do texto oral.
20:32Então, eu preciso usar as mãos toda vez que eu vou falar?
20:35Não.
20:36Porque se eu for usar o tempo todo, quando eu falo, o que eu posso transmitir?
20:42Que eu estou agitado.
20:43Que eu sou agressivo.
20:45Aí entra a comunicação não violenta, que fala da comunicação agressiva.
20:50Mas é também mecânico?
20:52Ah, não.
20:52Nós vamos fazer um negócio que tem que ser três segundos com a...
20:55Porque tem professor de comunicação oratória, gente, que tem cada pérola, que colocam regras.
21:02E as pessoas...
21:03Não pode ser assim.
21:04Tudo tem que ser espontâneo, natural.
21:08Mas, com relação às mãos, tem que ter controle.
21:13Controle.
21:13Porque ele é uma extensão do que se fala.
21:19Você, Alessandro, desenvolveu o método CARP.
21:26Explica para a gente o que é isso, como que isso se aplica, esse método se aplica no mundo jurídico.
21:33Então, o método CARP significa comunicação com clareza, ação, retórica e persuasão.
21:40Então, eu construí um conjunto de técnicas ao longo de 25 anos de experiência em comunicação para tornar fácil.
21:48Quando eu peguei o direito simples, quer dizer, o tema do podcast, eu achei sensacional.
21:56Por quê?
21:56Porque a gente tem que trabalhar o beabá, o feijão com arroz.
22:00E tem gente que já gosta de inventar.
22:03Não tem uma base bem construída, já vai para complicar.
22:07Então, essa metodologia é o quê?
22:10De forma simples, objetiva, mas que exige muita prática.
22:14Então, nós trabalhamos o tripé da retórica, algumas técnicas, a comunicação não verbal, mas levando à prática.
22:24Porque essa metodologia exige a fazeção e o acompanhamento.
22:31Porque o acompanhamento também é importante.
22:33E a gente tem vários resultados de várias pessoas.
22:37No caso do profissional de direito, ele não tem muito tempo.
22:40Não pode ser uma metodologia que vai exigir muito tempo de dedicação, porque ele não vai dar conta.
22:46Por isso que eu acho que é totalmente compatível que adere às pessoas gravando a área do direito.
22:53Ah, legal.
22:54E como que a narrativa pode ser usada de maneira ética e eficaz em julgamento, defesa?
23:00Nós estamos falando do storytelling.
23:02É interessante porque o marketing...
23:05É porque eu gosto de pôr a tradução.
23:07O nosso pessoal tem que saber o que é.
23:11Por falar em jargão, o estrangeirismo também envolve isso.
23:16Você falou tudo.
23:17No caso, storytelling quer dizer contar histórias.
23:21Que é mais antigo, que precede, inclusive, a escrita.
23:25Eu acho interessante porque o pessoal da comunicação, do marketing,
23:29coloca como se fosse uma coisa nova, recente.
23:31Não, é antigo.
23:33Nós temos que resgatar essa capacidade de contar histórias.
23:37Por que contar histórias é bom?
23:40Porque engaja.
23:43Envolve.
23:44Faz com que as pessoas se identifiquem com aquilo.
23:47Entende a atenção.
23:48É.
23:49Então, quando você vê, por exemplo, numa audiência, numa sustentação oral,
23:54onde o advogado possui uma eloquência, uma capacidade de construção dos atos, de uma narrativa,
24:04o que ele faz?
24:05Ele quer envolver todas as pessoas, principalmente o júri.
24:09Para quê?
24:10Para o que ele tem de objetivo.
24:14Então, quando nós falamos de narrativas, nós devemos trazer exemplos que vão auxiliar o fazer sentido de quem toma a decisão.
24:26Quando nós pensamos em histórias, nós temos o quê?
24:31Alguns elementos.
24:32Quais elementos?
24:33Ah, um protagonista.
24:35Quem que é o protagonista?
24:37É o nosso cliente, a pessoa que está...
24:39Ou não.
24:40Ou quem nós queremos acusar.
24:43Eu sempre brinco que o filme Coringa, o protagonista é o Coringa.
24:47O antagonista, quer dizer, a força contrária é o Batman.
24:51Então, olha só, tudo depende de quem a gente quer enfatizar e é bom e tem que trazer problema.
24:59Porque uma história que tudo acontece lindo, maravilhoso, está fadada ao fracasso.
25:05Aonde que acontece o boom da história?
25:08Nos problemas, nas evidências, nas dificuldades.
25:13Começou a dificuldade, já envolve.
25:16Tanto que as novelas no Brasil não perdem, nunca, não saem de moda.
25:22O Netflix é o que é, por quê?
25:25Porque conta histórias e as pessoas adoram acompanhar histórias.
25:29Então, é uma forma muito mais, talvez, envolvente do que se nós falássemos coisas muito técnicas e soltas.
25:37Esses dias eu estava vendo que está tendo uma mudança no perfil dos influenciadores, que é o seguinte.
25:44O pessoal está cansando desses influenciadores mais vagos, que não tem nada.
25:50E muitas vezes as empresas estão focando nos próprios donos da empresa, na história desses donos junto com a empresa.
25:58Isso tem muito mais engajamento de mostrar como que aquela empresa começou, as dificuldades que ela teve, como que ela superou.
26:05Isso atrai muito mais o cliente para comprar dela do que chamar um influenciador que vai chegar e pedir para que você compre aquele determinado produto ali,
26:15só porque ele tem não sei quantos bilhões de seguidores, que isso já é um modelo meio que um pouco desgastado.
26:20Existe um sentido nisso?
26:21Total, total sentido.
26:23No caso, nós estamos falando de marketing de influência.
26:26Então, é quando as marcas querem associar para esses influenciadores.
26:30Qual que foi o primeiro boom dessa leva de influenciadores?
26:35Primeiro, eles retratarem coisas do dia a dia deles, da vida deles, do cotidiano, que são histórias.
26:43E que muitos identificam.
26:44Eu acho legal, eu acho interessante isso.
26:46E aí, claro, tem todo um manual de construção de associação para as pessoas que seguem.
26:54Nesse caso, as organizações vêm fazendo isso.
26:59Elas contam histórias dos fundadores, ela conta histórias...
27:04Da criação do produto.
27:06Dos funcionários.
27:07Tem funcionários, tem o Geraldo Vino, inclusive, da Diesel, que é assim, ele é uma sumidade.
27:14Todo mundo quer ver a história dele.
27:16Ele está lá dentro do...
27:17Ele é um dos diretores do conselho.
27:20Mas são pessoas que, de uma certa forma, saem do dia a dia simples e se tornam protagonistas.
27:29Porque existe uma associação com quem segue.
27:32Com quem cumpre, por aí vai.
27:35Bom, retomando aqui para o lado da fala, no direito.
27:41Tem que ter um certo controle de respiração, de entonação.
27:51Fala disso aí para a gente.
27:53Nós somos um organismo vivo.
27:55Então, quando nós falamos de respiração, a respiração gera o quê?
28:00Primeiro, a oxigenação do nosso cérebro e dos nossos pensamentos.
28:04Vou falar uma coisa óbvia.
28:06Precisamos pensar antes de falar.
28:09Ah, Alessandro, é óbvio.
28:10Não, não é óbvio.
28:12Muitas pessoas não pensam e falam coisas.
28:17E aí, bom, primeiro, então, a respiração envolve, porque o início nós estamos falando
28:22de uma musculatura aqui debaixo do pulmão, chamado diafragma.
28:27Quanto mais eu tiver controle sobre isso, eu vou fazer o quê?
28:32Eu vou ter o controle da informação, eu vou ter o ritmo que vai me dar a eloquência na
28:41hora da fala, vai fazer com que eu coloque pausas.
28:45Ah, pausa na fala é muito importante.
28:49Tem um termo técnico que a gente utiliza, chama pausas estratégicas.
28:54Independente se você gosta ou não, eu trago exemplos.
28:58Barack Obama, presidente dos Estados Unidos.
29:01Discurso dele.
29:02Ele sabe utilizar isso de forma brilhante.
29:05Por quê?
29:06E está lá na revista super interessante, se não me engano, de fevereiro de 1998.
29:112018.
29:13Que fala da pausa estratégia.
29:14Então, a revista super interessante avaliou, do ponto de vista científico, essas pausas
29:20que ele dá.
29:21Então, ele, em determinado momento, ele dá aquela pausa e a pessoa, e chama um questionamento
29:28interno em quem está ouvindo.
29:31Ele engaja, fazendo pausa.
29:34Ah, temos que aprender?
29:35Vamos aprender.
29:36Então, a respiração vai me permitir isso.
29:39Vai ter controle de ansiedade, porque normalmente, quando eu vou falar, para muitos, ainda causa
29:46desespero.
29:48Para você terem uma ideia, tem lugares que falar em público supera o medo da morte.
29:55O que é isso?
29:55As pessoas preferem morrer do que falar.
29:58E nós temos aí, claro, o histórico, que às vezes não é muito bonito de posicionamento,
30:08de fala, de liberdade de expressão.
30:13Então, de uma certa forma, muitas pessoas possuem essa dificuldade.
30:18Bom, aí eu tenho que falar, tenho que participar de um podcast, eu tenho que fazer uma sustentação
30:22oral.
30:23Tem gente que fica uma semana antes com problemas fisiológicos.
30:27Um ataque de pânico.
30:28É nervoso, né?
30:30Poxa, a respiração é um princípio.
30:33Eu preciso respirar melhor.
30:34Na hora da fala, eu uso o nariz?
30:37Eu uso a boca?
30:38Normalmente, a gente usa tudo.
30:40O nariz e a boca.
30:41Só que quando eu estou falando, eu estou usando muito mais uma respiração pela boca.
30:46Ou seja, eu estou puxando o ar pela boca, estou soltando pela boca.
30:50Esses são detalhes que a gente tem que entender.
30:53E entonação.
30:55Falamos na comunicação.
30:57Tem uma área, chama paralinguagem.
31:00É o efeito que a nossa voz tem no outro.
31:04E nós temos que entender que é quase mágico, mas de magia sobrenatural não tem nada.
31:10É técnica, é treino e faz diferença no outro.
31:14Olha que legal, né?
31:16Interessante.
31:16No caso do discurso, né?
31:18Aquilo que eu vou falar no tribunal ou uma palestra que eu vá fazer.
31:23Muita gente decora aquele texto, né?
31:30O que é o mais...
31:32O que é o ideal nesse caso?
31:38Eu não sei vocês, mas decorar é fria.
31:42Eu acho também.
31:43Você sabe por quê?
31:44Porque você pode decorar e você, quando está no seu ambiente confortável, sem nenhuma pressão, você vai lembrar de tudo.
31:51O problema é quando você tem que encarar um público, seja presencial ou virtual.
31:58O ao vivo vai te cobrar, vai te pressionar.
32:04E aí, você vai ter essa capacidade de lembrança?
32:08Ah, olha só, mas tudo bem.
32:09Os atores, por exemplo, eles precisam exercitar, faz parte da atividade deles.
32:15Tudo bem.
32:15Mas o próprio ator, quando é televisão e quando é cinema, tem que repetir mil vezes.
32:21O diretor está lá, não, faz de novo, faz de novo, faz de novo.
32:25Aí.
32:26E o teatro, que muitos falam que é o mais difícil, por quê?
32:30Porque quem sabe faz ao vivo.
32:31Como diria o Faustão.
32:34Então, mas é o ator.
32:37Bom, se você tiver essa habilidade, maravilha, pode decorar.
32:40Mas eu posso garantir para vocês, 3% tem essa capacidade.
32:46De, independente da pressão, do momento, da dificuldade, ele vai retratar.
32:52Mas, por outro lado, será que decorar, carrega o outro lado da comunicação?
33:00O que é o outro lado?
33:01São as emoções, o diálogo, enfim, o objetivo.
33:05Qual que é o meu conselho?
33:08Jamais decore.
33:10Entenda, conheça o seu conteúdo.
33:13E tenha humildade, porque...
33:15Gente, nós nem oferecemos café para ele.
33:16Não, não precisa, se quiser.
33:18Obrigado.
33:19Mas, é importante, assim, que a gente saiba o que nós vamos falar, mas, desde que esteja
33:25preparado, sempre tem que estar preparado.
33:27Você tem que estudar, você tem que treinar.
33:29Tem uma coisa, que é o celular, gente, hoje é difícil quem não tenha.
33:34Ponha para gravar, faça a sua apresentação, sua sustentação, para depois você olhar.
33:39Esse exercício...
33:41Mas, seus defeitos...
33:42Você vai...
33:43Mas, vai te ajudar demais a perceber.
33:46Agora, o decorar tem um outro problema, que é a mecanização.
33:52Tecnicista.
33:53Parece um robô, sem emoção.
33:56É isso que nós queremos na nossa comunicação?
33:57Então, dialogue, chegue com humildade, não pense que você vai saber tudo e vai ter todas
34:04as respostas, mas você tem que saber trabalhar as informações e instigar.
34:10Por mais formal que seja o ambiente, ter aquele aspecto de uma comunicação com a humanização.
34:18O tempo todo.
34:19Ainda mais nesse mundo que estamos vivendo de inteligência artificial, se não houver
34:25essa humanização, não tem o...
34:26Tem espaço ainda, né, para isso?
34:28E muito.
34:29É por isso que eu falo.
34:30Enquanto a inteligência artificial não vai fazer um holograma, que vai se substituir,
34:35isso vai acontecer.
34:36Não vai demorar não sei quanto.
34:38Mas, ainda assim, gente, nós temos o nosso papel.
34:41Nós somos nós, né, gente?
34:43Nós somos nós, né?
34:44Por favor.
34:45E o seguinte, nesse ambiente formal do direito, a gente consegue trazer uma certa humanidade?
34:58Conseguimos e temos exemplos.
35:01Nós citamos o Frank Caprio e tem um outro também, que eu não sei o nome, eu esqueci,
35:08também juiz dos Estados Unidos.
35:09A forma como ele conduziu, a gente percebe que tem espaço para isso.
35:15Não se perde autoridade, não se perde seriedade e muito menos credibilidade.
35:23Nós temos que buscar esses equilíbrios.
35:25É, eu acho que é muito, até te cortando aqui, porque é o seguinte, existe uma, a gente
35:31até discutiu no nosso primeiro programa, ele já está chegando no fim do nosso, que
35:36muitas vezes essa não comunicação, esse falar difícil, era colocado como uma forma
35:42de superioridade.
35:43Que é uma frase que eu gosto muito, que vale muito para o professor, que é o meu caso,
35:47que é o seguinte, turvar as águas para que elas pareçam profundas.
35:51Olha que chique isso, cara.
35:51Eu vou turvar, eu vou fazer de uma forma que você não entenda, para que você pense
35:57que você é menos, que você é menos do que eu, que você não está entendendo,
36:00que você é burro mesmo.
36:01E não, isso eu falo.
36:02Direito, às vezes, ainda tem isso, né?
36:04E tem um detalhe, Vinícius, se eu falo de tais formas, eu também não vou causar crítica,
36:10porque se você não entende, você não vai me criticar.
36:12Exatamente.
36:13Você não vai me impressionar.
36:13É uma defesa, né?
36:14É, lembra, não sei se vocês, com certeza vão lembrar da novela Rock Santero,
36:19tinha lá o professor Astromar, que fazia discursos em praça pública, que ninguém
36:25entendia nada.
36:26Aí vinha sempre a viúva porcina e batia palmas e falava assim, ah, o moço que fala
36:32bonito.
36:33Pena que eu não entendo uma palavra que ele fala.
36:36Quer dizer, existia uma intenção.
36:39Então, se for a sua intenção.
36:41Que as pessoas não entendam, porque se não vão entender, não vão me cobrar.
36:44Isso, então, é uma forma de aproximar.
36:46Eu gostaria de te perguntar, o que é a aproximação do judiciário com a sociedade?
36:50O tempo todo, porque qual que é a função do judiciário?
36:54Nós temos que voltar, nós temos que servir, nós temos que transformar, nós temos que
36:59desenvolver a nossa sociedade através da justiça e do equilíbrio.
37:02E, tá muito bom, né?
37:05Mas vamos, já, tô me estourando aqui, o Léo já tá dando sinal aqui.
37:11E aí vou pra aula, até que deu tempo de a gente fazer tudo aqui.
37:14E a última pergunta é muito interessante.
37:16Se você pudesse deixar a mensagem final aos profissionais do direito sobre o poder
37:22da palavra, qual seria?
37:24Que toda palavra, antes de passar pelo cérebro, cérebro, passasse pelo coração.
37:32Por quê?
37:33Porque nós temos que pensar e preocupar no outro.
37:37A nossa responsabilidade é servir pessoas.
37:41Pessoas são formadas de coração e cérebro.
37:47Então, passa, dá, por mais que demore um pouco pra sair, mas faça esse caminho,
37:52porque vai fazer diferença.
37:53Que bacana, muito bom.
37:55Muito, Alessandro, né?
37:56Já fica o convite pra próximas encadernações, né?
38:02Muito obrigado pela presença, o programa foi ótimo, né?
38:05A gente teve a possibilidade, agradecemos demais.
38:08Você já fica convidado pra gente tratar outro tema, que comunicação hoje é uma parte
38:14humana, até prejudicada, as pessoas não se entendem, principalmente com polarização
38:19política do jeito que tá.
38:20Ah, eu falo uma coisa, a pessoa entende outra, eu falo com estongo, eu falo com coração.
38:24Então, a gente precisa agradecer demais sua presença aqui, falar com nossos seguidores
38:31pra...
38:31Ah, você quer deixar suas redes sociais aí, pra quem quiser ter mais informação, né?
38:37Bom, primeiro eu quero agradecer a presença, falar de comunicação pra mim não é jamais
38:42trabalho, é a minha missão de vida, eu acho que a gente sempre tem algo pra fazer e essa
38:50é a minha, falar, propagar a comunicação.
38:53E eu quero deixar as minhas redes sociais, no caso o meu Instagram, que fica mais fácil,
38:58arroba rocha treinamentos, no plural.
39:02Lá nós temos um parque informacional, tem muita dica bacana e, poxa, muita coisa gratuita,
39:08é só acessar, pegar e treinar.
39:11É, e também falar das nossas redes sociais, né?
39:14Que nos sigam aí, a gente tem nosso canal, né?
39:18Aqui no Uai Digital, no Estado de Minas.
39:22Temos a nossa coluna, que é semanal, Direito Simples Assim, nos sigam semana que vem.
39:27Já temos um compromisso aqui do nosso locutor aqui, de que vai nos mandar um texto sobre
39:33esse tema, pra dar uma aprofundada.
39:35E nos sigam aí, a gente sempre vai estar aqui, tentando trazer e simplificar.
39:39Tem o nosso Instagram, né?
39:40Que é o Direito Simples Assim, a TV.
39:42É, Direito Simples Assim, a TV, já ia falar.
39:45A página do Facebook, a nossa coluna do Estado de Minas, no AM Digital, todas as quartas,
39:52publicamos, né?
39:53E aqui no nosso, e o YouTube aqui, no nosso canal também, que temos todas, não, quinzenalmente
39:59agora, né?
40:00Quinzenalmente também, o nosso podcast.
40:02E aí no nosso podcast, gente, nos sigam, compartilhem, que toda quinzena temos aí sempre um assunto
40:09bem bacana.
40:09Pois bem, então, pessoal, muito obrigado pela presença aqui e nos vemos até um próximo
40:17programa.
Recomendado
44:15
|
A Seguir
8:04
Seja a primeira pessoa a comentar