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Em dezembro de 2025, a MTV encerrará definitivamente suas atividades no Brasil, após 35 anos. Com isso, fica a dúvida: os videoclipes com superproduções e milionários perderam fôlego no mercado?
Fizemos esse vídeo #PraEntender o que aconteceu com a indústria de videoclipes e como isso tem influenciado músicos e a mídia.

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#clipe #música #mtv

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Transcrição
00:00Se você é um milênio e viveu sua juventude entre os anos 90 e 2000,
00:03é quase certo que a MTV fez parte da sua vida.
00:06Boa tarde, galera, eu sou a Sara, e você está assistindo a MTV, o único canal de música do Brasil.
00:13Programas musicais como Top 10, Disque, Fúria e Luau MTV, entre tantos outros,
00:17tiveram um papel importante nas rodas de conversa e moldavam o gosto dos jovens.
00:22Em dezembro de 2025, a MTV encerrará definitivamente suas atividades no Brasil após 35 anos.
00:28Com isso, fica a dúvida.
00:29Os videoclipes com superproduções e milionários perderam fôlego no mercado?
00:34Fizemos este vídeo para entender o que aconteceu com a indústria de videoclipes
00:37e como isso tem influenciado músicos e a mídia.
00:44Antes de avançar nessa reflexão, vamos voltar à fita para entender a trajetória dos videoclipes na cultura pop.
00:50Não há um senso em relação ao surgimento deles.
00:53Muitos dizem que os primeiros videoclipes vieram dos cinemas,
00:56em especial de musicais como Cantando na Chuva.
00:58Os precursores dos clipes como conhecemos hoje são os Beatles,
01:02que cansados das apresentações ao vivo em TVs, gravavam suas performances e mandavam para as emissoras.
01:08Basicamente eram as bandas tocando seus instrumentos em frente a uma plateia ou dentro de um estúdio,
01:13como a Hard Day's Night de 1964.
01:15O videoclipe, como uma produção artística, elaborada e muitas vezes dignas de cinema,
01:20ganhou força depois de Strawberry Fields Forever, também dos Beatles, em 1967.
01:25O ápice comercial é apontado como o Bohemian Rhapsody, do Cream, de 1975,
01:31considerada por muitos o primeiro clipe bem-sucedido da história.
01:34De lá pra cá, os videoclipes se tornaram indispensáveis para a divulgação de uma música de trabalho de todo artista,
01:40seja ele grande ou pequeno.
01:42A indústria musical gastava milhões na produção e divulgação desses clipes,
01:46como o caso de Screen, de Michael e Janet Jackson, que custou mais de 35 milhões de reais.
01:51Porém, o avanço da internet e depois das redes sociais, essa história mudou. E muito.
01:57O vídeo, ele tem um problema que é o seguinte.
02:00A música, você tá correndo, você escuta a música.
02:02Você tá trabalhando, você pode escutar a música.
02:04O sentido da audição, ele não é exclusivista.
02:07O vídeo, ele é exclusivista.
02:09Então, é...
02:10E você marca muito, né?
02:12Os videoclipes, por exemplo, do Michael Jackson, que revolucionaram a indústria do videoclip,
02:16eles eram muito caros, eram uma fortuna.
02:19E não existe esse dinheiro deste tamanho mais na indústria da música, né?
02:27E os contratos de artistas, por exemplo, internacionais, são completamente diferentes dos contratos que são feitos aqui no Brasil.
02:35Então, isso vai mudando.
02:37Você vê que até esse pessoal que é influencer e usa a música pra gerar remuneração,
02:45Então, eles mesmos já não estão fazendo mais aqueles clipes maravilhosos, performáticos e tal.
02:51Porque isso mudou.
02:52É uma coisa cíclica.
02:53A MTV e outros canais dedicados aos videoclipes valorizavam e disseminavam esse formato.
02:59Com a chegada do YouTube em 2005, essas produções estavam disponíveis a qualquer momento,
03:04facilitando aos fãs verem seu clipe preferido, quando e onde quisessem.
03:08Atualmente, na teoria, o amplo acesso às redes sociais de diferentes formatos facilitaria o consumo de videoclipes.
03:15A MTV era uma grande máquina de divulgação dos artistas.
03:22Mas ela não vendia, eu até brinco muito nisso, a MTV vendia mais posicionamento, estética do que as músicas.
03:29Porque quando apareceu o YouTube, que você podia ver o videoclipe a hora que você quisesse, da forma como você quisesse,
03:38isso mudou completamente.
03:39E eu falo muito que a música, a indústria da música, de uma forma geral, é, de um lado, o artista que cria,
03:48e do outro lado, o público que quer escutar.
03:52Obviamente, o que tem aqui no meio, que são as tecnologias disponíveis em cada época,
03:57isso vai mudando de acordo com a inovação tecnológica.
04:01O videoclipe é uma coisa muito legal.
04:02Na minha carreira solo, faço questão de fazer, é o que a gente chama de,
04:06tem o Lyric Video, que só aparece a letra, tem o Visualizer, que é um meio termo, assim, de custos mais simples,
04:16e os videoclipes, né?
04:17Eu vejo muito os artistas fazendo esse meio termo, né?
04:19Gerando, tentando fazer uma relação custo-benefício.
04:22Porque os videoclipes, eles não geram tanta receita quanto simplesmente o áudio nas plataformas de streaming.
04:28Além disso, o grande número de plataformas de áudio também mudou o estilo de consumo do público.
04:33Eu sempre falo muito que a música, a indústria da música, ele sempre é muito dependente das tecnologias disponíveis.
04:40Quando tinha o vinil, a gente escutava em casa, o vinil, aquela coisa, o CD ficou mais prático.
04:45A praticidade sempre ganha, né?
04:47E as plataformas de streaming são muito práticas.
04:50Você não precisa ter a música, você não precisa ter nada, basta você conectar a alguma plataforma
04:54e pagar mensalmente, que antes a música era compra e venda,
04:58hoje era prestação de serviço, né?
04:59Que você assina a algum lugar para escutar a música, e aí você tem acesso.
05:02E a fragmentação é uma coisa extremamente normal.
05:05Hoje, do mesmo jeito, a gente paga várias plataformas de consumo de conteúdo,
05:10que a gente paga aqueles pingadinhos, né, de três ou quatro plataformas.
05:14A plataforma de música é isso também.
05:16A fragmentação, eu falo que é o mundo em pedacinhos.
05:19Inclusive, tem uma coluna minha no estado de Minas que fala muito sobre isso, né?
05:24O mundo em pedacinhos, tanto na hora de pagar, quanto na hora de receber.
05:27O cenário mudou, mas não podemos decretar o fim dos videoclipes.
05:31Para artistas e produtores, eles apenas se adaptaram a novos hábitos de consumo.
05:35As redes sociais, eu falo que o rádio, as rádios, né, eram as redes sociais de antigamente, né?
05:44Porque elas davam aquela informação da hora, aquela que a gente chama de notícia quente, né?
05:47A questão de hot news.
05:49É, você podia se comunicar, você mandava, ligava para o rádio, você opinava.
05:52Então, essa coisa do like que existe em rede social, era as ligações que os ouvintes faziam para as rádios,
06:01para, no final do dia, eles darem as melhores do dia, de acordo com a audiência, né?
06:08De acordo com o pessoal ligava para as rádios, né?
06:10É o famoso like do Facebook.
06:12As redes sociais, elas empoderaram muito as pessoas, né?
06:15Não só os artistas, mas todo mundo, hoje em dia, no mundo, não adianta, serve se você é rico, pobre, famoso, dono de alguma coisa,
06:24na hora que você dá o seu like ali, o seu like vale o mesmo que o like de outras pessoas em qualquer experimentação ou estatística, na verdade, né?
06:35Então, as redes sociais, elas são, elas são, talvez, uma das coisas mais democráticas.
06:42E para você, qual videoclipe foi memorável na sua vida e marcou um momento especial?
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