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  • há 14 horas

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Transcrição
00:00Está sendo velado aqui na Coab 2, em Pesqueira, o corpo de Simone Almeida.
00:05A dona de casa de 49 anos de idade, que foi agredida a golpes de marreta pelo companheiro,
00:12o José Arnaldo Leite da Silva.
00:14Segundo informações de familiares, José Arnaldo era ciumento e possessivo.
00:20Ele não aceitava, por exemplo, que a Simone falasse no ex-companheiro, já falecido.
00:25Ele tinha muitos ciúmes.
00:27Na noite do dia 24 de outubro, tomado pelo ciúme, se armou com uma marreta e deu pelo menos 15 golpes na Simone.
00:38Em seguida, foi ao quarto onde o irmão da Simone estava dormindo e o agrediu também.
00:44Simone foi atendida em estado gravíssimo no hospital de Pesqueira e foi transferida para a restauração,
00:50mas acabou não resistindo aos ferimentos.
00:53O José Arnaldo, que foi preso em flagrante, cometeu suicídio na carceragem da delegacia da Polícia Civil em Belo Jardim.
01:02Aqui na residência da filha da Débora Almeida, o corpo da Simone está sendo velado.
01:09Vários amigos passaram por aqui, familiares, amigas da Simone também, para prestarem o último adeus.
01:17Nós estamos aqui com a Rosa Almeida, vem aqui Rosa, por favor.
01:22Você que acompanhou a Simone durante todos esses dias, lá na restauração, ela estava inconsciente?
01:29Estava inconsciente, estava em coma, estava entubada.
01:34E a gente está sofrendo muito, muito mesmo, com a partida da Simone.
01:40Não só a família, como os amigos também, ela era muito querida.
01:44E é isso.
01:47Você era a irmã mais próxima dela?
01:49Era.
01:50A irmã mais próxima.
01:52A irmã que aconselhou, que pediu, que implorou, em nome de Jesus, para ela deixar ele.
01:59E ela não me ouviu.
02:01Ela gostava muito dele?
02:02Parece, né?
02:05Eu creio que sim.
02:06Não sei se era amor, não sei se era ameaça, não sei.
02:09Eu sei que eu pedi muito, dei muito conselho a ela.
02:12Você, quando estava na restauração, você tem esperança que ela se recuperasse, apesar da gravidade das agressões?
02:22Esperança a gente tem que ter, até Deus bater o martelo, né?
02:27Só que nós sabíamos que o estado dela era muito grave.
02:30Muito mesmo, nós conversávamos.
02:34Ela morava aqui, nós morávamos vizinhas aqui.
02:36Ela fez muito caridade a mim, a minha mãe.
02:41Todas as pessoas que precisavam dela, ela nunca negava.
02:44Era uma pessoa muito, muito boa, Simone.
02:47Mas é uma morte muito triste para nós todos, né?
02:53Então, o que aconteceu, né?
02:56Fiquei muito abalada.
02:57Quando meu filho falou, eu estava dormindo, não compreendi bem direito.
03:04Aí meu filho foi e disse de novo.
03:07Aí eu fiquei, porque eu sou diabética.
03:10Aí eu fiquei muito nervosa, triste.
03:15Assim, a vida dela era uma pessoa muito boa.
03:18A gente lamenta muito o olfato, né?
03:21E a gente é mais próxima às netas dela.
03:24São crianças muito boas, jovens, muito dedicadas ao serviço da igreja.
03:29E ela também, ela sempre acompanhava as crianças na igreja.
03:31É uma pessoa de muita fé.
03:33Tanto a família quanto a própria senhora eram pessoas de muita fé, de oração.
03:38E pessoas que passaram por muita provação.
03:40E recentemente a filha passou por um acidente.
03:43E o que manteve, sustentou a família, foi a fé.
03:45Foi muito difícil, né?
03:47Porque eu tinha esperança que a minha mãe estivesse viva.
03:53Viesse pra casa bem.
03:55Pra mim, cuidar dela.
03:59Tá sendo muito difícil.
04:02Nesse momento, a minha mãe sempre foi uma mãe carinhosa.
04:06Uma mãe doce.
04:07Uma mãe, quando tinha que pegar no pé, ela pegava.
04:11Também não passava a mão na cabeça.
04:12Se tivesse errado, ela punia.
04:15Ela é um exemplo de mãe.
04:16Ela é um exemplo de vó.
04:19E eu não tenho nenhum palavras pra definir a minha mãe.
04:24O relacionamento que ela tinha iniciado era recente e bem conturbado.
04:30Vocês chegavam a conversar com ela.
04:32Ela dividia os problemas que passava com o companheiro com vocês?
04:37Algumas coisas.
04:38Outras não.
04:39Como que ele tentou botar fogo no micro-ondas.
04:46Como tentou incendiar a casa dela.
04:49Isso aí ela me falou.
04:51Eu chamei ela pra denunciar.
04:53Ela disse que não.
04:56Falou que não.
04:57E eu falei pra ela, eu vou falar com ele.
05:01Ela me pediu, pelo amor de Deus, não vai falar com ele.
05:03Eu vou resolver.
05:06Então, sempre ela resolvia as coisas muito bem.
05:10Sempre ela era uma pessoa muito determinada a resolver as coisas dela.
05:14Então, eu confiei.
05:16Então, provado que ele pediu ela em casamento.
05:18Eu até disse, vixe, mãe, tu vai casar.
05:25E...
05:25Os últimos momentos que eu tenho da minha mãe,
05:29ela calada,
05:31ela só chorava,
05:33não na frente da gente.
05:35Só que como
05:35a gente entrava,
05:38não tinha vez que a gente via.
05:39O que é, mãe, que a senhora tem?
05:41Não, minha filha, nada não.
05:42Porque sua irmã tá desse jeito.
05:45Né?
05:45Então, assim,
05:46ultimamente ela não falava mais nada.
05:48Eu quero me espelhar nela.
05:52Quero ajudar minha irmã.
05:53Porque agora só somos eu e a minha irmã.
05:56E ela precisa de mim.
05:59E...
05:59Eu quero tentar
06:01ser a guerreira que a minha mãe sempre foi.
06:04O corpo da Simone Almeida
06:05foi velado na casa da filha.
06:08E o sepultamento vai acontecer
06:10no povoado de Ipanema.
06:11Que é a zona rural de Pesqueira.
06:14Voltamos com você.
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