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Dez anos depois do rompimento da barragem com rejeitos de minério em Mariana, na tarde de 5 de novembro de 2015, O Estado de minas retornou ao povoado de Bento Rodrigues 10 anos depois da tragédia e o local mais devastado pela lama tem suas ruínas enterradas em rejeito e tomadas por capim e árvores


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#mariana #samarco #vozesdemariana

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Transcrição
00:00Isso é o que restou da nossa casa, é o meu quarto, era ali.
00:07Meus pais, eles ficaram vivos porque eles saíram daqui na quinta-feira,
00:14às 14 horas do dia 5 de 11 de 2015.
00:19O meu pai, ele veio a falecer no dia 27 de maio deste ano,
00:30sem ter a casa dele no reassentamento.
00:35A maior tragédia socioambiental do Brasil se originou no município mineiro de Mariana
00:40e completa 10 anos em 5 de novembro de 2025.
00:44O rompimento da barragem do Fundão da mineradora Samarco matou 19 pessoas.
00:49Devastou a bacia do Rio Doce com o lançamento de 40 milhões de metros cúbicos
00:54de rejeitos de minério de ferro entre o estado de Minas Gerais e Espírito Santo,
00:59chegando ao litoral brasileiro.
01:01O estado de Minas retornou ao povoado de Bento Rodrigues,
01:0410 anos depois da tragédia, e o local mais devastado pela lama
01:08tem suas ruínas enterradas em rejeito e tomadas por capim e árvores.
01:12A destruição atingiu mais de 700 mil pessoas em 46 cidades.
01:17Em termos de reparação, o novo acordo do Rio Doce, homologado em 2024,
01:23prevê 170 bilhões a serem destinados ao longo de 20 anos.
01:28A Samarco afirma ter já investimentos de 68,4 bilhões desde 2015.
01:34389 residências foram entregues em reassentamentos, segundo a empresa,
01:38além de 22 bens públicos entregues à Prefeitura de Mariana.
01:42Hoje estamos aqui no Bento de Origem,
01:46para lembrar o que se passou 10 anos depois.
01:5310 anos depois, o que se vê no Bento de Origem
01:57são matos, porque não se tem nada,
02:06só resquícios do que foram casas, do que foi moradia.
02:12E no reassentamento, hoje, a minha família
02:18não tem ainda a sua moradia restituída.
02:25Nós temos a casa,
02:30praticamente ela está pronta,
02:34mas a moradia em si,
02:38ela não está totalmente pronta,
02:41porque a moradia, a nossa propriedade,
02:46ela é constituída da casa
02:50e das benfeitorias,
02:53tanto produtivas quanto reprodutivas,
02:56mas as empresas,
02:59elas não reconhecem esse direito.
03:03Então, até esse direito ser reconhecido,
03:07estamos nesse impasse.
03:09O terreno, ele não comporta
03:13tudo o que a gente tinha,
03:15aqui nessa, o que a gente tinha na origem.
03:18O terreno comporta apenas 10%.
03:21Então, os nossos pés de café,
03:24os nossos pés de jabuticaba,
03:26nossos pés de laranja,
03:28nossos pés de bananeira,
03:30a nossa produção,
03:32o que a gente vivia dessa produção,
03:34hoje a gente não consegue no reassentamento.
03:40E isso era nosso complemento de renda,
03:43isso é a nossa propriedade,
03:45que não é reconhecido pela empresa.
03:49Então, como que a gente reconstitui
03:51os nossos modos de vida
03:54se a gente está perdendo
03:57o que a gente tinha de propriedade?
03:59Esse é um direito de propriedade.
04:02Isso não é o geral de todo mundo.
04:06Isso não é inerente a todas as pessoas.
04:10Isso é um direito exclusivo da família.
04:14É um direito de propriedade.
04:15É só isso que a gente quer.
04:17A gente não quer mais nada
04:18que é o do outro.
04:20A gente quer único,
04:22exclusivamente, o que é nosso.
04:24A gente não quer nem mais, nem menos.
04:27O impacto ambiental ainda é profundo.
04:30Cerca de 213 hectares de florestas
04:32foram perdidos diretamente pelos rejeitos.
04:3511% se regenerou em uma década.
04:38Neste ritmo, levaria 90 anos
04:40para uma mata restaurada.
04:42As memórias dos moradores
04:43e suas perspectivas
04:45mostram ainda uma devastação contínua.
04:47Em nosso site,
04:48você encontra a matéria completa
04:49do repórter Matheus Parreiras.
04:52Vou deixar o link aqui embaixo.
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