Joseval Peixoto conta bastidores do sequestro envolvendo Alckmin e Silvio Santos | DIRETO AO PONTO - Vídeo Dailymotion

Jovem Pan News

No Direto Ao Ponto, o jornalista Joseval Peixoto narra os bastidores do sequestro da filha de Silvio Santos, Patrícia Abravanel, em 2001. Joseval relembra a intervenção do então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB-SP), no processo e a ligação surpresa do dono do SBT durante a cobertura do fato.  Joseval Peixoto lança seu livro de memórias "A Lenda Joseval Peixoto: Voz, Memórias e Versos de uma Vida ao Vivo". A obra narra sua trajetória como radialista e advogado.   O lançamento será no dia 12/11, às 18h, na Livraria Drummond (Conjunto Nacional, Av. Paulista); a pré-venda já está disponível online.  ▶️ Assista à íntegra no canal da Jovem Pan News no YouTube: https://youtube.com/live/cShjagfYadQ #DiretoAoPonto  Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/  Inscreva-se no nosso canal: https://www.youtube.com/@jovempannews/    Entre no nosso site: http://jovempan.com.br/  Facebook: https://www.facebook.com/jovempannews  Siga no Twitter: https://twitter.com/JovemPanNews  Instagram: https://www.instagram.com/jovempannews/  Kwai: https://www.kwai.com/@jovempannews  #JovemPan  #DiretoAoPonto

Transcript

00:00Acho que uma das passagens mais emblemáticas do José Val durante o Jornal da Mãe foi em 2001,

00:04quando a filha do Silvio Santos foi sequestrada.

00:06No dia seguinte, ele estava indo trabalhar no SBT, ele, Silvio Santos,

00:11e ele não tinha falado com ninguém.

00:13No dia anterior, o Geraldo Alckmin, que era o governador, foi até a casa dele no Morumbi

00:17e o Silvio ligou pra cá.

00:20O Glauco Oliva, que era o operador da mesa, falou que o Silvio Santos desligou, óbvio.

00:26Mas acha que o Silvio Santos vai ligar pra Jovem Pan, de repente, assim?

00:28Aí ele falou, não, sou eu mesmo.

00:30Aí pôs no ar e o José Val falou com ele.

00:33Isso representa o que pra você, José Val?

00:36É um prestígio de que forma?

00:38Não, era... Na verdade, foi uma surpresa pra mim.

00:43Porque antes a gente tinha entrevistado dois coronéis da Polícia Militar

00:47que são especializados em dialogar com o sequestrador.

00:52Era uma matéria.

00:53Eu falei, mas como é que é?

00:54Não, isso é no mundo.

00:55A gente se reúne, vai cansando o cara.

00:57O cara quer um avião, você fala, pô, eu não posso.

01:00Meu poder tá aqui na minha perua da PM.

01:03Tem que falar com não sei quem.

01:05Pra cansar o sequestrador.

01:07A gente jamais entrega autoridade máxima pro sequestrador.

01:12Pois o governador Alckmin se entregou ao sequestrador.

01:16Só isso.

01:17Foi lá se eu quero ser sequestrado.

01:19Tô aqui junto com o Silvio Santos.

01:21Eu... Fiquei, né?

01:23Não falei nada.

01:26Aí, com a presença do governador, o sequestrador achou que era oportunidade dele encerrar tudo,

01:34que já tava perdido mesmo.

01:36E o governador foi embora.

01:41O Silvio tá saindo com o carro, a televisão mostrando.

01:46Aí, eu dei o cacete.

01:49Falei que o governador foi ir respondendo.

01:52Eu respeito muito o Alckmin.

01:54Sinceramente.

01:55Acho um homem sério e tudo.

01:56Tá mostrando hoje.

01:57É vice-presidente da República.

01:59Mas, ali, ele foi irresponsável.

02:02Ele não era o do doutor Alckmin.

02:04Ele era o governador de São Paulo.

02:06Se entregou ao sequestrador, meu Deus do céu.

02:09Não pode.

02:10Então, eu fiz a crítica.

02:12Quando eu tô fazendo a crítica, acho que foi você que ligou, né?

02:15Não.

02:16Eu não trabalhava na Jovem Pan.

02:17Ah, não, não.

02:18Então, foi o Glauco.

02:19Não, o Glauco era.

02:20Falou, ó, o Silvio quer falar com você.

02:21Mas, eu pensei que fosse brincadeira.

02:23Eu falei, pare, pôr no ar.

02:24Botou no ar, era o Silvio.

02:27Oi, Joseval.

02:28Só ele.

02:28Você me desculpe, mas se não fosse o governador...

02:30Aí, ele fez o discurso, né?

02:32Se não fosse o governador, eu estaria morto.

02:34A minha filha estaria morta e não sei o quê.

02:36E não tinha mais pergunta a fazer.

02:38O fato dele estar no ar falando comigo matou.

02:41Ganhei o dia.

02:42Não é verdade?

02:43E ele não falou com mais ninguém.

02:45Não, não.

02:45E aí, virou...

02:46Ele não falou nem com SBT.

02:48Falou com ninguém.

02:50A Globo veio buscar a gravação aqui.

02:52Nós contamos essa história na despedida do seu tuta, né?

02:54Sim, é.

02:55É, então.

02:55Recentemente, na despedida do seu tuta,

02:57conversamos sobre isso.

02:58Só rapidamente, a gente tem mais um depoimento muito especial.

03:02Vamos acompanhar o Zé Pereira.

03:04Oh, meu Deus do céu.

03:06O Joseval construiu uma trajetória

03:09que teve um significado no conteúdo da rádio, no conteúdo da televisão.

03:16Nós tivemos a chance de conviver com ele, como profissional e como pessoa.

03:24Isso foi uma experiência grandiosa.

03:28Tomando conhecimento do jornalismo e aprendendo com o jornalismo.

03:33Que legal, hein, Joseval?

03:36Olha, o Zé Pereira chegou aqui com 16, 17 anos.

03:41Eu, menino, era aprendiz aqui.

03:44Chegou a vice-presidente da casa.

03:46É.

03:47E nosso chefe e administrador.

03:49Ele tinha 11 anos.

03:5011, 11.

03:51É, 11 anos.

03:52Ô, Zé, que saudade, pô.

03:53É eu e o Will.

03:55E aquele exterior.

03:56Estamos para fazer a visita para o Zé Pereira.

03:58Isso.

03:59Isso também.

03:59Só que estamos enrolando.

04:01Enrolando.

04:01Uma série quadrilha, no caso.

04:03Você vê que no programa estou sendo exposto aqui, né?

04:07Exatamente.

04:07Mas tudo bem.

04:08Zé Pereira, extraordinário.

04:09Essa é uma relação importante, né?

04:11Uma coisa para vocês, que são ouvintes da Jovem Pan e amantes da Jovem Pan.

04:16Todos os editoriais desta casa tinham lá Fernando Vieira de Mello, Antônio Augusto Amaral de Carvalho,

04:25eu e Zé Carlos Pereira.

04:27Eram os quatro.

04:28Vai pro ar, vai pro ar.

04:30Tchau, um abraço.

04:31Teve algum mais tocante para você, José Valdeci?

04:34Porque, assim, às vezes eu ouvi o editorial.

04:37É.

04:37Principalmente para tentar aprender uma das coisas que mais me encanta do José Valdeci.

04:41Exatamente a cadência.

04:42Como falar com seriedade, no tom certo, na velocidade...

04:46Eu falo muito rápido, na velocidade certa.

04:49Meu pai falava, aprende com o José Valdeci.

04:51Porque, assim, essa velocidade ideal.

04:53Porque o tom, a velocidade já diz o quanto é sério, o quanto é firme, o quanto é forte,

04:58até a brincadeira, a ironia.

05:00Como é que...

05:00Teve algum que foi mais marcado?

05:02Não, você foi ouvindo.

05:04Eu ouvi César Ladeira, né?

05:05No Rio de Janeiro, né?

05:07Eu ouvi o Antônio Pimentel fazendo o Renner, na Rádio Bandeirantes, né?

05:14Então, Heron Domingos fazendo o...

05:18E eu próprio fazia o jornal lá também, Presidente Prudente.

05:22É o aprendizado da vida.

05:24Mas, José Valdeci, eu tenho uma dúvida.

05:25Para saber o seu olhar sobre a maneira como essa comunicação é feita hoje,

05:30a partir daquilo que você construiu.

05:32Porque, muito do que se tem, ainda é o que se carrega do que você trouxe, do que você entregou.

05:38Mas, como que você acompanha essa mudança?

05:40Como é que você analisa e enxerga essas mudanças que abateram o rádio e outros meios de comunicação?

05:44Eu fico feliz, eu estou vendo que, né?

05:47Pô, você, por exemplo, eu estou conhecendo agora.

05:49Já assisti, pô, e parabéns.

05:51Está chegando, há uma nova, né?

05:53Então, quando vem gente nova para enriquecer o rádio...

05:56Porque o rádio é a nossa paixão, né?

05:58O rádio é a nossa paixão.

06:00Isso é de verdade.

06:01Então, quando eu vejo alguém, alguém dizer, pô, rua Elvétia.

06:08E não é, porque o T breve e o I breve latino é rua Elvésia, né?

06:15Você vê, o Ministério Público tem uma revista chamada Justitia.

06:20Pois é, Justícia, pô, que se fala.

06:23Quando eu vejo essas coisas, eu vejo a dificuldade de formação cultural dos nossos jovens.

06:30A falta de didática para expor, para explicar essas coisas.

06:35Ou então, o cara falou, a maior parte das pessoas foram.

06:43Não pode...

06:45Eu estudei latim para entrar na faculdade de Direito.

06:49O latim, a maior parte é um caso, que é o caso do sujeito, que é o nome nativo.

06:53O das pessoas é o complemento restritivo, né?

06:58Casa de pedra.

06:59O de pedra é uma mera restrição da casa.

07:03O sujeito é a casa.

07:04A maior parte das pessoas foram, está errada.

07:09Então, isso me machuca.

07:11Mas eu não faço a crítica.

07:14Eu fico penalizado, porque eu contei outra vez.

07:17Está no livro.

07:19Quando eu cheguei aqui para fazer o cursinho, para entrar na faculdade de Direito,

07:23o professor Tolosa chegou àquela juventude toda.

07:26Gente que está tudo querendo.

07:27Gente que fez quatro anos de grupo, quatro anos de ginásio, três anos de colegial.

07:31Está tudo ali.

07:33Fazendo o cursinho Castelões para entrar na faculdade de Direito.

07:36Ele chega e fala, vamos ver se vocês sabem português.

07:40Meu é pronome ou adjetivo?

07:42Metade falou pronome, minha outra metade falou adjetivo e todo mundo errou.

07:47Porque meu é pronome quando ele representa o substantivo.

07:52Então, você fala assim, o meu livro é bom.

07:55Esse meu é adjetivo, porque ele está colado no substantivo livro.

08:00Aí você, Mauro, fala, mas o meu também é.

08:04Esse meu representa.

08:05Aí ele é pronome.

08:07Então, coisas assim.

08:08O para, eu expliquei outro dia também.

08:11Para e preposição?

08:12Não é.

08:13Depende dele.

08:14Ele falava, quem é motorista?

08:17Três ou quatro levantaram a mão.

08:19Eu falei, você está guiando.

08:20Passa uma bola, você freia.

08:22Por quê?

08:22Porque veio uma criança atrás.

08:23Ele falou, a bola é o substantivo.

08:28A criança é a preposição.

08:29Ela está sempre correndo atrás do substantivo.

08:32Então, não, aí você não esquece.

08:34Você não esquece.

08:35Aí ele falava, ele botou na lousa.

08:37Pô, vendo que não esquece mesmo.

08:38Ele falava, para é preposição.

08:40Então, tá, vim para São Paulo.

08:43São Paulo é substantivo.

08:44Botou na lousa.

08:45E botou o para grudar.

08:47Aí, ele falou, para é preposição.

08:49Todo mundo é.

08:50Eu falei, vocês não aprenderam.

08:50Depende da função.

08:55Aí, ele botou na lousa.

08:56Apagou e botou, vim para ficar.

08:58Dois verbos.

09:00E agora, cadê o substantivo?

09:03Esse para não é preposição.

09:05Esse para é uma conjunção final.

09:07Vim a fim de ficar.

09:09Você nunca mais esquece.

09:12Então, essa didática que falta para a nossa juventude,

09:15que a língua portuguesa é linda, é fácil,

09:18mas tem que botar na cabeça.

09:20De uma forma possível.

09:22Esperança para o grupo.

09:23Não é?

09:26É.

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