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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em entrevista à rede CBS acreditar que os dias de Nicolás Maduro no poder “estão contados”. A fala, divulgada no perfil oficial do governo americano, reacendeu as tensões no Caribe, já que Trump não negou possíveis ataques militares à Venezuela. Questionado sobre a hipótese de uma ofensiva, ele respondeu que “não revelaria seus planos”. A declaração fez com que a Rússia reagisse, dizendo manter “obrigações contratuais” com o governo venezuelano em caso de conflito.
Reportagem: Eliseu Caetano
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NotíciasTranscrição
00:00Vire a página aqui do Morning Show pra falar um pouco do cenário internacional,
00:03porque, meus amigos e minhas amigas, na Venezuela,
00:06a pressão tá quase explodindo com a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
00:11que diz acreditar que os dias de Nicolás Maduro como presidente venezuelano, né, estão contados.
00:18O Eliseu Caetano segue aqui conosco, na verdade, se junta a nós aqui no palco do Morning Show com mais informações.
00:24Bom dia, Eliseu.
00:24Então, essa declaração, né, Eliseu, veio ontem numa entrevista que o Trump deu
00:29pra um dos principais programas de entrevistas mais tradicionais americanos, o Sixteen Minutes, né?
00:34Ele foi até cauteloso nesse sentido, mas, mais uma vez, reforçando que Maduro pode estar com a batata dele assando.
00:43É por aí?
00:44É exatamente por aí, viu, Marinho?
00:46Muito bom dia pra você, pros nossos companheiros aí no estúdio,
00:49e pra todo mundo que acompanha o show da manhã aqui na programação da Jovem Pan.
00:53O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu ontem uma entrevista aos 60 Minutos,
00:58um dos programas mais tradicionais da TV dos Estados Unidos, exibido pela rede CBS,
01:03e ele deu dois pontos que eu gostaria de destacar aqui, os pontos interessantes.
01:07O primeiro, ele diz o seguinte,
01:09os dias de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela estão contados.
01:15É claro que essa fala, ela repercute bastante, não apenas aqui nos Estados Unidos,
01:20como lá na Venezuela, e, obviamente, como não poderia deixar de ser, em diversos outros países do mundo.
01:26Aqueles que são ligados aos Estados Unidos e aqueles que são ligados à Venezuela.
01:31Todo mundo discutindo o que será que Donald Trump quis dizer com isso.
01:35Porque essa fala surge em meio à crescente tensão entre os dois países.
01:40Como a gente tem acompanhado aqui no Morning Show e ao longo da programação da Jovem Pan,
01:44os Estados Unidos estão há cerca de dois meses fazendo uma operação militar
01:47em águas internacionais próximas da costa da Venezuela.
01:51Há mais de dez navios, porta-aviões, drones,
01:55cerca de dez mil militares das cinco Forças Armadas Americanas,
02:00e há agentes da CIA, que é a agência de inteligência dos Estados Unidos,
02:04realizando operações encobertas já dentro do território venezuelano,
02:09segundo a rádio bastidora aqui da capital americana Washington DC.
02:14De acordo com as informações oficiais da Casa Branca,
02:17essas operações são todas apenas e tão somente para coibir o tráfico internacional de drogas,
02:22para impedir que drogas da América Latina cheguem aqui aos Estados Unidos.
02:26Na prática, o que a gente está vendo é uma elevação das tensões,
02:30porque Venezuela já reforçou o patrulhamento nas suas fronteiras,
02:33já armou a população civil, criando ali uma espécie de milícia,
02:37e o próprio ditador Nicolás Maduro tem ido à rede de TV estatal pedindo por paz,
02:43dizendo que não acredita que Donald Trump vá fazer uma impulsão por terra,
02:47vai fazer uma atuação próxima ali de um ataque e invasão dentro do território venezuelano.
02:54Então, o ponto um foi Donald Trump dizendo
02:57Acredito que os dias de Nicolás Maduro com o presidente da Venezuela sejam contados.
03:01Agora, o ponto dois foi que ele disse o seguinte,
03:05a Venezuela se portou muito mal ultimamente,
03:08e por isso, e aí ele se refere ao narcotráfico e outras ameaças fronteiriças,
03:13estamos fazendo essa operação de lá.
03:16E daí, a apresentadora do jornal perguntou,
03:19mas e com relação a um possível ataque?
03:22O senhor vai avisar, presidente, se os Estados Unidos forem atacar a Venezuela?
03:27E aí ele disse algo, Marinho, que nós na semana passada trouxemos aqui na programação da Jovem Pan,
03:33salvo engano, na última sexta-feira.
03:34Ele disse o seguinte, abre aspas,
03:36olha, eu não diria para um repórter ou uma repórter que eu atacaria a Venezuela.
03:44Fecha aspas.
03:44Trazendo consigo, durante essa entrevista, todos os indicativos
03:49de que realmente as relações, um, estão de mal a pior,
03:53dois, um ataque é iminente.
03:55E aí, com relação a um ataque, na sexta-feira,
03:58nós trouxemos em primeira mão aqui na programação da Jovem Pan
04:01que fontes do alto escalão militar já haviam recebido, inclusive,
04:05um alerta para retirar familiares, aliados, amigos da Venezuela
04:10num prazo máximo ali de 48 horas, indicando que a situação não estava muito boa ali naquele momento.
04:18Portanto, sexta-feira, os militares americanos receberam uma ordem de evacuação.
04:22E também, na própria sexta-feira, a gente recebeu um alerta
04:27de que um ataque poderia acontecer por conta desse alerta de retirada das pessoas.
04:33Inclusive, veio a informação, Marinho,
04:34de que os militares navais já estariam no último estágio possível da operação.
04:40Dali pra frente seria ou atacar ou retroceder.
04:44Bom, o papel pra assinar o possível ataque já, inclusive,
04:48está na mesa de Donald Trump, de acordo com o Wall Street Journal.
04:51A ver.
04:52Seguiremos aqui acompanhando essas e outras notícias importantes
04:54da manhã dessa segunda-feira.
04:56Eu volto ao longo da programação da Jovem Pan.
04:58É com vocês aí no estúdio.
04:59É isso, Eliseu. Obrigado pelos esclarecimentos.
05:01Sempre competente.
05:02Eliseu Caetano, obrigado.
05:04É, meus amigos, fortes emoções, mas Trump, como o bom showman que é,
05:09como o bom, enfim, diretor de espetáculos, né,
05:13ele sempre lidando, assim, com o fator da imprevisibilidade
05:16ou criando suspense, não revelando suas cartas.
05:19Pra muitos isso é uma virtude.
05:21Pra outros, enfim, pode ser que ele esteja, enfim, ali,
05:24escamoteando, né, escondendo, né, suas intenções reais.
05:27Enfim, quero ouvir da bancada aqui.
05:28Maria de Carne.
05:29Ô, Marinho, você me permite até acrescentar aqui uma informação
05:32que essa atuação do Trump, essa possível incursão mais efetiva na Venezuela
05:38está gerando até uma certa tensão aí com a Rússia,
05:41que já declarou apoio à Venezuela.
05:44Pra quem não sabe, a Rússia é um dos principais parceiros econômicos aí da Venezuela.
05:48Tanto a Rússia quanto a China são os locais de destino do petróleo venezuelano,
05:54a Venezuela que senta na maior reserva de petróleo do mundo.
05:57E essa incursão, a meu ver, vai à frente.
06:00Acho que o Trump está decidido, sim, a derrubar o governo Maduro,
06:05porque ele tem uma série de interesses pra que isso aconteça.
06:07Dentre eles, a questão ideológica é importante para o Trump.
06:11O Maduro é uma figura repulsiva que representa tudo que o Trump refuta e não apoia.
06:19Então, é interessante essa questão ideológica.
06:22E lembrando que o Trump tem muito interesse na América Latina.
06:24Somos uma área aqui extremamente estratégica.
06:28Reduzir a influência da China na região,
06:30reduzir a dependência do mundo para o gás russo,
06:33se ele conseguir ter ali uma incursão na Venezuela,
06:36que também é um país rico em gás.
06:38E isso mina também a questão da Ucrânia,
06:40porque aí reduz a influência da Rússia com o gás e tudo mais.
06:44Então, é o combate às drogas.
06:46É um pacotão que eu acho que vai a fundo.
06:49Então, o Trump, nosso showman favorito, vai adiante com essa ação.
06:55Agora, a verdade é uma só.
06:56Parece ser questão de tempo o fim do narco-regime de Nicolás Maduro.
07:00Agora, como é a grande pergunta, né?
07:01Mas essa declaração do Trump definitivamente não se dá num vácuo, né?
07:05Não é que ele tirou isso do nada.
07:06Afinal, tem mais de 10 mil homens do exército americano já ali posicionados no Mar do Caribe.
07:11Mais de 10 navios militares, o maior porta-aviões do planeta Terra,
07:15o USS Gerald Ford, ali pronto, ali nas imediações.
07:18Ele foi até perguntado sobre esse porta-aviões especificamente.
07:23Ele disse, ué, ele tem que estar em algum lugar.
07:25Ele tem que estar atracado em algum lugar.
07:27Ele disse quase que dando aquela piscadela ali pra audiência.
07:31Mas, de novo, mantendo suspense no ar.
07:33Jess, complementando, a gente segue a gente.
07:35É, o Donald Trump, ele tá dando um ultimato muito claro, amaduro.
07:40E a chance disso aumentar a tensão é muito clara.
07:45Eu acho que ele tem feito vários gestos mostrando que vai tomar uma atitude firme em relação à Venezuela.
07:52André, isso me preocupa muito, porque eu tenho muito medo da reação do Brasil
07:56ser uma reação de conivência com um ditador sanguinário
08:01e que todos os dias fez questão de matar liberdade na Venezuela, que é Nicolá Maduro.
08:07Então, em um caso de uma ação, a gente tá falando tanto de organização criminosa, né?
08:12Eu enquadro o Maduro como organização criminosa também.
08:15Porque o que ele fez, as proximidades dele, como ele deixou também a Venezuela crescer como um narco-estado,
08:21é gritante.
08:22Então, a gente também não pode ignorar e que eu rezo, eu torço,
08:26pra que a nossa inteligência e o Itamaraty per si não entrem nessa disputa
08:31como defensores de quem matou, do grupo que matou a democracia na Venezuela.
08:37Mas a gente sabe o que vai acontecer, né, Jess?
08:39É, infelizmente.
08:41Mano Ferreira, você que tem muitos contatos lá também, em Caracas,
08:43os movimentos pró-liberdade, anti-chavismo, anti-Maduro, já há alguns bons anos.
08:49Eu sei que você é um pacifista por natureza e não gostaria de ver essa situação degringolar
08:53pra uma troca de chumbo grosso.
08:55Porém, eu te desafio aqui a me apontar o que pode vir a ser uma alternativa,
09:01a não ser essa, dada que, aparentemente, todas as outras já foram esgotadas, né?
09:05Nem que seja os Estados Unidos, de alguma forma, insuflando, armando uma resistência interna,
09:09uma rebelião interna capaz de destronar o Maduro sem essa intervenção física de soldados americanos.
09:15É por aí?
09:15É, exato, Marinho.
09:16A alternativa é a gente assistir, com o aumento da pressão,
09:22uma dissidência nas Forças Armadas venezuelanas acabarem com a sustentação do regime de Maduro.
09:29Porque, vale lembrar, não se trata de um regime baseado em aprovação popular.
09:35É um regime que vem, que perdeu completamente o apoio da população,
09:41que perdeu a eleição, que precisou fraudar o resultado eleitoral
09:45e que se mantém no poder graças ao suporte das Forças Armadas.
09:51Portanto, estamos falando de uma ditadura militar na Venezuela,
09:55que pode ruir se a sustentação militar interna ao regime mudar.
10:01Se a gente vê, por exemplo, militares se convencerem que estão diante de uma derrota iminente do regime
10:10e mudarem de lado, fazendo com que o ditador acabe, por exemplo, sendo preso ou sendo escorraçado do palácio.
10:20E esse é o tipo de mudança interna do conjunto de forças na sociedade venezuelana
10:27que pode vir a representar um fim do regime de Nicolás Maduro.
10:33Agora, para muitos, né, David Tarso, o Trump está ensaiando, não é um intervencionismo,
10:38igual foi no Iraque, na Líbia, por muitos e muitos anos.
10:40É só um intervencionismo pontual, mas muito mais mirando uma defesa preventiva, né,
10:45segurança regional, soberania continental, contra, claramente, esse câncer que está na Venezuela.
10:51Sem dúvida.
10:51Mas, é claro que a gente também precisa relembrar o contexto, a Maria bem trouxe, né,
10:56sobre a maior reserva do mundo, o petróleo.
11:00Então, acho que tem também esse interesse.
11:02Obviamente que o combate às drogas, ele é extremamente importante,
11:07mas tem outras questões também que a gente tem que avaliar e acompanhar os próximos passos,
11:11tomar que também não descambem para alguma coisa, uma guerra mais global, vamos dizer assim,
11:18com a entrada da Rússia, entrada de outros países também.
11:20Eu só tenho um questionamento, Marinho, e acho que você vai ser bom aí a gente refletir juntos.
11:25Como será que o movimento do Make America Great Again, o MAGA, está vendo essa atuação do Trump?
11:30Porque uma das propostas e principais críticas que o Trump trazia e o que o MAGA defende
11:36era justamente se opor a essas invasões que o próprio, por exemplo,
11:41antecessores do Trump republicanos fizeram, tipo o Bush Filho.
11:45Então, o próprio movimento MAGA tem aversão a essas invasões,
11:49inclusive afirmam e reconhecem que foi um fator crucial para o déficit dos Estados Unidos,
11:56uma crise, assim, muito grande norte-americana,
11:59inclusive a questão ali do Iraque e tudo mais,
12:03que foi um fiasco nas incursões.
12:06Então, o MAGA não apoia essas intervenções internacionais.
12:10Quero ver como é que o Trump vai se sair com o seu eleitorado fiel
12:13quando ele aumentar a incursão na Venezuela?
12:17Essa é uma questão interessante mesmo, Maria.
12:20Esse racha está se aprofundando, especialmente na figura do Tucker Carlson,
12:24notório comentarista associado à direita trumpista.
12:28Até está elogiando o Maduro.
12:29E muita gente achando que ele está ali, enfim, recebendo uma graninha do Kremlin
12:34para poder estar falando isso.
12:35Está dizendo que, olha, o Maduro, na verdade, é conservador, é contra o aborto,
12:39ele é um cara legal.
12:40Deus, pátria, família e liberdade.
12:42Tienes que hablar en espanhol, Marinho, por favor.
12:46Companheiro Maduro, para conosco aí, estamos juntos, ok?
12:52Não, é impressionante como essas tensões acabam revelando.
12:58É a famosa teoria da ferradura, né?
13:00A pessoa vai tanto para um lado que acaba encontrando o extremo autoritário do outro.
13:08Similaridades, né?
13:08É, a pessoa olhar para o Nicolás Maduro e achar que é um representante do conservadorismo
13:13é porque tem uma visão do conservadorismo muito estranha, né?
13:17Ver o conservadorismo como...
13:19Está defasado.
13:20Uma coisa é certa, o Maduro, ele está com medo.
13:24Não, gente, é certo.
13:26O Maduro, ele está com medo.
13:28Ele está com medo dessa invasão.
13:29Inclusive, foi noticiado pela imprensa internacional que o Maduro tentou ali conversar com o Trump,
13:36tentar falar com o Trump, até viralizou uma imagem dele e falar
13:40no war, no war, just peace.
13:42Não guerra, não guerra, apenas paz.
13:44Porque ele, contra os Estados Unidos, não vai ter vez.
13:47Os Estados Unidos é o país que mais investe em capacidade militar,
13:51é o melhor exército do mundo e consegue aí derrubar o exército venezuelano
13:56que está sucateado, apesar dos pesares, e vai ser um complicado para o Maduro.
14:01Por isso que ele deve estar com muito medo mesmo.
14:02Mano, agora, que a Venezuela é o epicentro do narcotráfico no nosso continente,
14:06acho que, para muitos, isso é inegável.
14:09Acusações seríssimas também de que a Venezuela, junto com a Bolívia,
14:12estariam já há um bom tempo fornecendo urânio de forma clandestina para o Irã.
14:18Infiltração iraniana nas Américas, tendo a Venezuela como epicentro,
14:22e a gente sabe como o Irã também se tornou um dos principais alvos
14:26ou centros de disputa geopolítica mais inflamados que os Estados Unidos interveio.
14:31E aquela intervenção recente militar dos Estados Unidos é muito o que é a doutrina Trump.
14:37Ou seja, incursões cirúrgicas sem ser prolongadas.
14:41Para conquistar algum objetivo geopolítico militar, é curto prazo,
14:45e não ter a soberba ou arrogância da família Bush, por exemplo,
14:49de tentar mudar completamente o DNA de um país
14:51onde simplesmente a democracia, as livres e as instituições não são compatíveis.
14:56Muita gente tem comparado a doutrina Trump com a doutrina moral.
14:59É uma doutrina moral do século XXI, as pessoas têm dito isso.
15:04A dificuldade é entender o que isso significa concretamente no caso da Venezuela.
15:07Porque, primeiro, não acho que faça sentido dizer que a Venezuela tem um DNA antidemocrático,
15:13porque já foi uma democracia, tem uma sociedade civil
15:16que conseguiu se organizar, por exemplo, para provar a fraude eleitoral.
15:21Ou seja, essa tua reflexão mostra que talvez a Venezuela tenha uma compatibilidade maior
15:26para realmente entrar no conserto global das nações democráticas do que o Iraque, por exemplo.
15:32Isso, e conseguir fazer uma transição junto com o potencial ajuda externa
15:36para uma transição menos radical que foi nesses outros países do Oriente Médio.
15:43Então, isso já é um bom fator.
15:45Do ponto de vista militar, você ter uma operação que acaba explodindo
15:50uma base que está tendo enriquecimento de urânio,
15:54enfim, uma base militar é mais fácil de ser explodida do que um regime político.
15:59Porque você pode explodir o palácio, é isso?
16:03Mas será que o Maduro ficaria no palácio com esse contexto todo?
16:10Ou vai para um bunker?
16:11Você está morrendo de medo, vai para um bunker.
16:13Pois é, então assim, como é que você acaba com um regime?
16:17E, além disso, se você mata o Maduro eventualmente,
16:21como que você garante que não vai entrar no lugar dele uma outra pessoa?
16:26Até porque a ditadura venezuelana não tem em Maduro o seu primeiro líder.
16:30Antes era o Chávez.
16:31O Chávez morreu, o Maduro continuou como ditador.
16:34Então, como que você cria uma mudança de regime político
16:38através de uma operação militar?
16:41Não é uma resposta trivial.
16:43Então, isso mostra essa...
16:44Não existe um manual da CIA para isso.
16:46Como derrubar um regime?
16:47Seria interessante se eu vésse.
16:49Porque tem feito muita problemática aí no mundo.
16:51Vamos ver.
16:52Eu torço para o melhor.
16:53Eu espero que o regime do Maduro caia.
16:55porque está na hora de cair.
16:57Cair de Maduro já deu.
16:58E que a democracia triunfe na Venezuela.
17:01Temos uma sociedade civil que foi suprimida,
17:03que está sendo calada,
17:05mas que está pronta para trabalhar em conjunto
17:08com uma ajuda internacional para essa mudança acontecer.
17:12Eu torço para o melhor para esse país que possa florescer.
17:15Como eu disse aqui,
17:16senta na maior reserva de petróleo do mundo,
17:18tem muita riqueza natural,
17:20mas vive com índices de crescimento social
17:23equiparados aos países mais pobres da África subsaariana.
17:28É, meus amigos.
17:29David de Tarso, queria te ouvir também,
17:30porque para muitos o Trump seria alguém pragmático,
17:35um realista e não um belicista militarista.
17:38Ou seja, tentando colocar um limite
17:40em quem simplesmente não tem limites,
17:42que é o narcotráfico.
17:43Isso que eu queria te ouvir,
17:45até porque, enfim, a gente recorre aqui,
17:48a gente ficar, enfim, dando de ombros, né?
17:50Torcendo o nariz, achando que esse problema não é nosso,
17:53é só perguntar para os nossos irmãos em Roraima,
17:55em Manaus, em todo o corredor norte brasileiro,
17:57completamente infectado por esse corredor do narcotráfico também.
18:02Não, sem dúvida.
18:02As pessoas saindo da Venezuela,
18:05porque não aguentam mais esse regime.
18:07A gente viu durante as eleições,
18:09que na verdade a gente nem pode falar assim,
18:11que foram realizadas as eleições na Venezuela,
18:14porque a gente viu que quem ganhou sumiram
18:18com a contagem dos votos.
18:20Enfim, não foi eleição o que houve na Venezuela.
18:23Então, essa intervenção internacional tem que vir também
18:26acompanhada de tratativas de como que vai avançar.
18:29Assim como a gente viu na mega-operação do Rio de Janeiro,
18:31precisa também ter um plano de como caiu realmente o Maduro.
18:35Então, o que a gente vai fazer para estabelecer uma eleição limpa
18:38e, dessa forma, o povo venezuelano ficar livre desses ditadores.
18:43Bom, e Vladimir Putin,
18:45esse elo, essa conexão Kremlin-Caracas,
18:49Moscou-Caracas,
18:50Kremlin-Miraflores, melhor dizendo.
18:51Isso aí, Miraflores.
18:52Vamos, agora sim.
18:54Maria de Carli, como é que você acha que
18:56o próprio cambaleante Putin, nesse momento,
18:58pode dar uma sustentação, de fato,
19:01ainda mais com uma distância geográfica tão grande,
19:02mas esse alinhamento geopolítico, ideológico, histórico,
19:06eu diria até jurássico, né?
19:08Veja, essa é uma excelente pergunta, Marinho,
19:10porque como eu falei aqui no início da minha fala,
19:11quem são os principais compradores do petróleo venezuelano hoje?
19:15É a China e a Rússia,
19:17que é ali aquele poder paralelo
19:18fazendo frente com a influência norte-americana.
19:22Eu, a meu ver,
19:23o Putin já declarou apoio ao Maduro,
19:26o Putin está meio encurralado aí,
19:28e eu vejo essa incursão,
19:30como eu disse também um pouco na minha fala anterior,
19:32do Trump,
19:34como uma tentativa de cessar
19:36essa influência russa,
19:38do gás russo,
19:40porque a Rússia se sustenta com esse gás,
19:42com essa exportação de gás,
19:43e isso dá musculatura para, por exemplo,
19:45a Rússia permanecer na Ucrânia.
19:47Então, se o Trump conseguir aí
19:49derrubar o regime Maduro,
19:51ele vai ter em mãos um país
19:53com grandes riquezas naturais,
19:55um grande potencial de exportação de gás,
19:57e vai poder minar economicamente a Rússia.
19:59Agora, se a Rússia vai entrar ou não na jogada,
20:03eu acho que até um ponto
20:05ela vai recuar,
20:06porque ela tem muito mais a perder
20:08do que ganhar
20:09se ela quiser bater de frente com os Estados Unidos.
20:11E o Trump tem tentado
20:13quase dividir o mapa mundo
20:15na lógica das zonas de influência,
20:19onde, nessa lógica,
20:20a América seria
20:22uma zona de influência
20:23dos Estados Unidos da América,
20:25e não da Rússia,
20:27como superpotência,
20:28que teria sua influência mais
20:31naquela região,
20:32e até com, aparentemente,
20:34o Trump tendo
20:35alguma tolerância
20:37para que a Rússia
20:38siga o seu plano de expansão
20:41no território ucraniano.
20:43Então, é difícil entender
20:45como que esse equilíbrio
20:46pode acabar
20:48se estabelecendo
20:50entre as grandes potências,
20:51porque o que parece ser
20:53o interesse de Trump
20:54é consolidar
20:55toda a América
20:56como parte
20:58da zona de influência
20:58do seu governo.
21:00E lembrando que o Trump
21:00fez a promessa na campanha,
21:02vou acabar com a guerra na Ucrânia
21:03em 24 horas.
21:04Está mais difícil
21:05do que perdi o pensado.
21:05Está mais para 24 meses.
21:07Está mais difícil
21:08do que esperado.
21:08Mas ele ainda
21:09não descarta
21:10a possibilidade
21:11de cessar
21:12essa guerra na Ucrânia,
21:13assim como o conflito
21:14em Gaza,
21:15porque ele também
21:16almeja aí
21:17o prêmio Nobel da Paz.
21:18Não vamos esquecer
21:19desta sua ambição.
21:22E o Trump é um...
21:22Eu sempre falo,
21:23o Trump é um pacifista
21:24heterodoxo.
21:26Ele não é óbvio,
21:27faz do jeitinho dele,
21:28mas é o que é, né minha gente?
21:30É o que é.
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