Ladoa! - Madeleine Lacsko recebe Ricardo Feltrin - Vídeo Dailymotion

O Antagonista

Direto das redações para os holofotes, Ricardo Feltrin é o jornalista que viu tudo e contou tudo! Desde 1991, quando começou como trainee na Folha de S.Paulo, percorreu uma trajetória marcada por reportagens de cotidiano, colunas políticas e de TV, e até a liderança da transformação da Folha Online em Folha.com em 2010. Como correspondente em Roma, esteve na cobertura da morte do Papa João Paulo II, e ao longo da carreira acumulou experiências como editor-chefe, secretário de redação e, nas horas vagas, pianista. Feltrin é o profissional que transforma notícias em histórias e, quem sabe, até fofocas em grandes reportagens.  Apoie o jornalismo independente. Assine o combo anual de O Antagonista e Crusoé com desconto utilizando o voucher ladoa10 https://bit.ly/ladoa10  Se você busca informação com credibilidade, inscreva-se agora para não perder  nenhuma atualização!    🎧Ouça O Antagonista nos principais aplicativos de áudio, como Spotify, Apple Podcasts,  Amazon Music, TuneIn Rádio e muito mais.   Siga O Antagonista no X:    https://x.com/o_antagonista     Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.   Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.    https://whatsapp.com/channel/0029Va2S...    Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br

Transcript

00:00:00Olá, sejam muito bem-vindos ao Lado A, o nosso Encontro Dominical.

00:00:20Esse projeto que eu tenho aqui no Antagonista de videocast com pessoas que mudam o Brasil,

00:00:25mas fora da política. Todo domingo um convidado diferente com uma história interessante e

00:00:31inspiradora para você já começar a semana com o pé direito. Antes da gente ir para a entrevista,

00:00:37um recadinho dos nossos patrocinadores. Você sabia que a Madeleine já foi professora de inglês?

00:00:44Pois ela já foi professora de inglês, cara. Muito louco isso, né? Então ela sabe a importância que

00:00:49essa língua tem para você, como ela pode abrir portas, como você pode viajar com mais tranquilidade,

00:00:54você pode ter acesso a informações muito mais legais, você pode evoluir na sua carreira

00:00:59acadêmica, profissional. Ela sabe de tudo isso, então é por isso que a gente tem aqui o orgulho

00:01:04de ter essa parceria com a Madeleine. Um preço especial para você que está aqui assistindo

00:01:09esse vídeo. Clica no link que você está vendo aí e aproveita essa promoção agora. Aproveita

00:01:13e vem para o melhor curso de inglês online do Brasil. Bora!

00:01:17Pois é, já vai deixando aqui o seu like, se inscreve no canal. Quem eu vou entrevistar hoje?

00:01:23O nome você já sabe, mas mais detalhes da vida dessa pessoa, quem traz é o José Inácio Pilar.

00:01:31Direto das redações para os holofotes, Ricardo Feltrin é o jornalista que já viu de tudo

00:01:37e contou tudo. Desde 1991, quando entrou como trainee na Folha de São Paulo, ele passou por reportagens

00:01:44de cotidiano. Foi colunista político de TV e até maestro da transformação da Folha Online em

00:01:50Folha.com em 2010. Como correspondente em Roma, cobriu a morte do Papa João Paulo II e, entre

00:01:57furos e manchetes, Feltrin já foi editor-chefe e até pianista nas horas pagas. Ele é o cara que

00:02:05transforma notícias em histórias e, quem sabe, fofocas em grandes reportagens. Vamos aplaudir

00:02:12Ricardo Feltrin. Pois é, está aqui comigo Ricardo Feltrin, meu amigo querido. Seja muito

00:02:21bem-vindo. Boa noite. Feltrin, vamos começar. Com quantos anos de jornalismo?

00:02:2734. Estou fazendo agora, é 1º de setembro, que eu fiz curso de trainee na Folha, né? 1991. Eu não fiz

00:02:36jornalismo, né? Eu estava fazendo ciências sociais, quarto ano. E aí passei no curso de trainee e estava

00:02:42fazendo agora, é 1º de setembro, 34 anos e 27 cobrindo celebridades, TV, mídia, essas coisas.

00:02:52Tem uma coisa engraçada, Feltrin, que eu fui descobrindo que várias pessoas que são

00:02:58muito meus amigos, também são muito seus amigos e a gente não sabia, não é verdade?

00:03:02É verdade. Muita gente que entra no canal fala para a gente fazer live. Quando você foi lá,

00:03:06até foram os maiores números que tem. As pessoas, pelo menos o meu canal, tem hoje 55% de mulher,

00:03:1445% de homem e tem 60% de direita, 40% de esquerda. Então eu consigo fazer meio que um milagre trazer essas

00:03:23pessoas de dois gêneros, né? Dois gêneros ideológicos. E no seu canal, ele começa, vamos dizer,

00:03:31no jornalismo você já começa tendo uma trajetória mais diversificada fora. Você fez muita coisa já na vida.

00:03:39Eu tive a sorte porque eu saí do trainee, a Folha me contratou para a Folha ABCD. Isso, não sei se

00:03:46você lembra, a Folha entrou igual o USA Today, Washington Post, que estava naquela história de

00:03:52regionalização do jornalismo. Então você pegava as maiores cidades dos Estados Unidos,

00:03:57o Washington Post e o USA Today criavam um núcleo ali para cobrir a região. Então a Folha criou a

00:04:05São José dos Campos, Folha Nordeste, que era Ribeirão Preto, Folha Norte, que era Rio Preto e Folha ABC.

00:04:16Então eu comecei na Folha ABCD. E esses cadernos, Madá, eram mini Folhas. Então tinha a capa, a manchete,

00:04:23não sei o quê. Se virava, tinha um pequeno editorial, painel do leitor, coluna da Joyce Pascovitch, que não era dela,

00:04:31esporte, cidades, trânsito, essas coisas. Então a gente tinha que fazer tudo. Então a minha sorte é que num dia

00:04:38eu era coluna social, no outro dia cobri o São Caetano jogando lá no tempo do Tortorello. Então foi super legal

00:04:45porque eu fui aprendendo. Outro dia fazia a cesta básica, né? E eu tentando fazer um texto novo e trabalhava 24 horas por dia.

00:04:54e o curioso é que a Folha ABCD não ficava na OBC, né? Ficava na Barão de Língua. Mentira! Verdade, eu não queria mudar porque era muito caro, eu tinha que economizar.

00:05:03E dessa trajetória toda, como é que você se firmou nisso de jornalismo de celebridade? Porque, por exemplo, você foi chefe do meu primo no Internacional da Folha.

00:05:12Folha.com? É. Quem era o seu primo? O Michel. O Michel? Gavendo, é. Ele é teu primo? É. Não, ele foi meu assistente.

00:05:21Então? Foi assistente em política. Por isso, quando eu tava em Israel, a gente te ligou junto. Ah, eu não sabia. Eu não sabia que você conhecia ele.

00:05:27Pô, o Michelzinho, mamãe. O Michelzinho é... Eu, quando eu fui lá pra Israel, em 2006, ficava com ele lá. Fomos um chacada de vinho da Galileia.

00:05:37É. E o Michel, nossa, é que nem o irmão. Eu acompanhei tudo na vida dele. A gente bebia muito. Não vou contar aqui.

00:05:46Não, essa época... Essa época antes do celular que filma, eu creio que foi a melhor época da minha vida.

00:05:55Por quê? Porque eu podia ir pra balada. Ah, não. Então, eu fico grato porque, assim, eu fui músico profissional aqui em São Paulo há muito tempo.

00:06:05Eu dou graças a Deus que não existem imagens disso. Porque eu tinha o cabelo com mullet, mullets encaixeados.

00:06:14Eu usava gravata de teclinhas de piano, suspensório. Eu toquei na festa do piano de Barretos. E, graças a Deus, eu fiz um clipe em minha banda gótica, em Paranapiacaba, que a gente usava delineador.

00:06:29E tava entediado no trilho do trem. Então, a gente tava entediado. Eu não sei, lembra a música?

00:06:35Gótico. Gótico em Paranapiacaba no trilho.

00:06:40No trilho. Eu vou morrer.

00:06:41E fizeram um clipe, né? E tinha um clipe, um momento que eu mostrei na minha cabeça e eu fazia meio assim, entediado. E eles ficavam apressando a imagem, né? Então, parecia uma saracura. E não existe mais isso aí.

00:06:58Então, eu escapei, cara. Mas eu toquei no Terra da Itália, toquei... Tem por aí umas fotos, né? Mas, graças a Deus, os piores não existem.

00:07:07Você anda na rua e as pessoas se reconhecem? Muito. Então, nunca, eu sempre falo isso, nunca na minha vida de Folha e de UOL, são 23 anos de Folha, 20 anos de UOL, 10 anos de Troféu Imprensa, Ana Maria Braga, Serginho Grossmann, Josué, Josué não, ele é só amigo, e Ratinho, Faustão, Fuitão, nunca ninguém me reconheceu.

00:07:27Hoje eu não ando um quarteirão sem alguém. Vovós me amam. As vovós, eu tenho, minha faixa etária no meu canal, é 95% acima de 45 anos.

00:07:37Ah, é?

00:07:38É, e eu tenho, assim, espectadora de 103 anos.

00:07:41Mentira!

00:07:42É, eu sempre peço pra mandar bolo, eu não levo. Bolinho, né? Um formigueiro, eu adoro bolo formigueiro.

00:07:47Eu pedi pra mulher de 103 anos o bolo.

00:07:49Eu pedi outro dia...

00:07:50Você que tinha que dar presente pra ela.

00:07:52De jeito nenhum. Uma moça mandou pra mim um monte de comida árabe, eu adorei.

00:07:58Mas essa sua transição pra internet, porque eu vou te confessar, eu resisti muito...

00:08:06De sair o quê? Pra ir pra internet?

00:08:09É, ter um canal, porque eu não queria aparecer o rosto.

00:08:12Ah, você ia fazer o quê? Insight?

00:08:14Então, eu não queria aparecer o rosto.

00:08:16Ninguém mais vê site.

00:08:17Eu trabalhei sempre na Jovem Pan. Mas eu... Quando deu ali 2008, que o Seu Tuta abriu um canal...

00:08:27E foi o Seu Tuta mesmo que quis, né?

00:08:29Foi, foi. Ele abriu, eu fiz parte dessa primeira leva. Ali eu vi que era irremediável.

00:08:35Que o que viria adiante, a gente ia ter que estar exposto. Eu não gostava de estar exposta.

00:08:40Eu sempre gostava muito de escrever. Aí eu tive que me acostumar.

00:08:42Mas não é uma coisa que eu entrei na profissão querendo.

00:08:46Ah, mas vai pegar você fazendo o quê? Tomando cerveja? Dando uns ralos aí no bar?

00:08:50Vai fazer o quê? Eu não tô fazendo nada ilegal na minha vida.

00:08:54Então, se pegar, vai ver...

00:08:55Vai ver o quê?

00:08:57Sei, vai ver o quê? Vai, sei lá, espirrando, dando comida pra cachorro, pra pomba...

00:09:01Então, nessa idade que a gente tá, é ótimo. Mas se eu tivesse 20 anos, eu ia ficar muito brava.

00:09:06Tanto que começou essa época assim, ai, tá todo mundo grampeado, porque aquela maleta...

00:09:10Eu falei assim, o que que vai saber na minha vida que não posso saber?

00:09:14Talvez que eu tenha amizade com uma outra atriz pornô.

00:09:17Ah, vamos contar essa história.

00:09:18Não, não vou falar nenhuma, mas é o máximo do...

00:09:20Vamos, vamos contar essa história.

00:09:21Não, mas é isso, é o máximo que vai fazer.

00:09:22Essa atriz pornô é aquela ainda, ou é outra?

00:09:26Qual delas?

00:09:27Que você passou...

00:09:27Não, eu tô brincando. São amigas porque eu cubro...

00:09:32Só explicar aqui.

00:09:33Vai, explica, amor.

00:09:34Eu cubro o mundo do cinema adulto, porque ele movimenta 5 bilhões e meio por ano, aqui no Brasil só.

00:09:41Nos Estados Unidos ninguém faz 10 e 5 bilhões, eu tô falando, sem incluir esses novos plataformas OnlyFans ou Privacy.

00:09:50Isso aí mudou completamente a estrutura.

00:09:52Então, nos Estados Unidos isso é muito respeitado.

00:09:55Por exemplo, uma atriz pornô dos Estados Unidos, é uma pornstar, ela é recebida com limusine.

00:10:00Aqui no Brasil, que é diferente, mas é um mercado muito forte, né?

00:10:04O meu melhor amigo é dono da Brasileirinha.

00:10:07Inclusive, eu como não tenho ninguém que mora no Brasil, eu sou aquelas pessoas que se eu morrer em casa, vai ser os vizinhos...

00:10:15Ai, que horror!

00:10:16Não, eu só tô, é verdade.

00:10:17Então, eu tenho até um amigo que ele tá com progressão, ele faz tudo que precisar.

00:10:22Mas é um mercado muito importante que tem, por exemplo, a gente fica falando,

00:10:27Ai, Netflix deu 20% de share, porque o YouTube, não sei o quê.

00:10:32Ninguém tá medindo o Xvideos.

00:10:34O Xvideos dá 10 vezes o que é o YouTube, dá 100 vezes a Globo News.

00:10:40Isso é comportamento, né?

00:10:42E tem que cobrir, eu só acho que sou o único que cobre isso.

00:10:45Mas o que você faz nessa cobertura?

00:10:48Dô números, eu que descobri, por exemplo, que teve casos de contaminação de HIV, eu conduzi no centro de jornalismo.

00:10:55Eu consegui parar durante uma semana, 15 dias, toda a gravação de pornô em São Paulo, porque eu descobri casos de HIV, 3 casos.

00:11:04E isso nessa indústria é uma coisa muito, muito...

00:11:08Nos Estados Unidos, pararia um mês, lá é um sindicato, é outra coisa.

00:11:12Aqui foi uma semana, porque aqui eles estão fazendo um comportamento super errado nesse mundo, que é o tal do PrEP e do Pepe.

00:11:19Então, como você tem condição de transar com uma pessoa sem camisinha e no dia seguinte você simplesmente vai ficar tomando um comprimido,

00:11:26todo mundo descambou, com exceção, aliás, da Brasileirinhas, que é a única produtora do Brasil que não aceita fazer sexo sem proteção.

00:11:38E por causa disso mesmo o cara deixa de ganhar milhões, porque para você exportar isso, você só exporta se tiver sem camisinha, por exemplo.

00:11:47Houve uma mudança nessa indústria, né? Porque era uma indústria que não podia fazer o filme sem preservativo.

00:11:54Não pode, não pode ainda.

00:11:57Ah, entendi.

00:11:58Não, hoje pode fazer sem preservativo. Não, sempre pode fazer sem preservativo.

00:12:02É que um caso, uma produtora falou, não, aqui é com preservativo, tem que fazer os exames todos, né?

00:12:08E é legal esse assunto, né? Para a estreia do...

00:12:12Mas aí você conhece?

00:12:16Eu cubro a área, né? Eu conheço quase todas as velhas e novas, não, as novas não tanto, né?

00:12:23Porque no Brasil está ficando cada vez pior.

00:12:25Tem muito OnlyFans, né? E as pessoas não estão fazendo mais filmes.

00:12:28Agora, as grandes atrizes brasileiras não estão no Brasil.

00:12:31Elas estão na Hungria, estão na Europa Oriental.

00:12:34São recebidas, a minha amiga, por exemplo, a Stephanie, ela falou que ela chegou na Hungria,

00:12:39os caras foram buscar de limousine branca com champanhe.

00:12:43Então, é tratado, é outro tratamento. Aqui no Brasil é meia boca.

00:12:47Mas também porque eu acho que não há um posicionamento muito comum em indústria, né?

00:12:54Como assim?

00:12:55Acho que a questão de como o povo trata o sexo também influi nisso, não influi?

00:12:59O Sex Hot, por exemplo, inventou de fazer o pornô com a perspectiva da mulher.

00:13:06Perspectiva de gênero, não dá risada.

00:13:08Não, não. Fala pra mim o que é isso.

00:13:10Você fazer o olhar, né? O... Como que chama? Eu esqueci como nome.

00:13:15Quando é... Point of view, né? Pay of view.

00:13:18View do... Sempre é do homem na pornografia.

00:13:22Então, decidiram começar a fazer com o viés da mulher, a diretora, procurar mais um prazer.

00:13:28Nenhuma mulher assiste.

00:13:30Não faz parte da cultura feminina, histórica, biológica, comportamental, psicológica, assistir pornô.

00:13:37Então, você tá fazendo filme pra mulher, tem aquelas que assistem, tem, mas não é a mesma coisa do homem.

00:13:43Porque o homem tem essa estrutura desde o Carlos Zéfero.

00:13:46Você já ouviu falar?

00:13:48Sim, que fazia as mulherzinhas peladas.

00:13:50Gente, aquele desenho, que chamava catecismo.

00:13:54Mas isso que você tá falando, por exemplo, de fazer a perspectiva feminina.

00:13:59Eu vejo isso como algo profundamente machista.

00:14:05Porque, em vez de celebrar o que nós, mulheres, verdadeiramente gostamos,

00:14:11tenta fazer uma versão feminilizada de algo que é dos homens.

00:14:17Por exemplo, futebol feminino.

00:14:19Fica enchendo o saco que todo mundo tem que gostar de futebol feminino.

00:14:22Que mulher que vai ver futebol feminino?

00:14:24Gente, locutora mulher de futebol, eu falo assim, é tão chata quanto o homem.

00:14:29Não adianta querer forçar que é fulana, é maravilhosa.

00:14:32Não, não é.

00:14:33Aquela narra muito...

00:14:35Não, não narra.

00:14:36Ela é um homem...

00:14:37É igual ao narrador.

00:14:37Ela é um homem chato, narrando com falsa mulher.

00:14:41Exatamente.

00:14:42Não chamar gente misógino, lógico.

00:14:43Cláudio Karsug, que falava que na hierarquia do jornalismo esportivo, você tem alfabetizados,

00:14:55semi-analfabetos, analfabetos e locutores.

00:15:00Que coisa louca, porque o meu professor de educação física no Senai, ele dividia os

00:15:07alunos e falava assim, quem joga vôlei é o mais inteligente da escola.

00:15:10Basquete é o mediano, handebol é a besta.

00:15:13Eu era handebol, né?

00:15:14Goleiro.

00:15:15Falou, futebol é inclassificável, né?

00:15:19São os piores alunos.

00:15:20Futebol.

00:15:21Aquele cara que joga louco, futebol de salão, burro.

00:15:23Ele falou, não tem inteligência.

00:15:25Mas eu vi outro dia, eu não costumo ver jogo, mas meu filho vê.

00:15:28Aí ele estava vendo um jogo que é...

00:15:31Ai, desculpa, gente.

00:15:32Narradora.

00:15:33Narradora.

00:15:34Mas parecia que ela estava...

00:15:38De fulano.

00:15:41Parecia uma quadrilha de festa junina.

00:15:44Olha a cobra.

00:15:45Eu ouvi de longe.

00:15:47Eu ouvi de longe e falei assim, mas filho, você não ia ver o jogo?

00:15:51Mentira.

00:15:51Porque você não ia ver o jogo, o que você não ia ver?

00:15:54Era um jogo, cara.

00:15:55Tem até um meme machista, né?

00:15:57Que se fala que o cara está assistindo TV e a mulher dele chega.

00:16:00Por que você está vendo o jogo sem a TV, sem o volume?

00:16:03Ele liga, é uma mulher.

00:16:04Por que o cara é bala com o fulano?

00:16:06Ela falou, entendi.

00:16:07Daí, abaixa.

00:16:09Então, porque assim, eu entendo que há mulheres que gostam de futebol.

00:16:15Ah, mas não é uma coisa que assim, é o predileto das mulheres.

00:16:20Eu sempre falo, né?

00:16:21Por que não fazer coisas legais que as mulheres gostam?

00:16:24Eu sempre falo, tem três coisas que não é assim comum numa mulher.

00:16:28Que é gostar de uísque puro, gols a rodar e pornô.

00:16:32É difícil achar uma coisa.

00:16:35Eu acho que tem essa história da militância, né?

00:16:39Da identitarismo.

00:16:40Tem que ter uma mulher.

00:16:42Eu não acredito até que se a gente falar um negócio desse, vai vir alguma fala.

00:16:46Vocês são misóginos.

00:16:47Porque você tem que gostar que a mulher é narradora.

00:16:50Não, não tem.

00:16:52Não vou gostar.

00:16:53E essa questão assim de também forçar a fingir que gosta, sabe?

00:16:59A questão do futebol feminino é a maior, cara.

00:17:03Porque a mulher não gosta, não vão.

00:17:05Não, eu já vi cada golaço em Futebol Society de mulher.

00:17:10Você espetar gols da Marta também.

00:17:13Mas eu não gosto de assistir esporte.

00:17:16Eu também não gosto.

00:17:17Eu amo assistir aqueles documentários 30-30 da ESPN.

00:17:22Eu já chorei com um documentário sobre o cara que jogava gol.

00:17:24Eu não faço a menor ideia, mas são lindos, são muito bem feitos.

00:17:28A história de um jogador de rugby que ele nunca conseguiu ganhar um campeonato,

00:17:35mas os filhos conseguiram.

00:17:36Gente, eu amo aquilo.

00:17:37Agora, ir no estádio, ficar comprando pipoca para ficar gritando.

00:17:43Aquele monte de gente suada, estranha, encostando em mim, não.

00:17:48Eu às vezes tenho que ir, você sabe, né?

00:17:50Porque o seu filho é o quê?

00:17:51Meu filho é São Paulino.

00:17:53Coitadinho, tá mal.

00:17:55Mas sempre que eu posso...

00:17:57Mas o que eu ia fazer?

00:17:59Eu levei ele na arquibancada já.

00:18:02Porque aí foi mais gente, amigos e tudo, é.

00:18:05Puta, longe ainda.

00:18:07Não, não.

00:18:08Vou falar para você.

00:18:09Eu não nasci para isso, entendeu?

00:18:11Essas coisas a gente só faz para o filho.

00:18:13Aí depois, eu falei assim,

00:18:15bom, moleque gosta de arquibancada, mas eu não vou.

00:18:19Eu vou levar no camarote.

00:18:21Aí fui no camarote.

00:18:23Pergunta se a criatura quer em arquibancada de novo.

00:18:29Nunca mais.

00:18:29É igual quando eu diria ando de primeira classe uma vez.

00:18:32Puta, é verdade.

00:18:32Nunca mais.

00:18:33Eu fui uma vez na vida, né?

00:18:34Eu ganhei um prêmio da Folha e peguei, falei, vou para a Inglaterra de primeira classe.

00:18:40Até hoje, quando eu entro no avião, eu fico olhando de ladinho assim, falando,

00:18:44lá, tem biscoitinho, tem champanhe.

00:18:48Você chegar na mesa e já tem uma garrafa de vinho.

00:18:50Não dá mais você voltar a ser pobre.

00:18:52Você tem que ver.

00:18:53Não, não é um horror.

00:18:54A primeira vez que eu voei de primeira classe, eu falei, nossa, nunca mais.

00:18:59Porque quando você vai para a econômica depois disso, parece que eles estão se castigando

00:19:03de propósito.

00:19:05Você caiu na vida, né?

00:19:07Não, parece que eles são ruins com você de propósito.

00:19:09Porque aquela mesma pessoa na primeira classe vem e fala, ah, isso aqui não é peguinha.

00:19:13Qual que eu sei o que é?

00:19:14Depois ela passa.

00:19:15Vendendo aquela porcaria daquele lanchinho agora.

00:19:20E fala aí, primeira classe.

00:19:22Lá vem.

00:19:24Como é que você entrou para o jornalismo de celebridades?

00:19:29De celebridades.

00:19:29Então, eu saí, eu tive muita sorte, né?

00:19:32Eu era professor da rede estadual, da aula de geografia, história, como professor substituto,

00:19:37porque tinha periferia de Mauá, ninguém queria ir, os professores eram por pontos.

00:19:43Ribeirão Pires, então eu dava aula como aluno.

00:19:48Aí entrei na Folha, passei no treininho e, tipo assim, governo Fleury isso.

00:19:53Eu entrei na Folha ganhando, sei lá, oito vezes o que eu ganhava como professor.

00:19:56Então, eu já cheguei.

00:19:58Só que eu dei muita sorte, porque em um ano depois que eu estava na Folha, eu fui convidado

00:20:01para a Folha da Tarde ganhando mais.

00:20:04Depois de um ano na Folha da Tarde, eu fui convidado para ser editor assistente da Folha em Rio Preto.

00:20:09Daí eu voltei para São Paulo ganhando mais.

00:20:11Depois eu virei com o ministro de política.

00:20:13Na Folha da Tarde.

00:20:15E depois voltei para a Folha ganhando um pouco mais.

00:20:18E aí um dia mandaram embora a colunista da Folha da Tarde.

00:20:20A Folha da Tarde era grande concorrente do Diário Popular.

00:20:24E o Luiz Frias avisou, o chefe falou assim, investe em alguém que seja bom para...

00:20:29Vamos investir.

00:20:30E aí eu fui ganhando mais ainda como colunista.

00:20:34Só que como colunista, eu tinha que fazer seis notinhas e uma foto.

00:20:37Então eu chegava tipo cinco horas da tarde, seis e meia eu já estava indo embora.

00:20:42Para o cinema, era uma época de muito cinema.

00:20:46E eu até tinha culpa, você acredita?

00:20:47Porque eu falava, não é possível estar ganhando tão bem e trabalhar tão pouco.

00:20:51E ainda comecei em festa de famosos, da Globo.

00:20:55Então eu fiquei deslumbrado.

00:20:56E aí virei essa área e aí fui para a TV Jornal Agora, que eu ajudei a fundar.

00:21:04Eu fazia toda a página dois, que também era de entretenimento.

00:21:08E depois fui para folha.com, né?

00:21:10Fui online.

00:21:11E aí eu fazia a coluna Ops, que foi uma coluna que durou seis anos.

00:21:15E eu usava gif, patinho.

00:21:17Eu amava essa coluna.

00:21:19Você sabe que eu era fã, eu lia todos os dias patinho do Feltrinho.

00:21:24Patinho, gente.

00:21:24Eu adorava, adorava, achava aquilo tão diferente.

00:21:27Era gif, né?

00:21:28Os patinhos ninguém usava, eles chorando.

00:21:30Era muito legal.

00:21:31Tinha a leitora bonitona, tinha...

00:21:32Criei uns personagens, mas eu dava notícia também, né?

00:21:35Sim.

00:21:36Mas aí começou a ficar pesado, porque ali eu era muito sarcástico.

00:21:40Então, por exemplo, o Datena me processou, o Sérgio Malandro me processou.

00:21:45Ah, não.

00:21:46É, porque eu...

00:21:47O Sérgio Malandro.

00:21:48É, eu mereci.

00:21:49Uma pessoa foi processada.

00:21:51Pelo Sérgio Malandro.

00:21:52Pelo Sérgio Malandro.

00:21:53Para!

00:21:54Vocês sabem que eu fui bloqueada.

00:21:58Por ele?

00:21:58Não, pelo Léo Jarmi.

00:22:00Por quê?

00:22:02Pô, o Léo é super legal.

00:22:04Essa é a história...

00:22:04Ele faz balé, ele tá ótimo.

00:22:05Essa é a história da minha vida que eu mais me arrependo.

00:22:10Por quê?

00:22:11Porque é o seguinte...

00:22:11Tava...

00:22:13Ai, cacete.

00:22:15Agora eu vou contar.

00:22:16O que que você fez?

00:22:17Tava pandemia.

00:22:18Tava pandemia.

00:22:19Aí, eu cobrindo, na época política, dentro da minha casa.

00:22:27Pra Gazeta do Povo.

00:22:29Tive que demitir a minha equipe inteira de vídeo por telefone.

00:22:33Deu.

00:22:34Então, eu tava...

00:22:36Fiquei de quarentena duas semanas antes, porque o prédio onde eu tava foi o primeiro a ter

00:22:41Covid.

00:22:42Nós ficamos a...

00:22:43Mandaram todo mundo pra casa com a roupa do corpo.

00:22:46Tivemos que deixar até equipamento lá.

00:22:48Prédio comercial.

00:22:49Prédio comercial.

00:22:49Hã?

00:22:50Prédio comercial.

00:22:51É.

00:22:52Bom, aí...

00:22:53Alguém me manda uma foto de sacanagem.

00:22:58Eu achei que era sério.

00:23:00Esse M desse general Pazuello fazendo balé enquanto o país inteiro tá trancado em casa.

00:23:10Aí, veio uma foto do homem fazendo balé de máscara.

00:23:13Eu passei uns 10 dias achando que era o general Pazuello.

00:23:17É o Léo Jaime.

00:23:18É o Léo Jaime.

00:23:19Ele é um querido.

00:23:20Ele é um querido.

00:23:20Aí, eu postei a foto ainda achando que era o general Pazuello.

00:23:26E ele achou que era uma indireta pra ele.

00:23:28Ele respondeu.

00:23:29E eu disse depois algo assim.

00:23:31Eu te amo desde a adolescência.

00:23:33Eu não tenho culpa de ser a cara do Pazuello.

00:23:35Ele não é a cara do Pazuello.

00:23:36Mas tava a cara dele.

00:23:37Ele tava de máscara.

00:23:39Só o olhinho era.

00:23:41Só o olhinho.

00:23:42Só o olhinho era.

00:23:43Então, eu fui bloqueada.

00:23:44Agora, você foi pra...

00:23:45Nossa história, cara.

00:23:47Por que você foi processado pelo Sérgio Malandro?

00:23:51Porque eu, aliás, queria de novo aproveitar esse programa aqui pra pedir desculpa pro Sérgio

00:23:56Malandro, que eu quero muito entrevistar você.

00:23:59Nós somos amigos de uma pessoa incomum, que é o Marco Pantera, irmão da Monique Evans,

00:24:04criador da agência Mega, o M é de Marco Pantera.

00:24:06E eu gostaria de voltar a falar com você, Sérgio Malandro.

00:24:09Por quê?

00:24:11Porque ele tinha um programa na Gazeta e o programa não dava audiência.

00:24:14Dá 0,2, 0,1.

00:24:15Nada dá muito na Gazeta, né?

00:24:17Coitadinho.

00:24:18E aí, um dia ele foi mandado embora.

00:24:20E eu era sarcástico.

00:24:21E eu falei que a Gazeta podia optar em botar um repolho.

00:24:25Porque repolho dá 0,2.

00:24:28Eu falei, um repolho ficar o tempo inteiro dá 0,2.

00:24:30Aí ele meteu um processo, o juiz deu ganho de causa pra mim, ainda desancou ele, falando

00:24:36assim, você está pagando pelo que você faz e o que você leva na casa das pessoas.

00:24:41Achei meio agressivo.

00:24:42Mas esse caso, ele está hoje usado de exemplo na Universidade de Navarra, na Espanha, como

00:24:48exemplo de como vencer um processo sendo irônico com alguma coisa.

00:24:54E aí ele perdeu, né?

00:24:57Olha que coisa bonita do nosso direito.

00:24:59Ele está estudando quando você zoou o Sérgio Malandro e ele pegou pilha, é isso?

00:25:04Ele ficou puto, né?

00:25:06O Datena é a mesma coisa.

00:25:07O Datena é o que que fez com você?

00:25:09Não, o Datena eu já falei.

00:25:10Eu encontrei, eu fui no Troféu Imprensa, o último.

00:25:13Ele chegou pra mim e falou, porque você, você lembra que eu te perdoei.

00:25:18E assim, uma vez eu tive uma discussão com o Datena, ele realmente me processou, só

00:25:22que ele nem foi na audiência.

00:25:24Foi só pra intimidar.

00:25:26E a gente não se conhecia.

00:25:27E ele pegou raiva de mim.

00:25:29E aí um dia ele tá fazendo um programa.

00:25:31Eu já contei esse caso em outros lugares, né?

00:25:33Aparece muito feltrino aqui, já vou avisando.

00:25:35Ele fazia um programa ao meio-dia, que era, não sei o que lá, a hora do almoço.

00:25:39E ele fazia um link com outro jornalista, que era o saudoso Paulo Morsa.

00:25:44E no meio da conversa deles, o Paulo falou assim, é porque um jornalista me ligou aqui

00:25:47perguntando se a gente se dava bem.

00:25:50E ele já começou, eu sei que é, é o Feltrin, esse babaca, babaca, porque esse cara é babaca e muito babaca.

00:25:57E há 16 vezes ele me chama de babaca ao vivo na Band.

00:26:02E eu falei, tudo bem, já tá mágoa, deixa pra lá.

00:26:05Daí quando ele lança um novo programa de domingo na Band, eu fui.

00:26:09E aí ele me vê, Feltrin, admiro muito o seu trabalho, eu respeito você demais.

00:26:15Claro, me respeito, ele me chamou 16 vezes, babaca, mas me respeito.

00:26:20Agora eu vou em março, abrir o troféu imprensa, e ele tá lá, e ele começa a falar,

00:26:26você lembra?

00:26:27Eu falei, o Datena, a gente já conversou sobre isso.

00:26:30Isso já acabou, Datena, e na frente dos outros jornalistas.

00:26:34Do Léo Dias, do Flávio Rico.

00:26:36E ele me dando expor, porque você é grato, porque não sei o que.

00:26:40Até eu conversei outro dia com o Danilo Gentil, ele falou assim, é igualzinho com a gente.

00:26:45Ele falou, onde o Datena tá, ele esquece que ele já resolveu os problemas.

00:26:51Caramba!

00:26:52Você nunca conheceu o Datena?

00:26:54Eu conheço.

00:26:55Uma figura, maravilhosa.

00:26:58O generoso, o cara generoso.

00:26:59Quem gosta muito dele é o Boulos, né?

00:27:03Filho, não o pai.

00:27:05Não, o pai tem um vídeo dele, que tá os dois tomando pinga na casa do Datena,

00:27:09e o Datena tá se oferecendo pro Boulos pra ser vice dele.

00:27:11Então, mas eles são muito, eles se gostam muito.

00:27:13Só que é umas coisas que a gente não consegue entender.

00:27:16Doze partidos, né?

00:27:18O Datena fez parte.

00:27:20Já fez parte de doze?

00:27:21Doze partidos.

00:27:23Jesus amado!

00:27:24Além do Datena...

00:27:26Só.

00:27:26Com quem mais que você já ficou?

00:27:28Ah, tô tendo problema agora no caso do Anarikman, né?

00:27:31Todos esses casos que eu me meti a mostrar

00:27:33farsa, acusações graves de mulheres contra homens que não são verdadeiras,

00:27:40isso aí começou a causar também dano em calabresa, né?

00:27:44Essas coisas.

00:27:45Tanto é que eu tô sendo acusado agora de violência psicológica,

00:27:48que é um caso inédito no mundo,

00:27:50que é um jornalista ser acusado de causar transtornos psiquiátricos

00:27:55para mulheres que estão cometendo mentiras.

00:28:00Então, pra me calar, elas não podem me acusar de injúria, calúnia, defamação,

00:28:05de eu ter publicado uma fake news,

00:28:08então sacaram da manga a violência psicológica.

00:28:11Do seu processo, o que eu acho mais curioso da violência psicológica

00:28:14é o salto lógico.

00:28:16Porque a violência psicológica, a acusação...

00:28:19Gente, não é que ele cometeu violência psicológica contra elas,

00:28:23ele falando.

00:28:24Qual que é a acusação?

00:28:26Pelo fato dele falar,

00:28:28elas foram atacadas na internet,

00:28:30e, portanto, ele causou a violência psicológica.

00:28:32É um salto lógico

00:28:34que é muito difícil pra gente exercer a profissão assim.

00:28:37Você joga o profissão precedente,

00:28:39se elas ganham um caso desse?

00:28:41Então, se eu começar a cobrir,

00:28:42eu sempre uso esse exemplo,

00:28:43um grupo de mulheres que estão fazendo tráfico de órgão de bebês

00:28:48pra Europa Oriental,

00:28:50e eu começo a cobrir isso,

00:28:51elas vão pegar esse precedente e vão na polícia e falar

00:28:53ele está atormentando a gente.

00:28:56Ele não consegue provar nada,

00:28:57ele não tem prova até agora e está atormentando a gente.

00:29:00E eu vou sofrer uma sanção,

00:29:01não vou poder...

00:29:02capaz de me processar, né?

00:29:04Ainda, pedindo a desação.

00:29:05Essa coisa de processar,

00:29:07no meio dos humoristas,

00:29:08o Danilo estava me mostrando outro dia

00:29:11que ele fez um...

00:29:11ele puxou...

00:29:14Porque ele falou assim,

00:29:15ah, na época da ditadura,

00:29:16eles deviam ter também 80 processos como eu tenho,

00:29:18não sei o quê.

00:29:19Ele puxou pra ver e não tinha,

00:29:20não era assim.

00:29:21Nunca.

00:29:22É a de agora.

00:29:23E no jornalismo,

00:29:25quando que foi o seu primeiro processo

00:29:27que virou processo?

00:29:29O meu foi só em 2017.

00:29:31Eu comecei em 96.

00:29:32Praticamente toda semana,

00:29:35como eu cobri a polícia e depois política...

00:29:38Já era bom isso?

00:29:39É.

00:29:39Tinha alguém enchendo o saco.

00:29:41Praticamente toda semana.

00:29:43Aí eu saí da redação 2008

00:29:45e voltei em 2015.

00:29:48Em 2017 foi a primeira vez

00:29:51que um juiz aceitou o processo.

00:29:53Porque sempre o juiz falava assim...

00:29:54Quem foi?

00:29:55Quem era?

00:29:55Foi lá em...

00:29:56É um cara

00:29:59que ele tinha...

00:30:03Ele tinha atuado

00:30:04numa coisa do Ministério do Trabalho

00:30:07contra Trabalho Escravo.

00:30:09E antes,

00:30:10quando eu trabalhei no parlamento,

00:30:11eu acompanhava as denúncias

00:30:12de Trabalho Escravo.

00:30:13Eu fiz o relatório...

00:30:14E ele tinha sido denunciado?

00:30:16Ele não propriamente.

00:30:18Ele era o cara do Ministério do Trabalho.

00:30:19Mas uma denúncia muito grave

00:30:21que tinha que cumprir certas coisas

00:30:24quando chegou ali.

00:30:25ele apazigou.

00:30:27E você fez a matéria?

00:30:28E eu fiz a matéria.

00:30:31E aí o que aconteceu foi que...

00:30:33Eu, aliás, nunca contei essa história.

00:30:33Acabou esse processo?

00:30:35Acabou, mas foi um processo assim.

00:30:37Ele me processou

00:30:37no Pequenas Causas de Brasília.

00:30:39E eu tinha que viajar a Brasília.

00:30:42Aí, Pequenas Causas,

00:30:44eu fui nas três audiências

00:30:46do primeiro processo.

00:30:47Ele faltou nas três.

00:30:48O processo foi arquivado.

00:30:49Ele pode reabrir mais duas vezes.

00:30:50Ele reabriu mais uma vez.

00:30:52Não foi de novo.

00:30:52De novo, arquivou.

00:30:54E abriu de novo.

00:30:55Intimidação.

00:30:56Foi de novo as três vezes

00:30:58e o...

00:31:00No fim, tomou uma lapada da juíza.

00:31:03Ó, 20 anos de UOL.

00:31:0523 anos de Folha,

00:31:06eu tomei seis processos.

00:31:07Nesses seis,

00:31:08quatro ganhou.

00:31:09Um foi uma bobagem

00:31:11que o UOL fez.

00:31:12Eu nem sabia

00:31:13que eu estava sendo processado.

00:31:14Porque um dia eu acordo,

00:31:15e vi lá,

00:31:16Juliana Paz ganha processo de jornalista.

00:31:18Pô, estou trabalhando de novo.

00:31:20Eu ganho a paz.

00:31:21O UOL perde, não sei o quê.

00:31:22De noite, eu falei,

00:31:23ah, que isso, né?

00:31:24Cliquei.

00:31:25Sou eu!

00:31:26Sou eu!

00:31:27Ela tinha ganhado.

00:31:28Porque quando ela fez Gabriela,

00:31:30eu tinha uma fonte

00:31:30que estava lá na cobertura,

00:31:33fez uma foto

00:31:33na hora que ela tira a roupa

00:31:34para nadar lá no Rio,

00:31:36com os peitão, né?

00:31:37E eu publiquei.

00:31:38Aí a Globo acusou a mim

00:31:41e a UOL

00:31:41de ter roubado uma foto

00:31:44da divulgação

00:31:45e tirado a marca d'água.

00:31:46E era tudo mentira,

00:31:47porque eu tinha documentado

00:31:48que aquilo veio

00:31:49de um celular vagabundo lá.

00:31:51A qualidade era ruim.

00:31:52E eu nunca soube

00:31:53do processo.

00:31:56E aí foi isso.

00:31:57Agora,

00:31:57um ano de YouTube

00:32:00já tinha 16 processos.

00:32:01Então é isso que eu queria te perguntar.

00:32:02Porque assim,

00:32:03durante a minha vida inteira

00:32:04cobrindo coisas caóticas,

00:32:07eu tive esse processo

00:32:08da Jovem Pan

00:32:09que deu problema,

00:32:09que aliás,

00:32:10era um cara indicado do Lupe,

00:32:12do Carlos Lupe,

00:32:13que está dando problema no INSS.

00:32:14Só para dizer,

00:32:15eu avisei, galera.

00:32:16Acabou o assunto, né,

00:32:17Dilma?

00:32:17É.

00:32:18Acabou, não.

00:32:19Ninguém fez nada.

00:32:20Os velhos que se enganaram, não.

00:32:22Aí,

00:32:23tive esse processo.

00:32:26Depois,

00:32:26na Gazeta do Povo,

00:32:27teve vários que entraram,

00:32:29mas muitos

00:32:30que o juiz aceitava

00:32:31e iniciava o processo.

00:32:32Porque o que acontecia

00:32:33até 2017,

00:32:34na política pelo menos,

00:32:36é que eles entravam

00:32:38reclamando muito

00:32:38para intimidar.

00:32:40Mas não precisava.

00:32:41Não,

00:32:41o juiz

00:32:42dava a denúncia

00:32:43por inepta.

00:32:44Ele falava,

00:32:45não tem nada aqui

00:32:45que ela falou que...

00:32:46Sem justa causa.

00:32:47Nem começava,

00:32:48eu não tinha que ir.

00:32:50Em 2017,

00:32:52tive esse,

00:32:52na Gazeta do Povo,

00:32:53tive uns três ou quatro,

00:32:54mas a Gazeta do Povo

00:32:56defende a gente.

00:32:58Aqui,

00:32:58no Antagonista,

00:32:59nunca tive.

00:33:00Nem no Velho Testamento,

00:33:01nem agora no

00:33:02Novo Testamento.

00:33:04Mas,

00:33:05por causa de canal

00:33:06de YouTube,

00:33:07chegou a entrar

00:33:08um conjunto

00:33:09de 16 deputados

00:33:11bolsonaristas

00:33:12pedindo para derrubar

00:33:13o meu canal

00:33:14de YouTube

00:33:14no Supremo.

00:33:16Bom,

00:33:17eu tenho...

00:33:17Você com o YouTube...

00:33:18Eu tenho as oito

00:33:19do Caso Mellin,

00:33:20não, seis do Caso Mellin,

00:33:22mas inventaram mais cinco lá,

00:33:23que são as testemunhas,

00:33:25pediram já

00:33:25o bloqueio

00:33:26do meu canal,

00:33:27retirada de 200 vídeos,

00:33:29bloqueio,

00:33:30inclusive,

00:33:30do meu dinheiro,

00:33:31né,

00:33:32de...

00:33:32Nossa!

00:33:33E cada uma

00:33:34está pedindo hoje

00:33:35200 mil

00:33:36de indenização

00:33:37porque

00:33:37eu estou abalando

00:33:39psicologicamente

00:33:40essas mulheres

00:33:41com isso.

00:33:42Agora,

00:33:42eu sei que não me processavam

00:33:44no UOL

00:33:44ou na Folha

00:33:45porque é o seguinte,

00:33:45o cara tem medo

00:33:46de te processar

00:33:47se tu está no veículo

00:33:48porque ele fala

00:33:49vou me queimar,

00:33:50eu não vou aparecer

00:33:50mais no UOL.

00:33:52Então,

00:33:52ele segura mais.

00:33:53Agora,

00:33:53sozinho,

00:33:54eles viram todos

00:33:55corajosos,

00:33:56né?

00:33:56E assim,

00:33:57hoje eu cheguei a ter,

00:33:58eu cheguei a ter,

00:33:59agora tem a minha

00:34:00advogada,

00:34:01a doutora Thais,

00:34:02mas o André Marcília

00:34:03é meu advogado

00:34:04de liberdade imprensa,

00:34:06por exemplo,

00:34:07porque aquela Mind8

00:34:08me processou

00:34:08porque em algum momento

00:34:10eu vinculei ela

00:34:11ao site,

00:34:11choquei.

00:34:12Então,

00:34:13tem umas coisas absurdas,

00:34:14um processo que eu sempre conto,

00:34:16que é uma mulher

00:34:16em Rio Preto

00:34:18que ela é boleira,

00:34:19ela faz bolo.

00:34:20Aí teve uma novela

00:34:21da Globo

00:34:22que era a Juliana Paz

00:34:23e ela fazia bolo.

00:34:24essa mulher processou

00:34:25a Globo

00:34:25pedindo 5 milhões

00:34:26porque a Globo

00:34:27tinha roubado

00:34:28a vida dela.

00:34:30Ela perdeu.

00:34:31A Globo ganhou

00:34:32e ela foi condenada

00:34:33a pagar 5 milhões

00:34:34para a Globo.

00:34:35Eu fiz a matéria,

00:34:36Globo vence

00:34:37processo com a Nússia.

00:34:38Ela me processou

00:34:39porque ela disse

00:34:40que eu não tive

00:34:41a sensibilidade

00:34:42de perceber

00:34:42que ela estava sofrendo

00:34:44com a derrota judicial

00:34:46e eu tripodeei sobre ela.

00:34:48Então,

00:34:48ela estava me processando

00:34:49pedindo indenização

00:34:50porque eu publiquei

00:34:51que ela perdeu

00:34:52para a Globo.

00:34:54E essa pessoa

00:34:54usa a defensoria pública.

00:34:57Quer dizer,

00:34:57é o nosso dinheiro

00:34:58para fazer esse tipo de coisa.

00:34:59Ela processou

00:35:00mais de 20 lugares.

00:35:01Todo mundo que publicou.

00:35:02Mas isso virou

00:35:03meio que uma cultura,

00:35:04não virou?

00:35:05Tem até um menino

00:35:05que é humorista

00:35:07que faz no Instagram.

00:35:09Ele faz um quadro

00:35:10que ele é o advogado.

00:35:11Aí tem as perguntas assim.

00:35:13Doutor,

00:35:14eu prestei concurso

00:35:15para a polícia

00:35:16e não passei.

00:35:18Devo processar o governo?

00:35:20Deve,

00:35:21é causa,

00:35:22ganha.

00:35:23Você soube

00:35:23um rabaro psicológico.

00:35:25Eu adoro esse menino.

00:35:26Adoro.

00:35:27E ele faz isso com tudo.

00:35:29Mas assim...

00:35:31Tem o personagem

00:35:31Processinho, né?

00:35:33Você vê um Processinho

00:35:34amarelinho lá no Twitter.

00:35:35Procura o Processinho.

00:35:37Então,

00:35:37mas não virou

00:35:38uma cultura

00:35:39das pessoas

00:35:39quererem processar

00:35:40por causa de tudo?

00:35:42E assim,

00:35:44as pessoas quererem,

00:35:46pode querer.

00:35:46Vai lá.

00:35:47Agora,

00:35:47o Estado

00:35:48passou a permitir

00:35:49isso de uns 15 anos

00:35:51para cá

00:35:51de uma maneira

00:35:52que não fazia.

00:35:52Eu não sei se 15 anos,

00:35:54mas de uns 7 anos

00:35:55para cá

00:35:55o negócio piorou

00:35:56e assim,

00:35:57você vê o Ministério Público

00:35:58acatando qualquer denúncia,

00:36:00sabe?

00:36:01Não querem saber.

00:36:02É muito raro

00:36:02você ver um Ministério Público

00:36:04e falar,

00:36:04espera aí,

00:36:04isso aqui é mentira.

00:36:05Isso aqui eu não vou deixar

00:36:06virar,

00:36:07porque está gastando

00:36:08dinheiro público.

00:36:09Então,

00:36:09eu fico pensando,

00:36:11o Processo

00:36:11da Ana Hickman

00:36:12tem mais páginas,

00:36:14olha,

00:36:14do que as 8 acusadoras

00:36:16do Marcio Simeli.

00:36:17Na verdade,

00:36:18são 6.

00:36:19Tem 4 mil lá,

00:36:20a Ana Hickman

00:36:21já tem 8 mil.

00:36:22E aí,

00:36:22você vê,

00:36:23não tem prova

00:36:24nenhuma

00:36:25e não encerra o caso

00:36:27porque tem essa história

00:36:28do viés de gênero.

00:36:30Você sabe

00:36:31que foi o CNJ

00:36:32que foi isso.

00:36:33Então,

00:36:33para quem não sabe,

00:36:34viés de gênero

00:36:35significa que

00:36:36em um processo

00:36:37entre o homem

00:36:37e a mulher,

00:36:38a mulher ganha.

00:36:39Não interessa

00:36:39se ela é culpada,

00:36:40inocente,

00:36:41ela sempre ganha.

00:36:42Então,

00:36:43hoje está muito politizado

00:36:45o Ministério Público.

00:36:47E o negócio

00:36:47da judicialização,

00:36:49quais são os casos

00:36:50que te deram mais...

00:36:51Qual é o caso

00:36:51que te deu mais problema?

00:36:53Marcius Mellen

00:36:54ou Ana Hickman?

00:36:56Ah,

00:36:57o Marcius Mellen

00:36:57é mais intimidador

00:36:58porque são

00:36:59quatro mulheres

00:37:00chorando

00:37:02que a filha

00:37:04viu o meu vídeo

00:37:05e ficou traumatizado,

00:37:06os coleguinhos,

00:37:07e tal.

00:37:07Mas,

00:37:08Ana Hickman

00:37:08é muito mais

00:37:09pentelho,

00:37:10porque ela moveu

00:37:12já três processos

00:37:14diferentes contra mim,

00:37:15inclusive pelo mesmo crime,

00:37:16porque é proibido,

00:37:17mas a polícia aceitou.

00:37:19E quando eu,

00:37:20minha advogada,

00:37:21a gente foi acusar ela

00:37:21de assédio judicial

00:37:23inicialmente,

00:37:24o delegado falou

00:37:24não, não,

00:37:25isso é coisa cível.

00:37:26Falei,

00:37:26não, meu filho,

00:37:27isso é crime,

00:37:27está lá,

00:37:28o Gilmar Mendes

00:37:28já julgou isso aí,

00:37:30é pato,

00:37:30você não pode perseguir

00:37:31judicialmente um jornal.

00:37:33Até o advogado dela

00:37:34ameaçou de processar,

00:37:35o Eduardo Guedes

00:37:36colocou dois processos,

00:37:37ganhei os dois,

00:37:38dela eu já ganhei,

00:37:40dos dois já ganhei um,

00:37:42mas incomoda,

00:37:43porque assim,

00:37:44é um saco

00:37:45você ter que ficar

00:37:46lidando com isso,

00:37:47sabe,

00:37:48e hoje eu sou

00:37:48um cara independente,

00:37:50alguns advogados

00:37:51me ajudam,

00:37:52fazem pró-bono,

00:37:52e outros não,

00:37:53eu tenho que ficar

00:37:54pagando isso,

00:37:54então como ela é rica,

00:37:56ela fica intimidando isso,

00:37:58e falando,

00:37:59ele está publicando

00:38:00uma coisa,

00:38:00por exemplo,

00:38:01o Eduardo Guedes

00:38:01me processou

00:38:02porque eu usei um dia

00:38:04a palavra lá,

00:38:04talarico,

00:38:06ele é talarico,

00:38:07você já ouviu esse termo,

00:38:08e aí eu mostrei

00:38:09que se você escrever

00:38:10molho talarico

00:38:11no Google,

00:38:12aparece o canal dele

00:38:13embaixo,

00:38:14aí ele falou,

00:38:14ele ensinou as pessoas

00:38:16que se escrever talarico

00:38:18vai me prejudicar,

00:38:20falei,

00:38:20vai brigar com o Google,

00:38:22essa porra é algoritmo

00:38:23do Google,

00:38:23não fui eu que inventei,

00:38:25então,

00:38:25e aí a gente colocou

00:38:26na defesa ainda

00:38:28um vídeo do Ratinho

00:38:29chamando ele

00:38:29de talarico várias vezes,

00:38:31e aí eu,

00:38:32acho que o juiz fala,

00:38:34escuta,

00:38:34você não processou o Ratinho,

00:38:36aí eu não vi,

00:38:37é,

00:38:39é isso que você falou,

00:38:42de mirar

00:38:43em quem é independente,

00:38:46é mais fácil,

00:38:47é mais fácil,

00:38:48e eu acho que

00:38:49para os juízes aceitarem,

00:38:51é mais fácil,

00:38:52porque ele não está mexendo

00:38:53com aquela rede de televisão,

00:38:55o juiz está falando,

00:38:56não,

00:38:56vamos ver o que tem aqui.

00:38:57Mas tem muito juiz bom ainda

00:38:59que está acabando com isso,

00:39:00estão vendo,

00:39:00inclusive o Ministério Público

00:39:02lá no Rio de Janeiro,

00:39:03nesse caso,

00:39:03o Mellin aí,

00:39:04apesar de ter uma máfia

00:39:06femista que está insistindo

00:39:07que ele seja condenado,

00:39:09lá teve quatro peritas,

00:39:11uma promotora,

00:39:13chefe lá,

00:39:14do caso,

00:39:15que viram que era tudo

00:39:15uma farsa,

00:39:16e apresenta o laudo

00:39:18e pede o arquivamento

00:39:19do caso,

00:39:20elas recorrem,

00:39:21depois o outro promotor

00:39:22pede o arquivamento

00:39:23do caso,

00:39:23isso vai para a Câmara Criminal

00:39:25do Ministério Público,

00:39:26com mais três mulheres,

00:39:27elas pedem o arquivamento

00:39:28do caso,

00:39:29mas aí chega na juíza

00:39:29e fala,

00:39:30não, não,

00:39:30eu acho que tem que julgar,

00:39:33entende?

00:39:33E a juíza não acompanhou nada,

00:39:36o caso são quatro mil páginas,

00:39:38é certeza,

00:39:38né?

00:39:39E daí você fica na mão

00:39:41disso que está acontecendo,

00:39:42está tendo uma ditadura

00:39:44de gênero

00:39:45na área

00:39:46do Código Penal,

00:39:48Código Civil,

00:39:50e quem está fazendo

00:39:51essas leis misândricas

00:39:52são congressistas

00:39:54de direita,

00:39:55você sabia?

00:39:56Não.

00:39:57É,

00:39:57a Damares está defendendo,

00:39:58a Tabata Amaral

00:39:59está defendendo,

00:40:00o Sâmia Bonfim,

00:40:01todas estão fazendo

00:40:02projetos de lei,

00:40:04violência psicológica

00:40:06da direita,

00:40:08artigo 7º

00:40:10da Mariana Penta

00:40:11também é de direita,

00:40:13violência patrimonial

00:40:14não sei se você sabe,

00:40:15né?

00:40:15Artigo 181

00:40:17do Código Processo Civil,

00:40:19se um homem,

00:40:20um marido rouba a mulher,

00:40:21vocês se virem,

00:40:22se a mulher rouba o marido,

00:40:23se virem,

00:40:24dentro de casa,

00:40:24o Estado não se mete.

00:40:26Agora mudou,

00:40:27é o artigo 7º

00:40:28lá na Mariana Penta,

00:40:29que se o homem

00:40:30fizer isso,

00:40:31ele é criminoso,

00:40:32se a mulher fizer,

00:40:32não,

00:40:33não é.

00:40:33Se o homem colocar

00:40:34um rastreador

00:40:35no carro da mulher,

00:40:36crime,

00:40:36se a mulher fizer isso,

00:40:37não,

00:40:37não pode.

00:40:38Então,

00:40:39esse movimento

00:40:40femista que está no Brasil,

00:40:42ele está descontando

00:40:43nos homens atuais,

00:40:45inclusive na maioria

00:40:45total desonestos,

00:40:47200 mil anos

00:40:49do tal patriarcado,

00:40:50que existiu realmente,

00:40:51né?

00:40:52Mas o que eu vejo,

00:40:53Eudem,

00:40:53acho que aqui acontece

00:40:54em muitos casos,

00:40:56no Brasil,

00:40:57assim,

00:40:57em várias áreas,

00:40:58fica uma coisa

00:41:00muito pesada

00:41:01contra o homem comum,

00:41:04o homem normal,

00:41:05que tem defeitos normais,

00:41:07mas aqueles

00:41:08homens que realmente

00:41:10são os homens

00:41:11que deveriam ser punidos,

00:41:13de algum jeito

00:41:15eles saem impunes.

00:41:16Ou não acontece nada,

00:41:17porque o Ministério da Mulher,

00:41:20a Damares,

00:41:21a Sônia Bonfim,

00:41:22a fulana da NetLab,

00:41:24não sei o quê,

00:41:24ninguém está preocupado

00:41:25com a mulher da periferia.

00:41:27A mulher da periferia,

00:41:28se ela fizer uma acusação,

00:41:30pedir uma protetiva,

00:41:31ela morre quando ela volta.

00:41:32Eu fiz uma matéria

00:41:33esse ano,

00:41:33em fevereiro,

00:41:34em 10 dias,

00:41:35cinco mulheres

00:41:36no Brasil

00:41:37foram mortas

00:41:37minutos depois

00:41:39de fazer

00:41:40a medida protetiva.

00:41:42Não existe proteção

00:41:43para essas mulheres,

00:41:43ninguém está pensando

00:41:44em aumentar a casa

00:41:45de proteção,

00:41:46botar a polícia na porta,

00:41:47dar uma educação

00:41:48para essas mulheres

00:41:49para que ela possa

00:41:49sair de casa,

00:41:51depois denunciar a mulher

00:41:52com os quatro filhinhos

00:41:53e o cachorro,

00:41:54tem onde ficar.

00:41:55Agora,

00:41:55experimentem lá,

00:41:56ela vai fazer uma protetiva

00:41:58porque o marido

00:41:58chegou drogado,

00:42:00igual esse idiota aí

00:42:01do demônio

00:42:02do elevador,

00:42:03por exemplo,

00:42:04está drogado,

00:42:05volta para casa,

00:42:06ele mata ela,

00:42:07mata as crianças.

00:42:07Então,

00:42:08e o governo,

00:42:09essas feministas,

00:42:10o Ministério das Mulheres,

00:42:12não fizeram um processo,

00:42:13um projeto

00:42:14para essas mulheres.

00:42:15Você sabe

00:42:16que você está falando isso?

00:42:18Teve uma situação

00:42:19que eu passei

00:42:19que não foi

00:42:20relacionamento amoroso,

00:42:21mas era um problema

00:42:22de stalking

00:42:22e não tinha o que fazer.

00:42:25Como não tinha o que fazer?

00:42:26Não tinha

00:42:26porque as condutas

00:42:28que a pessoa tinha

00:42:29não eram consideradas

00:42:30criminosas.

00:42:32Como assim?

00:42:32o stalking

00:42:34que a pessoa fazia

00:42:34não era considerado

00:42:35criminoso.

00:42:37Só se realmente

00:42:37fizesse alguma coisa

00:42:38física contra mim.

00:42:39Então,

00:42:40a questão é,

00:42:41enquanto ele não me matasse...

00:42:42Ele se infernizava

00:42:42no e-mail...

00:42:44Não,

00:42:44fisicamente também,

00:42:46e-mail,

00:42:46trabalho,

00:42:47mensagem...

00:42:47Aparecia pessoalmente?

00:42:49Sim!

00:42:50Aí...

00:42:51Deus do céu!

00:42:52Não,

00:42:52e assim,

00:42:53eu sempre cobri polícia,

00:42:54eu dou aula na polícia

00:42:55há mais de 20 anos,

00:42:55fui conversar e falaram,

00:42:56olha,

00:42:57você vai dar murro

00:42:58em ponta de faca,

00:42:59é melhor você parar

00:43:00de frequentar isso

00:43:01e seguir sua vida.

00:43:02Como é que parar

00:43:02de frequentar o quê?

00:43:04O trabalho,

00:43:04no caso.

00:43:05Aí,

00:43:06fiz isso.

00:43:07Mas,

00:43:07peraí,

00:43:07ele te perseguia

00:43:08por causa do trabalho

00:43:09ou porque você...

00:43:10Eu perseguia porque

00:43:11ele era doido.

00:43:11Pelas suas covinhas.

00:43:12Sei lá,

00:43:13porque é doido,

00:43:14ninguém persegue

00:43:15porque a pessoa

00:43:16fez alguma coisa.

00:43:17O cara que persegue,

00:43:17ele persegue,

00:43:18porque ele gosta

00:43:18de perseguir,

00:43:19ponto.

00:43:20Aí,

00:43:21bom,

00:43:21eu soube que não tinha

00:43:22o que fazer.

00:43:22Aí eu falei,

00:43:23bom,

00:43:23eu sou jornalista,

00:43:24eu conheço tanta gente,

00:43:26eu não tenho o que fazer.

00:43:27Como é que estão

00:43:27as mulheres por aí?

00:43:28e fui atrás

00:43:30de amigos da polícia.

00:43:32Como é que fica

00:43:32quando a mulher

00:43:33está...

00:43:34O Filtrin,

00:43:35eu descobri cada coisa,

00:43:36mulher trancada em quarto

00:43:37há mais de um ano

00:43:38com a família vigiando

00:43:40porque o cara

00:43:40podia pular muro,

00:43:41não sei o quê.

00:43:42Aí tinha um deputado,

00:43:44o homem,

00:43:45Fábio Trad,

00:43:46que é professor de direito.

00:43:48TRAD,

00:43:49eu lembro desse cara,

00:43:49acho que eu entrevistei ele.

00:43:50Você deve ter

00:43:51o Nelson Trad,

00:43:53a família Trad.

00:43:55Aí o Fábio

00:43:55é professor de direito,

00:43:57é uma pessoa,

00:43:57é uma pessoa

00:43:58muito sensível,

00:43:59tudo,

00:44:00e eu vi que ele tinha

00:44:01um projeto disso.

00:44:02Aí eu fui lá

00:44:03conversar com ele,

00:44:04não, Fábio,

00:44:04vamos ajudar,

00:44:05e foi eu daqui,

00:44:07outra dali,

00:44:07não sei o quê,

00:44:08e aí passou

00:44:09que é o projeto

00:44:10do stalker.

00:44:11Ah, stalker digital

00:44:13ou stalker qualquer?

00:44:14Não, stalker

00:44:15perseguidor,

00:44:16perseguidor insidioso.

00:44:17Mas essa lei

00:44:18é estadual, né?

00:44:19Não.

00:44:20É federal?

00:44:20É federal,

00:44:21é perseguição insidiosa,

00:44:23que chama.

00:44:24E no fim você vê,

00:44:25ele não tinha

00:44:27possibilidade de aprovar

00:44:28como o dele,

00:44:29tinha um projeto

00:44:30da senadora Leila

00:44:31do vôlei

00:44:31que o tipo penal

00:44:32não era tão bom,

00:44:33ele cedeu o dele

00:44:34e deixou ela levar os outros.

00:44:35Deixou ela.

00:44:36Ou seja,

00:44:37quem está fazendo

00:44:37mesmo as coisas

00:44:38às vezes está quieto, né?

00:44:39É, mas no Congresso

00:44:42você vê,

00:44:43falam do Bolsonaro,

00:44:43Bolsonaro aprovou

00:44:45umas 40 leis misândricas

00:44:47aí, ou projetos,

00:44:48ou artigos, né?

00:44:49Então eu falo,

00:44:50isso é uma pauta

00:44:52que é usada

00:44:53pelas femistas

00:44:53de esquerda,

00:44:54seguidoras da,

00:44:55sempre falo da Mary Dale,

00:44:57da Andrea Dvorck,

00:45:00se não me engano,

00:45:00Dvorck,

00:45:01e outras que são

00:45:02dos anos 70,

00:45:03que são as femistas

00:45:04dos anos 70,

00:45:05supremacistas,

00:45:06que dizem que o homem

00:45:07é um aborto

00:45:08com pênis,

00:45:09mal cedido,

00:45:11e essas mulheres

00:45:12seguem esse tipo de coisa,

00:45:13né?

00:45:14E são da esquerda,

00:45:15extrema esquerda,

00:45:16extrema, extrema esquerda,

00:45:17e quem está fazendo

00:45:18o trabalho delas

00:45:18é a direita no Congresso.

00:45:20E essa questão

00:45:22do posicionamento

00:45:24das mulheres

00:45:25de coisas favoráveis

00:45:26às mulheres

00:45:26na cobertura de famosos,

00:45:29como é que fica?

00:45:30Porque assim,

00:45:32se você expõe uma mulher

00:45:33é pior do que expor um homem?

00:45:35Não, mas nem se compara,

00:45:36olha o que está a cobertura,

00:45:37eu estou sozinho

00:45:38fazendo a cobertura

00:45:39da Ana Hickman,

00:45:40eu mostro,

00:45:41olha,

00:45:41ela apresentou

00:45:42um documento falso,

00:45:43ninguém publica,

00:45:45mas o Léo Dils

00:45:45publicou todos

00:45:46os documentos falsos.

00:45:48Aí a semana retrasada,

00:45:49por exemplo,

00:45:49o TJ,

00:45:50TJ garantiu

00:45:52a perícia judicial

00:45:54que ele pediu

00:45:55de um perito,

00:45:57um dos maiores do Brasil,

00:45:57que disse que ela

00:45:58falsificou a própria assinatura.

00:46:01Eu fui o único

00:46:01que deu,

00:46:02ninguém deu.

00:46:03Aí no dia seguinte

00:46:04fala,

00:46:04Ana Hickman chora

00:46:05de emoção,

00:46:06não sei o que,

00:46:07aí todo mundo dá isso.

00:46:08Então no caso da Ana Hickman

00:46:09é um caso inédito

00:46:10que eu faço

00:46:11que você vê

00:46:12a imprensa

00:46:13vergonhosamente parcial

00:46:15e está se lixando

00:46:16para isso.

00:46:17Então eu publico

00:46:18uma coisa agora

00:46:19contra ela

00:46:20que seja negativa,

00:46:21já fiz positiva

00:46:22e um dia depois

00:46:24o Léo Dias

00:46:24solta uma

00:46:25para passar

00:46:26pano.

00:46:28É inacreditável,

00:46:30você vê como é,

00:46:31olha que notícia,

00:46:31a juiz

00:46:32confirma

00:46:33a laudo

00:46:34que diz que

00:46:34a Ana Hickman

00:46:35fez assinaturas

00:46:36impressas,

00:46:36o que ela está dizendo

00:46:37foi falso,

00:46:38ninguém dá.

00:46:39E como que foi

00:46:40para você

00:46:41essa coisa

00:46:42de sair do UOL,

00:46:43que era onde você

00:46:44estava numa casa

00:46:45grande no jornalismo,

00:46:46para virar

00:46:47independente?

00:46:48Como é que foi?

00:46:50Foi brigando

00:46:51por causa do caso

00:46:51de Mellin,

00:46:52comecei a ser perseguido

00:46:53dentro do UOL,

00:46:54pelas feministas,

00:46:55até pelo ombudsman do UOL,

00:46:57você ouviu falar

00:46:57do Mário Magalhães.

00:46:58Mandou uma,

00:47:01eu tenho um e-mail

00:47:02até hoje,

00:47:02se eu pegar esse cara

00:47:04eu não sei o que eu faço,

00:47:05estou falando sério,

00:47:07me humilhou

00:47:08na frente dos outros

00:47:09falando que eu

00:47:10estava humilhando

00:47:12o UOL,

00:47:13o jornalismo,

00:47:14porque eu chamava

00:47:15de caso Calabresa,

00:47:16que um dia o UOL

00:47:17vai ser humilhado

00:47:18no futuro,

00:47:19e aí eu não posso

00:47:20mais cobrir

00:47:20esse caso aqui,

00:47:21tanto que agora

00:47:22o Tribunal de Justiça

00:47:24mandou suspender

00:47:25o caso Mellin,

00:47:26que é o outro caso,

00:47:28eu sou acusado

00:47:28de violência psicológica

00:47:29com ele,

00:47:30e ele está sendo acusado

00:47:31de assédio sexual.

00:47:32O TJ viu

00:47:33que está tudo errado,

00:47:34porque a promotora

00:47:35falou que não pode,

00:47:36tudo isso que eu falei,

00:47:37não foi arquivo,

00:47:38arquivo,

00:47:38e a juizando quis,

00:47:39o TJ falou,

00:47:40opa,

00:47:40o que é isso

00:47:41que está acontecendo aqui?

00:47:42E agora tem

00:47:43Mili Lacombe,

00:47:44hoje Cris Fib,

00:47:45ontem Maria Bop,

00:47:47depois lá fulana,

00:47:48todas pressionando

00:47:49o judiciário

00:47:51a condenar

00:47:52um cara que é inocente.

00:47:54Entendem?

00:47:54Se unem,

00:47:55é tudo,

00:47:57e você vai ver,

00:47:57só branca

00:47:59de classe média

00:48:00defendendo

00:48:01brancas

00:48:02de classe média.

00:48:04E a gente,

00:48:05essa história do Mellin,

00:48:07eu errei no começo,

00:48:08porque eu acreditei,

00:48:09você também, né?

00:48:10Eu fiz uma...

00:48:10Você que me falou,

00:48:11aliás,

00:48:12você que me falou,

00:48:14não é isso.

00:48:15Eu lembro de uma festa

00:48:16que a gente estava com o pessoal,

00:48:18e você falou para mim,

00:48:19não é isso.

00:48:20Na casa da Carla Vilena.

00:48:22Aí eu falei,

00:48:23eu me senti tão idiota.

00:48:25Eu me senti tão idiota,

00:48:26porque aí eu fui ler o processo...

00:48:27Gente, foi em 2021 isso.

00:48:29Nossa,

00:48:30mas eu caí feito uma pata nessa história,

00:48:32defendi pra caramba.

00:48:33Eu escrevi um texto

00:48:35que era assim,

00:48:37o futuro profissional

00:48:38de calabresa

00:48:39corre risco.

00:48:40O Globo tem que proteger

00:48:41andando em calabresa.

00:48:42E depois,

00:48:42quando eu vou vendo o negócio,

00:48:43eu falo assim,

00:48:44tem que proteger porra nenhuma.

00:48:45Quem é que punir?

00:48:46E não pune,

00:48:47porque todas as acusadoras do Mellin

00:48:49estão hoje empregadas,

00:48:50fazendo alguma coisinha

00:48:51na Globo.

00:48:52E ele está cinco anos

00:48:53desfazendo patrimônio,

00:48:55dilapidando tudo,

00:48:55inclusive das filhas,

00:48:57sem poder trabalhar.

00:48:58E a Globo

00:49:00deu o documento

00:49:01dizendo que não houve assédio.

00:49:02e ainda assim

00:49:03mantém essas mulheres.

00:49:04Por isso que quando a Globo

00:49:05vem com a história de complice,

00:49:07enfia o complice na toba

00:49:08porque é tudo mentira.

00:49:10Mas é assim,

00:49:13não é a questão do assédio

00:49:14porque a empresa permitiu

00:49:16que o ambiente profissional

00:49:18fosse uma furuba, praticamente.

00:49:21O Carvalho namorou

00:49:23com a Ana Paula Arósio.

00:49:25O outro namorou,

00:49:26nunca existiu nada disso.

00:49:27Assédio é diferente.

00:49:28Assédio é diferente.

00:49:29O que havia lá

00:49:30é um ambiente absolutamente promíscuo.

00:49:32É, mas assim,

00:49:34a Folha também era.

00:49:35A Folha também era.

00:49:36Porque quando eu trabalhava

00:49:36nos anos 90,

00:49:37entrava qualquer repórter nova

00:49:38e um monte de rubu

00:49:39em cima da menina.

00:49:41É verdade.

00:49:41Eu conheço uma menina

00:49:42que foi trabalhar na Veja.

00:49:45Todo mundo foi para lá,

00:49:46inclusive o chefe da redação,

00:49:48dando em cima dela.

00:49:49E isso mudou.

00:49:50A consciência das pessoas mudou.

00:49:53Hoje...

00:49:54Mas você, por exemplo,

00:49:55não fazia isso.

00:49:56Não, nunca fiz.

00:49:57Você nunca...

00:49:57Nunca namorei,

00:49:58nunca dei em cima

00:49:59de uma repórter que eu tive.

00:50:01Eu tive mais de 70

00:50:02ao longo de 10 anos

00:50:03na Folha.com.

00:50:04Porque eu sempre pensava o seguinte,

00:50:06se eu começar a namorar

00:50:07uma menina da redação,

00:50:09eu não vou poder

00:50:09dar mais aumento para ela.

00:50:10Eu não posso dar viagem para ela.

00:50:12Você sabe que a gente

00:50:13ganha muita viagem, né?

00:50:14Eu não vou poder

00:50:15elogiar o trabalho dela nunca.

00:50:17Porque se eu fizer isso,

00:50:18vai...

00:50:18Está vendo?

00:50:19Ele está comendo.

00:50:20É por isso.

00:50:20Então, eu prejudicaria ela.

00:50:22Tive repórter maravilhosa.

00:50:24Cheguei a ter caso com alguma

00:50:25depois que ela saiu.

00:50:27Mas ali dentro,

00:50:28eu não podia fazer isso.

00:50:29Mas é meu estilo.

00:50:30Agora eu não trabalho na Globo.

00:50:31É uma prática...

00:50:33Eu acho que isso

00:50:34vai de cada um.

00:50:35Porque eu lembro

00:50:36que no meu primeiro emprego

00:50:37veio a urubuzada toda

00:50:38e meu chefe era

00:50:39o Fernando Vieira de Mello.

00:50:41Ah, jovem pan.

00:50:43Não, na Trianon.

00:50:45Nossa!

00:50:46Você trabalhou na Trianon.

00:50:46Fernando pai.

00:50:47É, eu fui a última cria

00:50:48de Fernando Vieira de Mello.

00:50:50Gente!

00:50:50Aí, eu lembro que chegou

00:50:52aquela urubuzada toda,

00:50:53eu tinha 17 anos.

00:50:54Nossa!

00:50:55Com covinhas ainda.

00:50:57O seu Fernando...

00:50:59Um dia eu peguei ele,

00:51:00ele reuniu os caras e falou

00:51:01se eu souber que alguém

00:51:03saiu com ela,

00:51:03tá na rua no dia seguinte

00:51:05por justa causa.

00:51:06Isso que ano?

00:51:0796.

00:51:08Então, eu...

00:51:09Mas é que o seu Fernando

00:51:10não gostava dessas coisas,

00:51:14entendeu?

00:51:14Mas uma coisa que ninguém fala,

00:51:15por exemplo,

00:51:16eu vi na Folha,

00:51:17não era chefe,

00:51:18tinha chefe dando em cima,

00:51:19o chefe até promovia

00:51:20a mulher que estava saindo,

00:51:22mas assim,

00:51:23o pior eram os repórteres

00:51:25dando em cima das repórteres.

00:51:27Então, chegava uma pessoa nova,

00:51:29aparecia um monte de urubu.

00:51:30E aí,

00:51:31esse é lindo, hein?

00:51:32Vamos tomar um,

00:51:33não sei o quê.

00:51:33Eu vi coisa...

00:51:34Eu vi um cara embebedando

00:51:35uma menina dentro da redação

00:51:36para levar ela para casa.

00:51:38E a menina estava fazendo trabalho

00:51:39há muitas horas,

00:51:40não tinha almoçado,

00:51:41e o cara sabia,

00:51:42deu uma bebida forte,

00:51:43acho que a Araque,

00:51:45ou sei lá qual,

00:51:46para levar ela para a casa dele,

00:51:48porque ela começou a passar mal.

00:51:49Não, não,

00:51:49deixa o cuido dela.

00:51:51E a gente juntou,

00:51:52falou, de jeito nenhum,

00:51:53você não vai fazer isso,

00:51:53porque a gente já conhecia

00:51:54a fama do cara.

00:51:55Então, tem essa questão

00:51:56do assédio também

00:51:57de funcionário,

00:51:59não só de chefe, né?

00:52:00Que não é considerado assédio,

00:52:02você sabe.

00:52:02É, porque tem que ter a...

00:52:04A importunação.

00:52:05A hierarquia, né?

00:52:06Para você poder considerar um assédio.

00:52:09Mas o fato é que lá,

00:52:10o negócio do Melen,

00:52:13não era só dele

00:52:14para com elas.

00:52:15Mas não tinha assédio,

00:52:17era um paparito.

00:52:18Não, porque elas...

00:52:19Você viu as mensagens?

00:52:21Eu vi da berin...

00:52:22Não, não sou da berinjela.

00:52:24A hora que eu vi a da berinjela,

00:52:25eu falei, ah, vai para...

00:52:26Você não viu os vídeos, né,

00:52:29delas depondo para um juiz?

00:52:31Mentindo, juiz,

00:52:32a calabresa falando...

00:52:33Eu te mando,

00:52:34a calabresa falando assim,

00:52:35não, o juiz fala assim,

00:52:36mas ele estava te assediando?

00:52:37Sim, ele estava te assediando na festa,

00:52:39e a minha amiga viu.

00:52:42A Mayra Perazzo viu, sim,

00:52:43não sei o quê.

00:52:44Mayra, você viu?

00:52:45E depois tem...

00:52:46Ela falou, não, não vi nada.

00:52:47Eles estavam super felizes,

00:52:48não tinha nada das coisas.

00:52:50E você vê,

00:52:51é meio absurdo tudo isso, né?

00:52:52Mas era a cultura da Globo,

00:52:54e eu vou te falar mais.

00:52:55Continua assim, viu?

00:52:57Tem assédio.

00:52:58Agora, eu sempre falei

00:52:58que o assédio agressivo na Globo

00:53:00era no mundo LGBT.

00:53:02E por que que o assédio

00:53:07em cima dos meninos

00:53:08era mais forte?

00:53:10Madá, nunca vou saber.

00:53:12Eu sei que tem diretor da Globo

00:53:13que se estivesse lá hoje,

00:53:15saia algemado.

00:53:17Porque era uma história assim.

00:53:19Ah, tem vários casos.

00:53:21O cara acabou de denunciar lá

00:53:22o Denis Carvalho.

00:53:23Falou que o cara agarrou ele,

00:53:25isso não sou eu,

00:53:26está escrito aí,

00:53:27o cara até, acho que processou,

00:53:28que agarrou ele no meio do corredor

00:53:30e falou, vamos namorar, vamos namorar.

00:53:32E outros diretores que estão lá,

00:53:34a Globo cortou esses primeiros.

00:53:37Os assediadores.

00:53:39A gente tem uma melhoria

00:53:41disso em alguns lugares,

00:53:43mas com relação a essas políticas,

00:53:46eu vejo muita hipocrisia.

00:53:48Eu vejo ninguém solta a mão

00:53:50de ninguém de um lado

00:53:51e as coisas continuando

00:53:52tudo igual do outro.

00:53:53Aqui na Paulista, na Faria Lima,

00:53:55minha amiga, ela é consultora,

00:53:57ela falou assim,

00:53:58não tem mais um banco,

00:53:59uma empresa multinacional

00:54:00que um chefe possa ficar

00:54:03numa sala com uma mulher

00:54:04sem estar a porta aberta

00:54:05e sem ter uma outra mulher

00:54:07no ambiente.

00:54:08Meu amigo é médico

00:54:09de postinho.

00:54:11Ele falou,

00:54:11eu não atendo mais mulher.

00:54:13Eu atendo mulher

00:54:14se a enfermeira ficar do meu lado.

00:54:15Ah, mas a enfermeira

00:54:16está ocupada.

00:54:17Então eu não vou atender agora.

00:54:18Ele falou, não atendo.

00:54:20Eu não vou correr risco.

00:54:21Nossa, mas você está falando isso?

00:54:23Agora eu estou pensando,

00:54:24é que eu me consulto mais

00:54:26com mulher.

00:54:26Eu gosto mais de médica,

00:54:27mulher.

00:54:30Às vezes que eu tive

00:54:31alguma consulta com um homem

00:54:33de uns anos para cá,

00:54:34realmente sempre tinha

00:54:35uma enfermeira na sala.

00:54:36Ou ele fica a três metros

00:54:37de distância, aberto,

00:54:38sem vida.

00:54:39Nunca fiquei sozinha mais.

00:54:41Não pode.

00:54:42Não pode.

00:54:42Eu acho positivo isso,

00:54:45não acho negativo, não.

00:54:46Agora, isso está chegando

00:54:47na noite,

00:54:47nas festas,

00:54:48porque um homem

00:54:49não chega mais perto de ninguém.

00:54:50também, né?

00:54:51Ué, mas é...

00:54:52Bom, festa que tem celular

00:54:54que filma,

00:54:55eu nem vou.

00:54:57Eu não gosto de festa.

00:54:59Você gosta de gente, né?

00:55:01Eu gosto de gente, assim,

00:55:02eu vejo no YouTube.

00:55:03Não, mas você vai

00:55:04no lugar que tem gente.

00:55:08Nossa, precisa ser...

00:55:10Para me tirar...

00:55:12Eu também.

00:55:12Eu não vou no lugar de gente,

00:55:13assim, quando eu vou,

00:55:14começa a subir o volume

00:55:15e eu vou embora.

00:55:16Eu não aguento.

00:55:16Eu também não aguento ficar.

00:55:18Não, você viu, né?

00:55:19Segunda cerveja,

00:55:19muda o tom,

00:55:21sobe o volume, né?

00:55:22Um tom do Marshall,

00:55:23três...

00:55:24Eu não consigo.

00:55:25Dói meu ouvido.

00:55:27Eu também não consigo.

00:55:29E eu não saio no lugar.

00:55:29Mas as festas da Globo

00:55:30que você ia,

00:55:31o que que tinha?

00:55:32Tinha nada.

00:55:32Tinha...

00:55:33Eu briguei uma vez

00:55:34com a Beatriz Segal, né?

00:55:35Ela foi super grossa,

00:55:36estúpida.

00:55:38Tanto foi estúpida.

00:55:39Você brigou com o Dettie Roit.

00:55:41Ela foi muito grossa,

00:55:42muito estúpida,

00:55:42porque as festas da Globo

00:55:43eram de manhã.

00:55:44E eu vi um monte de ator

00:55:47que chegava bêbado de manhã,

00:55:49varado,

00:55:49não tinha dormido.

00:55:50Vermelho do álcool.

00:55:52E aí,

00:55:52não aconteceu com ela,

00:55:53mas ela estava

00:55:54num puta mau humor.

00:55:55Não gostava de repórter.

00:55:56Foi super grossa comigo.

00:55:57Eu queria ficar se foi embora.

00:55:58Deixei ela falando sozinha.

00:55:59Depois, no final,

00:56:00ela veio me procurar.

00:56:02Falou,

00:56:02ai, você é da Folha da Tarde.

00:56:04Eu queria dar o dedinho pra você.

00:56:05Vamos ficar de paz.

00:56:08Rosnei, né?

00:56:08Susana Vieira, estúpida,

00:56:10também,

00:56:11com repórteres mulheres.

00:56:12Com homem, ela...

00:56:14Mas com mulher,

00:56:15ela era muito grossa.

00:56:17Aquela história

00:56:17do não tenho paciência

00:56:19pra quem tá começando,

00:56:20você lembra?

00:56:20É, pura verdade.

00:56:21Ela,

00:56:22mas ela só falou aquilo

00:56:23porque era uma menina.

00:56:24Se fosse homem,

00:56:25e ela se engraçasse,

00:56:27aí não,

00:56:27aí tudo bem, né?

00:56:29Ela, aliás,

00:56:30tem...

00:56:31Pra homem,

00:56:31você...

00:56:32você fica me criticando.

00:56:36Eu fico te criticando.

00:56:37Não pode falar mais

00:56:38que tem dedo podre.

00:56:39Não pode.

00:56:40Eu não tenho,

00:56:41eu não tenho.

00:56:41Não, não pode falar.

00:56:43Por que que não pode?

00:56:43É misoginia.

00:56:44Você não pode falar

00:56:44que uma mulher tem dedo podre.

00:56:46É verdade,

00:56:47não pode.

00:56:49Vai por mim.

00:56:49E como é que nós vamos fazer

00:56:50no salão de cabeleireiro agora?

00:56:51Vai fechar o salão?

00:56:52Não, aí é só mulher.

00:56:53Mulher pode.

00:56:54Porque não pode...

00:56:55O homem falar...

00:56:56O homem não pode falar

00:56:56que você tem o dedo podre.

00:56:58Misoginia.

00:56:59Você não lembra

00:57:00que ela deu origem

00:57:02até a um site

00:57:03que foi famoso

00:57:04no negócio de...

00:57:05Um dos pioneiros,

00:57:06assim,

00:57:06que não era jornalista

00:57:07cumprindo famosos,

00:57:08que era o Morri de Sunga Branca.

00:57:10Ah,

00:57:11foi por causa dela?

00:57:13Foi por causa do marido dela.

00:57:15Você não sabia?

00:57:15Não.

00:57:16Você que é da área

00:57:17e não sabe os babados,

00:57:18foi por causa do marido dela.

00:57:20Eu não gostava muito de fofoca.

00:57:21Eu sempre gostei

00:57:22de bastidores,

00:57:23de furo,

00:57:24jornalístico.

00:57:25Não,

00:57:25mas você não sabia

00:57:25que o site era

00:57:26por causa do marido

00:57:27que morreu de Sunga Branca?

00:57:28Não, não.

00:57:28Agora você falou isso aí

00:57:29e lembrei de outro

00:57:30que chamava Calcinhas no Box,

00:57:32que eu seguia.

00:57:33Eu não lembro disso.

00:57:34Cara,

00:57:34eu adorava o Calcinhas no Box.

00:57:36Era Facebook ou Orkut,

00:57:38não sei.

00:57:39Eu sou do Orkut, né?

00:57:40Eu também.

00:57:41Eu tinha fã-clube no Orkut.

00:57:43Ah, não.

00:57:43Eu tinha a campanha dos patos,

00:57:45proteger os patos.

00:57:46Eu lembro disso.

00:57:47E,

00:57:47Feltrin,

00:57:48agora na internet,

00:57:49como é que você entendeu

00:57:50esse mundo,

00:57:51começou a desenvolver o canal?

00:57:52Porque, assim,

00:57:53você ficou muitos anos

00:57:54com uma instituição

00:57:56muito grande

00:57:57por trás.

00:58:00E aí,

00:58:01você,

00:58:02nessa situação do Mellin,

00:58:04sai

00:58:04e tem que fazer o seu canal.

00:58:07Como que foi isso?

00:58:09Como é que você fez?

00:58:10De onde você começou?

00:58:10De onde você tirou ideia?

00:58:11Devia ter...

00:58:12O meu canal,

00:58:13eu tinha desde 2008,

00:58:14eu usava ele

00:58:14para ensinar piano

00:58:15para criança.

00:58:17Só músicas com três acordes.

00:58:19Você não sabe a quantidade

00:58:20de música

00:58:21de três acordes que tem.

00:58:22E aí,

00:58:23eu fiquei com esse canal

00:58:25até 2023,

00:58:28só fazendo isso.

00:58:29Em 2023,

00:58:30quando eu saí do UOL

00:58:31e decido cobrir só

00:58:31o caso do Mellin

00:58:32no YouTube,

00:58:33eu comecei isso.

00:58:35E,

00:58:35se eu pudesse

00:58:36voltar dez anos no tempo,

00:58:38eu teria voltado.

00:58:39Porque, assim,

00:58:39eu nunca ganhei tão bem

00:58:40na minha vida.

00:58:41Eu nunca fui tão reconhecido

00:58:43no meu trabalho.

00:58:44Eu nunca recebi

00:58:45tanto view

00:58:46como eu tinha.

00:58:48Só que é uma coisa confusa,

00:58:49porque no YouTube,

00:58:49por exemplo,

00:58:50tem matéria que,

00:58:50se eu fizesse no UOL,

00:58:51eu dava um milhão

00:58:51e meio de cliques.

00:58:52Aí,

00:58:53eu ponho no YouTube,

00:58:53mil e quinhentos,

00:58:54seis mil.

00:58:55Não dá para entender

00:58:56o público do YouTube.

00:58:58E você falando isso,

00:58:59também,

00:58:59você sabe que um grande

00:59:00arrependimento que eu tenho

00:59:01entrei no YouTube

00:59:02em 2007.

00:59:03Nossa,

00:59:04você chegou na...

00:59:04Quando era tudo mato.

00:59:06Mas eu não investi

00:59:07naquilo,

00:59:08porque eu tinha

00:59:08uma grande instituição

00:59:10por trás.

00:59:11Jovem Pan.

00:59:12E eu fui criando...

00:59:13E eu criei

00:59:13o canal da Jovem Pan

00:59:15da...

00:59:16Aqui,

00:59:17a TV Antagonista

00:59:18foi eu que botei no ar.

00:59:19É,

00:59:19eu sei.

00:59:20A da Gazeta do Povo

00:59:21foi eu que criei

00:59:22e eu nunca tinha

00:59:23criado o meu.

00:59:23Você vai,

00:59:24de vez em quando,

00:59:24pânico?

00:59:25Eu já vi.

00:59:25Não faz muito.

00:59:26Não tem mais nenhum problema,

00:59:27né?

00:59:28O quê?

00:59:28Você nunca teve problema

00:59:29na pan,

00:59:30né?

00:59:30Teve com gente de lá,

00:59:31mas não...

00:59:31Gente de lá.

00:59:32Eu almocei com o Tutinho.

00:59:34Conta para mim,

00:59:35você vai ter programa.

00:59:36Não,

00:59:36não,

00:59:37não vou nada.

00:59:37Fala!

00:59:38Não,

00:59:38eu tive um problema

00:59:39judicial com ele,

00:59:41que é culpa...

00:59:42Culpa minha.

00:59:43Não,

00:59:43mas...

00:59:44Não,

00:59:44culpa minha.

00:59:48O que você falou?

00:59:49Não interessa.

00:59:50Que...

00:59:50Ai,

00:59:50saco!

00:59:51Ofendi ele...

00:59:52Nem um Google!

00:59:53Eu ofendi e pedi desculpa

00:59:55para ele ali,

00:59:57não chegou a virar processo,

00:59:58nada.

00:59:59E depois eu me arrependi,

01:00:00porque eu falei assim,

01:00:00primeiro eu tirei o tweet

01:00:02e achei que tinha tirado,

01:00:03eu não tirei.

01:00:04E segundo que o Tutinho

01:00:05nunca fez mal para mim,

01:00:07sabe?

01:00:07É uma pessoa que...

01:00:08Ele já me convidou

01:00:09para almoçar outras vezes,

01:00:11ele...

01:00:11Eu deixei...

01:00:12Eu fui no pânico,

01:00:13fui em outros programas do...

01:00:14Então,

01:00:14eu me senti super culpado

01:00:16de,

01:00:17no momento,

01:00:18dia 8 de janeiro,

01:00:19né?

01:00:19Eu lembro o 8 de janeiro,

01:00:21ficar bravo e xingar ele,

01:00:22né?

01:00:23Então,

01:00:24eu me arrependo.

01:00:24Você ficou bravo no 8 de janeiro?

01:00:25Você ainda perde a calma na internet?

01:00:27Não,

01:00:27pego,

01:00:28não peço mais,

01:00:28não,

01:00:29acabou.

01:00:29Não,

01:00:29eu pego porque eu uso

01:00:30o Jornal dos Coices,

01:00:3210 horas da manhã,

01:00:3211,

01:00:33todo dia...

01:00:33Não,

01:00:34isso é sensacional.

01:00:35Jornal dos Coices,

01:00:3611 horas da manhã,

01:00:36todo dia,

01:00:37de segunda a sexta,

01:00:38que é para o fígado,

01:00:39porque assim,

01:00:40eu passei a usar o hater.

01:00:42As pessoas bloqueiam o hater.

01:00:44Eu não,

01:00:44a gente criou o arquivo convidencial,

01:00:47eu sou muito criativo

01:00:48para criar a vida da pessoa.

01:00:49Então,

01:00:49o cara é hater,

01:00:50por exemplo,

01:00:51hoje entrou,

01:00:51eu falei,

01:00:51olha,

01:00:52o problema seu

01:00:52é que sua mãe não te abraçava,

01:00:54né?

01:00:55O seu irmão ia muito melhor

01:00:56da sua vida.

01:00:57Eu sou o seu groque,

01:00:59só que eu fico inventando na hora,

01:01:01né?

01:01:01Você tinha uma rivalidade

01:01:03com aquele teu primo

01:01:04que morava em Ourinhos,

01:01:05que sua mãe sempre falava,

01:01:06porque você não é igual

01:01:07ao teu primo Júlio?

01:01:09E aí,

01:01:09você entende?

01:01:11Aí eu vou criando

01:01:12a vida dos caras,

01:01:12e os caras falavam,

01:01:13queremos arquivo,

01:01:14queremos arquivo, né?

01:01:15E a pessoa acaba ficando

01:01:17furiosa,

01:01:19porque o hater,

01:01:20ele quer ficar batendo boca

01:01:21com você.

01:01:21Quando você cala a boca dele

01:01:23e humilha ele,

01:01:24é como se ele estivesse

01:01:25identificado lá.

01:01:26E você ganha dinheiro,

01:01:27né?

01:01:27Porque ele tem retenção,

01:01:29aumenta a quantidade.

01:01:31Você sabe,

01:01:32ele falou isso do groque,

01:01:33gente,

01:01:34não sei se vocês sabem.

01:01:36Você está fazendo

01:01:37a coisa mais histórica

01:01:39de uma inteligência artificial.

01:01:41a dona Madalene

01:01:43está

01:01:43doutrinando o groque

01:01:46para humilhar

01:01:47haters.

01:01:47Não,

01:01:48não é isso,

01:01:49Veltri.

01:01:50É,

01:01:50ela conta isso

01:01:51que eu falei

01:01:52da questão existencial.

01:01:54O cara que cresceu,

01:01:55ele perdeu o pai,

01:01:56a mãe nunca dava bola

01:01:57para ele,

01:01:57não o reconhecia.

01:01:58Ela faz isso

01:02:00com as pessoas

01:02:01no groque.

01:02:02Só que não é ela

01:02:03que faz.

01:02:03É o groque.

01:02:04Ela ensinou o groque.

01:02:06Mas o que é o groque?

01:02:08Porque assim,

01:02:09as pessoas,

01:02:10nós vamos até falar

01:02:11de IA aqui,

01:02:12as pessoas confundem

01:02:13IA com oráculo.

01:02:16Então as pessoas ficam,

01:02:16groque,

01:02:17isso é verdade?

01:02:19Groque,

01:02:19o que vai acontecer?

01:02:22Isso demonstra o quê?

01:02:23Quem faz esse tipo

01:02:23de pergunta

01:02:24para uma IA

01:02:25tem precariedade cognitiva,

01:02:27porque a IA

01:02:28ela é generativa.

01:02:30Ela pode ser um instrumento

01:02:31de gerar pesquisa,

01:02:32mas aí o que eu faço?

01:02:33a IA ela é generativa

01:02:35e ela é boa

01:02:35de analisar padrões.

01:02:38Psicológica.

01:02:38Eu sou especializada

01:02:39em padrões de discurso,

01:02:41eu tenho formatura

01:02:41em psiquiatria forense,

01:02:44fui treinada,

01:02:45me formei com doutora

01:02:46e não pude falar.

01:02:47Eu sei, eu sei.

01:02:48Sou treinada.

01:02:48Então o que acontece?

01:02:49Pelo padrão de discurso

01:02:51da pessoa,

01:02:51não é pelo que a pessoa fala

01:02:53ou pela ideia

01:02:54que a pessoa tem.

01:02:55É a estrutura sintáxica.

01:02:56A estrutura.

01:02:57A estrutura que ela escolhe

01:02:58para fazer a frase,

01:03:00eu consigo olhar ali

01:03:02e ver se tem

01:03:03traços da tetra de perversa,

01:03:05que é narcisismo,

01:03:06maquiavelismo,

01:03:08sadismo,

01:03:08psicopatia,

01:03:11maquiavelismo,

01:03:13sadismo e narcisismo.

01:03:14É a tetra de perversa.

01:03:16Ela tem marcas de discurso.

01:03:19Meu Deus.

01:03:20E eu ensino,

01:03:22eu dou aula de padrões

01:03:23de discurso

01:03:24para pessoas,

01:03:25eu faço IOs,

01:03:26eu faço mentoria,

01:03:27a pessoa fala,

01:03:28olha,

01:03:28eu não estou sendo bem compreendida,

01:03:29eu não imponho a minha autoridade.

01:03:30eu ensino as pessoas

01:03:32padrões de discurso

01:03:33em que elas consigam

01:03:35obter da audiência

01:03:36que elas têm,

01:03:37seja na empresa,

01:03:38seja na família,

01:03:39seja na escola.

01:03:40E você não inventa isso?

01:03:41O Grock,

01:03:41ele tem esse conhecimento

01:03:43lá dentro dele.

01:03:43Isso.

01:03:44E o Grock é bom

01:03:45de detectar padrões.

01:03:47Ele analisar padrões,

01:03:48aí é muito boa.

01:03:50Quando você tem

01:03:51um texto enorme

01:03:52e você quer saber

01:03:53onde a sua argumentação

01:03:54está fragmentada,

01:03:55você joga lá

01:03:56que ele te dá.

01:03:57Você deu um salto lógico

01:03:58daqui para cá

01:03:58e não sei o que.

01:03:59E aí você conserta.

01:04:01Eu comecei a fazer isso

01:04:02comigo, tá?

01:04:04Usando o Grock?

01:04:05Não.

01:04:05Usando o GPT.

01:04:06O GPT,

01:04:07ele tem um resultado

01:04:08de linguagem

01:04:08muito melhor.

01:04:10Então,

01:04:11o que eu faço

01:04:11com os meus textos?

01:04:12Meu convidente,

01:04:12meu convidente.

01:04:13Eu faço com os meus textos.

01:04:15Por exemplo,

01:04:15eu escrevo um prefácio

01:04:17de livro.

01:04:18Jogo lá.

01:04:20E aí,

01:04:20eu tenho que fazer

01:04:21as perguntas.

01:04:22Verifique se há

01:04:23algum salto lógico.

01:04:24Nesse raciocínio

01:04:25assim, assim,

01:04:26assado,

01:04:26o que me escapou?

01:04:27Me escapou algo?

01:04:28Essa afirmação,

01:04:29não sei o que,

01:04:30ela está coerente

01:04:31com a premissa,

01:04:32tal, não sei o que.

01:04:32Dá para arrumar

01:04:33português também, então.

01:04:34Para arrumar português também.

01:04:35Só que arrumar português

01:04:36ele não é muito bom

01:04:37porque ele vai te

01:04:38entregar pontuação

01:04:39de língua inglesa.

01:04:40E aí você tem que...

01:04:41Enfim,

01:04:41eu prefiro corrigir

01:04:42a pontuação na mão também.

01:04:43Tá.

01:04:44Mas ortografia ele corrige.

01:04:46Mas aí eu vou pedindo

01:04:47para ele ver

01:04:47todos os buracos

01:04:48do meu texto

01:04:48e me gerando.

01:04:49E eu fui vendo

01:04:50os padrões

01:04:51do que eu errava

01:04:51e fui corrigindo.

01:04:52Aí os haters começaram,

01:04:55um fã meu

01:04:56pediu

01:04:58analise essa resposta

01:05:00para ela.

01:05:00É o arquivo convidencial.

01:05:02É o arquivo convidencial.

01:05:03Ele analisou.

01:05:04Aí eu falei,

01:05:04nossa,

01:05:05eu posso fazer melhor

01:05:06do que isso.

01:05:07Então eu olho

01:05:08o discurso da pessoa.

01:05:10Aí eu vejo,

01:05:11aqui,

01:05:12a pessoa está projetando

01:05:14psicologicamente,

01:05:15ela está fazendo parte

01:05:17de uma dinâmica

01:05:18psicossocial específica.

01:05:19Está usando termos

01:05:20psicopatas.

01:05:21Eu sigo todos,

01:05:23eu vejo todos.

01:05:24Porque quando eu vejo

01:05:25o termo,

01:05:25eu pergunto para o Grock,

01:05:26a pessoa está usando

01:05:27termos da tétra de presença?

01:05:28O que significa esse?

01:05:29O que significa

01:05:30argumentar dessa forma?

01:05:32E vai lá o Grock,

01:05:33baixa capacidade cognitiva,

01:05:37baixa inteligência emocional,

01:05:39tendência à frustração,

01:05:40ele é engraçadinho, né?

01:05:42O Grock tem bom humor.

01:05:42Porque assim,

01:05:43apareceu agora

01:05:44a história dos justos.

01:05:45Uma mulher falou também

01:05:46que iria limar a família

01:05:48porque é judia,

01:05:49porque a menina

01:05:50usa aquela moça.

01:05:51E alguém perguntou

01:05:53para o Grock

01:05:55alguma coisa assim,

01:05:57porque uma psicóloga

01:05:58pede desculpa

01:05:58para os justos.

01:05:59Então,

01:05:59no meio da discurso,

01:06:01ela fala,

01:06:01não,

01:06:01porque eu estou pobre,

01:06:03eu tenho que vender

01:06:04o almoço

01:06:04para comprar a janta.

01:06:05E alguém pergunta,

01:06:07Grock,

01:06:07é verdade que ela tem

01:06:08que comprar o almoço?

01:06:09E o Grock começa assim,

01:06:10pelo tamanho das bochechas dela,

01:06:12ela parece estar bem formida.

01:06:15E ha,

01:06:15ha,

01:06:16kakaká.

01:06:16Ou o Grock fazendo isso.

01:06:18Até falam,

01:06:18será que não é uma pessoa

01:06:19que está tirando sarro?

01:06:21Eu acho que não,

01:06:22porque ele é generativo.

01:06:23Você vê que ele não pesca

01:06:25a história do vender o almoço

01:06:26para comprar a janta.

01:06:27Ele não...

01:06:27Ele pegou isso,

01:06:28falou a história.

01:06:29Não,

01:06:29mas ele não sabe

01:06:30o que quer dizer isso.

01:06:31Ele entende literal

01:06:33vender o almoço.

01:06:33Mas ele entendeu,

01:06:33vender o almoço para comprar

01:06:34não parece,

01:06:35porque ela está gordinha.

01:06:36Porque ela está gordinha.

01:06:37Mas ele não entende

01:06:38que é uma expressão idiomática.

01:06:40Será que não?

01:06:41Não.

01:06:42Não.

01:06:43Ele pega literal.

01:06:44Sarcasmo,

01:06:45mas enfim...

01:06:45Sarcasmo.

01:06:46Estamos terminando aqui.

01:06:47Sarcasmo,

01:06:48que é uma coisa que nem eu,

01:06:49nem você a gente tem.

01:06:50É verdade.

01:06:50E nem temos problemas

01:06:52nessa área.

01:06:53Mas eu queria saber o seguinte,

01:06:54Filtrin.

01:06:57A questão da IA.

01:06:59A gente está em uma área

01:07:00em que se usa muito IA.

01:07:01e muita gente com medo

01:07:04de ser substituída por IA.

01:07:05Ah, pode ficar mesmo.

01:07:07Não, tem várias pessoas

01:07:08que eu olho assim

01:07:09e eu fico até feliz

01:07:10que a IA pode ser.

01:07:14Obrigado.

01:07:15Porque a gente aguenta

01:07:16a pessoa para entregar

01:07:17uma puta coisa medíocre.

01:07:18Não, e é...

01:07:19Eu fico feliz.

01:07:20Eu falo,

01:07:20não vou mais ver.

01:07:22Eu prefiro uma IA aqui.

01:07:24Mas assim...

01:07:24No jornalismo.

01:07:26É, no jornalismo

01:07:27tem muita coisa

01:07:27que vai ser substituída.

01:07:28Como é que você vê isso?

01:07:30Eu vejo isso

01:07:31que eu te falei

01:07:31antes da gente começar aqui

01:07:33ou depois...

01:07:34Foi antes, foi antes.

01:07:35Eu estou meio gaga.

01:07:36Joe Biden é o meu apelido.

01:07:38Você sabe,

01:07:38mas Joe Biden é do jornalismo.

01:07:40Porque às vezes

01:07:40eu coloco uma manchete

01:07:42lá no jornal

01:07:42e esqueço.

01:07:43As pessoas falam,

01:07:43volta, volta,

01:07:44você não fez a manchete.

01:07:45Mas enfim,

01:07:47várias áreas,

01:07:48bolsa de valores,

01:07:49meteorologia,

01:07:50trânsito,

01:07:51crimes,

01:07:52todo tipo de estatística,

01:07:54custos de governo,

01:07:56gastos,

01:07:57penhora,

01:07:57tudo isso

01:07:58a IA vai fazer sozinho.

01:08:00Na área de entretenimento

01:08:01tem essa imbecilidade

01:08:02que todo mundo vê,

01:08:04que é Débora Seco,

01:08:06fala de sexo.

01:08:07O pessoal da economia

01:08:08cobre ações

01:08:09provavelmente também.

01:08:11Esporte,

01:08:12quem faz estatística,

01:08:13eu adoro o PVC,

01:08:15mas o IA vai ocupar muito

01:08:17esse espaço.

01:08:19Agora, política,

01:08:21matéria investigativa,

01:08:22acho que vai demorar muito

01:08:23para ele conseguir fazer.

01:08:25Investigativa,

01:08:26eu acho difícil,

01:08:27porque ele é generativo,

01:08:28ele pode ajudar,

01:08:29no investigativo,

01:08:30eu acho que ele ajuda a gente.

01:08:31Como ele poderia saber,

01:08:32no caso Mellin,

01:08:33que duas das acusadoras

01:08:35do Mellin

01:08:36não sabiam que eram acusadoras?

01:08:38Eu tive que,

01:08:39foi eu que contei para ela,

01:08:40elas não sabiam.

01:08:42Sim,

01:08:43mas é isso que eu estou falando,

01:08:43ele pode te ajudar

01:08:44a analisar dados

01:08:46que você precise

01:08:47ou que você tenha

01:08:48para fazer uma reportagem melhor,

01:08:49mas ele não consegue investigar.

01:08:51Por exemplo,

01:08:52eu quis fazer

01:08:52quanto o governo Lula,

01:08:54Dilma,

01:08:54Temer e Bolsonaro

01:08:56gastou em publicidade

01:08:58só do executivo.

01:08:59Eu fiz com o IA,

01:08:59isso.

01:09:00Maravilhoso,

01:09:01ele foi atualizando

01:09:02até os valores.

01:09:03Agora,

01:09:03um dia eu falei para o IA,

01:09:04você pode,

01:09:04por favor,

01:09:05fazer uma matéria

01:09:05generalizando o caso

01:09:07do Anaricmo.

01:09:08Ele pegou todas as minhas matérias,

01:09:09né?

01:09:10E um puta texto

01:09:11xoxo ainda.

01:09:13Mas, enfim,

01:09:14a gente ainda está longe

01:09:15de ser substituído.

01:09:18Você sabe que

01:09:19em 10 anos,

01:09:20a gente já está fazendo

01:09:23sexo com o robô.

01:09:24Ah,

01:09:24não foi outro IA,

01:09:25não.

01:09:26Gente,

01:09:26você não viu,

01:09:27porque o Japão

01:09:28não está investindo

01:09:28tanto em A,

01:09:29ele está usando outros lugares,

01:09:30mas pele é o Japão.

01:09:33Você não sabe

01:09:33o tipo de boneca

01:09:35que eles estão fazendo.

01:09:37Eu não vou

01:09:38transar com o robô.

01:09:40Eu vou estar com 72 anos.

01:09:42Aí você vai comprar

01:09:43uma robô?

01:09:44Não,

01:09:44não vou estar transando

01:09:46nem comigo,

01:09:46quanto mais com o robô.

01:09:4772 anos,

01:09:48eu vou estar velho,

01:09:49descansando,

01:09:50tomando magnésio.

01:09:51Olha o terríssimo.

01:09:53Emulsão Scott.

01:09:55Emulsão Scott.

01:09:56Emulsão Scott.

01:09:57Se baler na...

01:09:59Nossa.

01:09:59Lembra,

01:10:00eu tocava fogo.

01:10:01Eu adoro.

01:10:02Pobre.

01:10:03Ai, gente.

01:10:04Veltrin,

01:10:05chegamos ao fim

01:10:06do lado A.

01:10:08Obrigado,

01:10:09desconvite.

01:10:09Seríssimo.

01:10:10Dois jornalistas.

01:10:12Os dois,

01:10:13eu com quase 30 anos

01:10:14de carreira,

01:10:14ele com mais de 30 anos

01:10:16de carreira,

01:10:17entregando essa seriedade.

01:10:20Mas é divertido.

01:10:22Eu adorei conhecer você.

01:10:23Foi uma das pessoas

01:10:23que conheci,

01:10:25nesse caso.

01:10:26E eu adorei conhecer você.

01:10:28Mais uma vez aqui,

01:10:29obrigado de me trazer aqui.

01:10:30Eu adoro o Antagonista,

01:10:31né?

01:10:31Já falei,

01:10:32quando censuraram a Cruzou,

01:10:34é a primeira coisa que eu falei.

01:10:35Eu vou assinar essa porra agora, né?

01:10:37Então...

01:10:37Vocês também assinem aí, viu, gente?

01:10:38Lutar contra a censura.

01:10:41E, ó,

01:10:41fala aí suas redes,

01:10:43pro povo te seguir.

01:10:44Jornal dos Coices

01:10:45é Feltrinho Oficial

01:10:46lá no YouTube,

01:10:47tá bom?

01:10:48Tá no Twitch também,

01:10:49agora tô fazendo...

01:10:50Só parei no TikTok, né?

01:10:51Porque eu tô recebendo

01:10:52recompensas do TikTok

01:10:54pelas minhas lives

01:10:55e ontem veio dois centavos

01:10:56e hoje um centavo.

01:10:58Então,

01:10:58como eu não quero prejudicar

01:10:59o TikTok,

01:11:01como eu não quero tirar

01:11:02a saúde econômica

01:11:04do TikTok,

01:11:04eu decidi parar.

01:11:05Isso mesmo.

01:11:06É Feltrinho Oficial.

01:11:07Bom,

01:11:08hoje vocês conheceram

01:11:09o Ricardo Feltrinho

01:11:11e muitos de vocês

01:11:12que estão aqui

01:11:13são feutrinos

01:11:14que eu sei muito bem.

01:11:16Vou ficando por aqui

01:11:18semana que vem,

01:11:20quarta-feira,

01:11:20oito da noite,

01:11:21você tem um compromisso

01:11:22comigo,

01:11:23que é conhecer

01:11:24mais uma pessoa

01:11:25legal

01:11:26que tá mudando o Brasil

01:11:28sem ser

01:11:29pela política.

01:11:31Confira aqui

01:11:32o Lado A,

01:11:33vê se você tá inscrito

01:11:34no canal,

01:11:35toca o sininho,

01:11:36deixa o seu like

01:11:38que é muito importante

01:11:39para nós.

01:11:40me fala quem mais

01:11:41você quer ver aqui

01:11:42para eu saber

01:11:42que você chegou

01:11:43aqui até o final.

01:11:45Deixa no comentário

01:11:46uma palavra,

01:11:48uma senha,

01:11:49uma expressão

01:11:50que é

01:11:51robô

01:11:52japonês.

01:11:55É isso,

01:11:56não deixa de me ver

01:11:57diariamente

01:11:58no Narrativas Antagonistas

01:11:59às cinco horas

01:12:01da tarde.

01:12:03Ricardo Feltrinho.

01:12:04Obrigado.

01:12:04Muito obrigada.

01:12:05Obrigado a você, meu amor.

01:12:06Beijo.

01:12:07Obrigado.

01:12:07robô japonês.

01:12:10E acabou

01:12:12a nossa conversa

01:12:13que eu tenho certeza

01:12:14de que você tá levando

01:12:16alguma coisa

01:12:16de inspiradora

01:12:17para a sua vida

01:12:18depois de assistir

01:12:20o Lado A.

01:12:21Todo domingo

01:12:22às cinco da tarde

01:12:23a gente tem

01:12:23um encontro marcado,

01:12:24você não pode perder

01:12:25de jeito nenhum.

01:12:26Já deixa pra mim

01:12:27o seu like,

01:12:27se inscreve no canal

01:12:28e vamos lembrar aqui

01:12:30dos nossos patrocinadores.

01:12:31Você sabia

01:12:32que a Madeleine

01:12:33já foi professora

01:12:35de inglês?

01:12:36Pois ela já foi

01:12:36professora de inglês.

01:12:37Muito louco isso, né?

01:12:39Então, ela sabe

01:12:40a importância

01:12:40que essa língua

01:12:41tem pra você,

01:12:42como ela pode

01:12:43abrir portas,

01:12:44como você pode

01:12:44viajar com mais

01:12:45tranquilidade,

01:12:46você pode ter acesso

01:12:47a informações

01:12:48muito mais legais,

01:12:49você pode evoluir

01:12:50na sua carreira

01:12:51acadêmica, profissional.

01:12:52Ela sabe de tudo isso,

01:12:53então é por isso

01:12:54que a gente tem aqui

01:12:55o orgulho

01:12:56de ter essa parceria

01:12:57com a Madeleine,

01:12:58um preço especial

01:12:59pra você

01:13:00que tá aqui

01:13:00assistindo esse vídeo.

01:13:01Clica no link

01:13:02que você tá vendo aí

01:13:03e aproveita

01:13:03essa promoção agora.

01:13:04Aproveita e vem

01:13:05do melhor curso

01:13:06de inglês online

01:13:07do Brasil.

01:13:08Bora!

01:13:09Muitíssimo obrigada

01:13:10pela sua participação

01:13:11aqui, vocês que comentam

01:13:13no chat, que são

01:13:14muito importantes.

01:13:16Deixa a sua curtida,

01:13:17verifica se já tá inscrito

01:13:18no canal do Antagonista,

01:13:19se ainda não estiver,

01:13:20se inscreva e toque

01:13:22o sininho.

01:13:22Eu tô com você

01:13:23no Narrativas Antagonista

01:13:24de segunda a sexta-feira,

01:13:26às cinco horas da tarde,

01:13:27e agora a gente tem

01:13:28um encontro aos domingos,

01:13:30Lado A,

01:13:31às cinco da tarde.

01:13:32Vou ficando por aqui,

01:13:33volto com o Lado A

01:13:34no domingo que vem

01:13:35e com Narrativas Amanhã.

01:13:38Beijo pra vocês!

01:13:38Tchau!

01:13:39Tchau!

01:13:40Tchau!

01:13:42Tchau!

01:14:02Tchau!

01:14:10Tchau!

01:14:11Tchau!

01:14:12Tchau!

01:14:13Tchau!

01:14:14Tchau!

Ladoa! - Madeleine Lacsko recebe Ricardo Feltrin

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