O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lamentou que a megaoperação policial no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV) tenha afetado o Sistema Único de Saúde (SUS).
Padilha confirmou que os atendimentos em unidades de saúde e nas carretas de saúde preventiva foram interrompidos devido ao intenso tiroteio.
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00:00O ministro da Saúde, Alexandre Pardilha, afirmou hoje que os profissionais do SUS
00:05também foram afetados pela mega-operação no Rio de Janeiro. Acompanhe.
00:10Então, ontem mesmo a gente estava na expectativa da retomada dos trabalhos.
00:15Hoje que posso voltar os atendimentos para a área da saúde, o mais importante é a paz, é a normalidade.
00:21Porque isso afeta muito o serviço de saúde. Os pacientes deixam de ir para o serviço de saúde,
00:27os profissionais com receio. Durante toda a quarta-feira pela manhã, os nossos profissionais das carretas
00:34ficaram protegidos dentro da carreta, tiveram que percar dentro da carreta, interromper o atendimento.
00:41A nossa expectativa da área da saúde é que se retome à normalidade o mais rápido possível
00:45para que as famílias, os pacientes, os profissionais tenham segurança de atuar em qualquer lugar,
00:52seja no Rio de Janeiro, em qualquer lugar no país.
00:54Odora, é a fala do ministro da Saúde, mas eu queria te perguntar, pegando esse gancho de uma fala
00:59de um ministro dessa área tão importante, falando que os profissionais do SUS também sofreram com a mega-operação,
01:05tem algum fundo de política nessa fala dele?
01:08Em relação a, claro, o campo diferente é o governador Cláudio Castro.
01:13E sobre os posicionamentos dos integrantes do governo?
01:16O governo tem se posicionado de forma acontento nessa discussão?
01:20Ou ainda é muito recente? É preciso esperar.
01:24Olha, então vamos dividir duas coisas.
01:26A fala do ministro Padilha, não achei que tinha essa condotação, não.
01:31Apenas fiquei pensando aqui, né?
01:33Os funcionários do SUS foram afetados.
01:36Quem não foi afetado?
01:38Até a gente aqui na Zona Sul, que está dentro de casa, é afetado.
01:43Ficou todo mundo mal.
01:44Tiago, no dia seguinte, as pessoas, o clima, a gente que não é diretamente, diretamente, assim, não sofre na pele, isso,
01:56era um baixo astral, a cidade meio vazia.
02:01Todo mundo foi afetado.
02:02Agora, a questão, então, na questão do ministro Padilha, a fala dele, ela é apenas, eu acho que ele relatou uma situação que realmente aconteceu.
02:12Agora, a segunda parte da sua colocação, que é sobre o posicionamento do governo federal.
02:19Eu acho que o governo federal tem tentado, num primeiro momento, saiu também solto aí na lógica do embate.
02:28No primeiro dia, no primeiro momento.
02:30Depois percebeu, isso é nítido, né?
02:34Que não é um bom caminho.
02:36Então, procurou se conter.
02:39Na manifestação do presidente Lula, naquele tweet que a gente colocou ontem no jornal, ele se dizendo, como é que ele diz, que, ah, não vamos tolerar, então, enfim, que faz uma manifestação,
02:54ele não fez críticas ao governo do Estado, né?
02:58Então, ali, me parece que há uma compreensão de que não é o momento, uma preocupação inteligente, não é uma compreensão inteligente.
03:09Não é o momento de se disputar.
03:12O inimigo, aí, é outro, entendeu?
03:16O inimigo é o crime, né?
03:19Então, não é isso que falta a compreensão.
03:23Agora, isso no presidente da República, numa manifestação por escrito, eu não sei como é que vai ser no improviso,
03:31os deputados, senadores, chamados governistas, que nem todos têm essa compreensão e o clima é de disputa.
03:39Então, o que eu acho que vai acontecer é que essa questão da disputa política, infelizmente, vai tomar a cena.
03:52Por quê?
03:53Porque essa dinâmica que vem sendo feita, num tweet bem pensado, ali, com o ministro da propaganda, pensando, olha, não poder, tá?
04:05Isso sai muito bem.
04:07Agora, no embate, no dia a dia, no discurso, no Congresso, eu acho que isso vai aparecer,
04:13porque você não vira essa chave do dia para a noite.
04:16Essa chave, ela estava desse lado, dessa dinâmica, dessa disputa, né?
04:22Então, por isso que eu acho que vai continuar.
04:25A gente falou muito sobre esse consórcio, né, que foi criado hoje por esses governadores,
04:30dependente de resultado, se é uma questão apenas de maquiagem política ou não,
04:34essa é uma outra discussão, Deise, mas a questão é, como que o governo pode fazer,
04:38se é que fará um embate contra isso,
04:40porque, na prática, é o que a Dora acabou de falar.
04:44O inimigo é outro, né?
04:46Pois é, Tiago, agora sou eu que peço desculpas para a Dora,
04:50porque a Dora estava falando aqui e eu estava rindo.
04:52Justamente hoje, Dora, a gente estava em sala de aula falando
04:54sobre essa questão do inimigo agora ser outro, né?
04:58Eu acredito que o governo federal vai perder muito
05:02se ele tentar entrar num embate em relação à segurança pública.
05:06A gente sabe que essa pauta da segurança pública,
05:09ela tem sido muito melhor apropriada pela direita, né?
05:13Então, o governo agora tem que tomar muito cuidado,
05:16tem que propor medidas propositivas,
05:20tentar conversar com os governadores.
05:23E, de novo, assim, eu acho que...
05:25Eu penso que deixar de lado essa polarização
05:28e essa dissociação entre esquerda e direita
05:32e partir para um diálogo.
05:34Porque, senão, além de não resolver nada,
05:36vai polarizar, vai piorar as coisas
05:38e é muito provável que a gente chegue num ano eleitoral
05:42com a questão da segurança pública pior ainda.
05:45E, se chegar pior ainda,
05:47isso acaba sendo munição para a oposição
05:50e o governo vai ficar em lençóis piores ainda, né?
05:54Porque, a partir do momento que isso vai se estendendo,
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