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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manobra no Congresso e busca adiar a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 para costurar um acordo.

O governo Lula projeta um rombo de até R$ 30 bilhões em 2026, que inviabiliza o superávit. Haddad busca uma solução de equilíbrio fiscal por meio de corte de despesas ou novas medidas de arrecadação.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/qsE2hdBBY9M

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Transcrição
00:00O ministro da Fazenda afirma que recebeu acenos de parlamentares para recompor o orçamento.
00:07Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, agendou para amanhã uma reunião com o Fernando Haddad.
00:12A repórter Vitória Abel, com todos os bastidores, chega com as últimas informações,
00:17afinal quais podem ser as saídas para o orçamento depois da derrota do governo na semana passada.
00:23Contas e mais contas, Vitória Abel, bem-vinda, boa noite.
00:30Pois é, Tiago, boa noite para você, para todos que nos acompanham.
00:34É isso que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer discutir e costurar com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
00:41Uma alternativa para repor o que foi perdido com a medida provisória que acabou sendo rejeitada pelo Congresso Nacional.
00:49Aquela medida provisória que taxava aplicações financeiras, também aumentava taxas sobre BET,
00:55sobre os sites de apostas e podia gerar um ganho para o governo de 20 bilhões de reais,
01:00além de uma economia de 10 bilhões de reais.
01:03Então, o governo está com um rombo na mão de 30 bilhões de reais para o ano que vem
01:07e vai precisar encontrar uma saída para isso já antes da votação da lei de diretrizes orçamentárias.
01:15E por que o ministro Fernando Haddad destacou essa conversa com o Alcolumbre amanhã
01:20e justamente pediu que ela acontecesse antes que a LDO fosse aprovada?
01:25Porque a LDO, vamos lembrar, traz a meta fiscal para o governo no ano que vem.
01:30Meta fiscal essa que é de superávit, que é de 34,5 bilhões de reais,
01:36de acordo com as estimativas do governo.
01:38Mas se o governo não encontrar uma saída para cobrir esse rombo fiscal,
01:43não vai ter como manter essa meta fiscal.
01:46Mas o governo quer, de qualquer jeito, manter essa meta,
01:49até porque poderia causar uma instabilidade muito grande no mercado,
01:53uma mudança de meta fiscal, atrapalhar a queda da taxa de juros
01:56que vem sendo prevista para o ano que vem.
01:59Então, o governo vai fazer de tudo para manter esse superávit
02:02ou com um corte de despesas ou com a arrecadação de mais receitas.
02:06E é esses detalhes que Haddad e Alcolumbre vão discutir na reunião
02:11que deve acontecer amanhã, de manhã, na residência oficial do presidente do Senado.
02:17E eles devem discutir essas alternativas.
02:20E também já está praticamente certo que a LDO, a votação da LDO,
02:24está adiada sem um prazo, sem uma data definida
02:28até que o ministro Fernando Haddad e toda a equipe econômica encontrem essa saída.
02:32Inclusive, a gente conversou mais cedo com o relator da LDO, Gervásio Maia,
02:36que é do PSB, um partido que é aliado do governo,
02:40e ele diz que realmente está adiado a votação da LDO,
02:42ele não vai colocar para votar.
02:44Claro, quem coloca para votar é o presidente da Comissão Mista de Orçamento,
02:48que é o senador Efraim Filho do União Brasil,
02:51mas o relator influencia nesse processo.
02:53E o Gervásio Maia diz que não tem como votar nesse momento,
02:56o governo pediu adiamento e eles vão adiar essa votação
02:59até que se encontre uma solução.
03:01O ministro Fernando Haddad disse mais cedo justamente
03:05o que ele vai pontuar nessa conversa com o Davi Alcolombre.
03:08Vamos ouvir um trecho.
03:10Está tranquilo em relação a isso,
03:12eu só quero levar ao conhecimento dele as consequências
03:15de cada um dos cenários que ainda estão em aberto.
03:19E assim que o Congresso decidir,
03:22a gente conseguir fechar a peça orçamentária
03:24respeitando os princípios constitucionais.
03:27Cada cenário tem uma consequência,
03:29eu preciso explicar para ele quais vão ser as consequências de cada...
03:31Não, cada cenário do ponto de vista de receita e despesa
03:35tem uma implicação.
03:38Então nós temos que reportar.
03:40Está bom?
03:41Obrigado, gente.
03:42Eu estou muito atrasado.
03:47Pois é, essa fala de Haddad ocorreu aqui no Senado Federal,
03:50porque mais cedo ele participou da Comissão de Assuntos Econômicos
03:54aqui do Senado para debater inicialmente
03:56o projeto de isenção do Imposto de Renda
03:58para quem ganha até 5 mil reais,
04:01que está tramitando aqui já no Senado Federal
04:03sob relatoria do senador Renan Calheiros do MDB.
04:06Só que, na verdade, o tema que tomou conta
04:09da Comissão de Assuntos Econômicos
04:10foi justamente o que o governo precisa fazer
04:13para evitar esse rombo fiscal no ano que vem.
04:16muito pouco se discutiu em relação à isenção do Imposto de Renda,
04:21que é um tema praticamente já decidido
04:23no relatório de Renan Calheiros manter a sugestão do governo.
04:27E também o Haddad, assim como o restante da equipe econômica,
04:31já, claro, já pontuam a necessidade de corte de despesas
04:35e incluem as emendas parlamentares
04:37entre essas verbas que podem ser cortadas.
04:40A gente lembra também que, a partir do ano que vem,
04:42as emendas parlamentares estarão no arcabouço fiscal.
04:46Portanto, precisam seguir as regras de corte das demais despesas.
04:50O que a gente conversou também com o líder do Congresso,
04:53o líder do governo no Congresso, perdão,
04:55Randolfo Rodrigues, do PT,
04:57e ele disse que, e essa vai ser uma discussão que vai ser feita,
05:00e outro ponto também que o governo quer discutir
05:03dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias
05:05é a retirada de um calendário
05:07que obriga o pagamento de emendas parlamentares pelo governo
05:11até julho do ano que vem.
05:13Randolfo Rodrigues disse que o governo segue contra essa medida,
05:17mas que, por enquanto, primeiro eles vão resolver a questão do rombo fiscal
05:21para depois entrar nesse corte, nessa substituição,
05:26melhor dizendo, do calendário de pagamento de emendas.
05:28Vamos ouvir um trecho.
05:29Nós nem adentramos no diálogo sobre o calendário.
05:34Antes de chegar sobre o calendário,
05:36que o governo tem claramente uma posição,
05:38tem uma posição por razões óbvias.
05:41A imposição do calendário é um ato privativo do executivo,
05:47porque para definir calendário de pagamento
05:49tem que ter disponibilidade orçamentária e financeira.
05:54Quem pode dar resposta sobre disponibilidade orçamentária e financeira
05:56é o executivo, não o legislativo que tem.
05:58Então, primeiro, o ministro Haddad deverá ter essa conversa amanhã
06:03com o presidente Davi para expor as alternativas e os caminhos que tem
06:08em relação aos caminhos alternativos sobre a medida provisória 303.
06:13Lembrando que esse calendário obrigatório de pagamento das emendas parlamentares
06:22é, inclusive, defendido pelo presidente da Câmara, Ogumota,
06:25e também pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre,
06:28e precisa ser pago de acordo com os parlamentares até julho do ano que vem,
06:32porque ano que vem é ano eleitoral e terá pouco tempo de pagamento
06:36para que essas verbas sejam liberadas para os aliados dos deputados e senadores.
06:40Tiago.
06:42Lembrado, inclusive, amanhã a Jovem Pan acompanha
06:44essa reunião na casa do presidente do Senado,
06:47presidente do Congresso Nacional, com o ministro da Fazenda,
06:49Fernanda Haddad e Vitória Bel, vai trazer, certamente, os bastidores para a gente.
06:53Até daqui a pouquinho, deixa eu girar os nossos comentaristas mais uma vez,
06:56começa por você agora, Dora.
06:58Claro, são temas técnicos, discussão sobre as contas públicas,
07:04cumprimento de arca-bolso fiscal para o ano que vem,
07:07tem essa questão das emendas parlamentares,
07:09mas, antes de tudo, é uma discussão política, não é, Dora?
07:15Claro que é política.
07:16Quando você começou falando que era técnica,
07:18eu já estava aqui me preparando para dizer,
07:20mas não é só técnica, é fundamentalmente política,
07:23porque nós temos a eleição atrás disso tudo.
07:27Quer dizer, é meio atrás, é o pano de fundo, né?
07:30A comandar.
07:31Porque a oposição, essa é uma fava contada,
07:34o governo achou que deveria fazer a política fiscal,
07:38não como, não é nem oposição,
07:40mas como os especialistas no tema aconselhavam.
07:45Contenção no início, deixa para gastar depois.
07:47O governo achou que deveria fazer exatamente como bem entendesse.
07:52Ok.
07:52A oposição foi dando coisa, o Congresso foi dando.
07:56Chegou uma hora, eu acho que foi até um pouco antes da MP do IOF,
08:01aquela outra, o decreto, melhor dizendo, do IOF lá em junho,
08:04que o governo, a oposição disse,
08:07aqui não passa mais aumento de imposto, ponto.
08:12E aí a gente viu agora, com toda a negociação que ocorreu,
08:16caducou a medida provisória de mais impostos,
08:19e não vai passar.
08:20E o componente político, agora que estamos às vésperas do ano eleitoral,
08:25é exatamente esse.
08:26Ora, a oposição não vai dar dinheiro para o governo assim.
08:30O governo é que deveria ter cuidado do acabolço,
08:33do cumprimento com o executivo,
08:35que deveria do cumprimento da meta fiscal.
08:37Porque teve muita coisa do Congresso,
08:40o próprio presidente da República já disse isso,
08:42e o ministro da Fazenda também.
08:44Então, agora que eles precisam loucamente de arrecadação,
08:49aí, claro, que o Congresso, a oposição principalmente,
08:53faz jogo duro, gente.
08:54A oposição é oposição.
08:56O PT tem experiência nesse tema.
09:00Foi oposição durante muitos anos.
09:03Votou contra o Plano Real.
09:05Então, se isso, se é para falar em traição,
09:08antipatriotismo,
09:09ninguém disse isso do PT,
09:12ou pelo menos que eu me lembre.
09:14Tá bom, votou na época contra o Plano Real,
09:16porque era oposição, estava errado,
09:18pagou o preço eleitoral disso em 94, 98, né?
09:23Mas, ok, é normal, é do jogo,
09:25é assim que funciona.
09:27O governo não quis dar o viso lá no começo,
09:29agora está pagando o preço.
09:31Tem o risco também, não é, Vilela?
09:33A discussão fica muito em cima da hora,
09:35a RDO já foi adiada,
09:37e aí, isso pode ameaçar, talvez,
09:40esse debate, essa discussão?
09:42Então, muitos remendos,
09:43do ponto de vista dos gastos públicos, né?
09:48Com certeza, Tiago.
09:49Bom, ameaçar já ameaçou.
09:51A verdade é que essa discussão,
09:53ela é uma discussão que agora,
09:54justamente por estar extremamente apertada,
09:58e pela necessidade que o governo tem
10:00de fazer com que haja essa votação,
10:03e dentro dos limites que foram impostos agora,
10:07pela articulação,
10:08ou pela falta de articulação política
10:10do governo no Congresso Nacional,
10:12o fato é que o governo fica refém,
10:14fica refém da conjuntura política,
10:16do calendário eleitoral,
10:18como bem friso adora,
10:19fica refém das conveniências
10:22do Congresso Nacional,
10:23que está numa conjuntura
10:25que gosta bastante,
10:26onde ele tem poder, realmente,
10:28para pressionar o governo,
10:30para fazer valer os seus interesses,
10:32no sentido de garantir o seu quinhão,
10:34o seu espaço,
10:35dentro do orçamento,
10:38dentro da obtenção
10:39daquilo que seja do seu interesse,
10:41especialmente no que se relaciona
10:42ao calendário de desembolso
10:45de emendas parlamentares.
10:47Então, o fato é que,
10:49nesse momento,
10:50o governo,
10:50que não fez a lição de casa previamente,
10:53vai colhendo agora
10:55os frutos
10:56dessa condução desastrada
10:58da política econômica.
11:00E, Kobayashi,
11:00tem uma frase do ministro da Fazenda,
11:02hoje,
11:02no Congresso Nacional,
11:03dizendo que a Câmara poderia,
11:05dentro da medida provisória,
11:07ter discutido o corte de gastos.
11:09Ou seja,
11:09ele tentou dar uma estocada
11:11no Congresso,
11:12dizendo que os parlamentares
11:12poderiam ter dado uma ajuda
11:14e não simplesmente
11:15nem ter levado essa MP à frente.
11:17Quem mais poderia
11:18ter discutido o corte de gastos
11:20é o próprio Ministério da Fazenda,
11:22que é o órgão ali
11:23de assessoria do Poder Executivo
11:25para tudo o que gasta
11:27e trabalha em termos de economia
11:29no Poder Executivo.
11:31Agora,
11:31em relação a esta votação de LDO,
11:34talvez seja a mais importante
11:35nessa gestão de Lula 3,
11:37porque é a que diz respeito
11:38ao próximo ano
11:40e é ano eleitoral.
11:41Então,
11:41uma coisa é você criticar
11:43o gasto exacerbado do governo
11:45no primeiro,
11:46no segundo ano,
11:47mas se essa LDO
11:48permitir,
11:49der mecanismos
11:50para o governo
11:51gastar muito mais
11:53e se distanciar
11:54da meta fiscal
11:55em 2026,
11:56vai significar,
11:57traduzindo,
11:58em possibilidade do governo
12:00gastar dinheiro
12:01com viés eleitoral
12:03ou nitidamente buscando
12:06por votos
12:07com o dinheiro público.
12:08Então,
12:08há necessariamente
12:10por parte da oposição
12:11a atenção em relação
12:12à responsabilidade
12:14da votação da LDO.
12:15É político,
12:16mas tem que ser também
12:17estratégico
12:18esse tipo de decisão
12:20nesse momento
12:21no Congresso Nacional.
12:22para o governo.
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