Pesquisa do Paraná Pesquisas, divulgada nesta terça-feira (14), indica que 65,8% da população de São Paulo aprova o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Outros 30,6% desaprovam a administração estadual, enquanto 3,6% não souberam responder ou não opinaram. José Maria Trindade comentou. Comentarista: José Maria Trindade
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00:00Vamos dar sequência porque uma pesquisa de opinião pública realizada pelo Instituto Paraná Pesquisa sobre a situação eleitoral para o executivo estadual e também legislativo federal para as eleições de dois mil e vinte e seis mostrou que sessenta e cinco vírgula oito por cento dos paulistas aprovam a administração do governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos, pelos dados divulgados, inclusive, né?
00:29Trinta vírgula seis desaprovam a atuação do político os outros portanto nós tivemos a outra questão que foi colocada vamos voltar aqui então nesse ponto aqui trinta e um vírgula nove dos eleitores eles consideram a gestão como boa e também a segunda por seguida por vinte e seis vírgula sete que a consideram a a gestão dele considera a gestão regular e dezoito vírgula um por cento que avaliação como ótima.
00:57Entre os que desaprovam treze vírgula sete dizem que a administração é péssima e sete vírgula oito consideram ruim. O levantamento foi feito no período de nove a doze de outubro e foram entrevistados mil seiscentos e oitenta pessoas em vinte e seis municípios paulistas.
01:18Se as eleições elas fossem realizadas hoje o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas seria reeleito no primeiro turno isso é o que mostra o novo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas.
01:32O levantamento divulgado nesta terça mostra que o atual governador tem mais de cinquenta por cento das intenções de votos válidos.
01:40Esse índice se repete em três cenários com Tarcísio de Freitas disputando contra Márcio França, Érica Hilton e Alexandre Padilha.
01:48Em um quarto cenário testado contra Geraldo Alckmin o governador Tarcísio de Freitas ainda lidera mas com quarenta e oito por cento dos votos.
01:56Deixa eu chamar o Zé Maria Trindade para a gente falar sobre Tarcísio de Freitas de fato.
02:01A gente sabe que a gente já viu até a apuração da Beatriz Manfredini que trouxe para a gente diversas vezes aí falando que Tarcísio aceita uma missão.
02:10Então missão é a palavra para o Tarcísio de Freitas se candidatar à presidência da república no ano de dois mil e vinte e seis.
02:16Eu acredito que vai ser nos quarenta e cinco do segundo tempo.
02:19Jair Bolsonaro vai falar para ele vai Tarcísio e ele vai se candidatar aí com essa possibilidade dessa missão.
02:26que é o que ele tanto diz.
02:28Olha, um grande projeto foi montado inicialmente por empresários, o pessoal da iniciativa privada e que os partidos apoiaram.
02:37Então houve ali o fechamento de presidente de cúpulas, né, de partidos políticos envolvendo o PP, União Brasil, Republicanos, Cidadania,
02:49inclusive o Baleia Rossi do MDB e outros partidos, PSD, né, de fazer essa campanha para a presidência da república.
02:57Houve uma conversa com o grupo do Bolsonaro e o presidente, o ex-presidente Bolsonaro aceitou e o presidente do PL também, Valdemar Costa Neto, torcia para essa candidatura.
03:10Mas aí entrou a família do ex-presidente e disse, olha, não haverá outro candidato a não ser Jair Bolsonaro até o último instante.
03:18E isso jogou água fria nesse projeto.
03:21Tarcísio, então, decidiu recuar, cuidar da própria casa, né, e dizer eu sou candidato à reeleição.
03:29Mas, na verdade, nos bastidores me dizem aqui que ele quer ser aclamado.
03:34Não aclamado nacionalmente, isso é impossível.
03:36Mas aclamado pela direita de ser o candidato único, é a condição que ele coloca.
03:43Veja bem, ele está muito bem avaliado em São Paulo, em todos os setores.
03:47Os mais ricos, os de classe média, os que têm alta escolaridade, né, então ele está muito bem com rejeição baixa.
03:56E mais, o nome dele está em todo o estado, embora Geraldo Alckmin cresça por seu apoio no interior, basicamente, no estado de São Paulo.
04:04Portanto, trata-se de uma reeleição praticamente garantida em São Paulo.
04:10Estou dizendo praticamente que política é política, né, pode mudar a qualquer momento.
04:15Mas é um belo quadro e eu diria que o governo de São Paulo, a gestão de São Paulo, está bem com um calcanhar de Aquiles que é a segurança pública.
04:25Mas esta dificuldade não chega a ameaçar a reeleição do governador, o governador, apesar desta aproximação geral do Alckmin.
04:35É uma reeleição praticamente garantida.
04:38Você sabe, Zé Maria, que de fato Alckmin foi quatro vezes governador aqui do estado.
04:43O nome sempre muito bem avaliado no estado de São Paulo.
04:46Mas eu acho que essa associação dele como vice do Lula, essa questão do PT, o PT nunca ganhou aqui no estado de São Paulo.
04:54Então isso pode, de fato, aí prejudicar essa trajetória com essa associação que ele fez, né, como vice-presidente, evidentemente.
05:02O Tarcísio está fazendo a coisa certa, né, Zé Maria?
05:04Você colocar a candidatura na rua vai começar a receber pancada desde já, segurança pública, outros temas.
05:10Mas ele estava ali nos bastidores esperando.
05:13Ninguém esperava essa questão que envolve aí o deputado Eduardo Bolsonaro, Operação Tabajara lá nos Estados Unidos.
05:20Que aí a situação mudou completamente.
05:22Então eles começaram a brigar à direita, que prometia seguir unida para a definição e tal.
05:28Começou a brigar.
05:29E é claro que dentro da família ali implodiu a possibilidade de alguma candidatura dentro da família Bolsonaro.
05:35O Valdemar Costa Neto sempre fala o seguinte, ó, o Bolsonaro vai escolher.
05:39E o nome mais próximo, naturalmente, é o Tarcísio.
05:41Foi ministro dele, ele confia mais, tem mais chances.
05:44Mas claro que toda essa história de tarifaço, o Eduardo Bolsonaro, tudo bagunçou esse cenário
05:50que parecia caminhar de maneira favorável para a direita.
05:54Na esquerda não tem outro nome, é Lula e Lula, né, Zé Maria?
05:57Exatamente.
05:58A esquerda não tem outra opção.
06:00Precisa desesperadamente da candidatura Lula, né, para se firmar, fazer Câmara e Senado,
06:06que é a grande disputa, viu, do ano que vem.
06:09Dominar o Congresso Nacional.
06:11Quem dominar o Congresso, dominará o próximo presidente da República.
06:15Geraldo Alckmin fez uma avaliação muito interessante.
06:17Ele disse que por onde anda, que todos dizem o senhor seria um ótimo presidente da República,
06:23o governador de São Paulo, mas em tempos de paz.
06:27Mas nós estamos em tempo de guerra.
06:28Ou seja, esta polarização acaba tirando essa força que Geraldo Alckmin tinha em São Paulo,
06:36que é o governador de atender a todos os setores.
06:39Esse tempo passou, o tempo do PSDB, né, que era uma esquerda mais centro, mais centro-direita,
06:46todo mundo achava que ela era direita, né, isso já passou, esse quadro passou.
06:50Eu entendo que se tirar o governador, Tarsísio de Freitas, dessa disputa em São Paulo, o quadro muda.
06:59O processo político brasileiro é interessante, que eu entendo que o governador é eleito para oito anos,
07:06com um intervalo ali de quatro anos de reavaliação se ele continua ou não.
07:11É assim a reeleição.
07:13E todo mundo que diz que não é candidato à reeleição estraga o próprio governo.
07:18Reduz o seu mandato para quatro anos, provoca uma briga e uma disputa muito grande entre os seus próprios auxiliares.
07:28Com essa possibilidade, com a candidatura de Tarsísio à presidência,
07:31isso aí acabou eclodindo várias candidaturas, e todas muito fortes, né.
07:37Eu contabilizei cinco candidaturas disputando aí o governo de São Paulo com a saída do Tarsísio.
07:43Com a volta dele para a reeleição, ele acalma todo esse processo e retoma o seu governo integral,
07:50que é de oito anos.
07:51Eu digo isso porque tem um intervalo de quatro anos para decidir se ele continua ou não.
07:56Mas a ideia na cabeça de todo mundo é que é uma data de oito anos.
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