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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto (PL), causou polêmica nas redes sociais após afirmar que Jair Bolsonaro (PL) só ganhou a eleição presidencial de 2018 por conta do atentado que sofreu. Durante participação em podcast, o cacique declarou que aquele pleito seria vencido por Fernando Haddad (PT), mas devido à facada, Bolsonaro "ficou conhecido no Brasil e no mundo e, consequentemente, venceu o pleito". A fala de Costa Neto gerou revolta de internautas, que relembraram a popularidade e ascensão do ex-presidente antes mesmo do atentado, além de diversos pedidos para que o líder da direita e sua família rompam definitivamente com o PL e busquem outro partido.
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NotíciasTranscrição
00:00O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, ele causou polêmica nas redes sociais
00:06após afirmar que Jair Bolsonaro só ganhou o pleito em 2018 por conta do atentado.
00:13Durante uma participação em um podcast, o cacique declarou que aquele pleito seria vencido por Fernando Haddad,
00:20mas em razão da facada que Jair Bolsonaro sofreu, ele ficou conhecido no Brasil e no mundo
00:26e consequentemente acabou vencendo o pleito.
00:28A fala de Costa Neto gerou revolta de internautas que relembraram a popularidade e a ascensão do ex-presidente
00:36antes mesmo do atentado, além de vários pedidos para que o líder da direita e sua família rompam definitivamente com o PL
00:44e busquem outro partido.
00:46Bom, Valdemar afirmando que Haddad, Fernando Haddad, venceria o pleito em 2018 se não fosse o episódio da facada.
00:54Você, Mota, essa avaliação, esse diagnóstico que foi feito por Valdemar Costa Neto em relação às eleições de 2018,
01:03entendendo que se não fosse o episódio da facada, Fernando Haddad teria vencido Jair Bolsonaro.
01:09É, o Valdemar Costa Neto é um político experiente, muito experiente.
01:19E políticos experientes sabem por instinto o que deve ser dito e quando deve ser dito.
01:26Mas é lógico que a avaliação da cena política depende de cada um.
01:32Eu me lembro que no início de 2018 a avaliação que eu mais encontrava era de que a eleição já estava ganha pelo PSDB,
01:44porque o PSDB tinha uma máquina imbatível.
01:47Jair Bolsonaro é um fenômeno político, difícil de entender para muita gente, difícil de aceitar para muita gente.
01:56Um fenômeno que não apareceu no radar da maioria dos analistas políticos.
02:02A primeira vez que eu ouvi alguém dizendo que Bolsonaro seria presidente foi mais ou menos ali em março de 2018.
02:13Eu estava aqui no Rio de Janeiro participando de uma reunião com um grande economista.
02:19E aí surgiu o assunto da candidatura presidencial.
02:24Naquele momento o candidato do PSDB era o favorito.
02:30Mas esse economista disse, eu vou apoiar Jair Bolsonaro porque ele vai ser eleito.
02:38E o nome desse economista era Paulo Guedes.
02:43Pois é, Cristiano Beraldo agora ao vivo com a gente.
02:46Beraldo, seja bem-vindo.
02:47Ótima noite a você, excelente semana.
02:49A análise de Valdemar Costa Neto que reflete sobre o resultado de 2018.
02:54Para ele, Haddad venceria Jair Bolsonaro.
02:58Depois teve o episódio da facada.
03:00E isso acabou impulsionando o nome de Jair Bolsonaro.
03:04Você também concorda com essa avaliação do cacique do PL?
03:07Bem-vindo.
03:08Obrigado, Caneto.
03:10Boa noite a você.
03:11Boa noite ao Mota, ao Dávila.
03:12Boa noite à audiência que prestigia diariamente os pingos nos is.
03:15Caneto, veja.
03:17A gente precisa separar as coisas.
03:18Então, num aspecto, Valdemar da Costa Neto está totalmente correto.
03:25Porque o que acontecia naquele momento da eleição de 2018, anterior à facada, era que o candidato, então candidato Jair Bolsonaro, ele tinha ido mal no debate.
03:38Ele estava começando a perder tração.
03:41E, óbvio, ele já tinha uma base de apoio muito consolidada, como ele continua tendo até hoje.
03:47Mas essa base de apoio, ela não é suficiente nem à direita e nem à esquerda para eleger o presidente da República.
03:54Sempre que um candidato desponta, com uma base de apoio muito forte, precisa daqueles eleitores que não dão muita atenção, que não dão muita bola para a eleição e que acabam decidindo seu voto ali, conforme o sentimento, a emoção que prevalece na época da campanha.
04:11Então, a facada fez anular toda essa expectativa de que ele poderia se complicar durante os debates, poderia ter algum problema ali, para continuar tendo a repercussão que tinha conseguido até aquele momento.
04:28A facada foi, sim, muito importante para a eleição de Jair Bolsonaro.
04:33Obviamente, não se deseja absolutamente ninguém que passe pelo que Jair Bolsonaro passou.
04:38A gente não pode esquecer e minimizar o fato de que houve ali uma brutal tentativa de assassinato em que uma pessoa que, até onde se sabe, tem vínculos com o opositor de Jair Bolsonaro,
04:53simplesmente se coloca ali no meio da multidão e atenta contra a vida de um candidato, uma pessoa que está ali se colocando à disposição da população.
05:03Pois bem, isso é um aspecto do que aconteceu e Valdemar da Costa Neto tem razão.
05:10Mas aí vem a pergunta, cabe ao presidente do partido de Jair Bolsonaro relegar a sua vitória a um atentado?
05:20Ou teria sido mais interessante que Valdemar da Costa Neto reforçasse que a vitória de Jair Bolsonaro em 2018,
05:29toda a popularidade que ele traz até agora, recai sobre o fato de ele defender as bandeiras corretas.
05:36Então, eu acredito que tenha sido muito mais um ato falho, Caniato, do que efetivamente uma manifestação pensada do ponto de vista da repercussão que traria.
05:50Porque, obviamente, essa repercussão não ajuda em nada o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.
05:56Pois é, que tem se notabilizado por algumas declarações polêmicas, né?
06:01Algumas reflexões que, inclusive, colegas de partido, integrantes do PL, chegam a concordar, né?
06:07Luiz Felipe Dávila de volta.
06:09Dávila, essa menção feita por Valdemar da Costa Neto em relação ao episódio de 2018,
06:16a facada em Jair Bolsonaro e a análise que ele fez daquele pleito até o episódio da facada.
06:22Segundo ele, se não fosse esse fato, Fernanda Haddad teria vencido Jair Bolsonaro.
06:29Você acha que é preciso que ele traga isso, essa reflexão, neste momento?
06:34Qual é o objetivo dele?
06:37Não sei, Caniato, qual é o objetivo dele.
06:40Remoer o passado longínquo, saber como é que foi a eleição, se tinha facado ou não tinha facado.
06:46O fato é o seguinte, naquela eleição, o fator Bolsonaro foi o fator surpresa,
06:53numa eleição que estavam ali todos os caciques, todo o centrão, por isso que a gente fala esse negócio,
06:58todo o centrão estava em torno da candidatura de Geraldo Alckmin.
07:01O que tinha de um índice muito elevado na candidatura de Bolsonaro,
07:06naquela época pré-facada, era um altíssimo índice de rejeição.
07:11Então era isso que estavam as pessoas colocando, dizendo assim,
07:16bom, se ele tem altíssimo índice de rejeição, ele não pode crescer muito.
07:19E depois da facada, principalmente durante uma semana que só ficou Jair Bolsonaro na mídia,
07:25e houve até aquela época um hiato nos debates,
07:28lembra que todos os candidatos resolveram não debater,
07:31aquilo fez com que Jair Bolsonaro ganhasse muita atração.
07:35E daí, como bem falou o Beraldo, a base que ele já tinha com esse índice de rejeição caindo
07:42e uma exposição grande durante aqueles dez dias, logo após a facada,
07:48foi suficiente para fazer com que Jair Bolsonaro começasse a disparar
07:52e aí se tornasse o candidato favorito.
07:56Eu não acho que Fernando Haddad venceria aquela eleição de jeito nenhum.
08:01Eu discordo do presidente Valdemar Costa Neto.
08:04porque o que acontece com Haddad era o outro lado dessa moeda.
08:09Já tinha batido o seu teto e tinha altíssimo índice de rejeição.
08:13Portanto, eu não sei quem venceria a eleição no caso de Jair Bolsonaro não ter tomado a facada,
08:19mas certamente não seria Haddad.
08:22Porque aquilo que acontece, ele já tinha muita rejeição.
08:25E o voto, como mostrou, acabou indo para um voto anti-PT.
08:30Não importa a coloração, se foi Bolsonaro, Alckmin, Sírio, todo mundo ali era o anti-PT.
08:37Então, eu não acho que quem seria o grande vencedor beneficiado disso seria o PT.
08:44Então, não entendo por que remoer a especulação de uma eleição
08:50que nós não temos a menor ideia do que poderia acontecer se não houvesse tido a facada em Jair Bolsonaro.
08:57Certamente, Jair Bolsonaro já representava essa tendência de descontentamento com o sistema político,
09:05do voto anti-sistema, e isso certamente poderia migrar para um outro candidato.
09:13Mas adivinhar qual era o candidato que mais se beneficiaria disso, difícil.
09:18Porque tanto Alckmin quanto Haddad eram representantes justamente desse sistema
09:25que havia uma rejeição, como mostrou o voto Bolsonaro, nessa visão anti-sistema.
09:33E isso, eu não sei quem se beneficiaria.
09:35Certamente, não seria alguém do sistema.
09:39Agora, Mota, a gente consegue compreender exatamente se isso faz parte de uma leitura pragmática
09:46que Valdemar Costa Neto faz sobre o cenário político.
09:50Isso pode indicar, dar alguma pista sobre como o Valdemar e o PL viriam em 2026, Mota?
09:58Sinceramente, acho que talvez nós estejamos sobrevalorizando um comentário dito numa live, né?
10:09Todo mundo que já fez uma live sabe como é que é, né?
10:11Uma live às vezes dura uma hora, duas horas, aí você esgota os assuntos, você está cansado,
10:18o entrevistador traz um tópico que não estava combinado, aí você acaba dizendo uma coisa
10:25sem pensar muito e depois aquilo ali é cortado e propagado como se você tivesse dado uma declaração
10:33definitiva sobre um assunto, né?
10:36Eu acho que explicar o resultado de uma eleição, depois que ela aconteceu, é fácil, né?
10:43Todo mundo é engenheiro de obra pronta.
10:46Você olha e diz, não, fulano só ganhou por causa disso, daquilo, daquilo outro.
10:50Você cria uma narrativa que depois que os fatos aconteceram faz todo sentido, né?
10:57Explicar a história é muito fácil, difícil é prever a história antes que ela aconteça.
11:04Agora, mesmo as explicações para a vitória estão sujeitas à interpretação pessoal.
11:11Eu acho que o palpite de Valdemar é inusitado, é assim que eu classifico.
11:17Porque adivinhar o vencedor daquela eleição era difícil.
11:23Agora, adivinhar os perdedores não era difícil.
11:26Eu acho que ninguém ali apostava na vitória do PT.
11:32É engraçado a gente tratar do pleito de 2018,
11:37porque antes de começar a campanha eleitoral, muitos nomes surgiram.
11:40Inclusive, em algum momento, né, Cristiano Peraldo,
11:42muitos apostavam em Geraldo Alckmin, por exemplo, que performou muito mal, né?
11:47Se a gente for entender a dinâmica daquela campanha eleitoral,
11:52as pesquisas que apontavam a elevação repentina de Jair Bolsonaro,
11:58que acaba se consolidando com uma grande força após o episódio da facada.
12:03E ele mesmo participou, salvo engano, de um ou dois debates no máximo, né?
12:07Depois, lógico, por conta do episódio da facada, ficou impossibilitado e depois da recuperação.
12:14Quando a gente acaba imaginando o pleito de 2026 com os nomes que vêm sendo aventados,
12:22difícil a gente imaginar o surgimento de alguém que seja a grande novidade, né, Beraldo?
12:28O Jair Bolsonaro, de 2018, poderia transferir o seu capital político para alguma figura
12:37que pudesse performar tão bem quanto ele performou em 2018, Beraldo?
12:43Olha, Caniato, a eleição de 2018, ela merece um estudo, assim, muito aprofundado,
12:50porque havia uma certeza no ambiente político.
12:54Com quem quer que você conversasse, e eu, na época,
12:58conversei com alguns líderes muito importantes da política tradicional no Brasil,
13:05e eles diziam que era óbvio, era claro que o Geraldo Alckmin venceria aquela eleição.
13:11Geraldo Alckmin era o candidato com o maior tempo de TV,
13:16porque ele tinha a maior aliança, ele tinha mais dinheiro para fazer a campanha,
13:20e Lula não era o candidato, o candidato era o Haddad,
13:23que não sequer tinha conseguido se reeleger prefeito de São Paulo,
13:28em razão da péssima gestão que teve na cidade de São Paulo.
13:32Pois bem, começa a campanha, e aí o Geraldo Alckmin não ganha atração.
13:39Ao mesmo tempo, que esse outsider,
13:43que, olha que interessante, Caniato,
13:45que a gente precisa lembrar do que era o Brasil naquele momento,
13:47era um Brasil da Lava Jato ainda,
13:49era um Brasil que foi às ruas contra um presidente da república,
13:54ou uma presidente da república,
13:56tendo em vista que a vida do brasileiro estava extremamente difícil.
14:00A gestão Dilma Rousseff colocou o Brasil e os brasileiros
14:03no seu pior momento pós-constituição de 1988.
14:08Então havia, assim, essa força que vinha das ruas,
14:16de pessoas que estavam absolutamente indignadas,
14:18de ao mesmo tempo que viviam o seu pior momento,
14:21estavam ali sendo defrontadas com a realidade da corrupção sistêmica,
14:26bilhões de reais que serviram não apenas para enriquecer uma série de players,
14:31mas, sobretudo, para financiar campanhas
14:35que mantinham esta mesma turma no poder.
14:39Pois bem, o outsider que captou essa energia foi justamente Jair Bolsonaro.
14:45E olha que interessante,
14:47era Jair Bolsonaro que ficou na Câmara 28 anos,
14:50que durante a sua trajetória na Câmara
14:53não apoiou necessariamente pautas de direita,
14:56chegou a declarar voto em Lula,
15:01chegou a defender governos do PT,
15:03mas, mesmo assim, naquele momento,
15:06como havia uma carência da população brasileira
15:08que estava tão indignada,
15:10ao trazer figuras como o próprio Paulo Guedes,
15:13citado aqui pelo Mota,
15:15e outras pessoas que deram a ele uma roupagem de direita,
15:19mas não só uma direita qualquer,
15:21uma direita que estava revoltada,
15:23que agiria contra toda a sujeira da política,
15:27ele, então, conseguiu captar
15:28toda a força que havia ali
15:31vindo da população brasileira.
15:34Pois bem, Carinhato,
15:35quando a gente passa pelos anos de governo Bolsonaro,
15:40agora esses anos de governo Lula,
15:42como é que eu vejo o espírito da população brasileira,
15:45do eleitor brasileiro,
15:46chegar em 2026?
15:49É um espírito que me parece semelhante ao de 18.
15:53Quer dizer,
15:54essas favas contadas de que, não,
15:57vai ter o candidato apoiado pelo Bolsonaro,
16:00que vai ser pune de 10,
16:02porque o governo PT vai tão mal
16:03que Lula não terá condição
16:05nem de ser reeleito,
16:06nem de eleger um sucessor.
16:07Então, essa é a eleição
16:08para aquele candidato apoiado pelo Bolsonaro.
16:11Só que essa trama ficou tão mal organizada
16:14que esse candidato,
16:17que seria apoiado por Bolsonaro,
16:19acabou vestindo a roupagem
16:21de um candidato que será o candidato do Centrão,
16:23não será o candidato daquela direita
16:25que vai corrigir todos os problemas do Brasil.
16:28Não, vai ser um candidato
16:30com todas as caras de Centrão
16:32versus um candidato indicado pelo Lula
16:35ou o próprio Lula.
16:36E isso, de novo, no meu entendimento,
16:38abre um grande espaço para um outsider.
16:42E isso, Caneato,
16:43está inclusive traduzido
16:45numa recente pesquisa da Quest
16:47que mostra isso.
16:48Há já uma parcela importante
16:50do eleitorado brasileiro
16:51que prefere um candidato
16:53que não seja nem indicado por Bolsonaro
16:55e nem indicado por Lula.
16:56É interessante também
16:58a possibilidade de Jair Bolsonaro
17:00não ter contato com o público, né, Dávila?
17:03Se nós analisarmos a situação atual,
17:07rápida parada para as pessoas
17:08que nos acompanham pela rede.
17:10Nós seguimos aqui com as análises
17:12dos nossos comentaristas.
17:14Dávila, se Jair Bolsonaro
17:16não tivesse lá cinco dias, por exemplo,
17:19para refletir sobre a situação
17:21e manifestar o seu apoio a alguém,
17:24utilizar a rede social,
17:25isso vai ficar a cargo de familiares,
17:28de integrantes do PL.
17:29Valdemar Costa Neto vai ter uma posição aí,
17:33uma incumbência super importante
17:35gerir os atores e aqueles integrantes do PL.
17:39Muda o quê quando Bolsonaro
17:41não pode se manifestar
17:42e se utiliza de interlocutores?
17:46Caneato, a coisa mais difícil hoje
17:48para a direita
17:49é ter uma articulação previsível,
17:53porque hoje na direita
17:54tudo é imprevisível
17:57e o imprevisível aumenta o imponderável,
18:00fica difícil fazer aliança,
18:02honrar a palavra,
18:04fazer acordo.
18:05Então, o que é preciso nesse momento
18:08é criar uma forma de entendimento
18:11para coordenar os movimentos.
18:13Se vai ter uma candidatura,
18:15duas ou três, não importa,
18:16mas isso exigirá ainda mais coordenação.
18:19O que não pode é a direita
18:22se tornar um fio desencapado.
18:25Isso seria um desastre
18:26para a direita eleitoralmente.
18:28Então, o importante é,
18:30sabendo que Jair Bolsonaro
18:33se tornará incomunicável
18:35durante um bom tempo,
18:37porque a partir do momento
18:39que ele é obrigado a cumprir
18:40a prisão fechada,
18:43ele provavelmente não vai poder
18:45se comunicar com as pessoas.
18:47e isso não pode deixar vácuo,
18:50porque se cada um falar
18:51em nome de Jair Bolsonaro,
18:53vai aumentar a tensão,
18:55há confusão.
18:55Então, é fundamental,
18:57neste momento,
18:58que haja uma forma de coordenar
19:01as ações, as ideias,
19:04as propostas.
19:05Por quê?
19:06Porque o outro lado,
19:08que é o governo atual,
19:09já escolheu, atuada,
19:12tem o seu candidato,
19:13que é a reeleição do ex-presidente Lula,
19:16e vai partir para o radicalismo,
19:21vai partir cada vez mais
19:23para acirrar os ânimos,
19:25para a polarização.
19:26Então, isso já está dado.
19:27Aliás, isso é o marqueteiro dele,
19:29que é o ministro da comunicação,
19:30que disse.
19:31Então, é preciso o outro lado
19:33coordenar muito bem esses atos,
19:36para que nós não nos percamos
19:38em ambições pessoais,
19:42dissidências internas,
19:43e ausência de coordenação,
19:47que hoje eu disse,
19:48os candidatos da direita,
19:50os presidenciáveis,
19:51estão em pleno acordo
19:53do que é preciso ser feito,
19:55do tamanho do desafio do Brasil.
19:57O que não pode
19:58é que este acordo
20:00seja poluído
20:02por desavenças.
20:04Pois é,
20:05programa Os Pingos nos diz,
20:06a notícia em destaque,
20:07o presidente do PL,
20:09Partido Liberal,
20:10Valdemar Costa Neto,
20:11dizendo que Fernando Haddad
20:13venceria o pleito de 2018,
20:16se Jair Bolsonaro
20:17não tivesse passado
20:18por aquele episódio,
20:19o episódio da facada.
20:21Essa declaração acabou
20:23gerando muitos comentários,
20:25até uma certa revolta
20:26de entusiastas e apoiadores
20:28de Jair Bolsonaro.
20:30Quando Valdemar disse,
20:32bom, ele sofreu atentado
20:33e por isso ficou conhecido,
20:35o episódio acabou impulsionando
20:37a figura de Jair Bolsonaro,
20:39que derrotou o candidato
20:41do PT,
20:42Fernando Haddad,
20:43naquela ocasião.
20:44Eu vou receber agora
20:45as pessoas que nos acompanham
20:46pela rede,
20:47para acompanharem na íntegra
20:48o comentário do Roberto Mota
20:51a respeito desse tema.
20:54Agora sim,
20:55recebendo todas as pessoas
20:56que nos acompanham
20:57pela rede,
20:58Jovem Pan,
20:58obrigado pela preferência,
21:00obrigado por prestigiar
21:01o trabalho aqui
21:01da equipe de Os Pingos nos diz.
21:04Mota,
21:04quando a gente analisa
21:06a maneira como a política
21:08está organizada,
21:10as figuras que acabam gerindo,
21:12principalmente o capital político
21:14de Jair Bolsonaro,
21:15enquanto ele está
21:15em prisão domiciliar,
21:17a gente entende
21:18que os familiares,
21:19os filhos e a esposa
21:20de Jair Bolsonaro,
21:22acabam tendo uma atuação
21:24mais preponderante
21:25no gerenciamento
21:26das informações.
21:28Mas Valdemar,
21:29sempre quando pode,
21:30acaba fazendo um comentário aqui,
21:32outro acolá,
21:33muitas vezes até
21:34comentários desconectados
21:36daquilo que os filhos falam.
21:38Você acha que temos
21:39dois PLs,
21:40um PL de Jair Bolsonaro
21:42e outro de Valdemar Costa Neto,
21:44que seria o PL mais centrão,
21:46isso atrapalha?
21:49Temos, Caniato.
21:51É uma imensa
21:52e interminável confusão
21:54na política do Brasil.
21:57Você vê que
21:57a gente vai para um lado,
22:00vai para o outro,
22:02comenta uma figura,
22:03comenta outra
22:04e sempre volta
22:05para Jair Bolsonaro.
22:07É a constatação
22:08que está diante
22:09de nós.
22:10A política brasileira,
22:12neste momento,
22:13continua girando
22:14ao redor
22:15de Jair Bolsonaro.
22:16Jair Bolsonaro
22:17continua sendo
22:17um grande
22:18fator
22:19nas eleições
22:20do ano que vem.
22:22É um fator
22:23com o qual
22:24o sistema
22:26não lida
22:28muito bem.
22:29Quanto a gente
22:30não sair desse lugar
22:31onde a política brasileira
22:32resolveu parar,
22:34nós não vamos
22:35para lugar nenhum.
22:37Não vai haver espaço
22:39para esse outsider,
22:41que o Beraldo
22:42muito bem lembrou aqui.
22:44É um fenômeno curioso.
22:46Desde que eu
22:47comecei a me envolver
22:48com política,
22:50na fundação
22:50do Partido Novo,
22:52que muita gente
22:53tem a aspiração
22:55de que surja
22:56alguém de fora
22:57da política
22:58para dar um jeito
23:00na política.
23:01O problema
23:02é que a pessoa
23:02pode até surgir
23:03de fora
23:04da política,
23:05mas uma vez
23:06que ela entre
23:07na política,
23:08ela passa
23:09imediatamente
23:10a ser um político.
23:11E os políticos,
23:12a maioria deles,
23:14são todos
23:14movidos
23:15mais ou menos
23:17pelos mesmos
23:18incentivos.
23:18Por isso,
23:19é importante
23:20que o político
23:21tenha convicção.
23:23Quando você tem
23:24convicção
23:25sobre as coisas
23:26que são certas,
23:28sobre as coisas
23:28que são erradas,
23:30você consegue
23:30firmar o seu caminho.
23:33Seja você
23:34um outsider,
23:36como sugeriu o Beraldo,
23:37ou até um político
23:39tradicional.
23:40O mais importante
23:41é você ter convicção
23:43do que você quer.
23:45Pois é.
23:45Beraldo,
23:46quando a gente olha
23:47para o histórico
23:47de Valdemar
23:48e o próprio histórico
23:49do PL,
23:50se a gente tirasse
23:51a figura
23:52de Jair Bolsonaro,
23:53entenderíamos
23:54que talvez
23:54o PL estivesse
23:55mais conectado
23:57aos anseios
23:59e às demandas
24:00atendidas pelo Centrão.
24:01Mas com a chegada
24:02de Jair Bolsonaro,
24:04o partido acabou
24:04ganhando
24:05uma outra característica.
24:07Talvez tenha ido
24:08um pouco mais
24:08para a direita
24:09e tenha se alinhado
24:11com as pautas
24:12e as defesas
24:13de Jair Bolsonaro.
24:15Você entende
24:16que por conta
24:17disso,
24:18o PL,
24:19é grande a chance
24:20do PL
24:20percorrer um caminho
24:21diferente do Centrão
24:23em 2026?
24:24Talvez adotar
24:25uma estratégia
24:26não de chapa pura,
24:27mas se abraçar
24:29a essa agenda
24:31defendida
24:32por Jair Bolsonaro
24:33ou a agenda
24:33do bolsonarismo.
24:35Muitos gostam
24:35de tratar
24:36dessa forma.
24:38E aí,
24:38isso descolaria
24:39o PL
24:40do resto
24:40do Centrão?
24:41é,
24:43tu veja,
24:44primeiro,
24:45eu estou
24:46enxergando
24:47esse cenário
24:47para 2026
24:48de forma
24:49não,
24:50Mota,
24:51não como
24:52um outsider
24:53assim,
24:54a lá
24:54Pablo Marçal,
24:55um influencer
24:57que chega
24:58e de repente
24:58vai levar
24:59à presidência
24:59da República.
25:00Eu não acho
25:01que é por aí,
25:02mas eu acho
25:03que pode ser
25:04um outsider
25:05desses dois núcleos
25:07que a gente
25:08fala muito aqui,
25:10que é o núcleo Lula
25:11e o núcleo Bolsonaro.
25:13Eventualmente,
25:13o outsider
25:14pode ser alguém
25:15mesmo sendo
25:17da política
25:17ou de alguma forma
25:18vinculado
25:19ao universo político,
25:20mas que não seja
25:22esse alguém
25:23apadrinhado
25:24pelo Centrão,
25:25que ao que parece
25:26será o candidato
25:28que também terá
25:29o apoio
25:29de Jair Bolsonaro
25:30e nem o candidato
25:31Lula
25:31ou alguém
25:32que Lula
25:32apoie.
25:34Portanto,
25:35se a gente
25:35observar
25:36o que pode
25:37acontecer
25:38e até
25:39do ponto de vista
25:40do PL,
25:41Caniato,
25:41me parece
25:42que as apostas
25:44feitas por
25:45Valdemar da Costa Neto
25:46na imagem
25:47e na popularidade
25:48de Jair Bolsonaro
25:49não permitirão
25:51que agora
25:52ele simplesmente
25:54se abrace
25:55com o progressistas,
25:57com a União Brasil,
25:58com os republicanos
26:00ou até
26:01com o MDB.
26:02Me parece
26:03que o PL
26:04ou terá
26:04um candidato
26:05que será
26:05apoiado
26:06pelos demais
26:07ou
26:09nesse esforço
26:09de manter
26:10uma grande
26:11bancada,
26:12uma bancada
26:13que consiga
26:14concorrer
26:15em importância
26:16com a bancada
26:17que será eleita
26:18com essa
26:19federação
26:20entre progressistas
26:21e União Brasil,
26:23que hoje
26:23é a maior bancada
26:24do país,
26:26me parece
26:26que Valdemar
26:27vai apostar
26:28todas as suas fichas
26:29num candidato
26:30abençoado
26:31por Bolsonaro,
26:32que pode ser
26:33Michele
26:33ou pode ser
26:34alguém muito
26:35próximo a ele
26:36ali.
26:37Porque a minha
26:38impressão
26:39é que se
26:40Bolsonaro lança
26:42um candidato
26:43que seja
26:44pura
26:45escolha dele
26:46sem um arranjo,
26:48sem uma combinação
26:49com o próprio
26:50senador
26:51Ciro Nogueira,
26:52presidente do
26:53Progressistas
26:54e hoje
26:54um dos
26:56co-presidentes
26:57ou talvez a figura
26:58mais importante
26:58da Federação
26:59Progressistas
27:00União Brasil,
27:02essa candidatura
27:03a presidente
27:03seria uma candidatura
27:04para marcar
27:05uma posição
27:05para dizer,
27:06olha,
27:06Bolsonaro tem
27:08um representante
27:09legítimo
27:09e as pessoas
27:10devem votar
27:11não apenas
27:12no candidato
27:12a presidente
27:13escolhido por
27:14Bolsonaro,
27:14mas sobretudo
27:15nos senadores
27:16e nos deputados
27:17federais
27:18indicados
27:19por essa
27:21chapa,
27:21porque são
27:22esses parlamentares
27:24que vão atuar
27:25de forma decisiva
27:26num esforço
27:28para conseguir
27:29aprovar
27:29uma anistia
27:31para Jair Bolsonaro,
27:33mas isso
27:33aconteceria
27:34num cenário
27:35em que
27:35o centrão,
27:36quer dizer,
27:36o establishment
27:37político
27:38de centro
27:39vai lançar
27:40Ratinho Júnior,
27:41vai lançar
27:42Eduardo Leite,
27:44enfim,
27:44vai lançar
27:44algum outro
27:45candidato
27:45que
27:46vai estar ali
27:48não defendendo
27:49as bandeiras
27:50da direita,
27:50vai estar
27:51defendendo
27:51talvez até
27:52as bandeiras
27:53contra o PT,
27:54mas não necessariamente
27:55as bandeiras
27:56da direita.
27:58Então,
27:58essa eleição
27:59ela tende
28:00a ter essa
28:01característica,
28:02cada um
28:03buscando o seu
28:04melhor interesse
28:04e o seu
28:05melhor interesse
28:06para os partidos
28:07é a eleição
28:08das bancadas
28:09federais.
28:11Repito,
28:12desses que estão aí
28:13pensando o Brasil
28:14que sofre
28:15com essa questão
28:17da criminalidade
28:18que nos atinge
28:19a todos,
28:20pessoas que
28:20não podem sair
28:21às ruas,
28:22nenhum brasileiro
28:22hoje sai às ruas
28:23tranquilo,
28:23nenhum brasileiro
28:24queria seus filhos
28:24de forma tranquila.
28:26A gente tem
28:26o problema
28:26da educação,
28:28os jovens
28:30vão para a escola
28:31e na escola
28:32não encontram
28:33o amparo
28:33que muitas vezes
28:34falta em casa,
28:35inclusive.
28:36A maior parte
28:37da mão de obra
28:38do tráfico de drogas
28:39hoje,
28:39do crime organizado,
28:40vem de famílias
28:41desestruturadas
28:43em que as crianças
28:44não tiveram em casa
28:44a figura paterna
28:46presente.
28:47Isso é um dado,
28:47eu não estou inventando
28:48nem fazendo algum tipo
28:49de crise,
28:50estou só falando
28:50do dado.
28:51então a gente
28:52precisa ter
28:52uma revolução
28:54do ponto de vista
28:55do ensino
28:55para que a gente
28:56consiga melhorar
28:58até a questão
28:59não só da educação
29:00mas da competitividade
29:01brasileira.
29:01Então a gente tem
29:02uma série de desafios
29:03e essa discussão
29:04ideológica,
29:05sinceramente,
29:06não vai tratar
29:07de nada disso.
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