- há 2 meses
Presidente da Politintas disse que a aposta é em ter pontos comerciais dentro dos bairros. E que reclamações são um “presente dos clientes”.
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NotíciasTranscrição
00:00Ele está à frente da empresa que há 50 anos colora o Espírito Santo.
00:12O Histórias Empresariais recebe Vinícius Venturin, presidente da Politintas.
00:18Bem-vindo, Vinícius.
00:19Obrigado, Rafael, pelo convite e oportunidade desse papo contigo.
00:22Ok, vamos começar falando aqui do livro que conta a história dos 50 anos da Politintas.
00:30E que fala do futuro.
00:31Embora conte a história, faz aqui previsões para o futuro, o futuro das cores, etc.
00:37Qual é o futuro programado para a Politintas?
00:39O que tem em mente para a empresa?
00:41A provocação maior hoje é o equilíbrio de uso consciente das ferramentas,
00:48de tecnologia, sem perder a conexão humana, sem perder a confiança,
00:58aquele relacionamento autêntico com as pessoas que são os nossos clientes,
01:04os nossos fornecedores e, obviamente, os nossos colaboradores, que são a chave de tudo.
01:09É certo.
01:10Eu estava observando que a Politintas já tem um investimento em um procedimento mais autônomo,
01:16para que o vendedor tenha uma experiência mais consultiva com o cliente.
01:25Qual a importância desse conhecimento técnico, dessa condição de oferecer essa experiência para o consumidor?
01:31Lá nos anos 2000, a gente inaugurou uma loja com um autosserviço.
01:39Montamos ela como se fosse um supermercado.
01:43Tinha prateleiras, tinha carrinho, tinha check-out, igual um supermercado.
01:48E o que a gente viu?
01:50O cliente não se adaptou muito bem a isso.
01:53E a gente foi...
01:54A gente viu que foi um teste que a gente fez em uma loja nova,
01:58lá no centro de Vila Velha, quando a Politintas estava completando 25 anos.
02:03E a gente inaugurou essa loja.
02:04E a gente retrocedeu e foi para uma outra tendência,
02:09que foi colocar mesas de atendimento nas nossas lojas.
02:12Porque aí é um atendimento consultivo.
02:16E hoje todas as nossas lojas são nesse formato.
02:19Tem as gôndolas ainda, mas elas ficam atrás dos nossos vendedores,
02:23para o cliente veja ali a variedade de produtos.
02:26Só que o atendimento todo é um a um mesmo, personalizado com o nosso vendedor.
02:32A Politintas hoje também tem um atendimento de e-commerce, de venda online.
02:38Como que funciona isso?
02:40Um atendimento é mais para a clientela aqui do Espírito Santo?
02:43Como é que funciona?
02:44A gente hoje tem acessos no nosso site de clientes de todo o país.
02:49É mesmo?
02:49Quando tínhamos o e-commerce, a gente vendeu para vários estados.
02:54Entregamos tinta no sul do país, na região norte, nordeste, centro-oeste.
03:00A pessoa, quando acessa o site, ela encontra ali no Google e chega no site sem saber de onde é a loja.
03:09E esse daí foi um dos principais motivos para a gente interromper o funcionamento do site.
03:16Porque essa venda interestadual...
03:19Interrompeu o funcionamento por causa dessa procura de fora.
03:25Porque a gente tinha muito acesso de clientes de fora do estado.
03:28E essa logística de levar tinta para lugares muito distantes é muito caro.
03:36O produto é pesado, é barato e é um produto químico.
03:40Não é qualquer transportadora que leva.
03:43Então, isso estava muito complexo.
03:45Sem contar que pela legislação, o cliente tem sete dias para se arrepender.
03:49A logística reversa, então, arrebentava a gente.
03:52É algo que a loja tem que arcar com o ônus.
03:55Isso. Então, hoje o nosso site é o quê?
03:57Ele é um catálogo.
03:59Temos todos os nossos produtos, tem ali todas as fichas técnicas e tudo mais.
04:03Quando o cliente quer comprar, ele aperta um botãozinho
04:06e ele vai conversar com os nossos vendedores especializados pelo WhatsApp.
04:11E ali eu consigo garantir que eu vou agregar o valor naquela venda
04:16com o nosso atendimento consultivo.
04:18A gente vai ter a oportunidade de orientar o cliente quais os produtos levar,
04:22quais são os complementos necessários.
04:24e fazemos as entregas também.
04:27Mas aí o frete é cobrado à parte.
04:30A venda aqui para os clientes da Grande Vitória é muito focada para o cliente.
04:34Ele tem a entrega que pode ser gratuita em casa,
04:38mas os clientes gostam muito de comprar online e retirar na loja.
04:41E a gente dá isso como uma conveniência, com agilidade para o nosso cliente.
04:45A tinta é um produto que tem especificações técnicas.
04:50Acredito que sejam complexas.
04:52Por exemplo, um tempo atrás eu precisei de uma tinta para o meu carro,
04:56precisei deixar um pedaço do carro, a tampa ali do tanque de combustível
05:02para não errar na mão.
05:04Então, acho que é um pouco difícil você comprar pela internet.
05:08É a maior realidade?
05:09A repintura, um retoque em um carro é bastante complexo,
05:15porque o próprio processo produtivo lá na fábrica,
05:19ele traz variações para a tonalidade dos carros.
05:22E o seu carro rodando no sol, na chuva, ele vai mudando de cor.
05:26Então, quando você quer fazer um retoque em um carro,
05:29o trabalho para identificar a cor e fazer aquela tinta para bater
05:33com a cor que está no seu carro hoje, ela é muito complexa.
05:38De fato, só presencialmente para a gente conseguir fazer esse atendimento.
05:41Ou então com esse contato pelo WhatsApp.
05:44Nenhum WhatsApp vai resolver, porque você mandando uma foto,
05:47a gente não vai conseguir detectar.
05:49Então, você tem que levar um pedaço do carro ou o próprio carro.
05:52Os clientes, às vezes, vão com o carro, param na frente da loja,
05:55nosso vendedor vai lá fora para poder conferir a cor.
05:58Porque lá no carro tem um adesivinho que identifica a cor do carro.
06:03Mas não é simplesmente fazer aquela cor.
06:06A gente tem que fazer uma cor que coincida com a cor que o seu carro está.
06:10Ele saiu da fábrica de um jeito, hoje ele está diferente.
06:14Então, essa customização, de fato, ela traz o cliente para a nossa loja.
06:20Só presencialmente.
06:21Para comprar online, você consegue comprar aquela cor original,
06:25mas tem uma boa probabilidade de não ficar exatamente igual o que está no teu carro.
06:31Certo?
06:32E a tinta, ela é um produto técnico, convenhamos.
06:36E as pessoas não têm muita familiaridade,
06:38porque elas não compram com tanta frequência.
06:40Tem que ter um olho bom, né?
06:41Não só o olho, mas é porque, de fato,
06:44teve muito lançamento.
06:47Tem produtos novos, tem novas tecnologias.
06:50Então, assim, o nosso propósito ali, de fato,
06:53é o que a gente agrega de valor no produto.
06:56O produto que eu vendo é igual ao que tem nos meus concorrentes.
06:58O meu diferencial é o atendimento consultivo.
07:02Entendi.
07:02O que a gente agrega de valor é esse atendimento consultivo.
07:05Ele pode ser presencial e pode ser digital.
07:09Mas esse digital, a gente aposta sempre que ele seja um digital com a interface humana.
07:15Entendi.
07:15E não um digital robotizado, autônomo, sabe?
07:20Para poder, de fato, haver uma conversa, haver um entendimento.
07:22Então, tem um vendedor ali no WhatsApp,
07:24que ele é, passa, o cliente passa por uma triagem inicial, acredito,
07:28e depois tem um vendedor ali que realmente está oferecendo o serviço.
07:32Exatamente.
07:33Para mim, a maior medida de sucesso que tem
07:36é quando eu chego num lugar, me apresento,
07:39e essa pessoa fala assim,
07:41nossa, eu compro lá na Politintas, que legal.
07:43Eu compro com o vendedor fulano.
07:47Aí, isso aí, para mim, assim,
07:48para mim é, eu entro em êxtase,
07:51porque a pessoa não compra tinta todo dia.
07:53A pessoa compra tinta a cada dois, três anos.
07:56Para ele lembrar do nome da pessoa que atendeu,
07:58é porque esse atendimento foi excelente.
08:00Sim, verdade.
08:01Aquele atendimento ali marcou, né?
08:03E, às vezes, a pessoa não sabe o nome da pessoa
08:05que atende ele na padaria todo dia,
08:07mas sabe o nome do nosso vendedor lá na Politintas.
08:10Então, para mim, é a coroação desse nosso diferencial,
08:15desse nosso investimento no atendimento consultivo.
08:18E para ser, então, um consultor,
08:20para dar essa orientação para o cliente,
08:22é necessário ter uma qualificação.
08:24Como é que funciona o processo?
08:26Olha, a gente investe,
08:27a gente tem uma universidade corporativa,
08:31uma plataforma online
08:32para a gente ficar treinando esses vendedores o tempo todo.
08:36Temos, fazemos eventos, treinamentos
08:40em nossas lojas também semanalmente
08:44com o auxílio dos nossos fabricantes fornecedores, né?
08:50Qualificando o nosso time
08:52e também qualificando os pintores
08:54e a gente também realiza evento com arquitetos
08:57para que todo mundo entenda mais sobre o produto,
09:01ganhe segurança de usar a tinta com mais frequência.
09:06Bom, a Politintas tem hoje 20 lojas, né?
09:09Na Grande Vitória,
09:11em 5 municípios, não é isso?
09:13Quais são esses municípios que hoje tem as lojas?
09:15Nós temos lojas,
09:175 lojas na Serra,
09:186 lojas em Vila Velha,
09:21temos as lojas em Vitória também,
09:23Jardim Camburi,
09:252 lojas em Jardim Camburi,
09:27Goiabeiras e Leitão da Silva, né?
09:31Temos em Jardim da Penha também,
09:34só há tanta loja que eu até me confundo às vezes.
09:37Temos lojas em Cariacica,
09:40que é onde começou a Politintas
09:42e também temos uma loja em Viana.
09:43E antes da entrevista você vinha me falando
09:46sobre a interiorização, né?
09:48De buscar ali o interior dos bairros,
09:50tem uma nova loja ali em Jardim de Itaparica.
09:53O que você falasse a respeito do potencial ali,
09:55por exemplo, dessa região do Jardim, né?
09:57Que está recebendo muitos imóveis novos,
09:59de alto padrão.
09:59Isso.
10:00O nosso processo de expansão do negócio,
10:04de crescimento,
10:05foi com essa estratégia de estar mais próximo dos clientes.
10:09Então nós fomos,
10:10a gente já tinha 4 lojas muito bem localizadas,
10:14em avenidas de grande movimento,
10:17eixos comerciais importantes.
10:20E a gente viu que a oportunidade
10:22para a gente continuar crescendo,
10:24não existe muitos lugares como Laranjeiras,
10:28na Grande Vitória.
10:29Então a gente tem lá Campo Grande,
10:31Leitão da Silva, Laranjeiras e o centro de Vila Velha.
10:34Já são grandes eixos de consumo de material,
10:36de construção e de tintas.
10:39Como que eu ia crescer?
10:40A nossa aposta primeiro foi Jardim Camburi,
10:42a gente abriu uma loja em Jardim Camburi
10:45para poder atender o bairro,
10:47viu que isso deu certo,
10:48foi muito bem aceito.
10:50A gente foi moldando o nosso formato de loja
10:53para ele ser mais compacto.
10:55Isso envolveu desenvolver mobiliário,
10:58equipamentos, processos.
11:01E hoje a gente tem já um formato de análise de pontos
11:05que a gente já tem um critério bem cuidadoso
11:09para poder selecionar esses pontos.
11:10Então a gente tem lojas
11:12desde lá de Jacaraípe e Serra Sede,
11:16são as nossas lojas no extremo norte,
11:18e temos lojas lá até no sul,
11:22até a Barra do Jucu,
11:24em Jó, que ali são os nossos do extremo sul,
11:27e temos lojas em Viana,
11:29que digamos é o extremo oeste
11:31aí na nossa cobertura.
11:33E o nosso foco é estar próximo dos clientes.
11:36Onde o cliente estiver,
11:37eu quero que ele chegue em uma loja politintas
11:39em menos de 10 minutos.
11:40Você tem o pensamento de buscar municípios
11:43fora da Grande Vitória,
11:44Cachoeiro, Linhares,
11:45Norte do Estado, Sul?
11:46Já tivemos,
11:48já tivemos lojas em Guarapari,
11:50já tivemos uma loja também em Vena Nova,
11:52mas a gente viu que pela nossa forma de atuação
11:55e pela complexidade de operar uma loja,
11:58melhor que seja aqui na Grande Vitória,
11:59que a gente consegue
12:00cobrir uma ausência de um colaborador mais fácil,
12:04ter uma equipe de ferista.
12:06A logística, ela é muito melhor
12:09quando a gente está aqui dentro da Grande Vitória.
12:12E a gente tem ainda várias oportunidades,
12:15eu tenho uma lista de desejos
12:17para abrir novas lojas no futuro.
12:19Ah, é?
12:19Então tem novos bairros aí na mira da politintas?
12:23Sempre, sempre.
12:24Não posso saber nenhum deles.
12:25Eu não vou entregar o ouro para o concorrente,
12:27que sempre o concorrente assiste a minha entrevista também.
12:30Mas assim,
12:33fica muito óbvio que tem muitas oportunidades ainda aqui,
12:36só que a gente também tem um critério,
12:39um cuidado muito grande na hora de escolher esses pontos.
12:43Então essa nova loja no Jockey,
12:45eu fiquei anos ali rodando
12:48para poder achar um ponto que fosse,
12:51tem que ser fácil de estacionar,
12:53tem que ter um acesso fácil para carga e descarga,
12:56tem que ter uma área suficiente
12:58para a gente poder acomodar o nosso estoque.
13:00Então tudo isso daí a gente leva em conta.
13:02e é óbvio que ali é uma área de expansão em Vila Velha, né?
13:07E temos outros lugares semelhantes na Grande Vitória,
13:11temos muitas oportunidades.
13:12E embora não venda direto para as construtoras, né?
13:15Vende para o cliente ali,
13:17a família que está se mudando para o imóvel novo,
13:20que acabou de comprar.
13:21Esse é o grande público?
13:23Sim.
13:24As construtoras, elas têm acesso a comprar direto de fábrica.
13:27Então, pelo nosso sistema tributário,
13:30fica complicado a gente competir com uma fábrica.
13:35A gente não consegue vender pelo preço da fábrica.
13:38Então, hoje a gente vende muito para,
13:42no caso de um imóvel novo,
13:44a pessoa normalmente quer dar uma personalizada,
13:47colocar uma cor diferente daquela que o construtor usou.
13:50Depois que monta os móveis,
13:51sempre danifica alguns cantinhos.
13:53Então é normal a pessoa entrar no apartamento novo
13:55e dá uma pintada, né?
13:57E também aquela pessoa que foi para o imóvel novo,
14:01ela desocupou um que vai ser ocupado
14:03por um novo inquilino ou um novo morador
14:05que também vai pintar.
14:07Então, eu falo assim,
14:08um imóvel novo,
14:09a gente tem a oportunidade de pintar três.
14:12A gente faz,
14:13a gente tem uma atuação muito forte
14:15com os consumidores, obviamente,
14:18mas a gente atende todo o público corporativo também.
14:22Vendemos muito para condomínios,
14:23para escolas, para marcenarias, oficinas, né?
14:26Então, assim, são CPFs e CNPJs aí
14:31de uma gama muito ampla.
14:33Bom, o mercado hoje é raro você encontrar um empresário,
14:38alguém que precise contratar pessoas
14:39que não tenha dificuldade, né?
14:42E a Politintas, ela ajuda, por exemplo,
14:44quem quer fazer uma pintura,
14:45quem quer fazer uma obra em casa,
14:47ela tem um quadro de pintores, não é isso?
14:49que oferece aí para o cliente,
14:52como é que funciona?
14:53Nós temos, no quesito de pintores,
14:57a gente tem uma base de dados
14:58desses pintores profissionais
15:00que participam dos nossos eventos.
15:03Então, a gente tem condição de indicar
15:05para os nossos clientes,
15:06os pintores que têm a capacidade técnica
15:08para poder fazer uma pintura mais complexa.
15:10A gente investe também muito
15:13no treinamento do nosso time,
15:15porque pela expansão,
15:18abertura de novas lojas,
15:19a gente precisou formar novos vendedores, né?
15:22Então, temos uma universidade corporativa,
15:25a gente investe muito em treinamentos,
15:27semanalmente tem treinamentos
15:28nas nossas lojas para o nosso time
15:31e também para os pintores.
15:33Realizamos também um evento anual
15:35com os arquitetos para falar sobre tendências de cores.
15:38Então, outubro, agora é mês do pintor,
15:40a gente faz um feirão com os nossos pintores.
15:42Essa parte de transferir o conhecimento técnico
15:45é muito importante
15:46para que todo o mercado evolua junto, né?
15:50Quando a gente melhora a experiência
15:52de quem está pintando,
15:53a gente aumenta a propensão da pessoa
15:56a querer pintar com mais frequência, né?
15:59E por aí vai,
16:00é um trabalho contínuo de evolução.
16:03Universidade corporativa,
16:05queria saber mais a respeito disso,
16:06é uma plataforma tecnológica
16:09ou é um lugar onde há a qualificação do colaborador?
16:13Nós temos uma plataforma digital, né?
16:17Com a mesma plataforma do EAD, né?
16:21Com os vídeos, com os treinamentos,
16:23com a jornada ali.
16:24A gente investiu nisso já há bastante tempo,
16:28desde antes da pandemia,
16:29a gente já tinha essa universidade corporativa,
16:31porque a gente via a necessidade de facilitar o acesso.
16:35O nosso vendedor, às vezes,
16:37ele está estudando à noite,
16:38ele não poderia ficar para os treinamentos.
16:41A gente, com essas lojas mais distantes,
16:42até mobilizar todo mundo para trazer para um auditório,
16:45a gente tem auditório nas nossas lojas principais.
16:48A gente faz treinamentos nas próprias lojas,
16:53mas a gente também disponibiliza o treinamento digital,
16:56porque ele fica como opção,
16:58por exemplo, um estoquista que quer se tornar um vendedor,
17:01ele tem acesso aos treinamentos,
17:03ele já vai se qualificando,
17:05porque quando abre uma vaga, ele já está pronto.
17:06Já tem aí a promoção encaminhada.
17:09Tem muitos, muitos estoquistas que viraram vendedores,
17:14e a gente tem, mesmo lá no meu quadro de gerentes,
17:17pessoas que entraram na Politintas como office boy,
17:20como auxiliar de limpeza,
17:22e hoje são meus gestores.
17:23É mesmo, então tem todo um olhar interno ali
17:26para aproveitar os talentos.
17:29Eu tento equilibrar entre oportunidades internas
17:34e captações externas,
17:35porque a gente gosta de trazer gente de fora
17:37que traz, às vezes, uma perspectiva diferente
17:41no nosso negócio,
17:43e as oportunidades internas são importantes
17:46para a gente poder manter essa cultura forte
17:49da qualidade do atendimento,
17:51essa identidade que a gente tem.
17:53Então, é um equilíbrio que tem que ter
17:56para que a empresa, crescendo como a gente cresceu,
17:59não perca a identidade.
18:01A gente tem já uma tradição, uma reputação,
18:04o cliente chega na loja já com altas expectativas,
18:07um atendimento excelente.
18:09Aí o trabalho para poder manter isso durante uma expansão,
18:13um crescimento, foi gigantesco.
18:15E é um esforço muito grande que a gente tem diariamente
18:18para melhorar processos e formar essas pessoas,
18:22para que a empresa possa continuar crescendo de forma sustentável.
18:24Bom, a empresa completa cinco décadas de história,
18:28e eu queria saber um pouquinho sobre essas cinco décadas,
18:32como surgiu, como se dá a estrutura administrativa,
18:36quem são os proprietários da Politintas?
18:38Quem fundou a empresa foi meu pai,
18:42ele tinha um sócio na época,
18:45ele trabalhou por muito tempo como comprador numa empreiteira,
18:49e ele sentia dificuldade de comprar materiais de construção e pintura.
18:53Seu pai, Stanislau Venturinho.
18:55Stanislau Venturinho, exatamente.
18:57Então, ele deu a ideia de abrir essa loja de tinta com um colega,
19:02esse sócio se retirou dois anos depois da sociedade,
19:06e desde então a empresa virou familiar,
19:09quando minha mãe entrou de sócia do meu pai
19:11e começou a ajudar ali na loja,
19:13e fomos crescendo assim.
19:15Trabalhava minha mãe, trabalhava meu irmão e eu também.
19:19Então, é um núcleo familiar só que é proprietário da Politintas.
19:24Na gestão, como executivo do negócio,
19:27eu sou o único familiar envolvido como executivo
19:31na gestão do negócio, na operação do negócio,
19:34e os meus irmãos, que são meus sócios,
19:35eles participam do conselho.
19:37A gente tem uma estrutura de governança já bem madura,
19:40bem avançada, com reuniões de conselho,
19:43com aprovações, com atas e tudo mais.
19:45E como é conciliar a experiência da família
19:49com a experiência profissional de um conselho,
19:51de uma empresa?
19:53Tem desafio?
19:54Às vezes tem um clima que não deveria haver?
19:58Ou dá para separar uma coisa da outra?
20:01É óbvio que a empresa familiar traz complexidades ali,
20:07porque envolve muito o sentimental, as relações familiares.
20:12O trabalho contamina a família e a família contamina o negócio,
20:16mas a gente tem que fazer isso com equilíbrio,
20:18com equilíbrio, com respeito, com responsabilidade,
20:22não deixar que alguma diferença entre irmãos contamine o negócio.
20:28Então a gente faz isso, tem um diálogo muito aberto com os meus irmãos,
20:31a gente tem uma relação maravilhosa.
20:33E a gente investiu muito nisso também,
20:35participando de consultorias, de treinamentos e tudo mais.
20:38Já tem muito tempo que a gente tem acordo de família,
20:42acordo de sócios.
20:44E a gente, da mesma forma que a gente gosta de trazer colaboradores de fora
20:48e promover internamente,
20:50no conselho também.
20:51Eu tenho um conselheiro externo independente
20:53para atuar junto conosco,
20:55para que tenha essa visão externa.
20:57Porque acaba que a gente fica...
21:00Fala assim, eu sou uma pessoa muito limitada.
21:02Eu trabalhei minha vida inteira num negócio só.
21:05Ah, mas...
21:06Tem um conhecimento amplo ali do negócio.
21:09Pois é, mas do negócio, entendeu?
21:11Então tudo que eu vivi foi ali na Politintas.
21:13Por mais que eu tenha estudado fora e tudo mais,
21:16mas assim, a gente precisa ter esse equilíbrio de pessoas externas.
21:20A gente, como irmãos, sócios,
21:25a gente leva, dá continuidade ao legado do meu pai.
21:29É um trabalho da vida inteira.
21:31Então, só que a gente faz isso de uma forma muito irresponsável
21:35porque decisão de negócio envolve também a lógica,
21:39o raciocínio financeiro e tudo mais.
21:41Não pode ser decisões sentimentais ou emocionais
21:45para tomar decisões de negócio.
21:49Claro, claro.
21:49Então, tudo é um equilíbrio.
21:53As empresas familiares, elas têm a vantagem,
21:56porque, de fato, as pessoas têm um vínculo,
21:58uma visão de longo prazo.
22:00Um apego também.
22:02Um apego, um cuidado maior,
22:04porque Politintas é meu sobrenome.
22:06Então, eu sou Vinícius Venturim,
22:08mas o pessoal me conhece como Vinícius da Politintas.
22:11Então, a gente tem um cuidado muito grande
22:13com o negócio,
22:14porque isso envolve também o nome da família.
22:18Bom, o Vinícius, que é muito qualificado,
22:21não basta ser filho do dono,
22:22também tem que estar preparado.
22:24Queria que você contasse um pouquinho aí,
22:26um pouquinho não,
22:26queria que contasse essa trajetória profissional,
22:29que tem uma série aí de cursos, não é isso?
22:32Eu comecei a trabalhar na Politintas
22:35quando eu tinha 14 anos.
22:36Olha aí.
22:38Pré-adolescente ainda.
22:40Exato.
22:41É a idade do meu filho hoje, né?
22:43Então, pegava a bicicleta,
22:45depois da escola ia para a loja
22:47para poder ajudar.
22:49Fiz de tudo.
22:50Fazia serviço de office boy,
22:51arrumava estoque, fazia entrega.
22:54Com o tempo, fui aprendendo,
22:55comecei a ajudar na área de vendas,
22:57atendendo clientes.
22:58Depois, passando o tempo,
23:01que eu fui pegando mais experiência, né?
23:03Comecei a substituir os gerentes nas férias.
23:06E já mais final de faculdade,
23:08eu comecei a ir para o escritório
23:09e ajudar meu pai.
23:11Minha primeira missão foi ajudar no setor de compras.
23:13Fui comprador da Politintas por um tempo,
23:16cuidava do marketing,
23:17já trabalhei na TI.
23:19Fui passando por todos os setores.
23:22E eu fui tentando trazer a minha formação acadêmica
23:25para dar suporte e apoio a isso daí.
23:27Eu já tinha como propósito
23:28trabalhar lá junto com meu pai,
23:31dar continuidade ao trabalho,
23:33à empresa da família.
23:34Então, né?
23:35Fiz administração na UFIS,
23:37depois fiz um MBA no exterior,
23:40complementei concursos na FGV,
23:42na FUCAP, na Dom Cabral,
23:44sempre para poder me dar esse apoio,
23:47de ter essa perspectiva externa também,
23:49para não ficar bitoladão ali.
23:51Não, a preparação.
23:52Vou fazer igualzinho o meu pai fez.
23:54Morou no Canadá, não é isso?
23:54Morei no Canadá por um ano,
23:57me deu uma experiência internacional.
23:59Pegou 10 graus negativos.
24:0010 graus negativos.
24:02Era um clima até bastante ameno,
24:04porque Halifax é uma cidade litorânea,
24:08não tem aquele menos 40 ali de Toronto e Quebec.
24:13E me deu uma experiência internacional maravilhosa.
24:15Minha melhor amiga na faculdade lá
24:19era uma pessoa turca,
24:21uma mulher turca.
24:23E tinha amigos da Indonésia,
24:25fiz o trabalho de conclusão de curso
24:27com uma menina da China,
24:28amigos da Índia.
24:32Então, não foi só com canadenses
24:34que eu me relacionei lá.
24:35Foi uma experiência maravilhosa.
24:37Eu evoluí muito lá,
24:38como profissional, como pessoa.
24:40Bom, dentro dessa formação,
24:42você tem uma visão,
24:42acredito, muito sólida de marketing
24:46e de experiência,
24:47de buscar essa experiência com o consumidor.
24:50A gente vinha falando
24:51sobre reclamações de consumidores,
24:53você deu uma declaração
24:53que eu achei muito interessante
24:55sobre como isso é valioso para a empresa.
24:58Queria que você falasse sobre esse aspecto.
25:00Desde a faculdade,
25:02eu me identifiquei muito
25:03com a disciplina de marketing.
25:05Na pós-graduação,
25:06também fiz muitas disciplinas de marketing.
25:08É muito importante o marketing,
25:11não no contexto de propaganda.
25:14É o marketing
25:14de como você estrutura a tua empresa
25:17para acessar um mercado.
25:19É a mercadologia.
25:19É isso, a mercadologia, exatamente.
25:22E estudar o perfil do consumidor,
25:25a preferência do consumidor,
25:27como isso vem mudando ao longo do tempo.
25:30A minha monografia lá
25:31para me graduar na UFIS
25:32foi o perfil do consumidor
25:34e as cinco forças de Potter
25:36para poder mapear o mercado.
25:38E a gente tem um trabalho
25:42muito constante de escuta.
25:46Eu sou aficionado
25:47por pesquisa de satisfação de clientes.
25:50Eu acompanho isso pessoalmente
25:52porque todo o meu trabalho
25:56de expansão do negócio
25:58foi muito focado,
26:00sempre me preocupei muito
26:01em manter o nosso padrão de qualidade
26:04ou até mesmo melhorá-lo.
26:07Então, isso daí envolve
26:08documentação de processos,
26:10revisão de processos.
26:12E a escuta ativa
26:13até mesmo nas reclamações.
26:17E eu falo,
26:17a reclamação é um presente
26:19que o cliente dá para a gente.
26:21Primeiro porque está dando
26:22uma oportunidade
26:23da gente consertar um erro,
26:25reparar um erro.
26:26Eu não reclamo com uma pessoa
26:28que eu não acredito
26:29que ela tem capacidade de melhorar.
26:32Eu acredito que você faz a mesma coisa.
26:34Então, quando o cliente reclama
26:36é porque ele quer voltar
26:37a comprar conosco.
26:38Ele quer voltar a comprar conosco.
26:40Ele está sendo honesto com a gente,
26:41está sendo sincero.
26:43E estatisticamente falando,
26:45a gente vai errar.
26:47Diariamente a gente tira
26:48mais de 1.200 notas fiscais.
26:51Então, é óbvio.
26:53Alguma coisa ali
26:54não vai sair como...
26:56É normal.
26:57Perfeito.
26:58São várias pessoas
26:59fazendo vários processos
27:00e estatisticamente o erro
27:02vai acontecer
27:03e a gente tem que tomar o cuidado
27:05de reconhecer isso
27:06de forma muito madura,
27:08muito profissional.
27:09Tratar o cliente sempre
27:10com muito respeito
27:11para poder reparar
27:12quando a gente erra.
27:14E investe muito
27:17em sistema,
27:18em tecnologia
27:19para poder melhorar.
27:20A gente já foi certificado
27:21ISO 9001.
27:24Tem lá uma pessoa
27:25dedicada só para tratar
27:27as reclamações.
27:28Ela reporta direto para mim.
27:29Hoje mesmo eu recebi
27:30uma reclamação
27:31de um pintor.
27:32Eu acompanhei
27:33pessoalmente
27:34o assunto.
27:35Quando um cliente faz
27:36uma reclamação
27:37na internet,
27:37eu acompanho pessoalmente
27:39o assunto
27:39porque isso aí
27:40para a gente
27:40é muito importante.
27:41Bom, a Politintas
27:42hoje,
27:43qual o tamanho dela?
27:45O tamanho do quadro
27:45funcional?
27:46São 20 lojas.
27:47Quantas pessoas
27:48trabalham
27:49para a empresa?
27:49Nós temos 20 lojas físicas.
27:53Eu tenho uma 21ª loja
27:56que é um Televendas
27:58que funciona lá dentro
27:59do nosso escritório.
28:01E tem o CD também.
28:02Tem o nosso centro
28:02de distribuição
28:03e tem o nosso escritório
28:05também que é uma filial
28:06à parte.
28:07Então, somando isso tudo,
28:10temos mais de 250 colaboradores,
28:13bastante gente terceirizada
28:15envolvida nos processos
28:16de apoio, entrega,
28:18limpeza.
28:19E é um esforço
28:23muito grande
28:24para que todo mundo
28:24fique alinhado
28:25porque o cliente
28:27chega na nossa loja
28:28com expectativa
28:28lá em cima.
28:29Ele já sabe
28:30da nossa reputação
28:31do atendimento consultivo,
28:32do atendimento de qualidade.
28:34Ele chega com expectativa
28:35lá em cima
28:35e a gente tem que se esforçar
28:37sempre para atender
28:38essa expectativa
28:39do nosso cliente.
28:40Bom, vamos falar agora
28:41do Vinícius,
28:42mas assim,
28:43não do lado profissional,
28:44do lado pessoal,
28:46hobbies,
28:46passatempos,
28:47preferências,
28:48família.
28:49Bom,
28:50fiz aniversário
28:51de casamento
28:52essa semana,
28:53sou casado com a Joana
28:55já há 21 anos,
28:56temos dois filhos
28:57maravilhosos,
28:59o Luca vai fazer 15 anos
29:00agora em outubro também,
29:02a Maia de 8,
29:03né,
29:04gosto muito de cozinhar
29:05para eles,
29:06cozinhar para os meus amigos,
29:07gosto de vinho,
29:08gosto de fotografia,
29:10virei corredor
29:10agora há pouco tempo,
29:12completei a garota.
29:13Olha aí,
29:14é mesmo.
29:14eu gosto de fazer o exercício
29:16para desestressar,
29:17né?
29:18Não, pensei que fosse
29:18para comer.
29:18Não,
29:19para poder comer,
29:20obviamente,
29:21né?
29:21Mas assim,
29:23quando eu comecei
29:24a me exercitar,
29:25quando eu decidi
29:26que a gente ia
29:27engravidar e ter filho,
29:28eu falei,
29:28cara,
29:29eu preciso ser um bom exemplo,
29:30eu preciso garantir
29:32uma vida saudável
29:33para poder acompanhar
29:34os meus filhos crescendo,
29:36né?
29:36Então,
29:37já há 15 anos aí
29:38que eu me exercito
29:39diariamente.
29:40Todo dia?
29:41Todo dia,
29:42que eu vou na academia,
29:44faço treino,
29:45né,
29:45de segunda a sexta,
29:47tô intercalando agora
29:49com dois dias de corrida
29:50durante a semana
29:51e ainda corro mais um dia.
29:52Então,
29:52seis dias da semana
29:53eu me exercito.
29:54Isso aí,
29:55excelente.
29:55E qual é a especialidade
29:56na cozinha?
29:58Os meus amigos
29:59normalmente pedem
29:59para eu fazer risoto,
30:01né?
30:01Meu ponto forte
30:02é o risoto,
30:03mas esse ano
30:03eu fiz um curso de sushi,
30:05sei fazer sushi,
30:05sei fazer carne,
30:07faço a muqueca
30:08muito gostosa também.
30:10Capixaba.
30:11Capixaba.
30:12Nossa,
30:13minha avó é baiana,
30:14minha mãe nasceu na Bahia,
30:16então lá em casa
30:17quando minha avó
30:18faz muqueca
30:18ela coloca um pouquinho
30:19de leite de coco,
30:20mas pimentão não,
30:22não dá, né?
30:22Pimentão não dá, né?
30:23Mas a muqueca que eu faço
30:24é tradicional,
30:25zona capixaba mesmo,
30:26só tem coentro,
30:27cebola e tomate.
30:28Isso aí.
30:29Bom, Vinícius,
30:30queria agradecer aqui
30:31a sua presença
30:32e espaço aberto aí
30:34se tiver alguma coisa.
30:35a falar aí
30:36que não foi tratado
30:37durante a entrevista,
30:38à vontade.
30:39É a oportunidade
30:41que a gente tem aqui
30:41de falar, né?
30:42Nesses 50 anos
30:44acho que é muito importante
30:45a gente agradecer,
30:47né?
30:47Agradecer aos nossos clientes,
30:49vocês, clientes,
30:51pela preferência,
30:52por acompanhar a gente
30:53por todo esse tempo, né?
30:56Agradecer também
30:57aos nossos pintores,
30:58outubro agora
30:59é o mês do pintor,
31:00a gente realiza
31:01um grande evento
31:01com eles
31:02e a gente tem
31:03um trabalho
31:04muito próximo
31:05de desenvolvimento
31:06de mercado.
31:09Agradecer
31:09aos nossos fornecedores
31:10que nos inspiram,
31:12nos acompanham
31:13nesse crescimento, né?
31:14E principalmente também,
31:16óbvio,
31:16os nossos colaboradores, né?
31:18Porque eles que tornam
31:19tudo isso possível, né?
31:20Eu sozinho
31:21não faço nada,
31:22eu preciso muito
31:23da minha equipe
31:24para fazer
31:25essa máquina toda
31:26girar aí,
31:27todo dia.
31:28É isso aí,
31:29obrigado, Vinícius.
31:30Eu que agradeço.
31:31Essa entrevista
31:32está disponível
31:32nas edições
31:33em prece digital
31:34do jornal A Tribuna,
31:36no portal Tribuna Online,
31:37em nosso canal
31:38no YouTube
31:38e nos tocadores
31:39de podcast.
31:40tchau, tchau, tchau, tchau, tchau.
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