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O Conselho Curador do FGTS aprovou a restrição do saque-aniversário, limitando o uso do fundo como garantia para empréstimos. As novas regras, válidas a partir de 1º de novembro, estabelecem o teto de R$ 500 por saque antecipado e uma carência de 90 dias para a contratação do crédito.

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Transcrição
00:00A gente continua girando os nossos repórteres.
00:02O conselho curador do FGTS decide restringir o saque-aniversário.
00:07O repórter Matheus Dias agora chegando com as informações.
00:10Essa discussão que surgiu lá atrás, o governo queria até acabar de vez com o saque-aniversário,
00:15mas agora haverá uma restrição.
00:17Como vai funcionar, Matheus? Boa noite, bem-vindo.
00:22Oi, Tiago, boa noite pra você, boa noite a quem nos acompanha.
00:25Vai ter uma reestruturação bastante simples até,
00:27mas muitas coisas vão mudar da forma como é realizado hoje.
00:31Isso se fala sobre a antecipação do saque-aniversário.
00:34O FGTS, então, caso, pra quem não sabe, o fundo de garantia,
00:38no qual as pessoas que são funcionários CLTs têm ali um valor que fica guardado
00:43pra certas operações, como quando você é demitido da sua empresa,
00:47você recebe ali uma parte do valor do fundo de garantia,
00:50mas também pode ser usado pra aplicações como financiamento de imóveis, por exemplo.
00:54Mas em 2019, no governo Bolsonaro, foi criado, então, um novo método que é o saque-aniversário,
01:00que ali no mês do aniversário você pode adiantar parte do dinheiro que está retido ali no FGTS.
01:06O que o governo faz agora é mudar a forma como isso acontece,
01:10porque não só no mês do aniversário você consegue sacar o dinheiro daquele mês,
01:14mas há uma forma de antecipar o saque-aniversário em até oito anos.
01:18Ou seja, nos próximos oito anos, nos seus próximos oito aniversários,
01:23você consegue sacar uma parcela ali, parcelas essas que caem mês a mês,
01:27mas você fica retido, fica preso ali ao FGTS e não consegue mais ter o dinheiro
01:32no caso de possíveis demissões ou no caso de investimentos em imóveis.
01:36O que o governo faz agora são três mudanças.
01:39A primeira delas, restringir o número máximo de anos.
01:42Ou seja, agora só pode-se sacar o valor referente a cinco saques-aniversários ou a cinco anos.
01:49Além disso, cada parcela só pode ter um valor máximo de 500 reais
01:53e cada operação só pode ser feita uma vez ao ano.
01:57Então, o funcionário, então, o trabalhador quiser adiantar o saque-aniversário,
02:01ele pode receber no máximo cinco parcelas de 500 reais por ano.
02:05Então, o funcionário só pode tirar 2.500 reais do próprio fundo de garantia.
02:11Essa é uma medida que o governo tenta fazer para proteger o funcionário,
02:15para proteger o trabalhador, segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
02:18Ele disse que a forma como o saque-aniversário é feito hoje,
02:22retendo esse valor por muito tempo,
02:24quando você solicita o saque-aniversário, você fica dois anos
02:27sem poder receber o fundo de garantia em caso de demissão,
02:30sem poder usar esse valor para a compra de imóveis.
02:34Então, o ministro do Trabalho disse que é uma espécie de armadilha.
02:37O funcionário fica preso, além de perder muito dinheiro para as instituições financeiras,
02:41já que, num montante como esse, ainda mais feito em oito anos,
02:44o funcionário perde ali cerca de 30% do próprio valor do fundo de garantia
02:49para as instituições financeiras.
02:51Vamos ouvir o que disse Luiz Marinho.
02:54Então, isso aqui é um passo para resolver essa equação.
02:58E tem outro efeito colateral também,
03:02que é o enfraquecimento do fundo de garantia,
03:04tal como o fundo de investimento.
03:06seja na habitação, seja saneamento, infraestrutura.
03:11Então, vai enfraquecendo o fundo.
03:13E tem um outro efeito colateral para o trabalhador,
03:16que é quando ele é demitido,
03:19que é uma das tarefas do socorro no infortúnio do desemprego.
03:24O trabalhador tem sua conta, portanto, defasada,
03:28porque ele gastou de forma antecipada, muitas vezes sem planejar.
03:30Pois é, e outro vilão ainda para esse cenário,
03:38segundo o Luiz Marinho, são até as bets.
03:40O governo, então, o Ministério do Trabalho,
03:43percebeu que muitos dos funcionários, muitos trabalhadores,
03:46estavam sacando dinheiro antecipadamente do saque-aniversário,
03:49ficando presos a essa operação por muito tempo,
03:52porque estavam recebendo esses valores para investirem em casas de apostas.
03:56Os números, então, são até assustadores, Tiago.
03:58De 2020 a 2025,
04:03cerca de R$ 236 bilhões foram movimentados
04:07nessas operações de saque-aniversário.
04:09E nesse período, o governo agora, com essas novas mudanças,
04:12que devem ser implementadas até o dia 1º de novembro,
04:16o governo pretende proteger as pessoas das instituições financeiras também.
04:21Segundo o cálculo do governo,
04:22mais de R$ 86 bilhões vão deixar de saírem das contas das pessoas,
04:29do FGTS das pessoas,
04:31para irem para os bancos, viu, Tiago?
04:33É isso.
04:33Matheus Dias, então, o governo tomando decisões em relação ao FGTS.
04:37Até daqui a pouquinho,
04:38vou chamar os nossos advogados aqui para falar um pouco sobre esse tema,
04:41que é um tema que interessa aos trabalhadores.
04:44Começa por você, Vidaela.
04:45De qualquer forma, o governo que queria acabar de vez com o saque-aniversário,
04:51o Luiz Marinho fala que é um primeiro passo, talvez, um próximo passo.
04:55Será que adianta alguma coisa?
04:57Olha, Kobayashi, eu vejo que o governo foi obrigado a ceder
05:00justamente porque uma parcela expressiva dos trabalhadores
05:04é favorável à utilização do saque-aniversário.
05:07O fato é que o governo tem uma visão muito arcaica
05:12com relação ao fundo de garantia
05:13e que vê o trabalhador como sendo incapaz de se utilizar do seu próprio recurso.
05:20Olha, o saque-aniversário, ele é uma forma do trabalhador
05:24que tem o seu endividamento, que tem a sua necessidade de recurso,
05:28poder fazer uma antecipação,
05:30não se utilizando de todo o recurso do FGTS,
05:33mas apenas uma parte.
05:34Ele não perderá aquela parcela que é feita,
05:38aquele percentual que vai ser mantido
05:40para um caso de demissão futura, por exemplo.
05:44Agora, o que o governo desejaria
05:46é que se mantivesse esse volume todo na conta do FGTS
05:51para ser usado pelo próprio governo
05:53para financiamento de determinados investimentos.
05:56É o governo querendo usar o dinheiro do trabalhador
05:58para financiar tarefas que, ao final das contas,
06:01acabam rendendo benefícios políticos ao próprio governo.
06:04E para você, Kobayashi, é alguma saída em relação a isso,
06:08a essa questão do FGTS?
06:10Porque tem esse debate, essa discussão,
06:12que o trabalhador, quando é demitido,
06:15se ele usou o saque-aniversário,
06:17ele não tem todo o montante para viver por algum período.
06:21Eu acho incrível, Tiago,
06:23que o governo fala de um jeito como se fosse um favor gigantesco
06:26deixar o trabalhador pegar uma parte do dinheiro do próprio trabalhador.
06:30Porque o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
06:33é dinheiro do trabalhador que o governo pega e guarda
06:38para usar esse dinheiro
06:39e sem rendimento nenhum para o trabalhador.
06:42Se a gente pega quanto tem rendido o FGTS,
06:45que se atualiza, se paga pela TR, que é a taxa referencial,
06:50isso dá 0,25% ao mês,
06:52menos do que a poupança,
06:54menos do que a própria inflação.
06:56Então, dinheiro parado do FGTS é dinheiro sendo perdido.
06:59Aí o governo usa esse dinheiro pagando ao trabalhador
07:03o 0,25% ao mês
07:06e empresta para financiamento imobiliário
07:08por 10% ao ano.
07:10Ou seja, veja como o governo quer parecer bonzinho
07:14se utilizando de um dinheiro do próprio trabalhador.
07:17No meu ponto de vista, esse jeito de tratar o trabalhador
07:20como sendo um incapaz, como disse o Vilela,
07:23sendo uma babá de alguém que é maior,
07:26maior de idade, capaz para os atos da vista civil,
07:29é um modelo muito antigo.
07:31Esse é o modelo de 1950,
07:33da era trabalhista de Vargas.
07:34Enfim, não casa mais com o nosso 2025.
07:39O FGTS tinha que acabar, na verdade.
07:41O FGTS tinha que acabar, na verdade.
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