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O Banco Central divulgou nesta terça-feira (30) que a dívida bruta do Brasil se manteve em 77,5% do PIB em agosto, totalizando R$ 9,6 trilhões. O resultado mostra estabilidade em relação ao mês anterior. Alan Ghani analisou.
Comentarista: Alan Ghani

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Transcrição
00:00E a gente volta a falar de economia porque a dívida bruta do Brasil se manteve em 77,5% do PIB em agosto,
00:08saldo de 9 trilhões e 600 bilhões de reais.
00:12Os dados divulgados pelo Banco Central mostram estabilidade em relação ao mês anterior.
00:18Alan Ghani, esse resultado é sinal do que exatamente? Controle fiscal?
00:22Não, ao contrário, Soraya, a gente tinha que estar reduzindo essa dívida pública, né?
00:28E esse patamar de 77,5% é um patamar bastante perigoso, ronda a casa dos 80%.
00:36E por que é muito ruim? O governo não consegue fechar as suas contas,
00:41então tudo que ele arrecada com os impostos não é suficiente para cobrir os seus gastos.
00:47O que o governo federal precisa fazer? Emitir títulos de dívida, se endividar.
00:52Só que quando ele emite esses títulos de dívida, evidentemente que ele paga juros.
00:59E como o nosso endividamento está muito alto, o mercado acaba pedindo mais prêmio.
01:03Fala, opa, peraí, para eu financiar o governo, eu preciso de uma taxa de juros elevada que compense o meu risco,
01:10o risco de calote, de não receber o dinheiro.
01:13E aí vai virando uma bola de neve, porque quanto maior esse endividamento,
01:18mais o governo tem que oferecer taxas de juros atrativas para financiar os investidores.
01:25E aí que está o problema, porque esses juros também vai sendo cada vez mais incorporado a essa dívida.
01:32Não tem outro jeito.
01:33A gente tem que fazer um ajuste fiscal e isso passa por corte de despesas públicas.
01:39E corte de despesas públicas, evidentemente, que traz impopularidade, mas é uma medida necessária.
01:46Alangani, por onde que se dá esse corte que você está citando?
01:51E assim, a gente está num momento que eu me lembro que na pandemia precisou se desembolsar dinheiro.
01:57Porém, você tinha muita gente com problema, a economia fechada, precisava atender essas pessoas, busca por vacina.
02:05Ou seja, era um momento em que você tinha que praticamente criar dinheiro.
02:08Não é esse momento atual.
02:11Por onde passam esses cortes que poderiam ser feitos e que poderiam, de algum modo, diminuir essa dívida?
02:16E essa é uma pergunta importante, porque todo mundo defende corte de despesas, ajuste fiscal para os outros.
02:23Não, para mim não.
02:24O meu setor aqui é importante, enfim.
02:27Então, funcionalismo público.
02:30O autofuncionalismo público, principalmente.
02:32Então, o Poder Judiciário custa, no Brasil, mais ou menos, Nonato, 160 bilhões de reais por ano.
02:41Não é pouco dinheiro.
02:43Isso equivale a 1,6% do PIB.
02:46Então, ali tem gargalos que é possível, sim, cortar, enxugar altos salários, penduricalhos, etc.
02:55A gente também pode cortar reforma da Previdência.
02:58Fazer uma nova reforma da Previdência.
03:01Reforma da Previdência, ninguém gosta.
03:03Ninguém gosta de se aposentar mais tarde.
03:04É verdade.
03:05Mas é um mal necessário para o Estado se manter de pé.
03:10A gente pode cortar também subsídios.
03:13Não de uma vez, todos os setores, mas começar a reduzir esses subsídios.
03:17Essa dependência de empresas do Estado brasileiro.
03:21A gente pode cortar outros privilégios da máquina pública.
03:25A gente pode também acabar com essa...
03:29A gente atrela o gasto com saúde e educação de uma maneira automática com a receita da União.
03:37Então, a gente pode acabar também com isso.
03:39E voltar com o teto de gasto, que era uma regra boa, que é fácil dos governantes entenderem.
03:45Olha, você não pode gastar mais do que a inflação acumulada do ano anterior.
03:49Se a gente fizer um pouquinho de cada coisa aqui, eu tenho certeza que a gente coloca aí o país nos trilhos.
03:55Agora, é claro, o Nonato que precisa de vontade política e enfrentar os lobbies aí, os grupos de interesse.
04:03O Gani, isso atrapalha um pouco até na construção dessa agenda econômica que seja viável para o ano que vem?
04:10Atrapalha, porque veja, quando a gente fala...
04:13Você diz o ajuste fiscal, né?
04:15E mostrando nessa estabilidade, como os dados mostram agora.
04:19Então, se a gente pensar de uma maneira mais populista,
04:22Então, falar, bom, eu estou pensando na eleição do ano que vem, em auxílios de curto prazo,
04:28aí vai atrapalhar, só que eu não vou colocar o país na rota do desenvolvimento.
04:33Agora, se eu pensar e tiver um projeto de Estado, de nação,
04:38o que eu quero deixar para as próximas gerações?
04:41Aí, ao contrário, aí a gente vai fazer reformas duras,
04:43vai fazer um pacto com a sociedade,
04:46entendendo o motivo dessas reformas,
04:50mas o legado disso, a médio e longo prazo,
04:53vai ser muito positivo.
04:55Veja, as reformas foram feitas durante o governo Fernando Henrique,
04:59privatizações, plano real, agências reguladoras, etc.
05:02O legado disso durou aí por décadas.
05:05Então, a mesma coisa de uma reforma fiscal atualmente no Brasil.
05:10Obrigada, Gani, por hoje.
05:11Até.
05:11Tchau, tchau.
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