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  • há 3 semanas

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Transcrição
00:00No meio da correria da cidade, entre buzinas e sinais fechados, um olhar triste chama a atenção.
00:13É Rosano, de 48 anos. Desempregado há mais de dois anos, a forma que encontrou para buscar emprego foi entre os carros.
00:23O banner que carrega nas mãos é como um grito de socorro, mas com dignidade. Desistir nunca foi uma opção.
00:31Existem várias formas de desistir, mas nenhuma delas é para mim. Eu pretendo continuar até o dia que Deus abençoar.
00:38Deus vai tocar no coração de alguém e vai me ajudar a conseguir um emprego.
00:42Porque já fiz várias entrevistas, mas só pedem para aguardar. Mas é assim mesmo, a gente tem que continuar lutando com a cabeça erguida.
00:53Todos os dias, Rosano vem em sua bicicleta do bairro de Afogados para este cruzamento na torre, entre as ruas Conde de Irajá e José Bonifácio.
01:04A história dele é como a de muitos brasileiros. Há dois anos, sofreu um acidente de trabalho enquanto carregava mais de 100 quilos de carne em um supermercado.
01:15Desde então, não pode mais carregar peso. A alternativa foi mudar de área, mas tem sido difícil.
01:22Sim mesmo, a gente tem que continuar lutando com a cabeça erguida. Vai ter dias bons, dias ruins, mas a gente tem que seguir em frente, né?
01:30Aqui do Sinal, o que é que já rendeu para o senhor? Curso? O pessoal lhe ajuda? Como é que é?
01:38Graças a Deus, assim, um ano passado, um casado abissoado pagou um curso de vigilante também.
01:43Deu uma feira, né? Para que não faltasse nenhum dia. Eu demonstrei que eu ia passar, passei, graças a Deus.
01:48Me afogado na defesa de vigilância aqui lá, entendeu? Mas eu estou esperando a oportunidade de vir, né?
01:54Curso eu tenho, está em dia, né? Apesar de que vai vencer agora, me abrir de ano que vem, né?
01:59Mas está tudo ok, entendeu? Tenho o ensino médio completo, entendeu?
02:04Infelizmente, tenho minhas limitações, não posso mais pegar peso, mas outras coisas eu só posso fazer.
02:09Mas é um trabalho árduo esse, né? De ficar no Sinal. O senhor enfrenta também preconceitos? O senhor sente isso aqui no dia a dia?
02:20A gente sente, né? Porque está no direito de cada um, né? Confiar e desconfiar, né?
02:25Porque, infelizmente, tem gente que olha para você e se sensibiliza, outros criticam, outros sobem o vidro um pouco rápido, achando que você é algum vagabundo, algum bandido, achando que vai assaltar essa pessoa.
02:37Eu não tenho o direito dela, não, entendeu? Mas a oportunidade da gente tem que dar, né?
02:43Puxar um assunto para saber quem é aquela pessoa que está no Sinal, o que é que ela está passando, né?
02:48Natural de Petrolina e longe da família, Rosano só mora com alguns gatinhos. Ele se sustenta com uns bicos e com a ajuda de quem passa pelo Sinal.
02:58Quem vê a luta de Rosano se sensibiliza.
03:01Quase todos os dias eu passo aqui, ele está aqui, fica aqui esperando uma oportunidadezinha aí que alguém dê a ele no meio da rua.
03:08Todo dia ele está aqui, nessa disposição.
03:10O que você acha disso?
03:12Rapaz, acho que está faltando um pouquinho de trabalho, né?
03:14Estava aqui, está bronca, mas se Deus quiser, ele vai conseguir.
03:19Quando eu passei, Deus já tinha falado comigo para ajudar ele.
03:22Aí pegou, quando eu voltei, eu perguntei se ele tinha Pix.
03:25Se ele falou que tinha, eu ajudei ele.
03:27Assim, da forma que eu pude, né?
03:29Agora você deseja que ele consiga, né? O emprego.
03:32Falei para ele, eu falei para ele, enquanto não há, que Deus vai abrir uma porta de emprego.
03:36E mesmo se Deus não abrir, Deus ia continuar cuidando dele.
03:44Falei para ele, enquanto não há, que Deus vai abrir uma porta de emprego.
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