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  • há 21 horas
A 23ª edição da Parada do Orgulho LGBTI+ de Belém reuniu a comunidade e apoiadores na tarde deste domingo (28), para celebrar a conquista recente do projeto de lei que reconhece o evento como patrimônio cultural imaterial de Belém. A concentração da Parada aconteceu na Avenida Visconde de Souza Franco, mas o trajeto termina na Praça Waldemar Henrique, com apresentações musicais previstas para encerrar às 21h. Para Jenverson Garcia, um dos coordenadores do encontro, a expectativa é que as próximas conquistas levem a uma realidade onde todos consigam coexistir com respeito.

Repórter: Maycon Marte
Imagem: Cristino Martins

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Transcrição
00:00Agora vamos fazer o nosso grande língua!
00:02Nós temos o Véspera Pijão!
00:15Pois é, por tanto tempo, 23 anos, a parada já era para ser reconhecida.
00:20Inclusive, esse ano, véspera da parada, alguns dias atrás, inclusive, foi notícia.
00:25Aqui no Pará já virou notícia lá para fora, inclusive para essa galera da população LGBTQIA+.
00:32Foi aprovado o projeto.
00:34Agora, a partir desse ano, a parada virou patrimônio histórico e imaterial do Estado.
00:40Então a gente conseguiu, a gente usou esse tema para provocar e a gente acabou conseguindo.
00:47A gente achava que a gente ia conseguir depois da parada e agora a própria Parada de Belém
00:51é um patrimônio histórico e imaterial da sociedade, aprovado inclusive na Câmara de Vereadores.
00:57A gente queria que um dia a gente não precisasse mais ir para as ruas,
01:01que a gente não precisasse fazer grandes manifestações,
01:04que a gente não precisasse mandar as pessoas trazerem cartazes e tudo mais.
01:07A gente, de vez em quando, briga com uma sociedade que acha que a gente influencia crianças,
01:16que a gente faz tantas coisas horríveis, inclusive essa parada em si a gente já começou com uma grande polêmica
01:21com o vereador aí envolvido, que iria estar nessa parada com o Porrete,
01:26porque achava que a gente iria influenciar as crianças, iria dar um tapa na cara da sociedade
01:32e fazer tantas outras coisas demais.
01:34Então, assim, a gente quer chegar um dia e não precisar bater de frente com essa população.
01:38Inclusive, eu falo com a população evangélica.
01:42Ontem a gente teve um evento na praça e a marcha passou por lá, a marcha para Jesus,
01:46e a gente super abaixou os nossos sons, a gente super cumprimentou eles e a gente quer isso.
01:50A gente quer poder não dizer que a gente quer peitar ninguém, que a gente quer bater de frente com ninguém.
01:55A gente quer dizer que esse é o nosso espaço também e a gente só pede o respeito que a gente tanto dá a todos eles também.
02:01Pela Praia da Gay, a gente sempre vai nessa caminhada, né, lutando pelos nossos direitos,
02:06igualdade, mostrando que nós não somos só aquilo que o povo fala,
02:11que nós somos também criatividade, nós somos amor.
02:15A gente se sente realizada, realizadíssima.
02:17Acho que botar uma peruca na cabeça é um sonho, é uma realização,
02:22é uma luta do dia a dia contra o preconceito, contra a sociedade.
02:26Eu acho que você ser artista em si é uma demonstração de amor, de afeto, de carinho, de tudo.
02:31Só falta a gente estar aqui, três horas da tarde, botando uma peruca, botando uma roupa,
02:36apertadíssima e tá fazendo a caminhada, a gente faz sim a parte para que lá no amanhã
02:41possa ser mais, possa ser melhor, possa ser um mundo sem preconceito,
02:46um mundo com mais amor, mais união, mais afeto, um mundo melhor.
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