O número de trabalhadores por aplicativo no Brasil cresceu 170% na última década (2015-2025), segundo um novo estudo divulgado pelo Banco Central. O levantamento analisa o impacto da chamada "uberização" no mercado de trabalho. A análise aponta que, sem essa modalidade de trabalho, que muitas vezes serve como alternativa à falta de emprego formal ou como complemento de renda, a taxa de desemprego no país seria de 5,5%. Reportagem: Danubia Braga
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00:00O estudo do Banco Central apontou que, entre 2015 e 2025, o número de trabalhadores por aplicativo cresceu 170%.
00:09É assunto para Danúbia Braga, que tem mais informações e detalhes pra gente.
00:14Ou seja, em 10 anos, 170% é um crescimento pra lá de expressivo, né Danúbia?
00:19Bom dia pra você e bem-vinda.
00:23Oi, Renato. Bom dia pra você, bom dia a todos.
00:26Pois é, um crescimento muito expressivo. E esses cálculos, eles querem dar conta de cenários, né, desse avanço do impacto desses empregos por aplicativos.
00:36O impacto no mercado de trabalho. Qual foi esse impacto de acordo, então, com o Banco Central?
00:42E aí essa análise tá no relatório de política monetária do primeiro trimestre, referente ao trimestre de 2025, pra mostrar quais são os impactos, então.
00:53O resultado sugere um fenômeno, né, usando ali alguns cenários, supondo três deles.
00:59A participação, a taxa de participação na força de trabalho, no nível de ocupação e também na taxa de desocupação.
01:07Como que funciona, então, esses exercícios que foram feitos aí durante essa análise?
01:12Aqueles que hoje, então, trabalham pros aplicativos teriam buscado aumentar a sua renda, buscado emprego também, mas sem sucesso, e teriam se tornado desempregados.
01:24Viram nos aplicativos uma oportunidade, então, uma forma de conseguir uma renda.
01:29Num outro cenário, essas pessoas não teriam sequer nem procurado emprego, mas já teriam visto, então, nos aplicativos uma oportunidade de ter renda.
01:37E uma situação intermediária, parte de que teria conseguido uma ocupação, mas só quer complementar a sua renda.
01:44Então, usando os aplicativos com esse objetivo.
01:47E nesses três cenários, esses níveis de ocupação, eles são afetados.
01:51A taxa de desemprego, então, aumentaria, por exemplo, de 0,6 para 1,2 ponto percentual.
01:58Atualmente, qual é essa taxa, então, de desocupação de desemprego?
02:02Ela é de 4,3%, quase 4,5%.
02:06Isso significa, então, que são desconsiderados os aplicativos e o desemprego aí, se você desconsiderar os aplicativos, o desemprego subiria para 5,5%.
02:16Então, nos últimos 10 anos, as pessoas buscaram aí, nessas plataformas digitais, uma forma de se inserir no mercado de trabalho, ou seja, de ter uma renda e não ser assim, de forma autônoma, né?
02:31De tornar ali quase que um MEI, um microempreendedor individual, para aqueles que não buscaram nenhuma ocupação ou aqueles que tentaram complementar a sua renda.
02:41Então, é um crescimento muito expressivo, de 170%, mostrando que foi uma forma que o brasileiro encontrou, principalmente depois da chegada da pandemia, de ter alguma renda.
02:51Volto com vocês no estúdio.
02:53Danúbia Braga, com informações em São Paulo. Muito obrigado, Danúbia.
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