A Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará Vilhena Alves, localizada no bairro de São Brás, em Belém, desenvolve diversos projetos ligados à bioeconomia, sustentabilidade e ecoinovação, com a participação dos alunos, como a "Incubadora de Produtos e Serviços da Bioeconomia Amazônica" e o “Recicle + Óleo”, os quais reaproveitam resíduos para gerar produtos sustentáveis. Ambos os projetos estão alinhados com a COP 30, que será realizada na capital paraense em novembro de 2025.
00:00O projeto Incubadora de Produtos e Serviços da Bioeconomia Amazônica, ele nasce com o objetivo de trabalhar as experiências dos alunos que desenvolvem projetos aqui na escola técnica,
00:10dar visibilidade, apoio, e aí nós corremos atrás de apoio institucional, apoio financeiro, para que esses alunos possam ter não só a matriz curricular,
00:19mas que eles saiam com a experiência para o mercado de trabalho.
00:21Em principal, aliar as políticas públicas e ao atendimento das agendas da sociedade, que hoje exige que os jovens saiam capacitados e preparados para o mercado de trabalho.
00:32A Incubadora hoje, ela agrega aproximadamente 6 mil produtos, a partir do aproveitamento de resíduos das principais cadeias de valor,
00:42entre elas o café, nós trabalhamos com reaproveitamento de resíduos do café, fazemos biofertilizante,
00:47o reaproveitamento de resíduos do caroço de açaí, que fazemos também biofertilizante, estamos com uma marca aí, presta a ser registrada, que é o biofertilizante,
00:56assim como o vinagre, que também nós produzimos 5 tipos de vinagres, com o aproveitamento de resíduos das principais cadeias de valor.
01:03Alguns alunos já desacionaram com a oportunidade de trabalhar essas experiências no empreendedorismo, no mercado verde,
01:10na forma da bioeconomia, de valorizar os conhecimentos das populações da Amazônia e aliar a sustentabilidade.
01:16A importância do projeto, nesse contexto, não só para a COP30, mas para a sociedade como um todo,
01:25e aí a gente verifica que nós temos aí o universo de biodiversidade e a maior riqueza, podemos dizer assim, da faixa tropical hoje do planeta estar aqui na região amazônica,
01:34e que isso pode ser aproveitado sem derrubar uma árvore sequer.
01:38Então esse é o nosso legado, transformar os produtos da floresta em negócios sustentáveis, fazer com que eles entendam que os resíduos de cadeias de valor
01:46possam ser aproveitados, gerar emprego e renda e promover a sustentabilidade onde essas cadeias de produção estão localizadas.
01:52Então aqui nós temos o biofertilizante, um produto natural, 100% natural, através do método de fermentação utilizado,
02:02e recomendado pela Embrapa, que é o aproveitamento de resíduos para a adubação natural de plantas.
02:08Então nós temos aqui um produto que agrega valor aos resíduos da cadeia do açaí.
02:12Aqui nós temos o biofertilizante, o biocoffee, que é um biofertilizante a partir de resíduos de café,
02:17que todo mundo descarta, em sua grande maioria, nos ralos da pia,
02:20e que isso gera uma riqueza considerável ao destinar para um produto que é rico em nitrogênio, fósforo e protássico,
02:28que são os elementos essenciais para as plantas, e que agrega valor às cadeias de valor no caso do café.
02:34Aqui nós temos produtos das nossas ervas, o conhecimento tradicional, agregando valor às nossas ervas da Amazônia,
02:40com o formato de perfume da Amazônia, com chama, com murumuru e todas as outras espécies aromáticas que estão presentes.
02:49Aqui nós temos o vinagre feito a partir do resíduo da casca da laranja.
02:54Esse vinagre é feito a partir também do processo de fermentação natural por nossa aluna do curso de meio ambiente marina gentil,
03:02que acabou de concluir agora o seu projeto como um todo, concluindo uma marca chamada Naturze,
03:09que foi criada a marca pela empresa parceira do PCT Guamá, que acabou nos dando esse apoio.
03:15É feito a partir do resíduo da laranja, que agrega valor, e é um produto 100% natural, feito na Amazônia, sem química,
03:24e que agrega valor à cadeia de produção.
03:26Aqui nós temos o vinagre de abacaxi, nós sabemos que o Pará é líder no Brasil na produção de abacaxi,
03:32então destinar o resíduo do abacaxi para fazer vinagre, isso é um valor inestimável para as cadeias de valor,
03:40e que eles se aproveitam, geram emprego, geram renda e a sustentabilidade para as comunidades onde eles estão presentes.
03:46Esses produtos, eles são produzidos aqui dentro da escola técnica, e eles são comercializados, nós podemos dizer assim, no formato B2C,
03:53que é uma venda direta ao consumidor nas feiras, onde nós participamos nos eventos, concretos e seminários,
03:59onde nós estamos inseridos, eles são comercializados nesses espaços.
04:03E cada um desses produtos possui um autor, que ele acaba revertendo o recurso para ele e para dar continuidade ao projeto.
04:10O projeto está estruturado e alinhado com as agendas da COP30, ao destinar valor aos produtos das principais cadeias de produção aqui na Amazônia.
04:20Nós sabemos que a Amazônia hoje é responsável por grande parte da produção, em especial do cacau,
04:26a líder brasileira do cacau, do dendê, do açaí, líder global do açaí, do abacaxi, da laranja.
04:32Então, todas essas cadeias produzem resíduo, então, ao produzir resíduo, também vai gerar um impacto ao clima.
04:39Na decomposição e lançamento de emissões, o que nós fazemos é dar um destino final,
04:45fazer com que esse produto volte para a própria cadeia, ou então o próprio mercado,
04:51dando destino final e agregar valor às agendas, às contribuições,
04:55que nós podemos dizer assim, contribuições nacionalmente determinadas, que são as NDCs.
04:59O que nós fazemos é contribuir também, ao eliminar os resíduos que iriam para o lixão,
05:04nós damos um destino final, agregando valor, emprego e renda para as populações da Amazônia,
05:09que é florescer da vida com a floresta em pé.
05:11Hoje, a incubadora, ela agrega aproximadamente oito alunos dos cursos técnicos de meio ambiente,
05:18do curso técnico de administração e informática.
05:21E estamos agregando também alunos de outras etapas, como a etapa Juscelino Kubitschek,
05:25que temos alunos que nos procuraram para vir fazer um treinamento, para vir participar do projeto.
05:31Então, essa é a dimensão que a gente trabalha, embora seja inicial,
05:35por conta do nosso espaço e a nossa estrutura, para poder abraçar o universo maior,
05:41nós precisaríamos de um espaço e uma infraestrutura também maior.
05:45Oi, gente! Meu nome é Paula Gabriela Imperio da Silva e eu tenho 17 anos.
05:48Eu tento ao máximo auxiliar os outros colegas de projeto, né?
05:53Por eles serem do primeiro ano, né?
05:55É um meio que eu posso estar ajudando eles a terem mais experiência nessa questão de liderança, de organização.
06:03E o Reciclo Mais Óleo, ele tem como objetivo retirar todo o óleo usado que as pessoas realmente jogam, né?
06:10Despartam irregularmente dentro da pia da cozinha, né?
06:13Às vezes jogam na vala, na frente de casa, por não ter um local de descarte correto.
06:17Então, a gente recebe esses óleos, como a gente tem um ecoponto aqui na escola,
06:21e a gente transforma isso em produtos de limpeza, né?
06:25Como sabonetes de limpeza de roupa, limpa alumínio, cheiro para casa,
06:30que é muitas coisas que as pessoas realmente usam no cotidiano.
06:33Eu acho que, por fazer ensino técnico, acho que tem muita questão de você ter responsabilidade,
06:39de você ter maturidade, de você ter uma visão de futuro.
06:43E esses projetos realmente vêm com o protagonismo que a gente tem aqui na escola,
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