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  • há 2 meses
Ao comentar sobre as escolhas feitas no caminho religioso, Dom Francisco ressaltou que as renúncias não representam peso, mas parte natural do chamado que decidiu seguir.

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Transcrição
00:00Dom Francisco, a gente sabe que toda vocação para ser abraçada, ela comporta e ao lado está a renúncia.
00:09Dom Francisco, na época Francisco de Assis Gabriel, renunciou muitas coisas para abraçar o ministério do sacerdócio?
00:17É uma vida feita de renúncias. Há um livro que nós podemos encontrar, a vida é feita de escolhas.
00:24É a escolha. A vocação é uma escolha e são renúncias que eu digo para que eu pudesse viver intensamente e de forma coerente a vocação que eu estava encontrando.
00:37A vocação que Deus tinha me dado. Então, as renúncias são feitas por necessidade do percurso.
00:43Mas na minha vida, a renúncia nunca foi um piso.
00:47Porque eu sabia que havia um horizonte que eu vislumbrava, um horizonte que se apresentava e o meu desejo era de ser sacerdote.
00:58Ser padre, estar na igreja. Então, esse é o foco.
01:04Claro, aí fui deixando aquilo que não, vamos assim dizer, que não pode estar inserido na vida do ministro, ordenado sacerdote.
01:13A vida de casamento, a geração dos filhos.
01:19Eu não sei se eu posso dizer, mas se eu tivesse outra vocação, seria a vocação de ser pai.
01:26Porque eu gosto das crianças, eu gosto de acompanhar. As crianças percebem isso.
01:31Tanto na minha vida de padre, também de bispo em Campo Maior, as crianças gostavam da missa que eu estava celebrando, presidindo.
01:39Porque, em algum momento, eu ia me referir a elas.
01:42Eu ia tratar delas, eu ia chamá-las, eu ia abençoá-las, eu ia aspegir com água benta.
01:48Eu acho que isso é paternidade.
01:51E aquele que não tem dom de paternidade, dificilmente será um bom padre.
01:56E muito menos um bom bispo.
01:58Porque ser padre e ser bispo é, de fato, exercício de paternidade.
02:04Então, não é que a vocação ministerial nega a paternidade, é o contrário.
02:10A vocação de paternidade, que fica no âmago do ser,
02:14ela é que vai, com certeza, humanizar aquele que é padre, humanizar aquele que é bispo mais ainda.
02:19Porque o bispo é pai de uma comunidade inteira, não é?
02:24E, quando você olha para a família, uma família de sete irmãos, ninguém é igual.
02:30Até o pensamento religioso é diferente.
02:33Até a forma de acreditar é diferente.
02:35E o pai e a mãe é que vão conduzir essa diferença para gerar uma unidade que não se parta nas dificuldades.
02:42E essa é a vocação do padre na paróquia, e mais ainda, por experiência, é a vocação do bispo.
02:49Por isso que o bispo é aquele que gera unidade e também mantém firme a comunhão.
02:56Unidade e comunhão também são virtudes.
02:59Eu posso até dizer, são características de uma família.
03:02Que preza o convívio e, pelo diálogo, busca a felicidade.
03:08E também, se renunciei à paternidade biológica, o casamento, também renunciei a algo que é da nossa cultura.
03:18As festas, as rodas de amigo, as conversas que elas não estavam muito bem colocadas diante de um jovem que se diz vocacionado, tipo de piadas, enfim.
03:31Então, a vida é feita de escolhas e essas escolhas vão nos dando condições para caminhar.
03:36Mas, para mim, eu digo, renúncia nunca foi um peso.
03:42Então, não foi difícil?
03:45Não, não foi difícil.
03:47Eu digo não foi difícil porque a minha vida, desde muito criança, como disse, como jovem, foi focada num desejo, escrito em letras maiúsculas, ser padre.
03:59E me tornei padre a partir de um carisma missionário, a Congregação dos Redentoristas.
04:04E a igreja, me avaliando, achou por bem, me nomeia bispo delcesano de Campo Maior e os bispo delcesano de Cajazeiras.
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