O governo dos Estados Unidos ordenou o envio de mais um navio de guerra e de um submarino de ataque com propulsão nuclear para o Mar do Sul do Caribe, perto da costa da Venezuela. O repórter Eliseu Caetano analisa o assunto.
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00:00O governo dos Estados Unidos ordenou o envio de mais um navio de guerra e de um submarino de ataque para propulsão, na verdade, nuclear, lá no mar do Caribe, ali no sul do Caribe, perto da costa da Venezuela.
00:14Ainda hoje a gente já comentou que Maduro ordenou ali mais de 15 mil homens armados para colocar na fronteira e agora uma contrapartida já do governo dos Estados Unidos também fazendo esse anúncio.
00:27O Eliseu Caetano, então, volta com a gente direto dos Estados Unidos.
00:31Então, é um toma lá da cá que não acaba, né, Eliseu?
00:36Não acaba nunca, Marcia.
00:37E a gente segue acompanhando isso desde a semana passada, porque esse aparato militar americano tinha sido enviado lá para a costa da Venezuela.
00:45Depois eles tiveram que ser trazidos novamente aos Estados Unidos por conta da passagem do furacão Erring e foram reenviados novamente agora no início dessa semana para lá.
00:56Ao que tudo indica, segundo as informações da mídia local da Venezuela, os militares americanos já chegaram à costa do país.
01:04Nesse momento eles seguem em águas internacionais e não no mar territorial da Venezuela.
01:10Uma diferença importante, pelo menos para Nicolás Maduro.
01:13Isso significa que ainda não houve uma entrada ou uma invasão americana em território da Venezuela.
01:21Seja por terra, por ar ou por mar, os americanos seguem ainda em águas internacionais, portanto.
01:28Agora temos novidades com relação a isso, que é o seguinte.
01:31O governo dos Estados Unidos intensificou, a partir de hoje, a presença dos militares lá no Mar do Caribe
01:37durante essa operação contra os cartéis de drogas, classificados por Washington como organizações terroristas transnacionais.
01:46Então vamos lá.
01:47Durante a primeira vez, leva três destroyers que já haviam sido enviados.
01:51Esses três destroyers, com cerca de 4.500 militares, já estão próximos da costa da Venezuela, no mar internacional, em águas internacionais.
02:01Então não fizeram nenhum tipo de invasão ainda.
02:04Agora está chegando o reforço, viu?
02:07Três navios de grande porte, o USS Ayojima, que é um navio anfíbio, o USS San Antônio e o USS Fort Lauderdale.
02:18Ambos são docas anfíbias.
02:21Esses navios vão servir como apoio para os 4.500 militares que já estão lá.
02:26Dentre esses 4.500 militares, há cerca de 2.200 fuzileiros navais prontos para operações de desembarque, de acordo com a mídia norte-americana.
02:37Além disso, a força recebeu um cruzador de mísseis guiados e também um submarino de ataque, elevando significativamente o poder naval norte-americano na região.
02:49Esse é o maior deslocamento de meios navais americanos para o Caribe em anos.
02:56Sinalizando não apenas um combate ao narcotráfico, como afirma a Casa Branca, mas também uma pressão política e estratégia sobre o regime de Nicolás Maduro.
03:08Agora vamos aos objetivos declarados.
03:10O que a gente tem de informação oficial sobre isso, Márcio e Bruno?
03:13O Washington justifica que a ação é uma interdição marítima para cortar rotas de cocaína e também fluxos financeiros de autoridades que fazem contrabando de dinheiro para lá.
03:29Segundo os Estados Unidos, isso faz parte do regime chavista, sustenta o regime chavista.
03:34Os críticos argumentam que esse movimento carrega um claro caráter de pressão geopolítica, aumentando, portanto, os riscos de incidentes militares, especialmente considerando o apoio da Rússia e do Irã e, em menor grau, da China ao regime de Nicolás Maduro.
03:52Ou seja, outros países poderiam se envolver aí nessa questão também.
03:57Agora, com relação à reação da Venezuela, Maduro denunciou que houve ali uma ameaça à paz regional, mobilizou, como você disse, Márcio, 15 mil soldados para os estados de Zulia e Itaxira, que fazem fronteira com a Colômbia.
04:15Há relatos, inclusive, da mídia local de unidades aéreas deslocadas, blindados também para reforçar posições estratégicas.
04:23Por lá, o discurso oficial é que é só para evitar uma agressão maior.
04:28Agora, vamos para quem apoia, quem critica, Márcio, para eu entregar para você.
04:33Colômbia, forte aliada de Washington, rival histórico de Caracas.
04:38Alguns países do Caribe Oriental e da América Central estão vendo nessa operação um esforço contra o crime transnacional.
04:44Então, a gente tem países apoiando os Estados Unidos.
04:49Tem países em posições ambíguas, como Brasil e México.
04:53E tem países, obviamente, parceiros da Venezuela, Rússia, Irã, Nicarágua e Cuba.
05:01A gente vai seguir aqui acompanhando a escalada dessa tensão e eu volto em tempo real.
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