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  • há 2 meses
Quando voltar para casa não é mais uma opção segura, esses locais tornam-se o único refúgio para vítimas de violência doméstica e seus filhos.
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Transcrição
00:00Olha gente, muitas dessas mulheres que são ameaçadas por companheiros têm que mudar de vida para não acabar mortas.
00:07Hoje você vai conhecer um lugar onde elas encontram a única chance de recomeçar.
00:13É a Casa Abrigo. Do ano passado até agora, mais de 200 mulheres passaram por lá.
00:19Jovem, mãe de duas crianças, ameaçada de morte pelo ex-marido.
00:25Com medo, a vítima se esconde e recebe apoio da Casa Abrigo Estadual Maria Cândida Teixeira.
00:33Eu saio de um ciclo de violência e eu estou mais protegida como as meninas aqui.
00:41Eu me sinto mais protegida, mais amada.
00:43Por segurança, não vamos divulgar o endereço do local que traz um pouco de paz a quem não quer perder a vida.
00:51Você chegou a ser agredida grávida?
00:53Grávida depois de um resguardo.
00:58E ele te ameaçou de morte?
01:00Sim, sim, ele me ameaçou de morte. Por isso que eu vim procurar a rede de apoio.
01:06A Casa Abrigo foi inaugurada em 2005 e leva o nome de uma vítima da violência doméstica, Maria Cândida Teixeira.
01:15De 2024 até agora, 177 mulheres foram amparadas.
01:21Elas podem ficar no local com os filhos por até três meses.
01:26Em alguns casos, esse prazo pode ser estendido.
01:30Até as conversas com os familiares acontecem por telefone, com número privado.
01:36No momento, apenas a dona de casa, que conversou conosco, está na residência.
01:42Aqui nós temos uma equipe psicossocial que acolhe, que orienta o psicólogo, a assistência social.
01:48Nós temos o apoio da Defensoria Pública, do Ministério Público, que são parceiros integral e de outros programas dentro da Secretaria de Direitos Humanos.
01:57Tem mulheres que a gente precisa encaminhar para outros programas.
02:00Aqui na Casa Abrigo, as mulheres também são acolhidas com os filhos, crianças e adolescentes menores de 14 anos.
02:07E aquelas crianças que estão no período escolar.
02:10Aqui, nessa sala de estudo, tem uma professora e, diariamente, as atividades são atualizadas.
02:17A gente abriga mulheres com seus filhos.
02:20Então, por vezes, vem uma mulher com quatro crianças, uma mulher com cinco crianças, com três, com duas.
02:27A gente não faz nenhuma distinção daquelas pessoas que precisam ser acompanhadas junto com essa mulher.
02:34Porque a partir do momento que essa mulher está em eminente risco de morte, os seus familiares, seus filhos ali próximos dela também estão.
02:40Nos últimos dois anos, mais de 22 mil mulheres foram vítimas de violência doméstica no Espírito Santo.
02:48Em 2024, 35 mulheres foram vítimas de feminicídio.
02:54Este ano, até julho, foram 16 mortes.
02:58Por isso, é importante esse apoio.
03:00Porque, além do endereço, essas mulheres podem mudar até de nome.
03:05Dependendo da gravidade do caso, da investigação, o autor do crime fica preso, mas ele vai sair em algum momento.
03:13Muitas vezes, como elas chegam aqui?
03:15Elas chegam com o documento rasgado, com suas roupas queimadas, rasgadas.
03:19Porque a violência contra a mulher, muitas vezes, é isso.
03:22É querer ferir o seu rosto, é tirar sua beleza, é tirar sua identidade.
03:28A vontade desse agressor é destruir essa mulher em toda a sua integridade.
03:33A residência conta com uma vigilante por 24 horas, sensação de paz e acolhimento a quem precisa de apoio.
03:42Agora, cuidar do meu filho, trabalhar e seguir minha vida.
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