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No Direto ao Ponto, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) analisa as tensões comerciais entre os Estados Unidos e países do Brics. Ele comenta os impactos do tarifaço imposto por Donald Trump, a proposta de uma moeda alternativa ao dólar e os reflexos disso para a economia global e para o Brasil.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/Nohk-3QiUTI

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Transcrição
00:00Vamos lá, deputado, a pergunta do Jason. Jason, por favor.
00:03Deputado, como o senhor mesmo falou, Trump está fazendo aí um realinhamento global em relação ao comércio dos Estados Unidos.
00:10Os Estados Unidos até, ele tem razão em certos aspectos, foi, em certa maneira, até pela sua própria dimensão,
00:15meio que, em aspas, maltratado por diversos países, que taxavam demais os Estados Unidos, mas vendiam de maneira bastante extensiva.
00:23Mas agora nós chegamos aí num ponto muito importante, porque a questão aqui no Brasil, nós sabemos que ela não é meramente comercial,
00:29se fosse comercial, nós estaríamos com 10% e a coisa estaria resolvida.
00:34Esse último movimento do governo americano de isentar uma série de itens ficou nítido e claro que Trump acabou utilizando também isso a favor dos Estados Unidos,
00:43porque uma parcela significativa daqueles itens teria não só impacto inflacionário nos Estados Unidos,
00:48como também acabariam deixando os Estados Unidos mais dependentes da China, especialmente alguns itens industriais,
00:54e ele meio que deixou a carne e o café mais ou menos como o as na manga,
00:59ali para exatamente tentar negociar, que são dois itens muito importantes na pauta comercial entre os Estados Unidos e o Brasil.
01:07Mas agora, com essa questão, nós vimos hoje já um ataque direto de Trump à Índia por conta da compra do diesel.
01:13A Índia tentou se explicar, dizendo que estava tentando vender mais barato o combustível para a sua população,
01:18mas, de qualquer modo, nós estamos vendo que ainda estamos num processo comercialmente bélico.
01:24Há esperança de uma saída do outro lado, sabendo que nós temos aí um momento muito difícil,
01:29especialmente que as nossas negociações parecem que ficam uma hora,
01:35vamos dar um passo para trás, dar outro para frente,
01:38nesse misto de questões políticas, geopolíticas e ideológicas?
01:42Olha, eu tenho dificuldade de ter certezas nisso, porque nós estamos buscando agir,
01:53nós torcemos, mas ninguém tem certeza sobre o resultado final disso.
02:00Eu vou me arriscar nesse processo de pensar juntos aqui,
02:05eu acho que uma questão que pesou muito, como uma questão de celeuma com os Estados Unidos,
02:11foi a questão referente aos BRICs e aquela questão da moeda única ou de uma moeda alternativa,
02:22a questão do dólar como referência do comércio internacional.
02:27Eu acho que isso meio foi um ponto que talvez tenha sido decisivo para deflagar todas essas questões que aconteceram.
02:36Acho que o caminho nosso que resta é colocarmos aí essa disposição de negociar.
02:44E entendo eu, e aí eu vou me arriscar a dar um palpite mesmo, mas é só um palpite,
02:51porque eu acho que os Estados Unidos deverão vir com algumas propostas na mesa na sequência.
02:58Paralelamente ao anúncio chamado Tarifa, veio um procedimento aberto pelo Departamento de Comércio,
03:09que era a medida que eles chamam 231.
03:12E ali foram elencadas uma série de itens.
03:15Esse procedimento está em andamento.
03:18Eu acho que nós poderemos ter questões colocadas na mesa.
03:22Eu próprio tenho sido muito questionado por algumas agências internacionais de notícias
03:31que têm me perguntado sobre um assunto, e eu ponho ele na mesa agora,
03:35que é a questão dos minerais críticos estratégicos.
03:39O Brasil tem o segundo maior acúmulo de jazidas das chamadas terras raras.
03:46Há um tempo, sabedor que isso era estratégico, o Zé Maria Trindade, meu querido,
03:54fez referência que eu sou presidente da Comissão de Transição Energética,
03:58ela que cuidou do marco regulatório do hidrogênio recentemente, combustível do futuro,
04:03PATEM, algumas medidas atinentes a isso.
04:07E na frente parlamentar da mineração, que é presidida pelo deputado Zé Silva,
04:12e eu participo ali muito ativamente com ele, há dois anos nós tiramos algumas iniciativas
04:19sobre minerais críticos estratégicos.
04:22Apresentamos um projeto de lei que está tramitando, e eu sou o relator da matéria.
04:29Eu vou apresentar a minha proposta sobre minerais críticos estratégicos em meados de agosto.
04:35Nós estamos agora na primeira semana, eu pretendo fazê-lo entre a terceira e a quarta semana.
04:40E esse assunto tem crescentemente adquirido importância.
04:47Na própria questão, voltando naquele item anterior, os jornais dizem,
04:52eu acompanhei vocês mais do que eu, são muito atinentes a isso,
04:59que uma questão decisiva para o Trump buscar intervir no conflito da Rússia com a Ucrânia,
05:08foi o acordo que ele conseguiu com a Ucrânia em torno de terras raras.
05:13Colocou-se isso na mesa.
05:15Acho que isso virá num determinado instante aqui para nós também.
05:20Esse item é um ativo do Brasil para ser colocado num processo de negociação.
05:26Então, acredito eu que o tema vai entrar agora na mesa.
05:33Acho, espero, que ele deixe de ser algo de retórica.
05:38A própria declaração que veio esse final de semana do presidente Trump,
05:41não sei por onde veio, mas veio,
05:43de que ele estaria disposto a discutir com o presidente da República, com o Lula.
05:48E o Lula, porque o Lula falou uma coisa, fez outra, falou outra coisa,
05:52mas eu estou me atendo àquilo que ele disse.
05:57Olha, há um limite para isso.
05:59Então, eu espero que esse exercício da sensatez, somado à questão do Trump,
06:05possa começar a colocar pedras na mesa.
06:08E aí, olha, aqui nós vamos ter que ceder, aqui nós vamos ter que compor.
06:12Isso é parte da negociação positiva e proativa que se pode fazer.
06:18E, deputado, nessa negociação, há um olhar para outros mercados.
06:21Hoje nós trouxemos a notícia da habilitação de produtores de café para exportar para a China.
06:26Como é que o senhor avalia o movimento de se olhar para outros países,
06:31principalmente para a China, para tentar suprir parte dessa produção
06:35que iria para os Estados Unidos e que poderia sofrer muito com as taxações impostas?
06:41Olha, uma questão decisiva, Evandro, me parece ser nós caminharmos para finalmente consolidarmos
06:51o acordo do Mercosul com a União Europeia.
06:55Acho que isso vai ser muito importante.
06:57Acho que o Brasil deve manter a multilateralidade nas suas negociações internacionais.
07:08Há um acordo do chamado Pacífico, que foi montado pelo Japão.
07:13Acho que nós estamos demorando em ter negociações mais formais com esse bloco econômico.
07:19Acho que com a China nós devemos desenvolver também essas negociações, buscar ampliar.
07:25A China tem hoje, junto com o Starbucks, eu não sei o nome, não vou dizer, me esqueci do nome,
07:36mas tem uma rede de cafeteiras que não é tradicional.
07:40A bebida ali da China mais tradicional é o chá, mas o café tem crescido.
07:46Acho que é importante nós vermos isso.
07:49Então, ampliar mercado sim, multiplicarmos os parceiros sim, buscar outras parcerias, ok.
07:58Mas isso também não substitui os Estados Unidos.
08:02Nós não temos mercados no mundo que sejam capazes de suprir aquilo que é o nosso fornecimento do café,
08:11o protagonismo da carne que tem para citar dois itens.
08:14Então, achar que, olha, tanto faz como tanto fez, não.
08:19Podemos buscar outros mercados, mas continua muito relevante, por isso, negociar com o mercado americano.
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