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  • há 3 meses
Cultura de rua para os pequenos: Festival Infantil de Breaking no Latinidades

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Transcrição
00:00Fab Girl, que é pioneira do movimento feminino do break no Brasil e fundadora da escola Drop Education,
00:05levou para o Festival Latinidades um festival infantil de breaking com o Projeto Curumim,
00:11que é uma verdadeira celebração da cultura de rua como linguagem ancestral e coletiva.
00:16As crianças tomaram conta do espaço com alegria, pertencimento e muita energia.
00:21Teve dança, contação de história, batalha show e até um ritual de passagem com a entrega dos cadastros coloridos,
00:27os famosos Fat Laces, que é um símbolo de respeito na cultura hip-hop.
00:32A repórter Luciana Piotr esteve no evento em Brasília e conversou com a Fab Girl. Vamos ver.
00:43Hoje, olhar para tudo isso, inclusive estando aqui num festival que a temática é Mulheres Negras Movem o Mundo,
00:49nada mais é do que a concretude disso tudo.
00:52Eu me sinto muito honrada, eu acho que os meus ancestrais estão fazendo festa no astral, no Ourum,
00:58porque é para isso que a gente veio, para expressar nossa arte ou esporte e poder, de fato, realizar aquilo que nos tiraram lá atrás.
01:06Poder resgatar tudo isso, eu sinto que é uma forma de honrar mesmo a minha ancestralidade.
01:12Porque o breaking, assim como as danças afro-diaspóricas, a cultura afro-diaspórica, fala de comunidade.
01:19Então, aqui foi um festival.
01:21Quando eu comecei a dançar breaking, eu dançava na rua, em rodas, em festa.
01:26As competições vieram depois, com o advento da mídia, com a pegada do entretenimento.
01:33Então, com a Drop Education, que é a escola de breaking, e mais especificamente o projeto Curumim,
01:40a ideia é fazer o resgate da comunidade e o entendimento preto de que a gente não dança sozinha e sozinho.
01:48Então, esse projeto, esse festival hoje, é para celebrar a dança, para que as crianças possam pensar na dança,
01:55não já pela ponta de entretenimento, que é o esporte, mas passar por uma fase de formação,
02:02que é conhecer a arte, como ela é feita.
02:05Claro que não da época como eu comecei, mas ter a possibilidade de se expressar sem a pressão da competição.
02:12Porque isso já, para mim, eu comecei com 18.
02:15Já enquanto adulta, foi muito difícil elaborar.
02:19Então, imagina se hoje fosse uma competição.
02:20São sentimentos muito complexos para uma idade que ainda é o começo da nossa jornada enquanto ser humano,
02:27que é a infância.
02:29Então, a ideia é fazer com que elas tenham a experiência de viver o hip-hop em sua essência.
02:34Uma das coisas que a gente, quando olha para o processo olímpico,
02:38os melhores ou as melhores atletas são aquelas e aqueles que têm uma potência da expressão.
02:44Ou seja, o viés artístico expressivo ainda no fim conta mais,
02:50porque apesar de ter entrado nas Olimpíadas e ter essa bifurcação esporte-arte,
02:55em sua essência, no seu começo, é uma ferramenta de transformação e até ascensão social.
03:02Então, a gente primeiro ensina o que é essa cultura,
03:07e daí depois elas e eles escolhem o caminho que querem seguir,
03:10seja como artista ou seja como atleta,
03:13mas que não seja uma coisa só e nem que seja finita, mas sim infinita.
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