- anteontem
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NotíciasTranscrição
00:00Olá, sejam todos muito bem-vindos, bem-vindas ao nosso Terra Viva Entrevista, o programa
00:16que traz uma abordagem diferente, que promove uma segunda opinião sobre os fatos que estão
00:22inseridos no universo agropecuário dentro e fora da porteira, não é Pedro?
00:28Isso mesmo, Flá, e hoje nós vamos discutir vários assuntos, principalmente em relação
00:32ao setor de fertilizantes.
00:34Por isso, a gente recebe aqui no nosso estúdio o Gabriel Gimeno, diretor de vendas Brasil-Paraguai
00:41da Mosaic.
00:42Gabriel, bem-vindo ao nosso Terra Viva Entrevista, prazer falar contigo, ainda mais num momento
00:47tão importante, decisivo para o nosso setor.
00:50Seja muito bem-vindo, viu?
00:52Um prazer receber você aqui.
00:53Obrigado, obrigado Flávio, obrigado Pedro, obrigado telespectador, prazer é nosso estar
00:58presente aqui e conversar um pouco com vocês.
01:00A gente que agradece muito a participação de vocês aqui da Mosaic e a gente começa
01:04falando, claro, sobre o plano safra, como que o mercado recebeu todos esses números,
01:10quando a gente olha para a comercialização de insumos.
01:13Qual que é o panorama que você pode trazer pra gente?
01:16Bom, nós aguardávamos ansiosamente a liberação do plano safra e ele teve um percentual acima
01:21do ano anterior, 1,8% maior o montante financeiro, porém, acho que o setor como um todo aguardava
01:27um montante maior do que esse que foi de fato liberado e também havia uma ansiedade muito
01:32grande com relação às taxas de juros.
01:35Havia sim essa expectativa que as taxas teriam um incremento e também quais são os critérios
01:40de elegibilidade e assim se confirmaram.
01:42A gente está vendo uma taxa superior ao ano passado e mesmo com alguns critérios de maior
01:47flexibilidade para aquisição de máquinas ou insumos, o todo do plano, na nossa visão
01:52aqui, poderia ser um pouco maior, é o que o agro precisava.
01:56Até porque precisa desse insumo fundamental para seguir produzindo, porque o crédito,
02:04nesse momento, ele é um fator importantíssimo tanto para a agricultura familiar quanto para
02:10empresarial.
02:11Perfeito, perfeito.
02:12Eu acho que o setor hoje, no quesito crédito, vem sendo o principal desafio para o crescimento
02:17do agronegócio.
02:18De anos para trás para cá, a gente vem passando por uma série de instabilidades jurídicas.
02:24Essas instabilidades jurídicas, elas têm limitado bastante o setor de crédito, sejam
02:29eles bancos, cooperativas ou até mesmo os fornecedores diretos.
02:34Isso dificulta, no final do dia, a aquisição por parte do agricultor desses insumos, por exemplo,
02:39e também na captação de crédito a um custo mais acessível.
02:42Então, no todo, além de um pouco mais restrito e caro, ele tem ficado de mais difícil acesso
02:48para o agricultor de maneira geral.
02:50Com certeza, né?
02:51E esse é o momento do produtor adquirir esses insumos?
02:54Como que o mercado avalia o atual ritmo da retomada das compras de fertilizantes no Brasil?
03:00Esse movimento é consistente ou ainda reflete uma demanda reprimida desses últimos ciclos?
03:07Acho que a expectativa, dividindo a resposta em duas metades, acho que a primeira soja
03:11e depois a gente pode aprofundar um pouco mais e falar sobre safrinha.
03:15O plano safra é justamente essencial para que esse agricultor que aguardava o recurso
03:20do custeio para fazer a aquisição do seu insumo pudesse vir aqui e fazer essas compras.
03:27Então, a gente enxerga que deve haver uma intensificação no volume de compras nas próximas
03:32semanas, até porque a safra está chegando.
03:34Então, olhando a soja, 25% de saldo ainda a ser comprado de fertilizantes.
03:42Esse montante é cerca de 20 pontos percentuais abaixo da média dos últimos três anos.
03:47Então, o mercado de fertilizantes para a soja está atrasado e aqui o plantio,
03:52iniciando em algumas regiões em setembro, outras um pouco outubro, novembro, já está aí.
03:57Então, o agricultor que ainda não fez a aquisição desse fertilizante já tem que estar
04:02com um olho muito atento de quais são as ofertas, disponibilidades e, com certeza, fazer
04:07essa aquisição o quanto antes, para não enfrentar o famoso gargalo logístico que nós
04:13do setor de fertilizantes estamos sendo muito vocais todos os anos e que passa a ser cada
04:18vez mais uma realidade com o crescimento da agricultura brasileira.
04:21Por falar em gargalos, a gente tem o cenário do crédito, que segue ainda uma situação
04:27complicada em algumas regiões.
04:30Restrito, por exemplo, no Rio Grande do Sul, dividamentos, a questão da securitização,
04:34as regiões têm suas especificidades.
04:36Como é que isso pode comprometer, inclusive, a fertilização, a adubação da próxima safra?
04:42Certamente isso pode trazer algum tipo de impacto.
04:44Eu acho que o primeiro, ele é refletido já no andamento de aquisição dos insumos.
04:49Então, quando a gente fala que o fertilizante está cerca de 20 pontos percentuais atrasado
04:54em relação ao ano anterior, uma dessas consequências certamente é oriunda da limitação de crédito.
05:00O agricultor também pode encontrar dificuldades em ter o seu capital e conseguir comprar
05:07esse fertilizante.
05:08Isso pode, sim, porque não enfraquecer um pouco a nutrição que ele almejava fazer
05:12ou trazê-lo para investir em outros produtos de diferentes qualidades.
05:16algo que já vem sendo notado, de repente, na chegada de fertilizantes aqui no Brasil
05:21é de uma conversão de alguns nutrientes de mais alta concentração para baixa concentração,
05:27sejam eles nitrogenados ou até mesmo fosfatados, por diferentes motivos.
05:31Talvez custo, talvez disponibilidade, mas a gente já nota um pouco nessa dificuldade
05:38e possibilidade aí no setor.
05:40E o comportamento climático irregular em algumas regiões do Brasil, produtoras, pode influenciar
05:48a decisão de adubação, não é, Gabriel?
05:51Como que a Mosaic já percebe esse reflexo também nas encomendas?
05:56A gente enxerga que, na verdade, o mapa climático esse ano, ele tende a ser muito favorável
06:01para o plantio na janela correta.
06:03Então, se a gente for lembrar, por exemplo, do ano de 2024, a safra 24 e 25, ela postergou
06:09ali seus 15, 20 dias e, nesse contexto, o agricultor acabou plantando um pouco mais a soja
06:15e um pouquinho mais o milho.
06:16O resultado disso, felizmente, não foi negativo do ponto de vista de produtividade.
06:21Estamos aí diante de uma safra recorde de soja mais milho e a gente acredita numa tendência
06:26muito favorável também para a janela de plantio.
06:28Então, as chuvas, de acordo com o mapa climático, ainda um pouco cedo para a gente afirmar que
06:33setembro vai chover na data correta, mas esperamos aí uma chuva cadenciada no momento correto
06:39e a janela de plantio talvez é a mais ideal do que a gente viu nos últimos anos, sem nenhum
06:45fenômeno climático, seja a Eoninho ou Laninha, alterando essa janela.
06:51Janela boa para a soja é janela boa para o milho também.
06:54Então, essa é a nossa expectativa e o que a gente vem acompanhando de mercado.
06:58Daqui a pouquinho, Gabriel, a gente entra na questão dos bioinsumos, enfim, mas eu
07:03gostaria de entrar num ponto específico que isso acaba sendo a realidade do nosso
07:09produtor.
07:10A gente vê que o clima, as regiões, esse Brasil, que tem diversos Brasis dentro dele,
07:16tudo isso acaba refletindo também na indústria.
07:18Como é que ela tem se adaptado a essas mudanças, a essas questões que variam de região para
07:25a região?
07:26No sul nós temos um determinado ponto, no centro-oeste, nordeste também, nós temos
07:32uma expressiva produção de soja no Piauí, por exemplo, o oeste baiano.
07:36Como é que tudo isso a indústria acompanha e vai trazendo para o produtor soluções dentro
07:42daquilo que, às vezes, é uma coisa, algo específico daquela região?
07:49Acho que o Brasil é um continente, né?
07:51Então, você tem todas as particularidades e regionalismos que eles vão da gastronomia
07:56até a parte do manejo nutricional.
07:59Então, falando especificamente sobre a parte de nutrição, você tem uma característica
08:03na região do Cerrado ou Nordeste de um uso maior de elementos simples.
08:07Aquele agricultor que, provavelmente, pela escala dos módulos rurais, ele tem por visão
08:12talvez um maior pragmatismo, uma praticidade, procura trabalhar mais com elementos simples.
08:17Então, as soluções que a gente vem prover, em sua maioria, para os agricultores nessas
08:22regiões tendem a levar esse tipo de especificidade.
08:26Por outro lado, o agricultor do sul e do sudeste gosta de trabalhar mais com formulações.
08:30E essas formulações aí com bastante personalização.
08:33Não, sejam adições de micronutrientes ou balanços específicos entre N, P e K,
08:39para que ele já venha tradicionalmente utilizando.
08:41Então, bem, dessa mesma forma, as companhias têm que se adaptar e propor soluções específicas
08:47por território e por cultura.
08:49Nós não somos diferentes.
08:50Estamos nos preparando para estar sempre atendendo o agricultor dentro das características,
08:54especificidades, sejam elas agronômicas ou até culturais e de tradição.
08:59Em relação agora ao mercado internacional, Gabriel, referente a essas incertezas que o mundo vive,
09:07as flutuações também nos preços das commodities, como que a Mosaic enxerga tudo isso?
09:13Qual que é o panorama e a visão que vocês têm desse cenário e do mercado?
09:18O mercado é um mercado globalizado.
09:21Então, acho que o Brasil importa mais de 85% do fertilizante.
09:25E essa é uma tendência que vem crescendo ano a ano.
09:28O mercado brasileiro cresce muito rápido.
09:31A gente fala que de 2000 até 2025, saímos de 20 milhões de toneladas,
09:37para hipotéticas, até 50 milhões de toneladas para esse ano.
09:41Ou seja, duas vezes e meia de crescimento no total de fertilizantes consumidos.
09:45E como grande importador, o Brasil acaba se adaptando à dinâmica global.
09:50E passa a ser o que a gente chama de tomador de preço.
09:53Então, a gente acaba acompanhando muito os mecanismos de precificação global.
09:58O agricultor nosso tem que ser duas, três vezes mais antenado do que os agricultores de regiões
10:03como Estados Unidos, Índia, China, que são grandes produtores,
10:07por não ter o fertilizante aqui dentro de casa.
10:09No que está acontecendo, não só no cenário dos fertilizantes,
10:12mas dos químicos, das sementes e das commodities,
10:15para no final do dia conseguir associar todo esse conhecimento,
10:19toda essa informação com a melhor relação de troca.
10:22Então, fazer o seu melhor negócio e fazer o melhor negócio
10:25não necessariamente significa comprar o insumo no preço mais barato
10:30ou vender o grão da forma mais cara, e sim fazer a melhor relação entre eles.
10:35Travar o seu custo, travar a sua margem num bom resultado.
10:39Evitar especulações de câmbio.
10:40A gente viu, o dólar bateu esse ano 6,10, agora estamos em 5,40, 5,50.
10:46Essas flutuações podem trazer problemas para as margens do nosso agricultor.
10:52Então, no cenário global, acho que o convite para o nosso agricultor
10:56é estar sempre antenado a essas informações.
10:59Especificamente de cada um dos nutrientes,
11:01a gente pode, de repente, abordar isso, se assim quiserem.
11:05Perfeito.
11:05Nessa questão, a gente pode sequenciar falando justamente sobre essa questão dos nutrientes em si.
11:09Esse é um momento de compra de nitrogenado.
11:13Então, olhando globalmente, você tem um grande player mundial, a Índia,
11:17adquirindo os fertilizantes nitrogenados nesse momento.
11:20O que acontece?
11:21A Índia compra, ela estatiza suas compras.
11:24Então, nesse momento que ela faz a estatização,
11:27ela recebe uma série de ofertas,
11:29e aí ela passa a abrir o que chamaram os envelopes,
11:32de quais são as principais ofertas,
11:33e se ela consegue atender toda a sua demanda, que é estatal.
11:37Nesse momento, você tem todos os olhos dos fornecedores globais voltados para a Índia.
11:43Isso costuma trazer volatilidade nos preços,
11:46até que esse leilão, de fato, se encerre.
11:48Então, é um momento de bastante instabilidade e flutuação no preço do nitrogenado,
11:53nessas semanas aqui que a gente está vivendo,
11:55e mexendo os preços da ureia,
11:57certamente vão mexer nos preços do sulfato de amônio.
12:00Olhando aqui o cenário total,
12:01o agricultor nosso que vai, de repente, comprar safrinha,
12:04aguarde o melhor momento para você comprar safrinha,
12:07ele está bastante voltado aqui para a colheita,
12:10vendo aqui os resultados de uma boa safra do ponto de vista de produtividade,
12:13e os nitrogenados aqui fazendo aquele eletrocardiograma característico.
12:18Então, acompanhe de uma forma atenta,
12:20seja as movimentações do milho quanto do nitrogenado,
12:23e sobretudo o desfecho aqui do leilão da Índia,
12:25que pode ser um fator importante aqui para essa tomada de decisão.
12:29Perfeito.
12:30Bom, Gabriel, a gente vai fazer um intervalo.
12:32Na volta, a gente vai falar muito mais sobre o mercado de fertilizantes,
12:35falar um pouco mais sobre a dependência do Brasil do mercado externo.
12:39Além disso, temos questões internacionais envolvendo a COP30,
12:43que os olhos do mundo se voltam,
12:45questão de bioinsumos, ou seja,
12:46muita prosa aqui ainda,
12:48a nossa terra vir entrevista,
12:49porque é um assunto de interesse de você, o produtor,
12:52que mete dentro da porteira e reflete na vida de todo mundo,
12:55porque o agro está inserido em todas as atividades,
12:59principalmente no Brasil,
13:00que é a força motriz da nossa economia.
13:02A gente volta em instantes, né, Flá?
13:04Exatamente.
13:05Há 20 anos, Terra Viva, cultivando o melhor do Brasil.
13:09A gente te espera.
13:10Fique aí.
13:10Estamos de volta com o nosso Terra Viva,
13:39essa entrevista.
13:40E hoje a gente tem o grande prazer de receber aqui no nosso estúdio
13:44o Gabriel Gimeno,
13:46que é diretor de Vendas Brasil e Paraguai da Mosaic.
13:50Exatamente, Flávio.
13:51E olha, no último bloco,
13:52a gente falou sobre diversos assuntos,
13:54muito daquilo que está no olho do produtor, né?
13:58A questão da safra, da segunda safra,
14:01mas a gente...
14:02Falamos de alguns elementos que são importantes,
14:05mas esquecemos de pontuar alguns que ainda são importantes, né?
14:10Por exemplo, o potássio, né?
14:11Nesse sentido.
14:12Quais outros elementos ainda estão inseridos nesse sentido
14:14que vão fazer a diferença nessa questão,
14:17se a gente olhar nesse cenário internacional,
14:20que reflete na gente que nós somos dependentes desses produtos?
14:23Exatamente, exatamente.
14:25Ainda mais dependentes no fósforo e no potássio
14:27são os fertilizantes que vão ser principalmente consumidos
14:30para a próxima safra de soja agora.
14:32Então, acho que vamos começar pelo fósforo, né?
14:34Esse, eu acho que é um ponto importante de ressaltar.
14:38Esse é o fertilizante, o primeiro fertilizante
14:40que o agricultor quer receber na sua propriedade.
14:43E do saldo de mercado,
14:44esse é o que ainda mais falta ser adquirido.
14:47Então, daqueles 25% que a gente conversou no primeiro bloco
14:50de saldo de mercado ainda ser adquirido de soja,
14:53a maior parte disso ainda são fosfatados,
14:55que é o que ele quer receber primeiro.
14:57E muito do porquê que ele ainda não comprou esse fertilizante, né?
15:00Esperava-se uma possível redução nos preços,
15:03mas o fertilizante passou a ter uma competição global
15:06por outras matérias-primas aqui,
15:09quando, de repente, comparado com as baterias dos carros elétricos.
15:12Então, o ácido fosfórico, ele é uma matéria-prima
15:15para a produção de fosfatados, de forma geral,
15:18mas também para a bateria de carro elétrico.
15:21A partir do momento que você passa a ter uma competição com outros setores,
15:24não só a rentabilidade do agronegócio,
15:26que passa a ser um ponto-chave para essa relação de oferta e demanda.
15:30Isso fizeram com que os preços do mapa atingissem preços altíssimos aí,
15:34comparado com os últimos anos,
15:36quase que recordes fora o período da guerra,
15:39no início da guerra entre Rússia e Ucrânia.
15:41E esses preços se permaneceram estáveis aí por mais de 12 meses.
15:44Então, esse é o cenário que a gente está olhando.
15:46E olhando agora para a safra de soja, que aqui está para chegar,
15:50o cenário está dado, Pedro e Flávia, agricultor.
15:53Então, o agricultor que ainda não adquiriu,
15:56procure a sua melhor parceira para fazer essa aquisição.
15:59Não vejo, no curto, médio prazo,
16:02alguma movimentação nos preços de fosfatado.
16:06E olho num cenário total que ainda você pode até ter um efeito oferta e demanda.
16:11Se muita gente vier comprar o fertilizante ao mesmo tempo,
16:14eventualmente você pode ter algumas restrições
16:16ou até aumentos localmente falando.
16:20E o potássio, se a gente tiver um minutinho para encaixar,
16:23acho que o potássio tem uma característica talvez mais estável.
16:26Nos últimos meses, a gente vê pequenas variações, 5, 10 dólares.
16:30Esse também parece ser um cenário estável de curto, médio prazo,
16:33olhando a próxima safra de soja.
16:35Uma demanda bastante inelástica,
16:37uma produção também muito próxima do que estava sendo esperado.
16:40Então, o mercado me parece bem acomodado aqui
16:42do ponto de vista de oferta e demanda.
16:44Talvez sem grandes variações aí no curto, médio prazo.
16:48Sem dúvidas, né?
16:48E o Brasil também é altamente dependente na questão do nitrato de amônio, né?
16:55Pra culturas como cana-de-açúcar, citros.
16:59Isso combinado com a situação do Irã e Israel, né?
17:02Como que a Mosaic viu esse cenário também?
17:05Que isso causou mais reação também no mercado, né?
17:08Na questão do nitrogênio.
17:09O cenário geopolítico, ele afeta bastante quem,
17:12sobretudo, depende de importação.
17:14E o Brasil, como é um grande dependedor de importações,
17:17mais de 85% do fertilizante é adquirido internacionalmente.
17:22E a região ali do Golfo Árabe, né?
17:23A gente está falando de Irã e Israel,
17:25são produtores de nitrogenados, de fosfatados e de potássio.
17:28Então, tudo que vai alterar o trade global, né?
17:31Que de uma forma grosseira, quem vende pra quem,
17:34naturalmente vai impactar o Brasil e o nosso agricultor como um todo.
17:38Nitrato de amônio é um deles, mas ureia, sobretudo, nitrogenado,
17:42é o principal impactado por esse conflito.
17:45Dá vias de ter um cessar-fogo, uma solução,
17:49mas aí também mais um daqueles pontos que a gente mencionou
17:51pro nosso agricultor tá sempre antenado, né?
17:54As dependências geopolíticas do nosso setor
17:57e, sobretudo, do fornecedor de quem você compra, né?
18:00De garantir se ele tem uma matriz segura de abastecimento,
18:04se as aquisições que ele faz estão longe de uma zona de conflito
18:08pra não colocar o seu negócio, a sua agricultura,
18:10a sua próxima safra em cheque.
18:12Agora, em relação aqui no Brasil, como é que tá essa questão da relação de troca, né?
18:16Como é que foi nessa safra?
18:17Como é que vocês estão vendo essa tendência aqui no Brasil?
18:20Olha, a gente acabou de divulgar o IPCF,
18:22que é o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes.
18:25Ele faz uma somatória de todos os preços das principais commodities,
18:28já com a ponderação de produção aqui no Brasil
18:31e também no custo dos fertilizantes.
18:34Esse Índice de Poder de Compras, ele teve uma piora do mês de junho para o mês de julho.
18:40Anteriormente, o índice estava em 1,20 e agora está em 1,26,
18:44muito em virtude da queda no preço das commodities
18:47e no aumento do preço dos fertilizantes.
18:50Esse é um movimento que a gente tem visto sucessivamente acontecer.
18:54Então, o nosso agricultor, que ele está aguardando pela melhor relação de troca,
18:58tem visto isso, infelizmente, não chegar.
19:01Então, nos últimos 30 meses, a gente viu
19:03esse talvez seja o pior indicador de índice de poder de compra do agricultor.
19:09E aí eu aproveito para fazer um paralelo.
19:11Nos últimos anos, o agricultor que mais teve sucesso nas aquisições
19:16foi o que comprou de uma forma antecipada.
19:19Então, ele fez essa relação de troca
19:21num preço atrativo de fertilizantes, num preço atrativo de grãos
19:25e aí fez a troca do que é a sua moeda.
19:29Hoje, olhando o cenário, ele é inferior ao que a gente teve nos anos anteriores,
19:34mas também esperar talvez não traga o alento aguardado,
19:38sobretudo para a soja.
19:39Então, olhando essa próxima safra para o agricultor.
19:43Olhando o milho safrinha, a gente está no meio de uma grande colheita,
19:48resultado importante.
19:49A relação está tendo essas variações no preço do milho,
19:53mas também com o horizonte para a frente toda ainda.
19:55O agricultor pode armazenar esse milho,
19:57também tomar a melhor decisão para comprar o seu insumo
20:00e também vender o seu grão.
20:03Agora, uma curiosidade minha, Gabriel.
20:05A Mosaic tem alguma plataforma,
20:08divulga diariamente para o produtor ficar antenado nessas questões?
20:12Porque a grande chave para o sucesso é o planejamento, né?
20:16Sim, vocês podem acompanhar o nosso IPCF.
20:19Ele é divulgado mensalmente pela companhia dos principais meios de comunicação.
20:23Estamos contando aqui com vocês praticamente em primeira mão,
20:26fresquinho aqui do dia de hoje, esse indicador do IPCF.
20:30Então, estamos aqui sempre munindo o nosso agricultor para a tomada de decisão.
20:34Nosso papel aqui é levar justamente informação.
20:37Tudo que nós soubermos sobre o fertilizante e as conexões com os grãos,
20:41com as principais commodities, vai ser feito pelo nosso time,
20:44nos principais meios de comunicação aí do Brasil.
20:46Essa pergunta da Flávia foi extremamente pertinente
20:50para a gente sequenciar uma linha de raciocínio
20:52à questão do tamanho do mercado de fertilizantes hoje no Brasil, né?
20:56Como é que vocês conseguem aferir isso?
20:58E de que forma isso entra também agora num agente
21:01que é um agente do futuro?
21:04Porque isso é implementado, mas está sendo desenhado a passos largos.
21:08E a questão do biodiesel, né?
21:10Como é que vocês estão enxergando tudo isso?
21:12Bom, acho que a agricultura brasileira,
21:14ela tem um potencial único quando comparado com qualquer outra geografia.
21:18Nós somos o único país no mundo que a gente pode,
21:20mais do que dobrar a nossa área de produção de alimentos,
21:22sem nenhuma floresta ser desmatada.
21:25Então, você tem áreas de pecuária degradada, pastagens,
21:29ou mesmo áreas pouco utilizadas,
21:31e até mesmo a capacidade de fazer duas.
21:34Tem algumas regiões de São Paulo, até do Mato Grosso,
21:36que já fazem três safras.
21:37Então, esse potencial que o Brasil tem como uma agricultura tropical
21:41é, assim, único e especial.
21:45Por esse motivo, a gente vê o Brasil tendo esse crescimento
21:48pujante no agronegócio que a gente acompanhou.
21:50Então, falamos do fertilizante saindo de 20 para 50 milhões em 25 anos.
21:55E o que tem de pano de fundo aqui para a demanda brasileira,
21:59que na nossa visão vai chegar a 50 milhões de toneladas aqui em 2025?
22:03Política do biodiesel e do diesel, certamente.
22:07Então, o percentual de biodiesel crescendo ano a ano para o diesel
22:11é um pano de fundo dos biocombustíveis.
22:14Da mesma forma, o percentual de etanol aumentando na gasolina
22:18também traz maior demanda.
22:21Então, a gente tem notado muito, por exemplo,
22:22as usinas de etanol no Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul,
22:27se desenvolvendo bastante para essa demanda de etanol de milho,
22:30que é bastante representativa.
22:31E o curioso, Gabriel, é que são outras culturas entrando.
22:34Nós tínhamos antes a cana, aí veio o milho.
22:38Posteriormente, já estamos com o trigo.
22:41Ou seja, temos culturas diferentes na produção de etanol.
22:44Isso mostra uma versatilidade na produção.
22:47E também como é que o setor entra nesse sentido
22:50de aumentar a eficiência produtiva
22:52para garantir, nesse ponto, o Brasil, assim, numa vanguarda,
22:59num momento de transição energética
23:01e que o mundo procura também de solução de segurança energética.
23:04O milho, ele encaixa de uma forma muito sinérgica com o agro como ele é hoje.
23:09Então, o Brasil se especializou na soja.
23:12E aí, a gente encontra no milho algo não só valioso para a nutrição animal,
23:16mas também para a produção de etanol.
23:19E com a versatilidade de ser complementar do ponto de vista de janela de produção
23:23em muitas regiões do Brasil.
23:25Então, aquele agricultor que planta a primeira safra em setembro, outubro,
23:29ele consegue muitas vezes,
23:31seja pelo regime de chuva ou até mesmo com irrigação,
23:33ter a segunda safra de plantio de milho.
23:36O trigo, possivelmente a beterraba, como é feita nos Estados Unidos,
23:39ou outros cultivos que venham a ser intercalados.
23:42E aqui em São Paulo, por exemplo, a gente tem até feijão,
23:44depois do milho, fazendo aqui três safras completas,
23:47eles tornam esse hectare do agricultor muito mais rentável.
23:51Então, esse manejo entre culturas,
23:53ele traz uma diminuição de pressão de doenças, de pragas,
23:57melhor uso dos nutrientes e também da microbiota do solo.
24:01Então, eu diria que o primeiro passo para a sustentabilidade
24:04é ser economicamente viável.
24:06E o agricultor ter os três, possibilidade de três,
24:10até três safras em alguns lugares,
24:12mas no mínimo duas safras na maior parte da região do Brasil,
24:15certamente é um passo na direção da sustentabilidade,
24:18além de outras tecnologias que ele pode associar.
24:21E o nosso agricultor é extremamente interessado,
24:23curioso, bandeirante, que explora todo esse nosso país,
24:27tem sempre buscado se aperfeiçoar.
24:30E a gente tem notado isso com bastante afinco.
24:33Ainda nessa questão da sustentabilidade,
24:35a Mosaic tem metas em relação à sustentabilidade,
24:40na produção, no uso de fertilizantes
24:43e como que o produtor também pode se beneficiar disso?
24:46Tem uma parceria também até recente da Mosaic e da Cargill
24:49que beneficia o produtor gerando cashback
24:53na questão da conservação do solo.
24:56Exato.
24:57Então, a Mosaic colabora com todas as agendas de sustentabilidade
25:01que as grandes empresas do mercado também seguem
25:03e com a tendência à necessidade.
25:05O nosso agricultor hoje, para ele vender o seu grão,
25:07ele não só basta ser muito eficiente da porteira para dentro,
25:10mas também ambientalmente correto
25:12e com todos os parâmetros bem desenvolvidos.
25:15A gente incentiva muito essas iniciativas,
25:17seja um fertilizante de grande qualidade,
25:20e aqui a Mosaic é uma das únicas empresas do mercado
25:22que não usa enchimentos,
25:24então todo o fertilizante que ele compra é 100% nutriente,
25:28com boas fontes de grande qualidade,
25:31de boa apresentação e solubilidade
25:33e também aí naturalmente trazendo inovação.
25:36Então, estamos aqui na vanguarda anualmente
25:39trazendo lançamentos novos de fertilizantes,
25:42mas também da linha de biológicos.
25:44E aí eu acho que esse caminho da bionutrição
25:46ela vai ser chave para a gente dar o próximo salto
25:49do ponto de vista de patamar de produtividade.
25:53E aí só um adendo importante aqui.
25:56A gente está falando muito sobre ganho de qualidade,
25:59de parceria, de estímulo,
26:00por exemplo, como a gente tem junto a Cardio do Ressolo,
26:03dentre outros programas,
26:05mas também o agricultor tem que ficar bastante atento
26:07com relação à qualidade dos produtos que ele adquire hoje.
26:10Não sei se vocês sabiam,
26:11mas o Brasil tem sido grande receptor de fertilizantes
26:16de baixa solubilidade.
26:17E o que é baixa solubilidade?
26:19Significa que o agricultor está comprando um fertilizante,
26:22um nutriente que às vezes não vai estar disponível para a planta.
26:25E ele, hipoteticamente, está imaginando
26:27que esse fertilizante vai ser colocado e vai nutrir a planta.
26:31Então, muita atenção nisso.
26:32O Brasil tem recebido fertilizantes com solubilidade
26:34abaixo de 50%,
26:36quando o normal está na faixa de 80% até 90%.
26:40Isso pode prejudicar suas lavouras.
26:42Isso de acordo com o IPNI,
26:44é um estudo renomado globalmente de nutrição de plantas,
26:48podendo prejudicar na segunda ou terceira safra
26:50para quem tem uma boa caixa de nutrientes,
26:53ou seja, exaurindo a sua poupança
26:55em até 20%, 30% da produtividade.
26:58Então, como a gente mencionou,
26:59sustentabilidade é ser economicamente viável,
27:02ambientalmente correto.
27:03Então, olho no agricultor e nas suas decisões,
27:06que muitas vezes o barato pode sair caro.
27:08Exatamente isso.
27:09A gente só tem mais um minutinho.
27:11Gostaria de otimizá-lo só para falar
27:12sobre a questão dos biológicos.
27:15Isso se insere também dentro da pauta
27:17que nós estamos agora,
27:19que é a COP30,
27:20batendo a porta.
27:21Em novembro, a gente já tem aí em Belém,
27:23nessa recepção internacional.
27:25Como é que isso entra também nesse setor
27:26de fertilizantes e também de biológicos?
27:29Sustentabilidade tem que ser uma pauta recorrente,
27:32não ocasional.
27:32Então, é sempre oportuno que a COP aconteça,
27:36coloca os principais tópicos
27:37que a gente está falando sobre clima,
27:39sobre sustentabilidade em foco.
27:41A parte de bionutrição,
27:42para nós é essencial.
27:44A gente está trabalhando com nutrientes,
27:45fertilizantes, minérios,
27:47que em sua maioria você tem
27:49e depende de uma extração
27:50que pode ser finita.
27:51Quanto mais conseguimos prolongar o uso
27:53e melhor o uso desse fertilizante,
27:56certamente faremos.
27:57Toda a parte de pesquisa e desenvolvimento
27:59é voltada para essa parte de ganho de eficiência.
28:02E os bionutrientes, os micro-organismos,
28:04eles certamente vão ser benéficos
28:06para o aumento dessa produtividade
28:07e da produção do nosso agricultor,
28:10com um uso cada vez mais correto
28:11da fonte certa, da dose certa,
28:13no momento certo, no local correto.
28:15Sem dúvidas.
28:16Gabriel, infelizmente,
28:18o nosso tempo acabou.
28:19Foi um prazer,
28:20uma grande alegria
28:21receber você aqui hoje, viu,
28:23no nosso Terra Viva Entrevista.
28:24E, claro,
28:25a gente quer deixar o convite para você
28:26e a Mosaic também
28:27estar sempre aqui presente,
28:29aí orientando todos os produtores
28:31do nosso Brasil.
28:32Muito obrigada, viu?
28:33Obrigado, Gabriel.
28:34Um abraço para você,
28:35para o pessoal aí da Mosaic,
28:36para o Eduardo,
28:37para todo mundo que sempre é muito bem-vindo
28:38aqui à nossa casa.
28:39Terra Viva há 20 anos
28:41e a Mosaic faz parte
28:42da nossa história também.
28:43Muito obrigado, viu?
28:43Muito obrigado a vocês pelo convite.
28:45Sempre é um prazer estar junto.
28:46Um abraço para o nosso agricultor.
28:48Sucesso nas próximas safras.
28:51E o nosso Terra Viva Entrevista
28:53fica por aqui.
28:54Se você quiser rever esse
28:56e outros programas
28:57e ficar por dentro, claro,
28:59das notícias do agro,
29:00é só procurar o canal Terra Viva
29:02no YouTube
29:03e também seguir nas redes sociais.
29:05Instagram, Facebook, YouTube,
29:08tudo lá, né, Pedro?
29:09Exatamente.
29:09E olha, tem nosso streaming também,
29:11o New Coplay.
29:11Você não baixou ainda?
29:12Vai lá na sua loja de aplicativos,
29:14baixe New Coplay
29:16e você vai ter todas as informações,
29:18não só aqui do Terra Viva,
29:19mas de todo o nosso conglomerado
29:21e, claro, o agronegócio
29:22na palma da sua mão
29:23e acompanhar
29:24Terra Viva Entrevista,
29:25entre outros programas
29:26aqui da casa.
29:27Muito obrigado pela sua audiência,
29:28pela sua companhia.
29:29Tenham todos um ótimo e produtivo dia
29:31e até o nosso próximo encontro.
29:32Até mais.
29:33Transcrição e Legendas por Quintena Coelho
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