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DiversãoTranscrição
00:00:00Olá, bom dia. Bom dia. O mapa da
00:00:12citricultura está diferente no
00:00:14Brasil. E esse é um dos assuntos
00:00:16do programa de hoje. Nossa equipe
00:00:18mostra a expansão da área de
00:00:20cultivo de laranja no país. Os
00:00:22produtores estão cruzando os
00:00:23limites de município, as divisas
00:00:25de estado. É a tentativa de fugir
00:00:28de uma das doenças mais
00:00:29devastadoras da citricultura, o
00:00:31greening. O manejo do greening
00:00:33fez com que produzir laranja
00:00:35ficasse muito mais complexo e
00:00:38muito mais caro. E você vai ver
00:00:41também. Projeto de lei aprovado
00:00:44libera a agricultura do
00:00:45licenciamento ambiental, mas
00:00:47mantém a exigência da autorização
00:00:49para grandes confinamentos.
00:00:52Anúncio de tarifas dos Estados
00:00:54Unidos preocupa os pecuaristas de
00:00:56São Paulo. É tempo de colheita do
00:00:59girassol em Goiás. A boa
00:01:01produtividade das lavouras indica
00:01:03que vem safra recorde por aí.
00:01:06No Espírito Santo, qual é a cor do
00:01:08fruto maduro do café pronto para
00:01:11colher? No Amapá você vai conhecer o
00:01:14açaí tinto, a bebida que virou
00:01:17fonte de renda para quem vive da
00:01:20produção e da coleta da fruta.
00:01:41Depois de mais de 20 anos de
00:01:43discussão, o Congresso aprovou essa
00:01:45semana, o projeto que flexibiliza as
00:01:48normas do licenciamento ambiental no
00:01:50Brasil. A licença ambiental é uma
00:01:53autorização emitida pelo governo
00:01:55para atividades que usam recursos
00:01:57naturais, como água e solo. No caso
00:02:00da agricultura, cada estado tinha
00:02:02regras próprias, dependendo do
00:02:04impacto ao meio ambiente, da
00:02:05proximidade com rios e áreas de
00:02:07preservação. Agora, pelo texto, a
00:02:10agricultura, de forma geral, está
00:02:12dispensada da licença, independentemente
00:02:15do tamanho da lavoura ou do tipo de
00:02:17cultura. No caso da pecuária
00:02:19extensiva e semi-intensiva, em que os
00:02:22animais permanecem soltos no pasto,
00:02:24também não será mais necessária a
00:02:26permissão ambiental. Mas a nova lei
00:02:29mantém a exigência da licença para
00:02:31pecuária intensiva de médio e grande
00:02:34porte, como confinamento de gado e
00:02:36granjas de aves e porcos. Cada estado
00:02:39vai definir o número de animais que se
00:02:41enquadra em cada categoria. Mas em
00:02:44alguns casos, como na construção de
00:02:46uma agroindústria, o produtor deverá
00:02:48tirar uma licença por adesão ao
00:02:50compromisso. É uma autodeclaração
00:02:52pela internet, em que ele informa que
00:02:54já cumpre todas as exigências legais,
00:02:57como o código florestal, cadastro
00:02:59ambiental rural e as normas de
00:03:01recursos hídricos. O produtor recebe
00:03:04uma autorização quase automática, mas
00:03:07estará sujeito à fiscalização. O
00:03:09projeto de lei ainda cria um novo tipo
00:03:12de licença ambiental, chamada de
00:03:14especial, liberada de forma mais
00:03:16rápida, em apenas um ano, desde que o
00:03:19projeto seja de interesse do governo
00:03:21federal. Pode ser estrada, hidrelétrica,
00:03:24exploração de petróleo. Para o deputado
00:03:26Zé Vitor, relator do projeto na Câmara,
00:03:29as mudanças vão acelerar o processo de
00:03:31licenciamento e dar mais competitividade
00:03:34ao setor produtivo. Nós estamos
00:03:35mantendo todo o rigor, todo o rigor na
00:03:39avaliação dos impactos ambientais. O
00:03:41que nós estamos propondo é uma
00:03:42atualização, uma racionalização dos
00:03:45processos de licenciamento ambiental. Não
00:03:47há um ponto sequer que trate de
00:03:49afrouxamento ou flexibilização das
00:03:51normas ambientais no país, em especial
00:03:54dos ritos administrativos que são
00:03:56necessários para o processo de
00:03:59licenciamento ambiental. Mas para
00:04:01ambientalistas, o projeto de lei autoriza
00:04:03o licenciamento ambiental sem calcular
00:04:06os impactos em comunidades quilombolas
00:04:08e indígenas que ainda não foram
00:04:10demarcadas. Retira a exigência da
00:04:13autorização do IBAMA, órgão federal,
00:04:16para o desmatamento de áreas de
00:04:18mata atlântica em regeneração, deixando
00:04:20a permissão nas mãos apenas de estados
00:04:23e municípios. E ainda acaba com a
00:04:25exigência de aplicar regras do CONAMA,
00:04:28Conselho Nacional do Meio Ambiente,
00:04:29para licenciamento de atividades de
00:04:32mineração de grande porte ou de alto
00:04:34risco. Para o presidente da frente
00:04:37parlamentar ambientalista, o projeto
00:04:39favorece o desmatamento e prejudica as
00:04:42exportações do agronegócio.
00:04:44A gente acabou de aprovar um
00:04:46retrocesso ambiental e é muito ruim na
00:04:50medida em que o Brasil precisa buscar
00:04:51novos mercados e aí na hora que você
00:04:54for procurar mercados, por exemplo, na
00:04:56comunidade europeia ou mesmo em países
00:04:58asiáticos, hoje eles colocam essas
00:05:01condições do respeito ao meio ambiente,
00:05:04ao respeito aos direitos humanos.
00:05:07O texto ainda vai para a sanção do
00:05:09presidente Lula.
00:05:11E falando em exportação, mercado
00:05:13internacional, muitos setores do agro
00:05:16estão apreensivos com a possibilidade
00:05:18dos Estados Unidos taxarem os produtos
00:05:21brasileiros em mais 50% como quer o
00:05:24presidente Donald Trump.
00:05:26Entre os setores mais afetados estão o
00:05:29do suco de laranja e o do café, que tem os
00:05:33Estados Unidos como o principal destino.
00:05:36No ramo dos pescados, os impactos já
00:05:39começaram a aparecer.
00:05:41Na última semana, mais de 1.100 toneladas
00:05:44de peixes e lagostas deixaram de ser
00:05:47enviadas a compradores do país norte-americano.
00:05:51O Brasil exporta por ano mais de 600
00:05:54milhões de dólares e a dependência do
00:05:56mercado americano é de 70% desse valor.
00:06:00A exportação de manga também está
00:06:02ameaçada.
00:06:04A colheita começa no fim deste mês.
00:06:07O Vale do São Francisco, que produz 90% de
00:06:11toda a manga do Brasil, está em pane.
00:06:14Por quê?
00:06:15Nós não sabemos o que fazer.
00:06:16Essa safra significa 2.500 containers de
00:06:21manga para os Estados Unidos.
00:06:23Agora nós estamos bastante inseguros.
00:06:26E no Piauí, preocupação entre os
00:06:28produtores de mel.
00:06:30Em todo o estado, são mais de 12 mil
00:06:32famílias de micro e pequenos apicultores.
00:06:35Gente como a dona Roseni.
00:06:37A gente já vem sentindo uma perca grande
00:06:41na produção por conta da estiagem, das
00:06:44secas. E ainda vem essa taxa agora, que vai
00:06:47prejudicar. Ninguém sabe ainda como é que
00:06:49vai ir. Só sabe que o prejuízo vai ser
00:06:51muito grande.
00:06:52O Piauí é o segundo maior produtor de
00:06:55mel do país e o principal exportador.
00:06:59De tudo que o Brasil enviou para fora no
00:07:01ano passado, quase 80% foram para os
00:07:05Estados Unidos.
00:07:06investimentos. Mas com a possibilidade das
00:07:09tarifas, essa cadeia se desestabilizou.
00:07:13Novos embarques estão suspensos por tempo
00:07:15indeterminado. E cooperativas estão com os
00:07:19estoques cheios. Só a Casa Apps está
00:07:22segurando cerca de mil toneladas de mel já
00:07:24vendidas à espera de uma definição.
00:07:27No caso de as tarifas passarem a valer, uma
00:07:30alternativa seria procurar novos mercados
00:07:33para enviar o produto. Mas essa não é uma
00:07:37tarefa simples.
00:07:38A melhor maneira é assim, a gente ter calma,
00:07:41esperar as coisas acalmarem. Você não
00:07:43pode do dia para a noite dispensar um
00:07:46contrato desse. Você romper o contrato com
00:07:49um importador ou o importador romper o
00:07:52contrato com o exportador é complexo.
00:07:56Você queima o filme. Você vai ter
00:07:59dificuldade no futuro.
00:08:00O mercado da carne também deu uma
00:08:03desestabilizada. Mas segundo os
00:08:05especialistas, ele deve ser menos
00:08:06impactado caso as novas tarifas
00:08:09entrem mesmo em vigor.
00:08:11Esse lote com 90 animais está pronto
00:08:13para o abate. Mas eles permanecem
00:08:16confinados na propriedade do Ângelo, em
00:08:19Presidente Bernardes, no oeste de São
00:08:21Paulo. Ele espera por uma melhora no
00:08:24preço da rouba, que caiu bastante nas
00:08:26últimas semanas.
00:08:27Nós está vendendo o boi a 325, depois caiu
00:08:30a 320, essa semana 310 e a semana que vem
00:08:34nós já vendemos o boi a 300.
00:08:36O problema é que prolongar essa espera
00:08:38também pesa no bolso. O custo diário
00:08:41para manter o boi confinado está na casa
00:08:44dos 18 reais. Então só nesse lote são
00:08:48cerca de mil e seiscentos reais por dia.
00:08:50Aqui é uma lavoura igual tomate.
00:08:52madurou, tem que mandar embora, nós não
00:08:55temos jeito de ficar segurando aqui.
00:08:57Os dados do CPEA mostram que do começo
00:09:00do ano para cá, a rouba do boi gordo
00:09:02caiu 8%. Tradicionalmente, em julho, a
00:09:06oferta diminui e os custos aumentam por
00:09:09causa do confinamento. E a rouba sobe.
00:09:12Mas neste ano isso não aconteceu. A
00:09:15temporada de chuvas foi mais longa e
00:09:18assim mais animais chegaram ao mercado.
00:09:20A gente tem uma oferta maior de gado e
00:09:23também um volume maior de gado confinado
00:09:26e obviamente estoques maiores no
00:09:28varejo, no atacado e consequentemente
00:09:31uma dinâmica de preços menores por
00:09:34parte da indústria em relação ao
00:09:35pecuarista. E nesse cenário já de
00:09:38baixa, o anúncio de tarifas de 50%
00:09:41pelo governo dos Estados Unidos, a
00:09:43partir de 1º de agosto, trouxe
00:09:45insegurança para o setor. Mas de acordo
00:09:48com Isabela Cavalcante, que é analista de
00:09:51mercado, o impacto disso para a pecuária
00:09:54não deve ser tão grande. Os Estados
00:09:56Unidos hoje, apesar de ser o nosso
00:09:58segundo principal destino, ele ainda tem
00:10:01aí uma diferença muito grande do nosso
00:10:03principal destino, que é a China, que é
00:10:05responsável por 47%. A gente vê aí o
00:10:08Oriente Médio, a Ásia aumentando muito
00:10:11suas compras. Então, esse volume conseguiria
00:10:15ser redistribuído para outros destinos que
00:10:17já tem aumentado suas compras. O Brasil já
00:10:20enfrentou outros desafios nas exportações. Em
00:10:24dois mil e vinte e três, por exemplo, o
00:10:26país precisou suspender as vendas de
00:10:29carne bovina para a China por um mês, por
00:10:32causa de um caso do chamado mal da vaca
00:10:34louca. Na época, o setor conseguiu se
00:10:37organizar e passar pela paralisação sem
00:10:40maiores consequências. A gente teve uma
00:10:42recuperação até que rápida, assim que
00:10:45voltaram as exportações chinesas, logo em
00:10:47seguida, em dois mil e vinte e quatro, a
00:10:49gente bateu um recorde nas exportações.
00:10:52Então, a gente viu que o Brasil, ele hoje
00:10:55tem um preço muito competitivo no mercado
00:10:58internacional. Quem acompanha esse mercado
00:11:00de perto acredita que o cenário para os
00:11:03próximos meses é promissor. O mercado do
00:11:06boi gordo tende a recuperar. Houve contratos
00:11:09acima de trezentos e cinquenta pro final do
00:11:11ano, novembro e dezembro. Então, é um
00:11:13patamar que deve voltar, dado toda a
00:11:16conjuntura internacional de baixa oferta de
00:11:19carne e a dependência em relação ao Brasil.
00:11:22Vamos ver como ficaram os preços na
00:11:24sexta-feira? Em Várzea Grande, Mato
00:11:27Grosso, a rouba foi negociada à vista por
00:11:30duzentos e oitenta e sete reais. Lençóis
00:11:33Paulista, São Paulo, duzentos e noventa.
00:11:35Arapongas, Paraná, trezentos. A média
00:11:39CPE dos preços do estado de São Paulo
00:11:41fechou a semana em duzentos e noventa e
00:11:44seis reais e setenta e cinco centavos, uma
00:11:46queda de um por cento na semana. E tem mais
00:11:50mercado externo no nosso primeiro giro de
00:11:52notícias. As receitas obtidas com as
00:11:55exportações de café na safra de dois mil
00:11:58vinte e quatro e dois mil e vinte e cinco
00:12:00foram recorde. A alta dos preços no mercado
00:12:03internacional fez o setor movimentar mais
00:12:07de quatorze bilhões e setecentos milhões
00:12:09de dólares em doze meses. Crescimento de
00:12:13quase cinquenta por cento em relação ao
00:12:15ciclo anterior, mesmo com a queda de quatro
00:12:18por cento no volume embarcado. E o Brasil
00:12:22enviou quase setenta e cinco milhões de
00:12:24toneladas de grãos para o mercado externo
00:12:26no primeiro semestre. Volume semelhante ao
00:12:29mesmo período do ano passado. O atraso na
00:12:32colheita do milho e a diminuição das
00:12:34exportações de trigo compensaram em grande
00:12:37parte o crescimento nos embarques de soja.
00:12:40A Conab anunciou nesta semana que deve
00:12:42fazer uma nova compra de arroz nesta
00:12:43safra. A medida atende a uma demanda do
00:12:46setor. Além de garantir um pagamento
00:12:48mínimo aos produtores, a aquisição
00:12:50pretende também reforçar os estoques
00:12:52públicos. Segundo o anúncio, serão
00:12:54compradas até cento e dez mil toneladas
00:12:57de arroz e o investimento pode chegar a
00:13:00cento e cinquenta milhões de reais. Em
00:13:02todo o Amazonas, mais de quinhentas mil
00:13:04pessoas sofrem com o nível alto dos
00:13:07rios. No campo, muitas lavouras foram
00:13:10arretadas. Culturas como banana, feijão
00:13:13de corda, macaxeira e mandioca, mais de
00:13:16quatro mil produtores rurais sofreram
00:13:19prejuízos. A Secretaria de Produção
00:13:21Rural do Estado ainda contabiliza as
00:13:24perdas. O ataque de cães está tirando o
00:13:28sossego dos criadores de ovelha do Rio
00:13:30Grande do Sul. O prejuízo é grande e a
00:13:33polícia investiga os casos. Em Cambará
00:13:37do Sul, nos campos de cima da serra, só
00:13:39na propriedade do seu Roberto, quarenta
00:13:41ovelhas foram mortas desde o ano passado.
00:13:44O prejuízo até agora é de mais de
00:13:47quarenta mil reais. Eu já tive mais de
00:13:49duzentas ovelhas aqui e durante dois,
00:13:52três anos, eu hoje tenho acho que
00:13:55sessenta ovelhas, cara. Uma das saídas
00:13:57encontradas pelo Roberto foi espalhar cães
00:14:00de uma raça italiana que protegem o
00:14:02rebanho, mas nem eles dão conta. Durante
00:14:05um dos ataques em Mato Castelhano, doze
00:14:07ovelhas ficaram feridas. Em Capão Bonito
00:14:10do Sul, mais onze. Em São Martinho da
00:14:13Serra, o produtor João Augusto estima um
00:14:16prejuízo de meio milhão de reais desde
00:14:18dois mil e vinte e dois. Esse ano, esses
00:14:20dois ataques, num nos matou quinze
00:14:23ovelhas, no outro dezoito ovelhas. Quando
00:14:25a gente faz um leilão devendo desses
00:14:27animais de genética, a gente vende em
00:14:29torno de trinta e cinco, quarenta animais.
00:14:32Então, nesses dois ataques, a gente perdeu
00:14:34praticamente um leilão inteiro. A matança
00:14:37espalha prejuízo também em Caçapava do Sul.
00:14:40Setenta ovinos de uma propriedade foram
00:14:42abatidos em um ano. Segundo os produtores,
00:14:45muitos cães são abandonados ou se perdem
00:14:48durante caçadas, formando matilhas que
00:14:50se reproduzem no campo e se tornam
00:14:53selvagens. Mas alguns têm donos. Em
00:14:56Canguçu, o Eduardo registrou queixa na
00:14:58polícia. Esse ano a gente perdeu quinze
00:15:00ovelhas, dentre essas sete estavam
00:15:03prenhas e o prejuízo que a gente tá
00:15:05estimando hoje em dia é em torno de
00:15:07sete mil e quinhentos reais. Quando a
00:15:08gente voltou pra cidade, a gente foi na
00:15:10delegacia, a gente registrou ocorrência e
00:15:13eu vou entrar com uma ação judicial
00:15:15pedindo danos morais e materiais pra ele.
00:15:18Na mesma cidade, outro criador gravou o
00:15:20momento em que quatro cachorros
00:15:22encurralam uma ovelha. A divisão da
00:15:25polícia civil que combate os crimes
00:15:27rurais orienta os produtores a
00:15:29registrarem ocorrência. Os tutores dos
00:15:32cães podem responder por até cinco
00:15:34crimes. Um deles, por exemplo, a
00:15:36introdução de animais em propriedade
00:15:38alheia, né, sem o consentimento do
00:15:39proprietário. Também tem a omissão, né,
00:15:42de cautela no cuidado com os animais.
00:15:45Também a gente pode entrar aí na
00:15:46questão do dano, né, e até
00:15:48eventualmente maus-tratos, né, no caso
00:15:50do animal, do cachorro, do cão, né,
00:15:52também está sofrendo algum tipo de
00:15:54maus-tratos em função da atuação
00:15:57negligente do seu dono, né. A
00:15:58associação dos criadores afirma ter
00:16:00entregue um dossiê ao governo do
00:16:02estado em dois mil e vinte e um,
00:16:05relatando pelo menos quinhentos
00:16:06ovinos mortos por cães. A
00:16:09Secretaria da Agricultura diz que
00:16:10cabe às prefeituras estabelecer
00:16:13políticas públicas voltadas ao
00:16:14problema. Enquanto isso, no campo
00:16:17sobram carcaças e uma pergunta
00:16:19difícil de responder. Até quando os
00:16:21produtores vão suportar o prejuízo?
00:16:24Eu porque sou teimoso, mas aqui
00:16:26muito produtor já desistiu de criar,
00:16:28que na volta aqui também. Porque é
00:16:30incrível, cara, é uma coisa assim,
00:16:33fora do normal mesmo o ataque dos
00:16:35cachorros. Até agora, seis donos de
00:16:38cães foram indiciados e vão
00:16:40responder a processos na justiça. E
00:16:43no próximo bloco? Você vai conhecer
00:16:46as mini galinhas. Elas chamam
00:16:49atenção pelo peito estufado e o
00:16:52temperamento dócil e já são uma
00:16:54opção de renda para criadores de
00:16:56São Paulo. Uma raça ornamental de
00:17:06galinha virou fonte de renda para
00:17:09pequenos criadores de São Paulo. Ela
00:17:11é vendida como animal de estimação e
00:17:14considerada a menor galinha do mundo.
00:17:16Ouvindo assim até parece uma galinha
00:17:22comum, né? Nada disso. Ela é chamada de
00:17:29mini galinha ou galinha anã. Tem ainda o
00:17:33nome oficial, galinha serama. Ela anda
00:17:39toda empinada. O peito é tão estufado
00:17:43que nem dá pra ver a cabeça. O visual
00:17:47diferente rendeu até um apelido. Galinha
00:17:51de academia. Por quê? As galinhas
00:17:53bombadas. Galinha do peito grande e as
00:17:56canela fina. Estamos em Pindamonhangaba,
00:18:00São Paulo. No coração do vale do
00:18:03Paraíba, a criação de uma ave
00:18:05ornamental vem ganhando força.
00:18:07Essa raça surgiu na Malásia há mais de
00:18:13cinquenta anos. Na década de mil
00:18:16novecentos e setenta, o avicultor
00:18:18Wien cruzou a raça malaya Bantan com
00:18:22uma variedade japonesa conhecida como
00:18:24Shabo. O nome serama é derivado de
00:18:27Rama, título usado por reis tailandeses e
00:18:31reflete a postura majestosa das
00:18:33galinhas. A serama só ganhou o mundo no
00:18:36começo dos anos dois mil. Primeiro na
00:18:39Europa e Estados Unidos. No Brasil, os
00:18:42primeiros registros das mini galinhas
00:18:44são de dois mil e quatorze. São os
00:18:48pesos leves do galinheiro. Os machos
00:18:51têm cerca de quinhentos gramas. As
00:18:53fêmeas não passam de trezentos. Bem
00:18:56diferentes de uma galinha comum que
00:18:59pesa em torno de dois quilos. Aqui no
00:19:01viveiro do Marco, no meio de tantas
00:19:03galinhas anãs, tem uma que chama
00:19:06atenção, é especial, ganhou até um
00:19:08nome, é a Julie. E olha só, ela pesa só
00:19:11cento e trinta e seis gramas. Levinha.
00:19:15E a menor galinha que você já teve
00:19:19até hoje. Hoje sim. A galinha serama
00:19:22tem em média quinze centímetros de
00:19:24altura. Bem menor do que uma raça de
00:19:27grande porte, que pode chegar a setenta e
00:19:29cinco centímetros. Já a expectativa de
00:19:32vida é parecida. Uma média de cinco a dez
00:19:36anos. Na chácara do Marco, são cerca de
00:19:40cem animais, entre galos, galinhas e
00:19:43pintinhos. No início, ele teve dificuldade
00:19:47para criar as galinhas, porque não
00:19:49conheceu o manejo. Não sabia que eles não
00:19:52podem pegar corrente de vento, não pode
00:19:54ficar no sereno. Eles estavam no viveiro
00:19:56ali comum, no outro dia já amanheceu
00:19:59morto. Então você tem que ter todo o
00:20:00cuidado, ter uma estrutura mais fechada.
00:20:03Não dá para você criar ela simplesmente
00:20:05solta no quintal. Nos últimos anos, a
00:20:07criação de galinha serama transformou o
00:20:10espaço da chácara e abriu uma janela de
00:20:14oportunidades. Antes, o Marco criava
00:20:17pavões, galinhas comuns e outros animais. Mas
00:20:21o novo negócio deu tão certo que ele
00:20:23resolveu apostar nas aves-anãs. E um
00:20:27exemplo está aqui. A baia de cavalo agora
00:20:31é um espaço exclusivo das pequenas
00:20:34galinhas. Algumas têm penas brancas,
00:20:39marrons, outras mistas, mas em comum o
00:20:44jeitinho manso que cativou o produtor.
00:20:47Aves que a gente pode ver aqui, super
00:20:49dócil mesmo. Aves que elas não se
00:20:51assustam, você pode pôr no colo, você
00:20:53põe no ombro. Elas ficam aqui super
00:20:56tranquilas mesmo. É uma galinha mais
00:20:58para a companhia. Ele começou a criar as
00:21:01mini galinhas na pandemia depois que um
00:21:04amigo apresentou a raça. Gostou tanto que
00:21:07resolveu compartilhar a novidade nas
00:21:09redes sociais. Esse vídeo teve quase 30
00:21:13milhões de visualizações. Pequenas no
00:21:18tamanho, mas gigantes na imponência e no
00:21:22preço. A gente vai ter galinha já em
00:21:25postura a partir de mil reais e tem aves
00:21:28chegando até 3.500 reais. É por isso que a
00:21:31criação de Cerama virou a principal
00:21:33fonte de renda dele. A diferença em
00:21:36relação aos ovos de uma galinha comum está no
00:21:39tamanho. Que é um ovo de galinha normal e
00:21:41Cerama, se for ver, é a metade dele. Só que
00:21:45não são para comer. O Marco comercializa
00:21:48os ovos já fecundados para quem quiser
00:21:50começar uma produção. Os ovos a gente
00:21:53vende as dúzias de mil até três mil
00:21:55reais, dependendo se for da baia cem
00:21:57por cento de branco, só vai vir aves
00:21:59brancas, a gente consegue vender a três
00:22:01mil reais e das outras baias a gente
00:22:03vende a mil reais. Essas sim são as
00:22:05galinhas de ouro. As galinhas de ouro. As
00:22:07galinhas verdadeiras. As galinhas são
00:22:09vendidas para criadores profissionais que
00:22:12revendem as Ceramas como animais de
00:22:14estimação para o público em geral. Uma
00:22:17ave dessa não vai para a panela? Não dá,
00:22:20de jeito nenhum. Não, porque assim, é uma
00:22:21ave muito pequena. É muita pouca carne
00:22:23também que vai sobrar. Tem ave que
00:22:25virou até um xodó da família. Ele não
00:22:29me bica e eu consigo pôr ele aqui na minha
00:22:31cabeça e também aqui. Deixa eu ver, põe ele aí.
00:22:34Olha aí. Manu, por que o papai não pode
00:22:40vender o Luquinha? Porque eu gosto dele.
00:22:45E como é que ele faz?
00:22:47Carcacá!
00:22:54O avicultor cria quatro variedades. A
00:22:58holandesa, a americana, a espanhola e a
00:23:02belga. Todas tomam um banho de sol duas
00:23:05vezes ao dia. A reprodução dessas aves tem
00:23:09seus segredos.
00:23:12A asa muito comprida, a asa pegando muito
00:23:14no chão também, isso acaba atrapalhando
00:23:16um pouco. Você vai ver a hora que o galo vai
00:23:18subir na galinha, ele acaba caindo.
00:23:20Mas o Marco deu um jeito.
00:23:22A gente acaba tosando toda essa parte aqui
00:23:24pra auxiliar também quando for fazer
00:23:26o acasalamento, ela já consegue colocar o
00:23:29sêmen muito mais rápido. Tanto isso daqui
00:23:32já tá feito no macho como na fêmea.
00:23:37Pra saber mais sobre as pequenas galinhas,
00:23:40viemos ao Instituto de Zootecnia do
00:23:42Estado de São Paulo em Nova Odessa.
00:23:46O professor Evandro estuda aves há mais de
00:23:4830 anos e garante.
00:23:51É a menor raça do mundo, podemos afirmar
00:23:53que sim. Das duas mil raças de galinhas
00:23:55que temos no mundo, a menor é a cerama.
00:23:58O zootecnista lembra que os diversos
00:24:01cruzamentos genéticos trouxeram riscos
00:24:03à saúde do animal.
00:24:05Pode ter problema na coluna, por conta do
00:24:08da seleção pra ter o corpo ereto, né?
00:24:12Pode ter problema na boacia, pode ter problema
00:24:14no fêmur, né?
00:24:16Geralmente os problemas que esse animal
00:24:18apresenta estão relacionados com o sistema
00:24:20locomotor, tecido ósseo, e a gente
00:24:23previne isso com dieta adequada pra cada
00:24:26fase de vida desse animal.
00:24:28Enquanto uma galinha comum come em média
00:24:31100 gramas por dia de ração, a cerama
00:24:34precisa de apenas 20 gramas.
00:24:37Nos primeiros três meses de vida, é
00:24:39importante dar ração peletizada.
00:24:42Ela tem esse nome porque todos os
00:24:44ingredientes são compactados em pequenas
00:24:47bolinhas, chamadas pellets.
00:24:50E quando você serve essa dieta fragmentada, né?
00:24:54Nesses pequenas porções, você tem certeza que
00:24:56ele tá ingerindo os nutrientes que ele vai
00:24:58precisar pro desenvolvimento dele.
00:25:00Isso é muito importante nos primeiros
00:25:02meses de vida, pra que você tenha uma boa
00:25:04formação do sistema locomotor da ave.
00:25:06A criação comercial das galinhas cerama é um
00:25:12mercado aquecido, também por causa da
00:25:14presença delas nos grandes centros urbanos
00:25:18do país.
00:25:20Aqui em Pirituba, na zona norte de São
00:25:22Paulo, a gente encontrou o Gabriel, um jovem
00:25:26apaixonado pela doçura dessas aves, que
00:25:30viraram uma companhia dentro de casa.
00:25:33Esse é o Golias, eu escolhi o nome Golias, né?
00:25:36Porque o Golias era grande, mas esse é
00:25:39pequeno, só que é valente como o Golias.
00:25:43Essa é a margarida, eu escolhi esse nome porque
00:25:45ela é bem delicadinha, parece uma florzinha
00:25:48mesmo.
00:25:49O jovem de 18 anos ganhou as aves de um
00:25:52amigo e conta com a ajuda do avô pra tratar
00:25:55as mini galinhas.
00:25:56Quando eles saem, eu cuido delas direitinho, dou
00:26:00comida na hora certa, ponho tudo pra elas, né?
00:26:03Eu tenho prazer, né?
00:26:05Cuidar das galinhas.
00:26:07Eles criam outras raças de galinha no
00:26:09quintal, mas quem entra em casa são as
00:26:12ceramas.
00:26:13O Gabriel só lembra de um inconveniente.
00:26:16A hora do cocô, né?
00:26:18Você não vai saber quando que vai sair, né?
00:26:21É, deu pra perceber aqui, né?
00:26:22Apesar dos imprevistos, as pequenas galinhas
00:26:29mostram que são grandes companheiras.
00:26:32Quando chega, aí você tá naquela primeira
00:26:35paixão, depois vai se apegando cada vez
00:26:37mais.
00:26:38Você não vende essas mini galinhas por nada?
00:26:41Nada, nada.
00:26:43São do coração.
00:26:44São, cara.
00:26:45É?
00:26:45É.
00:26:52Quem cria a galinha Cerama precisa ter o apoio
00:27:06de um veterinário especializado, porque ela
00:27:08deve ser vacinada como todas as outras
00:27:11aves de criação.
00:27:12E você vai ver a seguir.
00:27:15Produtores rurais aqui de Mato Grosso
00:27:17começam a colheita do algodão.
00:27:19Aumento de área plantada, investimentos em
00:27:22manejo e chuva na medida certa.
00:27:25Depois do intervalo, uma produção recorde
00:27:27de girassol em Goiás.
00:27:37Começou a colheita do algodão em Mato Grosso,
00:27:39principal produtor do país.
00:27:41A safra atrasou um pouco, mas deve ser boa.
00:27:44Com os capulhos abertos e secos, as
00:27:47colheitadeiras já passam pelos campos de
00:27:50algodão em Mato Grosso.
00:27:52Nessa propriedade que fica em Ipiranga do
00:27:55Norte, são quase três mil e quinhentos
00:27:57hectares plantados.
00:27:59Tava uns pouco ainda, nós desfolhamos pouca
00:28:01coisa ainda, deu uma atrasada esse ano
00:28:03devido ao frio.
00:28:04E aí, acredito que dá para o dia vinte em
00:28:07diante, dá uma sequência melhor ainda.
00:28:09As temperaturas baixas e atípicas na
00:28:12região atrasaram o desenvolvimento da
00:28:15pluma, mas não foi só o frio que
00:28:17afetou o início da colheita.
00:28:19Aqui nessa fazenda, parte da lavoura foi
00:28:22plantada fora da janela ideal de plantio.
00:28:26Isso por causa do atraso na safra de soja.
00:28:29Agora, cerca de cento e oitenta dias
00:28:32depois, o algodão já está no ponto ideal
00:28:35para ser colhido.
00:28:36Mato Grosso deve produzir esse ano dois
00:28:40milhões e setecentas mil toneladas de
00:28:44pluma, um crescimento de treze e meio
00:28:47por cento, graças ao aumento da área
00:28:49cultivada.
00:28:51Nessa outra propriedade, em Itaúba,
00:28:53norte do estado, a área de mil e setecentos
00:28:57hectares, que antes era destinada ao milho,
00:29:00agora está na primeira colheita de
00:29:02algodão.
00:29:03Para o primeiro ano, está excelente.
00:29:05Questão de mercado mesmo, esperando aí
00:29:07um mercado melhor e o próprio
00:29:09beneficiamento também, para ver a
00:29:10qualidade desse algodão, o que ele vai
00:29:12apresentar para a gente.
00:29:14Em Goiás, os produtores estão colhendo
00:29:16o girassol.
00:29:17Por lá, o ânimo é grande, com a safra e
00:29:20com os preços.
00:29:22Nesta fazenda em Bela Vista de Goiás,
00:29:24a colheita está no fim e o resultado
00:29:26surpreendeu.
00:29:28A produtividade chega a trinta e cinco
00:29:30sacas por hectare.
00:29:31Na safra passada, a média foi
00:29:34vinte e nove.
00:29:36Hoje, o preço do saco está variando
00:29:38entre dezessete e cento e vinte.
00:29:40É um bom preço?
00:29:41É um bom preço.
00:29:42O lucro é um pouco melhor do que
00:29:44plantar milho.
00:29:45Com chuvas acima da média e boa
00:29:47distribuição, a lavoura respondeu.
00:29:50O girassol requer um pouco menos de água
00:29:52do que as outras culturas, como o milho,
00:29:54o sorgo, mas a gente sabe que toda
00:29:57cultura precisa de água.
00:29:59Então, se tem água disponível, vai
00:30:01produzir mais.
00:30:02Nesta temporada, a Goiás espera colher
00:30:04mais de setenta mil toneladas de
00:30:06girassol.
00:30:07Isso é quase sessenta por cento mais
00:30:09que colheu na safra passada.
00:30:11O crescimento é resultado da melhora
00:30:13na produtividade e de um aumento de
00:30:16quase vinte por cento na área
00:30:17plantada.
00:30:19O Túlio é gerente na indústria no
00:30:21sul de Goiás, que compra a maior
00:30:23parte da produção do estado para a
00:30:25fabricação do óleo de girassol.
00:30:26O girassol, ele tem uma característica
00:30:30em termos de manejo que é extremamente
00:30:32atrativa para o produtor.
00:30:34Você consegue realizar o plantio de uma
00:30:37lavoura de girassol de alta tecnologia
00:30:39com um investimento praticamente a
00:30:42metade de uma lavoura de um milho de
00:30:44média ou baixa tecnologia.
00:30:46Nos cálculos da empresa, a margem de lucro
00:30:49por hectare gira em torno de quarenta e
00:30:52cinco por cento.
00:30:52O produtor nosso hoje, ele está
00:30:54rentabilizando com o girassol líquido
00:30:57entre mil e seiscentos até três mil
00:31:01reais por hectare.
00:31:02O cenário promissor chamou a atenção
00:31:04do Luiz Victor.
00:31:06Há seis anos ele cultiva girassol
00:31:08nesta fazenda.
00:31:10O caule bem arqueado é um ótimo
00:31:13sinal.
00:31:13Significa que o capítulo do girassol está
00:31:15pesado graças ao bom enchimento das
00:31:18sementes.
00:31:19E olha como esse aqui está granado.
00:31:21O produtor disse que travou o preço
00:31:23com a indústria antes do plantio.
00:31:25Por isso, vai conseguir uma boa
00:31:27rentabilidade com a lavoura.
00:31:29Foi cento e vinte e seis reais o saco
00:31:31do girassol, que pra mim, um bom preço.
00:31:34A produtividade vai ser legal e vai dar
00:31:37um retorno.
00:31:39Esse ano o Goiás deve produzir vinte e
00:31:42nove mil toneladas de óleo.
00:31:44Isso é apenas um terço do consumo
00:31:46nacional.
00:31:47Então tem bastante espaço pra crescer.
00:31:49E vamos ver agora outras notícias do
00:31:51campo na semana.
00:31:53Os alertas de desmatamento na Amazônia
00:31:55voltaram a crescer no primeiro semestre.
00:31:58Segundo dados do Instituto de Pesquisas
00:32:00Espaciais, foram mais de dois mil
00:32:02quilômetros quadrados.
00:32:04Vinte e sete por cento a mais do que nos
00:32:06primeiros seis meses de dois mil e
00:32:08vinte e quatro.
00:32:09Quarenta e três por cento desse total em
00:32:11propriedades privadas.
00:32:13Já no Cerrado, a área sob alerta de
00:32:15desmatamento ficou em cerca de três mil e
00:32:18trezentos quilômetros quadrados.
00:32:20Queda de quase dez por cento.
00:32:23O Tocantins deve ter a maior safra de milho
00:32:25de sua história.
00:32:27Com mais de setenta por cento da área
00:32:29colhida, a estimativa é que o Estado
00:32:31produza mais de dois milhões e meio de
00:32:33toneladas.
00:32:35Vinte por cento a mais que na temporada
00:32:37passada.
00:32:38Graças ao crescimento da área dedicada ao
00:32:40grão e as chuvas bem distribuídas ao longo
00:32:43do ciclo.
00:32:45Nesta semana, uma operação da Polícia
00:32:46Civil prendeu mais de vinte pessoas de uma
00:32:48quadrilha que roubava grãos de soja e
00:32:50fertilizantes.
00:32:52Com os caminhões ainda em movimento, esses
00:32:54ladrões derrubavam as sacas de soja e
00:32:56recolhiam os grãos.
00:32:58Depois eles eram vendidos a criadores de
00:32:59frango e de suíno.
00:33:01Vários mandados de prisão, de busca e
00:33:03apreensão foram cumpridos no Maranhão,
00:33:06Mato Grosso e também no Rio de Janeiro.
00:33:08Chegou a hora de responder as dúvidas que
00:33:11você manda pra gente. O Wagner Alvim de
00:33:14Minas Gerais quer saber o que fazer com o
00:33:17cavalo da filha dele que está infestado de
00:33:20carrapatos, principalmente nas orelhas e na
00:33:22cabeça do animal. O Nelson Araújo buscou
00:33:25orientações pra você num hospital
00:33:27especializado.
00:33:30Eu estou agora no Rondon Hospital de Equinos
00:33:33de Tietê, município do oeste do estado de
00:33:36São Paulo, com o veterinário Pedro Caldas.
00:33:39Que tipos de carrapatos sobem num
00:33:41cavalo? A gente tem dois tipos de
00:33:43carrapatos que sobem nos equídeos, tá?
00:33:45Um tem o nome científico de
00:33:47Dermacentornitens, que é o carrapato da
00:33:50orelha do cavalo. O outro é o
00:33:52Amblioma Sculptum, que é o carrapato
00:33:54estrela, que pode dar aquele
00:33:56micuinho, o carrapato pólvora, no
00:33:58corpo do cavalo em si. Ele não foca na
00:34:01orelha nem no períneo. Wagner, o
00:34:03carrapato estrela que você não menciona,
00:34:06mas é muito comum, onde tem um tem outro, é
00:34:08aquele que transmite para o ser humano o mal de
00:34:11Lyme e a febre maculosa. Doenças que trazem
00:34:15consequências graves e até fatais. Já o chamado
00:34:19carrapato de orelha raramente sobem
00:34:22humanos. Esse é um problemaço para éguas,
00:34:26cavalos, burros e mulas, causando a temida
00:34:29piroplasmose. Para os equídeos, o carrapato de
00:34:33orelha transmite tanto a babésia quanto a
00:34:35teléria, que são protozoários que acabam
00:34:39debilitando esses pacientes, tá? Ele fica
00:34:41mais prostrado, ele fica com febre, ele
00:34:43abaixa rendimento esportivo, enfim, ele
00:34:47adoece, ele fica um cavalo anêmico.
00:34:49Importante saber que o ciclo dos carrapatos
00:34:52varia. O estrela sobe e desce do hospedeiro
00:34:55por três vezes, como ninfa, como larva e como
00:34:58adulto, caindo finalmente para a postura. Já o
00:35:02carrapato de orelha sobe uma única vez,
00:35:04completando no hospedeiro o mesmo ciclo
00:35:06biológico entre vinte e um e vinte e sete
00:35:09dias. O Wagner, para controlar a infestação
00:35:12no cavalo da sua filha, a maneira mais
00:35:14prática é pulverizar carrapaticida,
00:35:18seguindo aquele protocolo que os
00:35:20veterinários recomendam, o Globo Rural já
00:35:22mostrou várias vezes, usando o EPI, o
00:35:26equipamento de proteção individual. Esta é a
00:35:29aplicação contra o carrapato estrela.
00:35:32Nós vamos usar carrapaticida comercial, tá?
00:35:35Hoje, a maioria é feita a base de
00:35:37piretróides, que é cipermitrina e
00:35:39deltamitrina. Tem que usar conforme a
00:35:41recomendação da bula do produto. Não
00:35:44adianta eu dobrar, eu vou colocar mais,
00:35:46porque vai matar mais rápido. Não adianta.
00:35:49Você pode gerar intoxicação no teu animal e
00:35:52gerar uma resistência ao princípio no
00:35:55carrapato. O veterinário adverte, tem que
00:35:58aplicar de baixo pra cima, no sentido
00:36:01contrário ao pelo, para penetrar bem,
00:36:04deixando o animal molhado mesmo. Num
00:36:07cavalo adulto, de quatro a cinco litros, dá
00:36:10solução preparada por animal. Há também a
00:36:13alternativa de, em vez da bomba, fazer o
00:36:16purom, aplicar o carrapaticida no fio do
00:36:19lombo do animal. Vai penetrar na pele e
00:36:22liberar lentamente o produto que acaba
00:36:24com os bichinhos. Mas atenção, Wagner, tem
00:36:27uma janela, um calendário de combate
00:36:30ideal pra se fazer isso. E está
00:36:32começando agora. O que que a gente faz? A
00:36:35gente pega de julho a outubro, você faz
00:36:38um banho de pulverização que fazemos a
00:36:40cada sete dias, porque você interrompe o
00:36:43ciclo do carrapato. Então você faz quatro
00:36:45aplicações a cada sete dias, interrompe uns
00:36:49vinte dias e faz mais quatro aplicações a
00:36:51cada sete dias. E isso você consegue
00:36:53minimizar bastante. Para as orelhas, Wagner,
00:36:56onde, claro, não se deve aplicar líquido
00:36:58pra evitar otite, o carrapaticida em pó é
00:37:01bem eficiente. É o mesmo princípio ativo
00:37:04que deve ser aplicado a cada vinte e um
00:37:06dias. E se não der certo tudo isso,
00:37:09continuar? Chama um veterinário, coleta
00:37:12os carrapatos e faz um biocarrapatograma.
00:37:16Aonde ele vai testar o carrapato dele no
00:37:19laboratório pra qual o princípio ativo?
00:37:21É. Fácil, fácil. Fácil não é, mas dá certo.
00:37:24Wagner, o órgão de assistência técnica do
00:37:28seu município pode te ajudar a escolher um
00:37:30laboratório pra fazer o tal biocarrapatograma.
00:37:33Aí você entra em contato pra fazer certinho a
00:37:36coleta dos carrapatos e enviar pra análise.
00:37:38No próximo bloco, tem mais respostas.
00:37:42A Rosane Pinheiro, do Rio Grande do Sul, quer saber qual é a cor do fruto maduro do café.
00:37:49Pergunta que vem do Rio Grande do Sul. O que são esses furos no caule da cana-de-açúcar?
00:37:54Voltamos com a dúvida da Rosane Pinheiro, de Campo Bom, no Rio Grande do Sul.
00:38:06Ela escreveu pra gente, querendo saber qual a cor do grão de café na hora da colheita.
00:38:13A repórter Bruna Marim conversou com um especialista em café arábica.
00:38:17Você já deve ter visto aqui no Globo Rural frutos de café verdes, vermelhos, amarelos.
00:38:25Mas será que só pela cor do fruto do café dá pra saber o ponto de colheita?
00:38:30Quem responde pra gente é o Fabiano Tristão, agrônomo do Instituto Capixaba de Pesquisa,
00:38:36Assistência Técnica e Extensão Rural, o Incapé.
00:38:40A cor do fruto é o principal indicador do ponto ideal de maturação do café.
00:38:46Tem algumas variedades em que essa cor é vermelha e existem outras variedades em que essa cor é amarela,
00:38:53dependendo do fator genético, é determinado por um fator genético.
00:38:56Quando os grãos estão com a cor verde, é sinal de que ainda não amadureceram.
00:39:01O agrônomo explica que a colheita só deve começar quando as plantas tiverem de 80 a 90% dos frutos maduros.
00:39:10Quando ele está verde, o produtor não deve colher.
00:39:12A semente ainda não atingiu o tamanho adequado, o peso adequado e nem tem todos os compostos percussores da qualidade.
00:39:19Os teores de açúcares, por exemplo, desse fruto, ele é menor do que um fruto já em estágio ideal de maturação.
00:39:25Já a escolha da variedade que vai ser cultivada não depende da cor do fruto,
00:39:31e sim se é uma planta bem adaptada à região.
00:39:34Aqui nessa plantação, no município de Marechal Floriano, no Espírito Santo, por exemplo,
00:39:40são cultivados frutos amarelos e vermelhos.
00:39:43Primeiro procurar uma região que tenha zoneamento para o plantio de café,
00:39:47que tenha condições de temperatura, precipitação para o plantio do café.
00:39:51Depois procurar um agrônomo para saber quais as cultivares indicadas para a região que ele quer plantar.
00:39:56A maturação dos frutos vai depender de fatores como altitude, temperatura, exposição ao sol e quantidade de chuva.
00:40:05O Fabiano separou uma mesinha com alguns frutos para a gente. O que a gente tem aqui, Fabiano?
00:40:10Olha, a gente aqui tem um processo completo, as fases de maturação do café.
00:40:15Então ela inicia com a florada.
00:40:17Após a polinização e a fecundação da flor, nós temos uma primeira etapa, que é a etapa chamada chumbinho.
00:40:25Desenvolvimento lento, o tamanho do fruto é pequeno.
00:40:28Essa fase dura em torno de 30 a 45 dias.
00:40:32Após essa fase, nós temos a fase de expansão.
00:40:35É onde o fruto começa a crescer, a ganhar forma, a ganhar tamanho.
00:40:39Para o produtor reconhecer, se ele apertar o fruto, ele ainda está em água por dentro.
00:40:44Ele está mole por dentro.
00:40:45Essa etapa vai durar cerca de 60 dias.
00:40:49Após essa fase, nós entramos na fase de granação.
00:40:53A fase de granação é onde o fruto vai ganhar peso, ele vai ganhar matéria seca.
00:40:58Então é uma fase super importante aí para o rendimento do café.
00:41:01Se a gente observar esse fruto por dentro, ele já está rígido.
00:41:05A semente dele já está rígida.
00:41:07Se eu apertar, ela está dura.
00:41:09A última fase é a de maturação.
00:41:11Quando os frutos vão atingir a cor e o tamanho ideais.
00:41:16É o chamado ponto cereja.
00:41:19Agora, como que ela olha o fruto aqui, esse amarelo, e sabe que está no ponto mesmo?
00:41:23Tem algum segredo?
00:41:24Olha, ela retira, por exemplo, o fruto amarelo.
00:41:27E ela vai apertar esse fruto.
00:41:28Ela vai observar que tem uma mucilagem, um líquido aqui, tipo um hidrogel.
00:41:34Então, esse fruto, a coloração amarela da casca, ela já está bem intensa, indicando
00:41:39que o fruto já está no ponto ideal de colheita.
00:41:42Olha, Rosane, colher o café maduro na hora certa é muito importante para conseguir uma
00:41:46bebida de qualidade.
00:41:48Agora o pedido da Juliana Dias, de Poços de Caldas, Minas Gerais.
00:41:52Ela quer informações sobre o plantio e o cultivo de orquídeas.
00:41:56Juliana, aponte a câmera do celular para o código que aparece na tela.
00:42:00Você vai ter acesso a essa publicação da Exalc, a Escola Superior de Agricultura Luiz
00:42:06de Queiroz, da Universidade de São Paulo.
00:42:08O livro mostra como fazer o plantio, como controlar pragas e doenças e todos os cuidados necessários
00:42:15para ter orquídeas lindas e saudáveis o ano todo.
00:42:18Esse material também está disponível lá no nosso site, g1.com.br barra Globo Rural
00:42:24e é de graça.
00:42:26E o Inácio ficou na dúvida que tipo de banana é essa que ele encontrou em Valinho, São
00:42:31Paulo, na casa do Norival, amigo dele.
00:42:34Qual será?
00:42:36Norival Inácio, o agrônomo Chukit Kurosawa, consultor do Globo Rural, disse que essa é
00:42:41a banana Santomé, também chamada de banana roxa ou banana vermelha.
00:42:46Os frutos têm a casca meio vermelha, meio roxa, como diz o nome, e a polpa amarela é rica
00:42:51em vitaminas.
00:42:52Ela é da mesma família das bananas mais comuns.
00:42:56Aproveita então, a fruta pode ser consumida crua, cozida, frita e também no preparo de
00:43:01doces e bolos.
00:43:02Agora, olha só as fotos que o Adair Amaral mandou pra gente.
00:43:07A cana de açúcar do roçado dele, lá no Rio Grande do Sul, tem aparecido com esses
00:43:11furos e acaba secando.
00:43:13Ele pergunta, o que pode ser?
00:43:15A resposta vem da Paraíba.
00:43:17Oi Adair, tudo bem?
00:43:20Quem vai responder a tua pergunta é o José Bruno Malaquias, agrônomo e professor da
00:43:25Universidade Federal da Paraíba.
00:43:27Professor, o que está acontecendo com o cultivo de cana do Adair?
00:43:31Adair, tudo bem?
00:43:33Então Adair, o que está acontecendo na sua lavoura é simplesmente a ocorrência de
00:43:37brocas.
00:43:37Então existem algumas brocas que infestam a cana de açúcar e no seu caso o que está
00:43:42ocorrendo é a broca chamada diatreia sacarares.
00:43:46Uma mariposa deposita os ovos na planta e desses ovos vão nascer larvinhas, as brocas.
00:43:53Elas vão se alimentar das folhas e depois perfurar o colmo, o caule da cana de açúcar.
00:44:00Nesta propriedade em areia na Paraíba encontramos os danos que a lagarta causou no canavial.
00:44:06Na planta mais jovem nós observamos o sintoma coloquialmente chamado de coração morto.
00:44:13Essa folha principal ela vai secando aos poucos e as demais partes da planta também
00:44:19vai secar.
00:44:21E por que esse nome de coração morto na planta mais jovem?
00:44:24Porque aqui é como se fosse o coração da planta.
00:44:27Então é uma estrutura que a gente chama de merestema principal.
00:44:32Então é aqui onde é canalizado boa parte dos nutrientes.
00:44:36Essa planta aqui já era, não tem mais utilidade.
00:44:38Na cana mais madura, quando a praga perfura o colmo, ela danifica toda a estrutura interna.
00:44:45Igual ao que aconteceu na sua lavoura aí no Rio Grande do Sul.
00:44:50Esses furos serão portas de entrada para fungos e esses fungos eles vão depreciar a qualidade do produto final,
00:45:00da cana de açúcar.
00:45:01Se não for controlada, ela toma conta da lavoura, ela se dissemina com muita rapidez.
00:45:06Quem nos explica como fazer esse controle é o Roberto Balbino, biólogo da Associação
00:45:12de Plantadores de Cana da Paraíba.
00:45:15A forma mais utilizada é o manejo biológico, através de liberação de inimigos naturais.
00:45:20O biólogo indica o uso da Cotésia flavipes.
00:45:24A Cotésia é uma vespa inofensiva para os humanos, mas letal para a broca da cana de açúcar.
00:45:30As vespas são produzidas em biofábricas e vendidas em casas agropecuárias.
00:45:36A quantidade vai depender do grau da infestação da lavoura.
00:45:41Ela coloca seus ovos no interior da lagarta e com isso se transforma em pulpa, causando a morte da lagarta
00:45:49e posteriormente multiplicando mais vespas no meio ambiente para controlar diversas outras formas da praga.
00:45:55O ataque registrado pelo pesquisador impressiona.
00:46:00Em questão de minutos, as vespas retiram uma larva de dentro do caule da cana.
00:46:06Essas estruturas brancas dentro dos copinhos plásticos são casulos.
00:46:11Em cinco dias, as vespinhas emergem desses casulos e aí já podem ser liberadas no canavial.
00:46:18Ele consegue fazer isso manualmente mesmo, de fazer a dispersão desses insetos.
00:46:22Sim, a liberação pode ser feita manualmente, liberando esses copos no canavial.
00:46:28Essa cotase tem um raio de voo de 30 metros, então ela vai procurar a praga para completar seu ciclo e fazer o controle.
00:46:35Em até 25 dias, Adair, você já deve ver resultados na sua lavoura.
00:46:41Agora, quando chegar a hora de replantar o canavial, lembre-se que existem variedades mais tolerantes de cana de açúcar.
00:46:49Converse com um agrônomo da sua região para te ajudar na escolha.
00:46:53As variedades mais tolerantes podem, inclusive, ajudar a evitar outras pragas e doenças da cana de açúcar.
00:47:00E você pode nos ajudar a fazer o Globo Rural.
00:47:03Mande a sua dúvida ou sugestão de reportagem aqui pra gente.
00:47:06Olha só, o número do nosso WhatsApp é o 11 98895 5505.
00:47:13Vale enviar texto, foto e vídeo, lembre-se de escrever o seu nome e o do seu município.
00:47:19E o campo tá com agenda cheia nos próximos dias.
00:47:23Tem Semana da Agricultura Familiar em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul.
00:47:28Festa do Agricultor em Campo Bonito, Paraná.
00:47:31E do Colono em Itajaí, Santa Catarina.
00:47:34No Rio Grande do Sul, Simpósio da Soja em Vila Lângaro.
00:47:38E Festa da Bergamota em Monte Negro.
00:47:41Feira de Pequenos Produtores da Mantiqueira em Gonçalves, Minas Gerais.
00:47:45Em São Paulo, Congresso de Soja em Campinas.
00:47:48Seminário sobre beterraba em São José do Rio Pardo.
00:47:51E Festa do Agricultor em Apiaí.
00:47:54Em Pernambuco, encontro sobre criação de abelhas em Araripina.
00:47:59Exposição sobre manga em Petrolina.
00:48:02No Amapá, um fruto amazônico deu origem a uma nova bebida
00:48:06que pode virar alternativa de renda para ribeirinhos e agricultores.
00:48:11Pela cor, aroma e textura, até dá para confundir com o vinho.
00:48:24Mas a diferença dessa bebida está no ingrediente principal.
00:48:29No lugar da uva, o açaí, fruta típica da Amazônia.
00:48:34O João e a Janete começaram a produzir a bebida e deram o nome de vinho de açaí.
00:48:42Primeiro, eles ofereciam para os amigos provarem.
00:48:45Nós tínhamos algum conhecimento adquirido no período em que eu e Janete vivemos no Chile
00:48:50e aprendemos a fazer vinho lá, a fermentar uva e produzir vinho para o nosso consumo, para distribuir com os amigos e tal.
00:48:59A partir de 2021, fizemos dezenas de experiências, de receitas de fermentação da polpa do açaí
00:49:06e os resultados foram fantásticos.
00:49:08E a matéria-prima para a produção da bebida vem dessa floresta de Várzea.
00:49:14Uma área de 144 hectares, comprada pelo João há 40 anos e que já tinha esse açaizal nativo.
00:49:22Mas a produção acabou crescendo e o açaí aqui da propriedade já não dá mais conta.
00:49:29Por isso, é preciso comprar o fruto dos vizinhos da região.
00:49:33A floresta fica às margens do rio Curiaú Mirim, uma área preservada em Macapá.
00:49:41Essa floresta é um celeiro de comida.
00:49:44Essa cortina de açaí que nós estamos vendo é uma espécie.
00:49:49Hoje, a gente está entendendo que o melhor que convertê-la em monocultura
00:49:55é preservá-la e aprender a colher os seus frutos.
00:50:00Ainda em 2021, o João enviou garrafas da bebida para análise da Embrapa.
00:50:07E os resultados surpreenderam os pesquisadores.
00:50:10Em relação à análise sensorial, ele foi muito bem aceito.
00:50:14E como os provadores deram notas boas a partir de 70%,
00:50:21que é o mínimo que você tem que ter para ter uma aceitabilidade de mercado,
00:50:25ele foi avaliado como se já estivesse pronto para ir para o mercado.
00:50:31Mas só a aprovação não era suficiente.
00:50:33Os produtores tiveram que esperar nove meses pelo registro da bebida
00:50:38no Ministério da Agricultura e Pecuária.
00:50:41Só o nome que precisou mudar.
00:50:44Comercialmente, o fermentado não pode ser chamado de vinho.
00:50:48O vinho é um produto que vem da uva.
00:50:52Então, por lei, você não pode chamar a bebida fermentada de outras frutas de vinho.
00:50:57Foi denominado a bebida fermentada que vem do açaí de açaí tinto.
00:51:02A Embrapa do Amapá elaborou uma cartilha de boas práticas de fabricação
00:51:07para compartilhar o conhecimento com os ribeirinhos produtores de açaí.
00:51:12A bebida é produzida a partir do xarope de açaí, com 35% de concentração de açúcar.
00:51:23Depois de bater a polpa, é preciso adicionar um conservante.
00:51:28E, por fim, fermento biológico, usado para fazer pães.
00:51:35Em 30 dias, a bebida está pronta para venda.
00:51:39O teor alcoólico é de 10%, dentro da faixa da maioria dos vinhos tradicionais.
00:51:46Na propriedade do João, a produção é artesanal.
00:51:50No lugar onde se fermenta vinho de uva, é vinícola.
00:51:56E a gente deduziu o seguinte, olha, no lugar onde se produz fermentado de açaí, é açaícola.
00:52:03E a gente está descobrindo as espécies da Amazônia que a gente pode transformar em produtos de consumo.
00:52:11O brasileiro precisa descobrir 50% do seu patrimônio, que é a Amazônia.
00:52:17E foi pensando em valorizar o que vem da Amazônia que a receita do açaí tinto foi compartilhada.
00:52:23O casal deu um curso no Sebrae para ensinar a fazer a bebida.
00:52:26E entre os 30 alunos estava o Grimaldo.
00:52:31Oito meses depois, ele já tem a própria marca.
00:52:34E vende cada garrafa por 100 reais.
00:52:37A gente já produziu cerca de 150 a 200 garrafas.
00:52:41Entre as comercializadas e as que a gente vai bebendo e degustando.
00:52:45O cheiro é do vinho de uva.
00:52:47E o sabor surpreende.
00:52:49Só no finalzinho, para a gente sentir o gosto do açaí.
00:52:54Nossa, está muito bom.
00:52:56E quando se mistura vinho e um amor de 60 anos, a receita não tem como dar errado.
00:53:02A senhora gosta mais do vinho da uva ou do açaí tinto?
00:53:07É claro que eu gosto muito mais do açaí tinto.
00:53:11O casal que bebe vinho de açaí vive há 60 anos juntos.
00:53:16Hoje, sete produtores estão fazendo o açaí tinto.
00:53:30E a ideia é expandir esse número com novos cursos em parceria com o Sebrae.
00:53:36E você vai ver, depois do intervalo, a expansão da área de cultivo de laranja no país.
00:53:41Até já!
00:53:42Desde 2004, cerca de 70 milhões de pés de laranja foram destruídos só no estado de São Paulo em função do greening.
00:53:57O avanço dessa doença está mudando o mapa da citricultura no Brasil.
00:54:02Agricultores fazem novos investimentos em áreas menos infestadas.
00:54:07Ela surgiu na Ásia.
00:54:16Mas é do Brasil que sai a maior parte da laranja que vira suco no planeta.
00:54:23De cada cinco copos bebidos no mundo, três são das nossas frutas.
00:54:28A safra deste ano deve ultrapassar 314 milhões de caixas.
00:54:35Uma alta de 36% em relação à temporada anterior.
00:54:41Só que essa produção expressiva convive com uma série de fragilidades.
00:54:46A laranja é uma das culturas mais sensíveis a pragas e doenças.
00:54:50Quem tem um pomar precisa lidar com várias preocupações causadas por vírus, fungos, bactérias, insetos.
00:54:58Exemplos, cancro cítrico, CVC ou amarelinho, leprose, podridão dos frutos, outros problemas.
00:55:05E o maior dos desafios da citricultura, o greening.
00:55:09O greening é a pior doença da tricultura mundial.
00:55:17Ela é causada por uma bactéria e ela é transmitida por um pequeno inseto chamado psilídeo.
00:55:22É necessário que ele encontre uma planta doente, ele se alimenta, se contamina.
00:55:26E a partir daí, nas próximas plantas que ele se alimentar, ele vai transmitir a doença.
00:55:31O greening não tem cura.
00:55:32A bactéria que causa a doença circula, digamos, nas veias da laranjeira.
00:55:37Assim, chega menos alimento para as folhas, ramos e frutos, que acabam caindo do pé antes do ponto de colheita.
00:55:45Esse fruto, ele está pequeno, ele está torto, deformado.
00:55:49Aqui na região onde ele estava ligado à planta, está bem amarelado, sintoma já de que está chegando pouco alimento para ele.
00:55:55E a hora que a gente corta ele ao meio, se a gente for procurar a semente dele,
00:55:59no caso aqui, a gente vai ver que ela está morta, seca.
00:56:02Nos últimos anos, o greening devastou plantações inteiras na Flórida.
00:56:07O estado norte-americano já foi o principal produtor de laranja do mundo.
00:56:12No Brasil, a doença afeta hoje 44% das plantas do cinturão citrícola.
00:56:18Cerca de metade das regiões produtoras está com incidência acima de 60%.
00:56:24São os pontos em vermelho no mapa.
00:56:27Já as áreas em laranja apresentam uma infestação média.
00:56:30É o caso da região de Bebedouro, em São Paulo, onde fica o município de Monte Azul Paulista.
00:56:37É aqui que a Sarita Rodas tem uma de oito fazendas com pés de laranja no estado.
00:56:42O manejo do greening fez com que produzir laranja ficasse muito mais complexo e muito mais caro.
00:56:48O dobro do que há quatro, cinco anos atrás.
00:56:52A Sarita segue a risca a cartilha do Fundecitrus, o fundo de defesa da citricultura.
00:56:59A lista de medidas é extensa.
00:57:02Uma delas é a inspeção do pomar.
00:57:04Essa é a função do Donizete, que trabalha aqui na propriedade há mais de 20 anos.
00:57:09Ele olha pé por pé.
00:57:11Está bem atacado do greening.
00:57:13Esse pé, infelizmente, tem que exterminar ele.
00:57:17Aí vem o Paulo com a motosserra.
00:57:23A lei paulista estabelece o seguinte.
00:57:26Plantas infectadas que tenham até oito anos de idade precisam ser eliminadas.
00:57:34As mais velhas podem ser mantidas, desde que o controle químico da doença continue ativo.
00:57:40A gente observou nos últimos talhões que a gente fez uma incidência altíssima de contaminação.
00:57:46A gente tem talhão que é de dois mil e vinte.
00:57:50Ele tem mais de quarenta por cento de mudas arrancadas.
00:57:54No lugar delas, dá pra cultivar novas, saudáveis, de qualidade.
00:57:59Mas aí, o pomar fica irregular.
00:58:02Você tem o impacto do investimento que você corta, o impacto do investimento que você tem que refazer,
00:58:08e o impacto de ter plantas de diferentes idades.
00:58:11Algumas produzindo e outras não produzindo no mesmo talhão.
00:58:13Depois da erradicação e do plantio de outras laranjeiras, o manejo continua.
00:58:19Até porque, uma vez no campo, a nova planta já está exposta à doença.
00:58:24Então, é importante controlar o psilídeo usando repelentes, produtos biológicos e químicos.
00:58:30No caso dos químicos, o mais importante é a rotação de produto.
00:58:35É que o psilídeo pode se tornar resistente ao inseticida.
00:58:39Por isso, a recomendação é fazer um rodízio com pelo menos quatro produtos de grupos químicos diferentes.
00:58:45Existe uma esperança nesse protocolo?
00:58:50Existe.
00:58:50Mas hoje, eu não tenho segurança em dizer pra você que a hora que esses pomares que a gente está vendo aqui,
00:58:58que tem a doença, exaurirem, eu vou refazer essa fazenda nesse lugar.
00:59:03Hoje eu não consigo te dizer isso.
00:59:05Hoje a gente já está fazendo fazendas de laranja fora do estado de São Paulo.
00:59:10A nossa esperança é que a gente consiga formar o pomar antes dele se contaminar
00:59:15e com isso a gente consiga colher os frutos dele.
00:59:22O avanço do greening nas tradicionais regiões produtoras está redefinindo a geografia do cinturão citrícola.
00:59:29Os produtores estão cruzando os limites, as divisas, expandindo a área de cultivo
00:59:34para outros municípios paulistas e mineiros, também para o Distrito Federal e novos estados,
00:59:40como Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.
00:59:45O citricultor está tomando uma medida inteligente em buscar áreas de menor risco,
00:59:52porque a pressão da doença seria menor, né?
00:59:56Mas ele não pode só analisar isso, ele tem que analisar o todo.
00:59:59O clima muda, o solo muda, a infraestrutura é outra,
01:00:03a disponibilidade de água, de mão de obra, a distância da fábrica, são pontos relevantes também.
01:00:10Em Mato Grosso do Sul, um dos destinos dessa ampliação,
01:00:13a área de laranja saltou de 2 mil hectares para 18 mil nos últimos dois anos.
01:00:19O estado, que tradicionalmente tem lavouras de soja, milho, plantios de eucalipto e pastagens para o gado,
01:00:25teve que agir.
01:00:27Uma das medidas para evitar que o greening avance por aqui é a tolerância zero à doença.
01:00:32De muda, a planta produzindo, se apresentar os sintomas e for comprovado a presença do greening,
01:00:39essa planta precisa ser erradicada.
01:00:42Tolerância zero também à murta, planta ornamental que pode abrigar o psilídeo.
01:00:47Hoje o estado é proibido o comércio, o cultivo, o transporte, a doação dessa murta.
01:00:55Então isso vem nos auxiliando nesse processo de acabar com o ambiente para o psilídeo.
01:01:01Mato Grosso do Sul criou ainda um incentivo fiscal aos produtores.
01:01:06A isenção de 80% no pagamento do ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
01:01:14Se ele fosse pagar 100 reais, ele teve um desconto de 80, vai pagar só 20.
01:01:19Um dos beneficiados é o Eduardo Sgob.
01:01:21O que isso representa para o seu bolso?
01:01:26Uma diminuição de, vamos falar assim, de 10% no custo da circultura.
01:01:31Isso ajuda muito.
01:01:33Na fazenda que fica no município de Três Lagoas, ele dá continuidade ao trabalho que o avô começou em São Paulo
01:01:39e trouxe para Mato Grosso do Sul.
01:01:41Meu avô era uma pessoa que veio de um berço muito pobre, uma pessoa que era analfabeto, só que ele tinha muita visão.
01:01:47Quantos pés de laranja tem aqui?
01:01:48Hoje nós estamos com 90 mil plantas.
01:01:51Isso dá cerca de 8 mil toneladas de laranja por safra.
01:01:56Vem grininho aqui.
01:01:57Olha, aqui na fazenda a gente nunca teve.
01:02:01Mesmo assim, o Eduardo fica atento.
01:02:03Nas bordas, nas extremidades do pomar, foram colocadas armadilhas como essa a cada 350 metros.
01:02:09Toda semana, o pessoal vem aqui, checa se algum psilídeo apareceu, foi atraído pela cor amarela e acabou preso na isca.
01:02:19Se encontrar o psilídeo, a gente entra com a aplicação.
01:02:24Por enquanto, não viram nenhum.
01:02:26São necessários ao menos 7 por armadilha para começar o manejo químico.
01:02:29Mas as pulverizações para controlar outras pragas e doenças já ajudam a evitar que o psilídeo visite o pomar.
01:02:38A árvore jambolão nas laterais da lavoura e os eucaliptos das terras vizinhas também cumprem esse papel.
01:02:45E ajuda muito a segurar esses insetos para não entrar no pomar.
01:02:47Se por um lado, a baixa incidência de greening tem atraído gente para cá, por outro, surgiram novos desafios.
01:02:55Muitos ligados ao clima, como prevê o ZARC.
01:02:59O ZARC é o zoneamento agrícola de risco climático e que indica diferentes classes de risco para diferentes culturas.
01:03:08E como é o caso do ZARC citros, que indica o risco para plantio e produção de citros.
01:03:14Nessas áreas de expansão, quais são os principais riscos?
01:03:17Os principais riscos, nas áreas especialmente que não receberem nenhum tipo de irrigação suplementar,
01:03:24estão relacionados à falta de água e também a temperaturas excessivas, acima de 37 graus,
01:03:31que são prejudiciais ao desenvolvimento do fruto e às fases de florescimento.
01:03:37O Eduardo contou com a ajuda do agrônomo Leandro Fukuda para desviar um pouco desses e de outros obstáculos.
01:03:43O primeiro passo foi mexer na nutrição das plantas, já que o terreno por aqui era mais pobre.
01:03:50Aumentamos a quantidade de adubo colocado por hectare.
01:03:55Foi aumentado em bastante do que era o tradicional das triculturas,
01:03:59para o que a gente faz hoje aqui.
01:04:02Nessa região, o solo é arenoso, retém menos a água.
01:04:06Eles tiveram que mudar o sistema de irrigação.
01:04:09Antes, cada planta recebia 90 litros de água uma única vez ao dia.
01:04:15Mas não aproveitava tudo.
01:04:17Agora, a quantidade é a mesma.
01:04:19Já a perda, menor.
01:04:21Nós precisamos dividir o volume de água em três vezes por dia.
01:04:26Isso é bom porque a planta tem mais água disponível.
01:04:30Para que as flores e os frutos se desenvolvam bem,
01:04:32essa irrigação deve ser feita antes de agosto,
01:04:35quando começa a ficar mais quente por aqui.
01:04:37A gente sempre consegue um sucesso bom,
01:04:40quando a gente consegue fazer isso muito bem.
01:04:42Essas dificuldades foram superadas.
01:04:45A produtividade saltou de 500 caixas por hectare para 2 mil.
01:04:50Mas não é que o Eduardo se deparou com mais um desafio?
01:04:54É mão de obra. É o grande impacto.
01:04:56Uma das razões é a distância entre a fazenda e comunidades rurais ou centros urbanos.
01:05:02Não dá para vir trabalhar e voltar para casa todo dia.
01:05:05Quem topa o trampo tem que ficar na propriedade durante a safra.
01:05:09O Valnei, por exemplo, está aqui todo ano.
01:05:13E de onde é que você vem, Valnei?
01:05:14Eu venho da Bahia.
01:05:15E aqui você está colhendo quantas caixas por dia, mais ou menos?
01:05:19A gente colhe umas 100 caixas por dia.
01:05:22E dá para tirar uma graninha?
01:05:23Dá, dá para tirar uma grana boa.
01:05:26500 conto, 400.
01:05:27Por dia?
01:05:28Por dia.
01:05:29E você gosta de laranja?
01:05:30Por que é que não gosta de laranja?
01:05:31Pois até quem nunca plantou ou colheu laranja na vida, está gostando da fruta e decidiu apostar no cultivo em território sumatogrossense.
01:05:46Por enquanto, essa área de 4.500 hectares tem pasto e é ocupada por 10 mil cabeças de gado nelore.
01:05:53Mas esses animais vão sair daqui e dar lugar a um pomar com 2.500.000 pés de laranja.
01:06:01A fazenda está na família do Jamil pai e do Jamil filho há mais de 6 décadas.
01:06:06De onde é que surgiu essa ideia de vamos investir em laranja?
01:06:10A gente recebeu aqui a visita do sogro da minha filha, né?
01:06:14E ele pensou e falou, gente, isso aqui é uma área perfeita para citricultura, né?
01:06:20Nós estamos num lugar estratégico que é ladeado por rio, cercado por eucaliptos aqui.
01:06:26O investimento na laranja é em parceria com uma grande indústria de suco.
01:06:31A expectativa é colher a primeira laranja?
01:06:33Já daqui 3 anos, né? A gente já está começando a colher os frutos, né?
01:06:38Agora, como o Griming ainda pode chegar a essas novas áreas, os cientistas têm pressa.
01:06:44Se o agricultor quer resultado aqui fora, no campo, dentro dos laboratórios, pesquisadores trabalham para encontrar soluções contra o Griming.
01:06:54Nesse aqui, por exemplo, alguns estudos avançam.
01:06:57Plantas repelentes ao psilídeo e plantas parentes da laranja resistentes à doença.
01:07:04O biólogo Nelson Wolf, do Fundecitrus, é um dos responsáveis pela pesquisa.
01:07:10A da planta repelente ao psilídeo começou há 16 anos.
01:07:13Se identificou um composto presente na goiabeira, que foi caracterizado como um repelente ao psilídeo.
01:07:21O psilídeo não gosta do aroma desse composto.
01:07:24Os cítricos, em geral, produzem esse composto, mas em poucas quantidades.
01:07:28O que nós desenvolvemos aqui foi uma laranjeira, mas que ela produz muito mais quantidade desse composto repelente.
01:07:36Esse estudo está na fase de testes em campo.
01:07:38Agora, a novidade é este outro trabalho sobre resistência.
01:07:44A lima do deserto, que é uma planta originalmente encontrada lá na Oceania,
01:07:50ela tem uma característica que não era conhecida na literatura científica.
01:07:54Ela é resistente à bactéria do Griming.
01:07:57A partir da descoberta, os pesquisadores estão cruzando essa planta resistente com laranjeiras suscetíveis à doença.
01:08:04Assim, nascem os chamados filhos, que podem ter a característica resistente ou a característica suscetível.
01:08:12Isso daqui é um filho da lima do deserto com a laranja doce.
01:08:17É um dos filhos resistentes.
01:08:19Já é uma boa notícia, mas tem muito trabalho pela frente.
01:08:23Isso abre um leque de oportunidades, para desenvolver melhoramento e efetivamente chegar ao melhor objetivo que seria ao produtor citrícola,
01:08:35uma planta que não vai desenvolver Griming.
01:08:39Enquanto os cientistas buscam soluções, os produtores também precisam continuar na luta.
01:08:46O tempo do produtor é diferente do tempo da ciência.
01:08:52Mas a minha aposta é que exista, junto com o manejo muito eficaz do produtor,
01:08:59tempo para que a ciência possa fazer com que a gente ou lide com a doença,
01:09:04ou com que a gente consiga curar essa doença.
01:09:07E eu gostaria de ver os meus netos falando com o Globo Rural,
01:09:13que superaram o Griming e continuaram fazendo os citros.
01:09:23Esse setor da laranja ainda vive agora as apreensões relacionadas ao tarifaço de Donald Trump.
01:09:30Vamos aguardar os próximos capítulos dessa história.
01:09:33O Globo Rural de hoje fica por aqui.
01:09:35Você pode rever essa edição sábado que vem, às seis da manhã.
01:09:39E domingo, às oito e meia, tem programa inédito.
01:09:43Até lá.
01:09:44Bom dia.
01:10:05E aí
01:10:10E aí
01:10:13E aí
01:10:13E aí
01:10:14E aí
01:10:23E aí
01:10:23E aí
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01:10:25E aí
01:10:26E aí
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