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Entrevista ao Jornal da Manhã, a cientista política Juliana Fratini analisa se Lula (PT) pode sair politicamente fortalecido após a operação da PF contra Jair Bolsonaro (PL-SP) e os embates contra o presidente dos EUA, Donald Trump. A especialista aponta impactos diretos na narrativa eleitoral de 2026.

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Transcrição
00:00E eu quero falar um pouco agora sobre tudo isso relacionado à disputa eleitoral de 2026,
00:05porque os partidos da direita buscam nomes caso Bolsonaro se mantenha inelegível e não dispute.
00:10Enquanto o protagonismo do presidente Lula diante do tarifácio de Donald Trump
00:14parece ter dado um fôlego para uma possível campanha à reeleição.
00:18Para analisar esses cenários, a gente recebe aqui a cientista política Juliana Fratini.
00:23Juliana, seja muito bem-vinda, é um prazer recebê-la no nosso Jornal da Manhã.
00:27Eu quero entender primeiro a sua análise sobre um aumento ou possível aumento de popularidade de Lula,
00:33refletido agora nas últimas pesquisas, e se isso de fato teria a ver no seu ponto de vista
00:38com essa celeuma do tarifácio de Trump e a provável maneira com que muitos brasileiros
00:46enxerguem um ataque à soberania a partir do movimento feito pela família Bolsonaro.
00:52Bom dia.
00:53Bom dia.
00:54Totalmente existe essa percepção sobre o posicionamento dele que é de buscar uma dignidade a respeito do país
01:07e devido a esse ataque americano que não tem propósito nenhum num primeiro instante,
01:16mas está claro que foi uma armadilha, foi algo combinado entre a direita internacional,
01:27uma posição de direita que foi violenta mesmo.
01:34Então, o Lula cresce nesse sentido, na tentativa de fazer a manutenção da soberania,
01:43mas existe um aspecto que é secular, da própria perspectiva política, da ideológica de esquerda,
01:56de ricos contra pobres.
01:58Ele tentou investir muito nessa temática nas últimas semanas, alguns veículos deram como certa,
02:08como se tivesse revigorado a esquerda tratando desse tema de novo,
02:15mas no meu entendimento é uma furada.
02:19As pessoas compreendem porque, como eu disse aqui, é secular, é uma disputa secular,
02:26só que esquece que a própria esquerda também é elite.
02:31Então, ricos contra pobres de quem, né?
02:35A esquerda também é elite, a esquerda também é rica.
02:39Então, isso eu acho um equívoco.
02:41Agora que ele está surfando na onda, está surfando.
02:45Juliana, muito bom dia para você também, obrigada pela entrevista.
02:50Bom dia.
02:50Vou puxar aqui o gancho da operação da Polícia Federal deflagrada nesta sexta-feira
02:55contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
02:57Diante disso, alguns governadores se manifestaram a favor do ex-presidente,
03:03como, por exemplo, o governador aqui de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
03:06Ele, de alguma forma, ganha força para 2026?
03:11O que é a sinalização? Qual é a sinalização dessas manifestações dos governadores?
03:19Olha, eu acredito que entre os governadores que estão aí na disputa
03:25para receber o aval do Bolsonaro para a candidatura de 2026, o Tarcísio é o melhor.
03:32Ele é o que se sai melhor.
03:34O Tarcísio tem fair play.
03:35O Tarcísio conseguiu conversar com o governo federal até para estabelecer
03:41algumas determinadas políticas em São Paulo.
03:45Então, eu acredito que o Tarcísio, ele é o candidato mais forte neste momento, certo?
03:54E só se for descoberto algum tipo de escândalo,
04:00que essa candidatura acabe sendo minada.
04:03Do contrário, não.
04:05Agora, o Bolsonaro, eu percebo que ele está procurando, assim,
04:11construir candidaturas paralelas.
04:14Talvez para o filho Eduardo.
04:16Aliás, muito possivelmente para o filho Eduardo e com a Michele.
04:21Mas, institucionalmente, do que nós temos hoje,
04:25o Tarcísio é o candidato mais forte da direita desse país.
04:29Bom, a gente também tem a participação dos nossos comentaristas.
04:34Gesualdo, manda a tua pergunta.
04:37Professora, bom dia.
04:39Nesse primeiro momento, a imediato prazo,
04:43essas medidas tomadas pelo Trump parecem que têm ajudado o Lula,
04:46sobretudo por conta dessa comoção nacional.
04:48Mas, a médio e longo prazo, isso pode implicar em desemprego,
04:51principalmente no estado de São Paulo,
04:53também em recessão e, talvez, até o aumento flacionário,
04:57a depender daquilo que o Lula venha a retalhar o governo norte-americano.
05:02Essa, usando a sua expressão,
05:04esse surfar na onda do Lula agora,
05:06pode derrubá-lo mais à frente por conta desses projetos econômicos?
05:12Então, Gesualdo, é o seguinte,
05:15eu acredito que ele tenha se precipitado num primeiro momento, né,
05:21em dizer que haveria uma retaliação também, né?
05:25Então, assim, você fez isso comigo, eu vou fazer isso com você,
05:29então eu vou dar taxação também para os seus produtos.
05:32Então, ele se precipitou nessa fala.
05:36Mas, essa precipitação, ela tem um posicionamento,
05:41ela demonstra que ele quer se posicionar na questão da defesa do país.
05:50É essa impressão que ele quer passar,
05:52é essa mensagem que ele quer passar.
05:54Agora, a longo prazo, isso pode ser ruim, de fato, né?
06:00Se ele for insistir nessa conduta do toma-lá-da-cá.
06:07Pode ser, pode ser.
06:08Em alguns momentos, pode ser.
06:12Agora, eu não acredito que ele vai fazer isso,
06:17e eu não acredito que o Trump vai conseguir manter o tarifácio por muito tempo,
06:22porque o Trump já voltou para trás.
06:24A gente não pode esquecer isso.
06:26Faz alguns meses que o Trump colocou um tarifácio com a China,
06:32inclusive ele voltou para trás.
06:34Por que ele não voltaria atrás agora?
06:35O que a gente pode entender é que existe uma estratégia internacional da direita
06:44para manter posições nos países da América Latina,
06:49sobretudo o Brasil, que é o país mais importante da América Latina.
06:53Mas é uma estratégia.
06:55O que não faz ele voltar para trás?
06:57Pode ser que ele volte.
06:59O Trump, né?
07:00Estou falando.
07:01A pergunta agora é de José Maria Trindade.
07:04Perfeito.
07:06Eu tenho uma curiosidade e dificuldade em entender exatamente o que é hoje a direita brasileira
07:13e o que é o bolsonarismo.
07:17Na sua impressão, na sua avaliação, onde os dois grupos se dividem e onde eles se unem?
07:27José Maria Trindade, eu acredito que seja o seguinte.
07:31O bolsonarismo é um sentimento, ele é uma emoção muito forte, transgressora, é uma ruptura institucional.
07:44O bolsonarismo é um sentimento de ruptura institucional.
07:48Acredito que seja isso.
07:50Então, é o que foi a esquerda no passado.
07:53Você concorda?
07:54Nós tivemos um amplo governo de esquerda, de centro-esquerda, por anos no país.
08:05Esse sentimento de ruptura, ele tinha que sair da sociedade de algum modo.
08:12Saiu pela direita.
08:14Então, o bolsonarismo é isso.
08:16É um sentimento de ruptura com as instituições, tal qual foi a esquerda no passado.
08:24Certo?
08:25Só que, no caso, a esquerda que era elite.
08:28A esquerda é que estava no poder.
08:31Então, onde acontece a ruptura?
08:33Por parte da esquerda, nesse sentido.
08:37Agora, a posição de direita, eu entendo que seja um conjunto de valores mais tradicionais.
08:48É simplesmente isso.
08:50Não tem um equívoco, um erro, uma dor.
08:55São pessoas que se colocam como defensoras de instituições tradicionais,
09:01como casamento, como o trabalho na sua forma mais conservadora.
09:13Acredito que seja isso.
09:15São comportamentos.
09:17É o que está aí.
09:17Igreja, relação com a fé.
09:23É isso.
09:23A gente não pode fazer um bicho de sete cabeças, assim, querendo exorcizar o que é direita ou o Bolsonaro.
09:33A gente tem que entender como um sentimento.
09:36Juliana Fratini, obrigado por conversar conosco.
09:38Um ótimo dia, bom fim de semana.

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