- ontem
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Categoria
😹
DiversãoTranscrição
00:00Sabe aquelas conversas que só acontecem nos bastidores?
00:03Aquelas opiniões que todo mundo tem, mas ninguém fala na cara e muito menos no ar.
00:08Aqui a gente não tem medo do desconforto.
00:11O papo é direto, sem filtro, sem enfeite.
00:13E se doer, talvez seja porque às vezes a verdade dói mesmo.
00:17Então se você gosta de uma entrevista com resposta ensaiada, discurso pronto, pode mudar de canal.
00:22Eu sou Mari Cantarelli e esse é o InOff.
00:25Gente, o tempo que a gente leva pra ficar montada é maior que o tempo que a gente vai conversar aqui, que eu tenho de estúdio.
00:35Não namorou com vários famosos, mas já deu pra eles.
00:38Mentira.
00:43Mentira.
00:44Olha, eu falo todos os famosos que eu dei.
00:47Ou melhor, é, que eu dei, pronto.
00:49Porque ele não queria deixar eu ver o meu filho, disse pro meu filho que eu havia falecido, sendo que nunca deixei de mandar nada pra ele e tentava ligar, falar.
01:01Onde eu vou usar isso?
01:02Gostou desse brinco?
01:03Era só, olha, onde é que eu vou usar isso? Só pra falar com a Rita Cadillac.
01:06Adorei esse brinco.
01:08E gente, irritante que você não escolheu estar ali junto, né?
01:11Pois é, tem pessoas que você não conhece que tem hora que você tem vontade de matar.
01:15Mas aí você pensa, se eu matar, eu devolvo o dinheiro, né? Então eu não vou devolver, não.
01:20Se você quer conhecer o inferno, frequenta uma cadeia.
01:25Você tem um OnlyFans.
01:27Ainda.
01:28Tem um.
01:28Tem o Privacy e o OnlyFans.
01:30Os dois.
01:31Dá dinheiro.
01:31A convidada de hoje é uma daquelas figuras que não passaram pela cultura brasileira.
01:49Elas são a própria cultura.
01:52Ela foi chacrete, cantora, atriz, candidata vereadora, participante de reality show e meme de internet.
01:58Mas, acima de tudo, é uma personalidade que o Brasil ama e que não consegue esquecer.
02:04Ela atravessou gerações rebolando na cara do muralismo brasileiro.
02:08Bem antes de Anitta, Gretchen e outras influenciadoras que surgiram, ela já estava lá.
02:13Sendo julgada, desejada e, claro, pagando as próprias contas.
02:17Hoje, o Inoff recebe uma mulher de 71 anos que mexeu com o imaginário coletivo brasileiro como poucas pessoas.
02:25Seja muito bem-vinda, Rita Cadillac.
02:27Que maravilhosa.
02:29Obrigada.
02:30Eu que agradeço.
02:31Eu estou super feliz que eu já fui tietar aqui nos corredores.
02:36E, assim, vou começar a nossa entrevista dizendo o seguinte.
02:39Não tem nem que apresentar a sua história.
02:41Não tem como.
02:42É porque não precisa.
02:43Todo mundo já conhece.
02:45Então, eu queria saber como é que hoje você se apresenta com 71 anos.
02:50Como é que você se resume?
02:51É tanta história.
02:52Gente, eu sou de tudo um pouco, né?
02:56E eu, graças a Deus, eu continuo trabalhando, que é isso que é o bom.
03:01Aos 71 anos, eu continuo fazendo show.
03:04Eu continuo cantando, dançando, tirando foto, desfilando.
03:11Eu faço de tudo um pouco.
03:13Da tua história.
03:15A tua história é muito complexa.
03:18E a gente vê, né?
03:19Você falando, inclusive, em algumas entrevistas.
03:21Então, a gente vê você falando de violência doméstica.
03:24Sim.
03:25Você teve um filho que tem uma história complexa, né?
03:29Você participou duas vezes de um reality show que é um dos maiores do país, que é a Fazenda.
03:34Se Deus quiser e deixarem, eu vou pra terceira, hein?
03:38Vamos fazer essa campanha, Rita Cadillac, de volta na Fazenda?
03:41Não, não é.
03:42A primeira, eu saí com um mês só.
03:45Na segunda, eu fui a quinta colocada.
03:47Eu saí e acabou o programa.
03:50Agora eu ganho.
03:50É lógico, com certeza.
03:51Aí vocês ficam livres de mim.
03:53Mas por que você voltaria de verdade?
03:57Exatamente, porque eu quero eu mesmo provar pra mim que eu posso chegar lá.
04:01Porque você quer ganhar.
04:01Você entra e você quer ganhar.
04:03Claro que eu quero ganhar.
04:03Não é pela exposta.
04:04Não.
04:05Porque assim, hoje o pessoal...
04:06Tem pessoas que vão pra aparecer porque acham que vai dar alguma coisa a mais depois.
04:13Não, pra mim nunca deu um show a mais, nem um show a menos.
04:21O benefício de estar lá é só chegar até o final.
04:24E pra você mesma chegar na final e saber que você aguenta isso.
04:28Que você aguenta, porque não é fácil.
04:30O que é mais difícil de aguentar?
04:32É você acordar, dormir com pessoas que você não conhece.
04:36Que você conhece por televisão.
04:38Porque eu conheço você aqui.
04:40Mas eu não convivo com você.
04:42E lá é convivência.
04:44E é duro.
04:45Porque você tem suas...
04:47Quando você não gosta de uma pessoa, você atravessa a rua e não fala.
04:52Lá você é obrigada a falar.
04:55Você tem hábitos que lá você acaba teus hábitos todos.
04:59Eu não durmo sem televisão.
05:02Eu durmo com a televisão ligada.
05:03Então, na minha casa, a televisão é 24 horas ligada.
05:07Eu não estou vendo, mas estou ouvindo.
05:10Eu não durmo no escuro.
05:14Eu adoro tomar café.
05:16A primeira coisa que eu faço é ir tomar café.
05:19Pra depois eu pensar o que eu vou fazer.
05:22Como eu vou fazer o dia.
05:25Então, lá você não tem isso.
05:28E gente irritante que você não escolheu estar ali junto.
05:30Pois é.
05:30Tem pessoas que você não conhece.
05:32Que tem hora que você tem vontade de matar.
05:35Mas aí você pensa.
05:36Se eu matar, eu devolvo o dinheiro.
05:38Então, eu não vou devolver, não.
05:40Mas tem alguém que marcou a tua história.
05:43Pro bem e pro mal.
05:44De dentro dos parques.
05:46Lá tem.
05:46Teve.
05:47Quem que você não topa mesmo?
05:49De jeito nenhum.
05:50E é isso aí.
05:50A Lu Escaviana.
05:51Apesar que eu já propus pro Carelli botar eu e a Lu Escaviana de novo.
05:58E aí?
05:58Nunca mais falou?
05:59Não.
06:00Essa nunca mais eu falei mesmo.
06:02E não falou nem dela?
06:03E ela também não fala mais com você?
06:04Não, só que me perguntam, aí eu falo.
06:07Que pra mim...
06:08E o que que pegou?
06:09Era louca.
06:10Eu queria saber o que será que é bom para o moral.
06:14Dona Rita Cadillac.
06:17O que que é bom para o moral?
06:19Eu acho que é você falar a verdade.
06:23É mesmo.
06:26É, dona Rita Cadillac.
06:27Foi você que compõe essa música?
06:29Não.
06:29É óbvio que não.
06:31Meu amor, fez terapia?
06:33Não, fazia não.
06:34Eu não faço terapia.
06:35Você nunca fez terapia?
06:36Eu nunca fiz.
06:37A terapia sou eu mesma que me curo.
06:39É mesmo?
06:40As loucuras que eu faço.
06:41Como é que você faz?
06:42Eu olho todo dia para o espelho.
06:44Eu brigo comigo.
06:46Eu falo que eu não vou fazer isso, que isso está errado, que eu vou fazer aquilo.
06:49Mas eu faço tudo o que vem na minha cabeça.
06:52Eu sou geminiana.
06:54Entendi.
06:54Sou minha.
06:56Entendi.
06:56Mas muda, muda de frequência rápido.
07:00Dois segundos.
07:01Maravilhoso.
07:02O teu filho, você tem uma história delicada.
07:06Conta para mim um pouco dessa história.
07:07Eu fui casada.
07:09Tive um filho.
07:10Tive que deixar o filho para trabalhar fora do país.
07:14Quando eu fui morar fora.
07:17Quando eu voltei, eu tive um problema sério com o pai dele.
07:22Porque ele não queria deixar eu ver o meu filho.
07:25Disse para o meu filho que eu havia falecido.
07:28Sendo que nunca deixei de mandar nada para ele.
07:31E tentava ligar, falar.
07:33Naquela época não tinha telefone assim, né?
07:35Então era...
07:36Que ano foi isso?
07:3770 para 71.
07:39Olha.
07:40Então eu não tinha esse negócio, né?
07:43De telefone assim.
07:45De celular.
07:46É, não existe, né?
07:47Fazer um FaceTime aí.
07:49Tinha nada disso.
07:51Então ele falou para o meu filho, que eu tinha falecido.
07:54Mas depois eu consegui um dia raptar meu filho.
07:58Eu levei de volta.
07:59Ele morava no sul com o pai.
08:01Comprei duas passagens.
08:04E trouxe ele de volta para o Rio de Janeiro.
08:06Quantos anos ele tinha?
08:07Ele estava com sete anos.
08:09Criança ainda.
08:10É, criança.
08:11E aí você traz ele para cá.
08:13Trouxe ele.
08:13E ficou com você.
08:14Até o dia de hoje.
08:15Aos 53 anos.
08:18E ele segura a tua onda?
08:20Segura também.
08:21Segura.
08:21Mas eu quase...
08:24Eu falo as coisas para ele.
08:27O que está acontecendo.
08:28Vai acontecer isso, isso, isso e isso.
08:31Aí é o que ele fala.
08:32Mãe, alguém paga a sua conta?
08:34Não.
08:35O boleto chega.
08:36Quem vai pagar?
08:36É você.
08:37Então...
08:38Força.
08:40Vai.
08:40Muita coisa foi mudando, né?
08:42Desde que você começou a estar...
08:44Você estava falando para mim.
08:4451 anos já de carreira.
08:47Então, assim...
08:49Tudo mudou dentro do...
08:52Isso eu estou contando de televisão, tá?
08:55Perfeito.
08:56Antes da televisão.
08:58Porque antes eu estava fora do país.
09:00Então ninguém nem sabia que existia Rita Cardilac.
09:02O que você fazia lá fora do país?
09:04Eu dançava com Haroldo Costa e Mary Maria.
09:06Um grupo de dança de folclore do Brasil.
09:09E viajei o mundo inteiro com eles.
09:12Que maravilhoso.
09:13Pois é.
09:13Então...
09:14Mas eu conto...
09:15É...
09:16Da televisão.
09:17Que eu entrei na televisão em 74.
09:19Isso.
09:20Então você está há 51 anos nesse meio.
09:24Né?
09:24Artístico e de exposição.
09:26E é outro mundo.
09:28A Rita lá do Chacrinha vive um outro mundo.
09:32Hoje a gente está falando de cancelamento.
09:34Sim.
09:34Rede social.
09:36Como é que você...
09:37Como é que você vê essa transformação?
09:39E como é que você lida?
09:40É difícil.
09:41Para mim é muito difícil lidar com isso.
09:45Porque eu estou acostumada com outra, né?
09:48Eu fui criada na televisão com outra coisa.
09:52Não tinha...
09:54Eu acho muito mais glamurosa que era antigamente do que hoje.
09:59Porque você tinha fotos para revista.
10:01Você se via numa revista.
10:03Você se via numa coluna social.
10:05Numa coluna de televisão.
10:07E hoje você tem que tomar cuidado com um aparelhinho que acaba com você em dois segundos.
10:16Já acabou com você?
10:18Acho que não.
10:19Eu não sei se eu já fui cancelada.
10:22Não existia cancelamento na época, né?
10:24Não, mas na época...
10:26Mas já tinha...
10:26Mas os haters já existiam?
10:29Não.
10:29Não existia naquela época?
10:32Não.
10:33O que existia era...
10:35Fofoca de bar?
10:36Era só fofoca de revista.
10:39De revista também.
10:40Era só isso.
10:40Mas ninguém falava na cara, né?
10:42Conversava ali...
10:43Não.
10:43A coluna você tinha que ler, né?
10:46Aí você ia brigar com o colunista.
10:48Você ia brigar com o jornalista, né?
10:51E o que é mais difícil?
10:53É lidar com a imprensa falando mal?
10:55Ou com a pessoa ali no dia a dia, na sua rede social, enchendo o saco?
11:00Eu acho que é muito mais difícil na rede social.
11:03Muito mais.
11:04Porque com jornalista você consegue conversar, explicar o ponto.
11:09Né?
11:10E com a internet, com as pessoas nas redes sociais, você não consegue.
11:16Porque não adianta você tentar explicar alguma coisa que as pessoas falam.
11:22Não, mas você falou assim.
11:23Não, mas não é isso que eu tô querendo falar.
11:26Posso te propor essa dinâmica?
11:29Eu vou chamar agora o nosso quadro Toma que o Hate é Teu.
11:32Oi!
11:34Eu fui na sua rede social e eu peguei algumas falas absurdas de haters.
11:42E vou trazê-las pra você.
11:44Vamos lá.
11:44E você vê o que...
11:45E eu respondo.
11:46O que você quer responder.
11:47O que você responderia ou...
11:49Eu respondo.
11:49Fala o que você quiser.
11:50Eu já respondi tantos eles.
11:52Vamos lá.
11:53Vamos lá.
11:54Aspas.
11:55Ela foi símbolo sexual?
11:56Sério?
11:57Isso explica muito sobre o Brasil.
12:00Pois é, você vê.
12:01É porque vem agora, aos 71, não vem quando eu fui um símbolo sexual.
12:06E coisa que, mesmo naquela época, eu não dizia que eu era.
12:12Mas você tá maravilhosa aos 71, você concorda?
12:15Você não se sente maravilhosa?
12:16Eu concordo.
12:16Claro que eu vou concordar.
12:17Porque eu tô ótima.
12:18Você não se sente maravilhosa até hoje?
12:21Olha, eu tenho um pique de...
12:23Não vou te falar de 15 anos, porque aí eu vou estar também sendo ridiculamente ridícula,
12:29mas 30 anos tranquilamente.
12:32Eu, olha, eu corro, eu ando, eu durmo tarde, eu acordo cedo.
12:39Eu sou uma pessoa que tem disposição pra tudo.
12:42Carnaval, eu pinto os canecos.
12:46Maravilhosa.
12:47Vamos lá.
12:49Aspas.
12:50Não namorou com vários famosos, mas já deu pra eles.
12:54Mentira.
12:58Mentira.
12:59Olha, eu falo todos os famosos que eu dei.
13:03Ou melhor, é, que eu dei, pronto.
13:06Que eu dei um beijo, que eu dei um abraço.
13:07É isso.
13:08É isso aí.
13:09Pra quem?
13:09Eu quero saber, imagina.
13:10Você fala todos, você vai falar agora.
13:12Todos os famosos?
13:13Ah, eu quero saber.
13:14Miga, começa a contar na mão.
13:15Os bons, os bons.
13:16Mas vamos pros bons.
13:17Não, não é bom e ruim, não.
13:18Ah, não, não vamos classificar.
13:19Com a Zaguinha.
13:22Wagner Monte.
13:26Christian.
13:28Da dupla Christian Ralf.
13:32E Pelé.
13:35Alguma mídia não sabia?
13:38Todas as mídias, sim, soube.
13:39É, soube.
13:40Não tem ninguém pra você me entregar agora.
13:42Não, não.
13:43O Pelé, vou até explicar essa do Pelé.
13:46O Pelé, quando eu tive um affair com ele, eu não era Rita Cadillac, eu era Rita de Cássia.
13:52Eu estava lá fora, dançando, Barulho do Costa e Mery Marim.
13:56Então, eu era só Rita de Cássia.
13:58Tanto que quando eu voltei pro Brasil, que eu me tornei Rita Cadillac, encontrei com ele várias vezes, mas nunca, nem eu e nem ele, falamos, ah, lembra de... né? Nunca.
14:10Foi uma coisa ali, foi um caso.
14:14Acabou, tchau, benção de Deus.
14:15Foi um crush.
14:16É, foi, mas na época, a fer, né, vamos dizer assim, de uma semana...
14:21E tudo bem.
14:22E tá tudo bem.
14:23Mas nunca eu falei nada com ele.
14:26E isso só veio à tona quando foi feito o meu livro e o meu documentário.
14:32Então, isso veio à tona, porque é uma coisa que eu não poderia esconder.
14:35E hoje, você fazendo os shows, você canta todo tipo de repertório, inclusive...
14:40O Bom Para o Moral, todas as que eu gravei, mas as músicas que a Rita Lee mandou eu gravar.
14:47Quer dizer, ela mandou, é ótimo.
14:48Eu queria gravar músicas dela, porque eu sou fanzoca dela.
14:53E aí ela falou, olha, eu vou escolher as músicas pra você cantar.
14:59E ela fez uma seleção e foi a que eu gravei e que eu canto hoje, que é o Rita Canta Rita.
15:05E ela não era muito, né, de deixar as pessoas assim.
15:08Ela não participava muito dessa coisa de pode cantar, cantar isso.
15:13Com você foi um encontro, realmente.
15:15Foi um encontro mesmo, porque a gente se tornou muito amiga.
15:19Tem foto no Instagram, ela deitada na minha cama com a minha cachorrinha.
15:24Vocês ficaram amigas mesmo?
15:26Ficamos amigas.
15:26Eu tenho uma pantufa dela, que ela tirou na hora do pé e me deu.
15:31E tá guardada.
15:34Não dou, não vendo, não troco, não empresto, nada.
15:38Rita, você tem um OnlyFans ainda.
15:42Tem um.
15:42Tem o Privacy e o OnlyFans.
15:44Os dois.
15:45Tem as duas plataformas.
15:46Dá dinheiro?
15:48Eu pago bastante quanto a minha e viajo.
15:50É porque não que meu dinheiro todo venha de plataforma.
15:59Não é isso.
16:00Porque o trabalho é o que eu falo.
16:01Eu faço shows ainda.
16:03Você acha que isso não é trabalho?
16:04Você acha que ser influenciadora...
16:05Não, é trabalho.
16:07Mas eu digo que as pessoas ficam com uma outra visão, né?
16:11Então, é assim, o dinheiro total não vem dali.
16:15Vem dos meus trabalhos, dos meus shows, tudo isso.
16:18E o dinheiro dali, é claro que eu aproveito pra viajar.
16:22Ah, eu quero viajar.
16:23Quero ir pra Europa.
16:24Vou passar dez dias.
16:26Quero ir não sei o que lá.
16:27Vou passar uma semana.
16:29E eu não...
16:31Que ajuda algumas pessoas.
16:33Eu quero continuar falando dessa sua trajetória e deste momento que você tá vivendo.
16:41E eu quero entender como é que você lida com o envelhecer, né?
16:45Você é uma mulher de 71 anos.
16:47A gente vinha falando sobre o OnlyFans, sobre o privacy, que você tá lá, tá ainda faturando.
16:55Mativa, graças a Deus.
16:56Gente, o meu sonho da minha vida é chegar aos 71 anos assim.
16:59Eu tava falando que eu não chego nem na esquina.
17:01Imagina.
17:03Imagina com 71.
17:04Eu até falei, não dói um joelho, não pega uma coluna.
17:07É o que eu falo, não é dói.
17:09Pelos anos de carreira, de você usar salto, você dançar, de pular, de salto.
17:18Isso, claro que acaba...
17:20Você é um atleta, você utiliza.
17:24Claro, você dançou a vida inteira de salto alto.
17:26O joelho grita, eu vou lá no meu ortopedista.
17:29Vamos lá, a gente faz uma pulsãozinha.
17:31Tira o líquido e passa mais dois anos pulando.
17:35E tá tudo lindo.
17:36Agora, me fala, hoje com 71, como é que você olha pra essa história de...
17:43O que é sensual?
17:44O que é ser sex symbol?
17:45O que é ser bonito?
17:46O que é beleza?
17:47A gente falou um pouco antes...
17:49Eu acho que beleza...
17:51Não é isso aqui.
17:56A beleza não é isso.
17:58A beleza é dentro de você.
18:01Eu, pelo menos, sou assim.
18:03Aí você pode falar assim, ah, mas é porque já passou, já não sei o que lá, você pensava isso.
18:08Não, eu sempre pensei, porque eu nunca fui aquela pessoa que isso aqui conta.
18:14O que conta é aqui dentro.
18:16É o teu caráter.
18:18É a tua atitude.
18:20É isso que conta.
18:21É moda.
18:23Pô, já teve moda de gordinha, já teve moda de mais ou menos.
18:27Já teve moda...
18:28Tem moda agora que você tem que ser esqueleticamente esquelético.
18:32Eu sinto muito, eu não sou sushi, eu sou churrascaria.
18:39Mas você acha que isso, assim, essa maturidade também de olhar pra isso com essa leveza e dizer, olha...
18:46Gente, é o que é...
18:48Eu sempre fui.
18:48Sempre fui assim.
18:49Quando eu comecei na carreira de televisão, eu estava pra ir...
18:57Eu ia ficar três meses no Chacrinha.
18:59E aí eu peguei um belo santo dia, tô na rua e encontro alguém com um jornal, na época, e uma foto minha.
19:13E ele olha pra minha cara e olha pro jornal, olha pra minha cara.
19:15Sabe aquele tipo, oi, você que é a Rita Cadillac.
19:18Eu falei, oi, senhor.
19:19Ai, dá um autógrafo aqui no jornal.
19:21Eu dei aquele autógrafo.
19:23Falei, primeira.
19:24Segunda.
19:25Aconteceu a segunda vez.
19:26A terceira, eu falei, gostei disso.
19:29Então, vou ficar, vou continuar.
19:33Então, eu fiquei dez anos.
19:34Só que tudo isso é uma coisa que passa.
19:39E é por isso que eu te pergunto, quer dizer, como é que você lida com a perspectiva da finitude?
19:44Como é que você lida com a perspectiva da mudança do seu corpo?
19:46E você ainda hoje faz do seu corpo e da tua saúde, do teu pique, o teu palco.
19:54Você precisa, né?
19:55Você é uma performer.
19:56Eu preciso estar bem dentro de mim pra poder entrar no palco.
20:02E como é que você olha pra frente?
20:03O que você pensa?
20:04Até os 120 que me ensinaram a falar.
20:08Antigamente, eu falava só 100.
20:09Agora é 120.
20:11Então, até os 120, você vai me ver.
20:12Porque eu tenho...
20:15Não que eu não envelheça, não que o corpo envelhece, nada disso, não é isso.
20:25Mas se você é dentro de você, você quer estar lá, quer continuar, você vai continuar.
20:31Hoje eu boto a perna de fora, amanhã eu não vai poder botar, peraí, eu vou inventar uma outra coisa que eu possa fazer.
20:43Maravilhoso.
20:43E tá lá.
20:44E a Rita Cadillac tá lá.
20:45Ela só vai sossegar, a Rita Cadillac só vai sossegar o dia que ela bateu com as 10.
20:52Vem cá, eu vou te chamar agora a um quadro que é a verdadeira tradução,
20:56onde eu vou te trazer algumas falas que você teve, ou em entrevistas, em programas que você participou.
21:04E eu queria que você ou ressignificasse, ou reforçasse, ou explicasse, se você ainda pensa assim, ou se você mudou.
21:11Claro, porque a gente pode mudar.
21:12A gente muda de opinião, gente.
21:14A gente muda de opinião.
21:15Pode mudar.
21:15Tá bom, tá tudo bem mudar de opinião.
21:18Não é isso?
21:18Claro.
21:19Então vamos lá, o quadro, a verdadeira tradução.
21:23Aspas.
21:23Não, não vou voltar, porque na sarjeta eu não estou.
21:28Se a sua mãe está...
21:29Isso foi numa entrevista que você viu.
21:30Foi uma entrevista com o Fábio Pochá.
21:32Contando sobre o caso.
21:34Com o Fábio Pochá.
21:34Me conta essa história.
21:37Mas que já acabou, gente.
21:39Então, olha, mudamos aqui e ressignificamos.
21:42Não, não, não mudamos.
21:44Eu tô explicando que já acabou a confusão, acabou até pouco tempo depois do ocorrido.
21:50É que eu fui fazer o programa dele e brincaram comigo.
21:53Ah, Rita, nós vamos fazer uma espécie de calçada da fama, mas só que você vai sentar, botar o bumbum, a gente vai marcar o bumbum.
22:03Falei, ah, tá bom, brincadeira, né?
22:05Vamos, vamos, vamos brincar.
22:06E na hora, o Fábio falou a sarjeta da fama.
22:18Aí foi que eu saí do palco e fui embora.
22:21Levantou e saiu andando.
22:23Claro.
22:24Peraí, eu não tô na sarjeta.
22:27Aí eu ainda falei pra produtora.
22:29Ela falou assim, ah, você não vai voltar?
22:30Eu falei, não, meu amor, tá falando que eu tô na sarjeta.
22:34Você não sabe o que que é sarjeta?
22:35Ah, é o meio...
22:37Vá, leia.
22:39Primeiro, leia o que que é sarjeta.
22:41E mesmo que se eu tivesse, eu não ia voltar.
22:45Mas não estou na sarjeta.
22:49E foi isso.
22:50Depois, o próprio...
22:51Como é que resolveu esse que procurou?
22:53O Fábio me ligou.
22:55O próprio Fábio Pochá ligou pra minha casa, falou comigo, conversou comigo, pediu desculpas.
23:00Foi muito bem aceito.
23:02E tá tudo certo.
23:03Essa rivalidade entre você e a Gretchen é uma verdade, virou um factóide, acabou virando uma brincadeira, uma oportunidade também pra vocês estarem ali interagindo na mídia.
23:19Qual é a... Cadê o fundamento por trás disso? Conta a verdade pra mim.
23:23Quer a verdade?
23:24Quero.
23:24Nua e crua?
23:25Nua e crua.
23:28Eu tenho racha com ela, eu vou bater nela, eu vou brigar com ela.
23:33Brincadeira, gente. A gente nunca teve rixa nenhuma.
23:36Mas eu falei que eu ia fazer isso.
23:39Porque todo mundo me pergunta, Rita, vocês duas têm alguma coisa, né?
23:44E eu falo, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não.
23:48Aí um dia eu falei assim, eu vou chegar e vou falar, tenho.
23:50Tenho.
23:51Quero bater, quero matar, quero isso, isso, isso.
23:54Mas é mentira, gente. Não tenho, não.
23:56Ô, Rita, você não acha que isso também é quase que, assim, mito?
24:00É outra mentira que inventaram comigo.
24:02É um mito que a sociedade cria, que reforça alguns estereótipos de rivalidade entre as mulheres.
24:09Você sabe que eu tava conversando com a Yasmin Yasini, que é uma das apresentadoras do Flow Podcast.
24:16Adoro ela.
24:16Ela já teve lá, maravilhosa.
24:18E ela e a Cris apresentam.
24:20E a gente comentou muito sobre isso.
24:22Ela falou, cara, as pessoas inventam a rivalidade entre eu e a Cris,
24:27ou que ali tem alguma coisa estranha que a gente não se dá bem.
24:29Qual é o tesão das pessoas em achar que a mulher tá brigando com a outra mulher?
24:34Porque a mulher não defende a mulher.
24:38Falta sororidade?
24:38Falta.
24:40Se as mulheres defendessem as mulheres, não haveria isso.
24:44Ô, Rita, antes da gente encerrar, eu queria falar um pouco sobre a sua atuação junto aos presidiários,
24:55a época em que você virou a madrinha do sistema carcerário.
25:02Muito bom.
25:03Como é que foi essa história?
25:04Eu aprendi muita coisa.
25:06E vi muita coisa.
25:09Eu sempre digo que se você quer conhecer o inferno, frequenta uma cadeia.
25:16O que você viu na cadeia?
25:18Você vê barbaridade.
25:19Você vê um cubículo com 20, 30 pessoas, sendo que aquele cubículo vai caber seis pessoas.
25:28Você vê indignidade, né?
25:30É, e você não vê a chance que, pra darem chance a essas pessoas trabalharem, quando saírem de lá.
25:40Por isso é que às vezes as pessoas voltam, não se consertam, porque, sabe, você não tem uma chance aqui fora.
25:49Já é difícil pra quem não tem, né, quem não tá taxado lá com um carimbo.
25:54E pra quem tem, que tem um carimbo ex-presidiário, é pior ainda.
26:01E alguma, existe alguma coisa boa ali, bonita?
26:04Tem algo que você fala, olha, o ser humano consegue produzir beleza e fazer coisas bacanas mesmo numa condição tão difícil?
26:13Eu já vi ex-internos saírem e estarem aí batalhando honestamente.
26:19Eu já vi.
26:21Existe reintegração pra preso?
26:23Quando você quer.
26:26E quando dão uma oportunidade pra você.
26:28As pessoas dão oportunidade?
26:30Você acha que o Estado cuida?
26:31Não.
26:32Pra essa reintegração acontecer?
26:35Não.
26:36Eu fui, agora há pouco tempo, esse ano, eu fui numa penitenciária no Espírito Santo.
26:47Achei até que lá estavam, porque lá eles têm aula de inglês, eles têm aula de corte e costura, trabalho manual, e é tudo vendido.
27:00Eles mesmos vendem, fazem produção pra vender, eles têm direito a aulas, e aula de inglês, bebê.
27:10Você ainda, então, faz esse trabalho de frequentar alguns cílios?
27:13Quando deixam cílios.
27:14Porque tem lugares que não deixam mais, né?
27:16É, tem lugares que não deixam mesmo, porque...
27:18Porque virava muita confusão, né?
27:21Eles falam que não tem como tomar conta de mim, de me proteger por alguma coisa.
27:27Eu falo, gente, eu tenho certeza que comigo não acontece nada.
27:31Porque como eu sempre respeitei eles, eu sempre tratei de igual pra igual.
27:38Por pior que fosse, eu sempre falava, e sempre fui muito honesta com eles, porque alguns falavam assim,
27:43Ah, eu tô aqui de laranja.
27:46Eu falo, tá de laranja? Malandra aquele que tá lá fora.
27:50Aquele que tá lá fora é malandro, você é boa.
27:54Otário.
27:54E é uma pena que seja tão, ainda, né, difícil, e que o Estado não dê conta de, realmente, trazer políticas públicas que ajudem a fazer essas pessoas se reintegrarem socialmente.
28:05É muito difícil.
28:07É muito difícil, mas...
28:09Eu gostaria muito que tivessem algo que pudesse ser feito pra poder reintegrar essas pessoas que querem também.
28:19Que tem quem não queira, né?
28:20Tem que querer, que nem uma pessoa que usa droga.
28:23Sim.
28:23Ela só vai parar se ela quiser.
28:26Sim.
28:27Rita, você é maravilhosa, inspiradora.
28:31Obrigada por esse papo.
28:32Eu adorei, eu adorei.
28:34Eu que agradeço, vida.
28:36Obrigada.
28:37Obrigada mesmo.
28:38Sucesso.
28:39Mas não deixa ele subir.
28:41Rita, te ouvir é como folhear um Brasil que finge que mudou, mas que ainda se assusta com a liberdade de muita gente.
28:49Você desafiou padrões, confrontou moralismos e reinventou o seu próprio nome num país em que basta nascer mulher pra gente ser julgado.
28:57Foi tema de música, capa de revista, piada de programa de domingo e inspiração pra muita gente.
29:03Se um dia te chamaram de a Cadillac do Brasil, hoje eu digo, você é um clássico que nunca sai de linha.
29:10Esse foi o Inoff de hoje e na semana que vem tem mais, meus amores.
29:13Até a próxima.
29:14A opinião dos nossos comentaristas não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
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