Papo Antagonista: A libertação de presos pelo STF e de reféns pelo Hamas

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00:00:00Encontre a sua TV e pronto.

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00:00:10Não perca tempo e aproveite os melhores conteúdos sobre política, economia, cultura e muito mais.

00:00:16Com a qualidade e a independência de O Antagonista na tela da sua TV.

00:00:20Eu preciso construir uma narrativa para destruir o inimigo.

00:00:32Que vingança.

00:00:32Estou aqui para me vingar dessa gente.

00:00:34Eu não vou esperar foder minha família. Por isso, vou interferir.

00:00:42Salve, salve. Eu sou Felipe Moura Brasil. Sejam bem-vindos ao Papo Antagonista.

00:00:46Hoje é quarta-feira, 22 de novembro de 2023.

00:00:50A gente se atrasou uns minutinhos porque eu estava empenhado em publicar um artigo no portal O Antagonista

00:00:56sobre o caso do réu do 8 de 1 que acabou morrendo na segunda-feira, 20 de novembro.

00:01:03Depois de vários pedidos feitos pela sua defesa para que ele fosse pelo menos para a prisão domiciliar

00:01:10em razão do seu estado de saúde.

00:01:12Isso já foi tema aqui de análise no portal O Antagonista.

00:01:19E a gente vai trazer hoje ao vivo o advogado dele, Bruno Azevedo de Souza,

00:01:25para conversar com a gente sobre esse episódio que eu destrinchei agora há pouco no portal.

00:01:30Mas primeiro eu dou boa noite a Carlos Graieb, que participa como sempre comigo,

00:01:34dessa vez virtualmente. Tudo bem, Graieb?

00:01:36Salve, Felipe. Boa noite.

00:01:37Muito bem, é pauta cheia. Depois vamos falar, evidentemente, da cobertura internacional,

00:01:44dos acordos entre Israel e Hamas, temporários, obviamente, para a libertação de reféns.

00:01:50A gente gosta do jornalismo assim, quente, no calor do momento.

00:01:54Por isso, eu acho que ele já está na linha para conversar com a gente.

00:01:57Bruno Azevedo de Souza, advogado do Clareston. E até me corrija, por favor, se a nossa pronúncia

00:02:04estiver errada, porque tem saído o nome dele sem acento. Então, o senhor pode deixar tudo

00:02:10muito claro e a nossa solidariedade, evidentemente, diante desse momento após a morte do seu cliente.

00:02:16Bem-vindo, Bruno, ao Papo Antagonista. Muito obrigado pela disponibilidade.

00:02:19Opa! Primeiramente, boa noite, Felipe. Boa noite, Carlos. E boa noite a todos.

00:02:26Quanto ao pronunciamento do nome, realmente é Clareston, né?

00:02:30Algumas pessoas chegaram a pronunciar como Clareston, mas, tirando essa dúvida, o pronunciamento

00:02:36correto é Clareston. Infelizmente, Felipe, a gente compara isso aqui hoje, né, para falar

00:02:41dessa tragédia, né? E uma grande perda, a gente lamenta grandemente por todo o ocorrido.

00:02:48E, assim, cabe a gente, né, se pronunciar, esclarecer qualquer tipo de dúvida.

00:02:54Eu me coloco à disposição, assim, para qualquer dúvida que os senhores venham a ter.

00:02:58E para que a gente possa estar trazendo, de fato, uma verdade, né?

00:03:01A gente não tem cunho político, nem a intenção de atacar qualquer tipo de autoridade, de forma

00:03:06alguma. Nosso trabalho é com transparência e profissionalismo.

00:03:09E a gente está aqui, justamente, para poder esclarecer qualquer tipo de dúvida, né?

00:03:14Certo, Bruno. A gente agradece muito e, obviamente, avisa ao público,

00:03:18que eu, o Graieb e outros que participam do Papo Antagonista, nós temos opiniões,

00:03:22análises, eventualmente críticas incisivas a esse ou aquele personagem.

00:03:25Mas aqui, com o advogado, com o doutor, a gente vai conversar sobre as questões

00:03:30factuais e, obviamente, ele não responde pelas nossas críticas.

00:03:36Queria saber, primeiro, Bruno, como é que começou para o senhor essa história?

00:03:42Como é que o senhor foi procurado?

00:03:44O que o senhor analisou num primeiro momento que poderia servir ali para a defesa do Clareston

00:03:51depois de ele ter sido detido no Senado Federal em 8 de janeiro?

00:03:56Então, Filipe, assim, eu vou te explicar um pouco, né?

00:04:01Te dar um aparato geral do que aconteceu desde o início.

00:04:05Quando o fato ocorreu lá em 8 de janeiro, logo após o ocorrido, né?

00:04:09Dada as prisões e tudo, aquela surpresa que pegou a sociedade, assim, naquele momento,

00:04:14a gente foi procurado por familiares, né?

00:04:16Após algumas indicações particulares e foi quando o pessoal passou toda a situação para a gente, né?

00:04:21A partir dali, a gente assumiu o caso e passou a analisar tudo o que estava acontecendo,

00:04:26tudo o ocorrido e, assim, foi uma situação bem diferente nisso, né?

00:04:31Uma grande quantidade de réus e tudo e acabou que teve situações extraordinárias, né?

00:04:37A gente teve a realização das agências de custódia após o prazo, assim, previsto, né?

00:04:42E, após 24 horas, foram passando-se os dias e diversas situações que fogem do nosso cotidiano

00:04:50vieram a acontecer, né?

00:04:52De lá pra cá.

00:04:53E, no momento oportuno, a gente, né, apresentou provas contundentes no processo,

00:05:00alertou, sim, dessa questão da saúde do Clériston.

00:05:03Trouxemos, né, documentações médicas na quais traziam a situação de fato dele

00:05:11e não caminhamos a defesa somente por esse sentido, né?

00:05:15Não usamos somente a via da saúde.

00:05:17No decorrer do processo, a gente conseguiu visualizar várias outras alternativas

00:05:22e teses de defesa que poderiam ser utilizadas.

00:05:26Teve prosseguimento normal, foram realizadas as audiências

00:05:30e a defesa sempre, na sua parte, cumprindo o seu dever,

00:05:33apresentando aquilo que devia ser apresentado.

00:05:37Lógico que a gente não queria que tivesse esse final, né?

00:05:40Lutamos bastante pra isso.

00:05:42Vários foram os pontos que tivemos com o Clériston no presídio, né?

00:05:46E sempre se mostrando uma pessoa otimista, uma pessoa corajosa

00:05:51e que, apesar da situação não ser favorável,

00:05:54nunca se mostrou cabisbaixo no sentido de querer enfrentar aquela situação

00:05:58e acreditando.

00:05:59Era um cara bastante apegado a Deus, na sua religião,

00:06:02e sempre se mostrou forte.

00:06:04Do ponto de vista técnico, sempre estamos pontualmente apresentando as defesas e tudo,

00:06:10trazendo informações de defesa, né?

00:06:13Como já disse anteriormente, relacionadas à saúde.

00:06:16E do ponto de vista técnico, né?

00:06:18Coisas que a gente, como advogado, acaba visualizando e apresentando perante o judiciário.

00:06:22Agora, Bruno, eu me aprofundei na análise do caso

00:06:27pra poder escrever o artigo que tá em oantagonista.com.br

00:06:30e eu vi, portanto, que o Clériston foi preso em 8 de janeiro

00:06:35ante a suposta prática dos crimes de dano qualificado e golpe de Estado.

00:06:40Veio ali um ok da Justiça Federal, em primeira instância,

00:06:45sobre a prisão dele.

00:06:47A defesa, e imagino que o senhor já fazia parte naquele momento,

00:06:52formalizou um habeas corpus perante o Tribunal de Segunda Instância, o TRF1.

00:06:57Só que aí o desembargador relator disse, olha, isso é com o STF.

00:07:02Justamente porque o Alexandre de Moraes, relator do inquérito dos atos golpistas,

00:07:06tinha permitido ali que os tribunais, de primeira e segunda instância,

00:07:09avaliassem os casos de audiência de custódia, etc.

00:07:12Mas decisões sobre relaxamento de prisão, sobre conversão de prisão preventiva

00:07:17em prisão domiciliar, seriam tomadas pelo Supremo Tribunal Federal.

00:07:22Então, esse habeas corpus foi apresentado ao STF.

00:07:26E quem foi o relator desse HC no Supremo foi o ministro André Mendonça.

00:07:32É claro que o senhor não tem nada a ver aqui com o embate político,

00:07:34mas só pra registrar pro nosso público,

00:07:36diante das críticas que o Alexandre de Moraes recebeu por omissão em todo esse episódio,

00:07:41blogs petistas saíram em defesa do Moraes,

00:07:45atribuindo culpa ao André Mendonça, pela decisão de rejeitar o HC.

00:07:52Eu analisei o caso e vi que o André Mendonça citou no relatório, inclusive,

00:07:56as questões de saúde apontadas pelo senhor,

00:07:58mas ele aplicou a súmula 606 do STF,

00:08:02quer dizer, uma jurisprudência consolidada no Supremo Tribunal Federal,

00:08:05que faz com que aquele HC não possa ser recebido,

00:08:11não possa ser analisado,

00:08:13porque ele é contra um ato de ministro do Supremo Tribunal Federal,

00:08:17e no caso, do próprio Alexandre de Moraes.

00:08:21Como é que o senhor ajuda a explicar ao nosso público

00:08:24essa parte de todo esse episódio?

00:08:27Assim, Felipe, a gente entende que nessa situação,

00:08:30nessa altura do campeonato,

00:08:31lógico que vai surgir várias opiniões

00:08:33e que vão ter cunho político, né?

00:08:35Como você citou, em uma página saiu essa informação,

00:08:38e a fim de esclarecer para o público,

00:08:41o que acontece referente a essa decisão?

00:08:44Infelizmente, o ministro André Mendonça,

00:08:47na verdade, ele não pôde chegar a apreciar o HC.

00:08:52O habeas corpus não foi julgado na questão do mérito,

00:08:55ele, na verdade, não pôde ser apreciado.

00:08:57É um entendimento que já existe na casa,

00:08:59a súmula 606,

00:09:00onde a Suprema Corte não pode julgar

00:09:04um habeas corpus que é oriundo de uma própria decisão da casa

00:09:08ou de algum de seus membros, né?

00:09:11E, assim, eu vejo que a notícia que circula

00:09:13é que simplesmente ele negou,

00:09:15e, infelizmente, ele não pôde nem apreciar o mérito.

00:09:18Essa é a real verdade dos fatos, né?

00:09:20Exatamente, e ele coloca isso na decisão,

00:09:24eu citei entre aspas,

00:09:26mostra-se incabível a impetração,

00:09:28uma vez voltada contra ato de ministro do STF,

00:09:31e aí cita ali a súmula, etc.

00:09:34Então, tendo em vista a jurisprudência,

00:09:36o processo deve ser extinto sem resolução de mérito.

00:09:40E isso foi decidido também pelo, então, ministro Ricardo Lewandowski,

00:09:44em outros habeas corpus apresentados por defesas

00:09:47de duas outras pessoas presas por ações realizadas em 8 de 1.

00:09:52E eu chamo a atenção de uma frase do próprio André Mendonça

00:09:56ao encerrar ali a sua decisão de rejeitar o HC

00:10:00com base na jurisprudência.

00:10:01Ele fala,

00:10:02encamine-se com urgência,

00:10:04cópia desta decisão,

00:10:05ao excelentíssimo ministro Alexandre de Moraes,

00:10:07relator do inquérito,

00:10:09o número tal que é o inquérito dos atos golpistas,

00:10:11no Supremo Tribunal Federal.

00:10:12Então, o Moraes era o relator responsável pela análise do caso

00:10:16e a ele foi encaminhada a decisão do André Mendonça,

00:10:20que citava, inclusive, o pedido da defesa

00:10:24com as questões de saúde.

00:10:27Então, assim, isso ficou lá numa gaveta

00:10:29no Supremo Tribunal Federal esse tempo todo.

00:10:33Depois, veio manifestação do Supremo Tribunal Federal

00:10:39recebendo a denúncia da Procuradoria-Geral da República,

00:10:42quer dizer, a PGR acusou o Clériston de crimes,

00:10:47e o STF recebeu aquela denúncia,

00:10:50abrindo, portanto, a ação penal.

00:10:53Quer dizer, a ação penal, o alvo da ação penal,

00:10:56ele pode responder em liberdade

00:10:57ou ele pode estar preso preventivamente.

00:10:59No caso do Clériston, ele estava preso preventivamente.

00:11:02Então, em seguida, vieram duas manifestações do senhor,

00:11:08uma em 24 de maio, outra em 31 de maio.

00:11:11E o senhor fez alertas ali de que,

00:11:15se ele fosse mantido, o Clériston, na cadeia,

00:11:18isso poderia representar uma sentença de morte.

00:11:23O senhor tinha, evidentemente, desde fevereiro, me parece,

00:11:26um laudo técnico, médico, a respeito disso.

00:11:30Quer dizer, como é que foi fazer esse tipo de pedido

00:11:35e ver esse pedido não ter sido atendido?

00:11:39Então, Felipe, vamos lá.

00:11:41O que acontece?

00:11:42Após a negativa do HC, do habeas corpus,

00:11:45a gente utilizou outros mecanismos de defesa

00:11:47para que pudesse ser feito esse pedido de liberdade provisória.

00:11:50Lógico que a gente consentiu,

00:11:54não teve outra alternativa a não ser dar prosseguimento,

00:11:58já que havia um entendimento consolidado

00:12:00acerca do não apreciamento do HC.

00:12:04A gente, desde o início, teve acesso realmente a essas documentações e tudo.

00:12:09E, em oportunidade, juntamos ao processo, informamos.

00:12:12Após o recebimento da denúncia,

00:12:14que, salvo em Gona, ele ocorre em 24 do 4,

00:12:18a gente realmente manifesta logo em seguida,

00:12:21e é onde a gente acaba protocolando a defesa

00:12:25e apresentando um trecho onde realmente repercutiu bastante

00:12:29em que a gente fala que, caso continuasse a manutenção

00:12:34da prisão preventiva continuasse,

00:12:36poderia, sim, resultar em uma suposta sentença de morte.

00:12:39É uma frase que ela teve uma repercussão, eu vi, de forma nacional.

00:12:44E, de fato, infelizmente, ela veio a acontecer.

00:12:46A gente lamenta muito.

00:12:48Mas, assim, quanto ao ponto de vista jurídico

00:12:50e ao nosso olhar,

00:12:52lógico que gera uma sensação

00:12:53até de insuficiência, de impotência,

00:12:56porque acabou não sendo avaliado.

00:12:58O processo caminhou normalmente.

00:13:00E, no tocante a esses pontos que sempre destacamos,

00:13:03ele não teve um olhar mais minucioso

00:13:04ou um retorno.

00:13:05Na verdade, uma manifestação acerca disso.

00:13:08Visto que a gente não estava na possibilidade

00:13:11de conseguir a liberdade provisora,

00:13:13tentamos também, posteriormente,

00:13:15a conversão em visão domiciliar,

00:13:18baseando-se na situação de saúde do Clareston.

00:13:22Então, no primeiro momento,

00:13:24a gente apresenta os pedidos de liberdade provisora,

00:13:27acostamos a situação de saúde dele nos autos

00:13:29e apresentamos esse pedido

00:13:31com medidas cautelares,

00:13:33com o uso de tornozeleira eletrônica,

00:13:36algumas medidas também,

00:13:39como não se ausentar do país

00:13:40ou da comarca do Estado,

00:13:42proibição de frequentar alguns lugares determinados

00:13:44ou de se comunicar de maneira política

00:13:47com os outros envolvidos.

00:13:48Esse foi a base

00:13:50dos pedidos que a gente tinha,

00:13:53algumas imposições que tinha

00:13:54por parte do tribunal.

00:13:56E a gente estava de acordo com isso,

00:13:57mas, visto que a gente não ia alcançar,

00:13:59a gente optou também

00:14:00por subsidiariamente pedir

00:14:02essa conversão na prisão domiciliar.

00:14:04Outro fator também que não foi atendido.

00:14:08Certo.

00:14:09A PGR, em setembro,

00:14:12acabou se manifestando favoravelmente

00:14:14à soltura do Clareston.

00:14:18E esse pedido,

00:14:19até 20 de novembro,

00:14:20data da morte dele,

00:14:22ainda tampouco foi avaliado

00:14:24pelo ministro relator Alexandre de Moraes.

00:14:27É só uma dúvida.

00:14:28Nessa manifestação da PGR,

00:14:30ela se coloca favorável à soltura,

00:14:35mas não por questões de saúde?

00:14:37Foi por outras questões

00:14:38que também faziam parte

00:14:39da sua argumentação de defesa?

00:14:42Perfeito, Felipe.

00:14:43Então, o que acontece?

00:14:44Quando a PGR se manifesta,

00:14:46ela não é somente a favor da soltura,

00:14:49mas no sentido de ser relacionada

00:14:51à saúde do Clareston.

00:14:52O método utilizado,

00:14:55o argumento utilizado

00:14:56é que, naquele momento,

00:14:57tanto a gente como a PGR,

00:14:59em seu posicionamento,

00:15:00já não havia mais necessidade

00:15:02da manutenção da prisão.

00:15:04Já não existia mais questão

00:15:06de ordem pública

00:15:06ou de uma suposta frustração

00:15:08das investigações.

00:15:10O Clareston,

00:15:10desde o começo,

00:15:11colaborou,

00:15:12entregou o celular,

00:15:12forneceu senha.

00:15:14Então, desde o começo,

00:15:15ele sempre esteve colaborando

00:15:17com as investigações,

00:15:18não teve qualquer oposição.

00:15:19todas as vezes

00:15:20em que foi questionado,

00:15:21sempre falou

00:15:22e trabalhou com a verdade.

00:15:24Em momento algum,

00:15:25foi arrolado no processo

00:15:27algo que realmente comprovasse

00:15:29a sua efetiva participação

00:15:31em qualquer tipo de ato

00:15:32de vandalismo.

00:15:33Entendeu?

00:15:34Como a gente narrou

00:15:35em várias oportunidades,

00:15:36ele usou o Senado

00:15:37naquele momento

00:15:37para se abrigar.

00:15:39Não cabe a mim agora

00:15:41entrar no mérito

00:15:42da questão da inocência,

00:15:43mas só para fingir relatos.

00:15:45E, assim,

00:15:47como defesa,

00:15:51a gente pode garantir

00:15:52que, no momento oportuno,

00:15:56a gente fez o que tinha

00:15:57que ser feito

00:15:57e, de acordo com o posicionamento

00:16:00da PGR,

00:16:02não foi só baseado

00:16:03nessa questão da saúde, né?

00:16:04Lógico que, se fosse,

00:16:06a gente com certeza

00:16:07ressaltaria,

00:16:08mas a própria PGR

00:16:09enxergou naquele momento

00:16:10que já inexistia motivos

00:16:12para o prosseguimento

00:16:13da prisão.

00:16:14E não se tratava

00:16:15de absorvição

00:16:16da questão

00:16:18da inocência.

00:16:19Era simplesmente

00:16:19para que ele continuasse

00:16:21a responder

00:16:21o processo em liberdade.

00:16:22Era uma liberdade

00:16:23provisória

00:16:24que teve

00:16:25manifestação favorável

00:16:27por parte da PGR,

00:16:28mas não teve

00:16:29como fundamento

00:16:29principal

00:16:30a questão da saúde,

00:16:31mas sim pelo fato

00:16:32de já não existir

00:16:33motivos

00:16:34para que ele

00:16:35continuasse preso.

00:16:37Certo.

00:16:37A gente lembra

00:16:38essa diferença

00:16:39que existe

00:16:39entre a prisão preventiva,

00:16:41ainda na fase

00:16:42de investigação,

00:16:43e a execução

00:16:45propriamente dita

00:16:46da pena.

00:16:47Ele estava preso

00:16:48preventivamente.

00:16:49Então, para a prisão preventiva

00:16:50há diversos requisitos,

00:16:52como o risco

00:16:53à ordem pública,

00:16:54o risco

00:16:55de destruição

00:16:56de prova,

00:16:56o risco

00:16:57de fuga,

00:16:58o risco

00:16:58de coação

00:16:59à testemunha.

00:17:00A partir do momento

00:17:00que a PGR

00:17:01fez denúncia,

00:17:02que o Supremo

00:17:02aceitou

00:17:03que se abriu

00:17:04a ação penal,

00:17:05houve toda

00:17:06uma argumentação

00:17:07de que não precisava

00:17:09mais

00:17:09dessa prisão

00:17:10preventiva

00:17:11estendida,

00:17:12que era

00:17:12objeto de muitas

00:17:14críticas dos ministros

00:17:15do STF

00:17:16em outros casos,

00:17:17como os da Lava Jato,

00:17:18como a gente já analisou

00:17:19diversas vezes

00:17:20aqui no Papo Antagonista.

00:17:21Então, como colocou

00:17:21o Bruno Azevedo

00:17:24de Souza,

00:17:24advogado do Clareston,

00:17:26ele responderia

00:17:26ao processo em liberdade.

00:17:27Ele poderia,

00:17:28eventualmente,

00:17:29acabar sendo condenado

00:17:30ou inocentado.

00:17:31Se fosse condenado,

00:17:32aí voltaria

00:17:33para a prisão

00:17:34para o cumprimento

00:17:35da pena.

00:17:36Só para deixar tudo claro

00:17:37tecnicamente.

00:17:38Eu precisei fazer

00:17:39essa cronologia

00:17:40aqui para

00:17:41colocar na mente

00:17:42do público

00:17:42exatamente a ordem

00:17:43dos fatos,

00:17:44porque eu me debrucei

00:17:45sobre esse assunto

00:17:45o dia todo.

00:17:46Agora eu passo a palavra

00:17:47para Carlos Graebi

00:17:48fazer uma pergunta

00:17:49para o senhor.

00:17:49Carlos?

00:17:56O microfone, Graebi.

00:17:59Se não,

00:18:00não seria eu, né?

00:18:02É,

00:18:02ele às vezes

00:18:03esquece de apertar

00:18:04o botão

00:18:04nessas transmissões virtuais.

00:18:06Diga lá.

00:18:07Boa noite, Felipe.

00:18:08Boa noite, Bruno.

00:18:08Obrigado pela participação

00:18:10no programa.

00:18:12Eu gostaria

00:18:13de uma avaliação sua

00:18:14sobre

00:18:15esse,

00:18:18a tramitação

00:18:19desse processo.

00:18:21E suponho que você

00:18:22tenha podido observar

00:18:23ou

00:18:23talvez até falar

00:18:26com advogados

00:18:26que estão

00:18:27tratando de outros casos

00:18:29semelhantes,

00:18:30a tramitação

00:18:31de um caso

00:18:31como esse

00:18:32no Supremo.

00:18:33o que

00:18:34o que

00:18:35isso acarreta

00:18:36de diferente

00:18:37ou

00:18:37no que

00:18:39é parecido

00:18:40com a tramitação

00:18:42do processo

00:18:44segundo

00:18:45o rito

00:18:46normal, né?

00:18:48Ou seja,

00:18:48um processo

00:18:48começaria

00:18:49pela primeira instância

00:18:50e não já direto

00:18:51na Corte Suprema.

00:18:52Já que ele não tinha

00:18:53foro privilegiado, né?

00:18:54Só para deixar claro.

00:18:55Diga, Bruno.

00:18:55Perfeito.

00:18:58Boa noite, Carlo.

00:18:59Afim de esclarecer

00:19:01a sua dúvida,

00:19:02eu vou ser bem breve

00:19:04nesse sentido

00:19:04porque

00:19:05é um assunto

00:19:07que a gente

00:19:07não pode até

00:19:08se estender muito.

00:19:09É bem simples

00:19:09de explicar.

00:19:10Eu não consigo

00:19:11te passar hoje

00:19:12qual o tempo

00:19:14razoável

00:19:14de um processo.

00:19:16Até porque

00:19:16vai demandar muito

00:19:18e depender muito

00:19:19da questão

00:19:19dos fatores

00:19:20que envolvem

00:19:21da quantidade

00:19:22de pessoas envolvidas

00:19:23e tudo.

00:19:24Então, cada processo

00:19:25ele tem um tempo

00:19:26de duração

00:19:26diferente um do outro.

00:19:28O fato dele

00:19:29tramitar no STF,

00:19:30assim como foi declarado

00:19:31no início

00:19:31dos atos,

00:19:34se dá mais

00:19:35em razão

00:19:35de competência, né?

00:19:36Por ter acontecido

00:19:37ali no âmbito

00:19:39do Congresso,

00:19:40do Senado e tudo.

00:19:42E conforme

00:19:43a previsão,

00:19:44existe realmente

00:19:45essa possibilidade

00:19:46desse processo

00:19:47ele já começar

00:19:48e se iniciar

00:19:48perante o STF.

00:19:50Uma comparação breve

00:19:52com o dia a dia

00:19:53normal do advogado

00:19:54em uma vara comum

00:19:55eu não

00:19:57vou dar a precisão.

00:19:58Até porque

00:19:59a gente estava

00:20:00numa situação

00:20:00assim,

00:20:01extraordinária.

00:20:03Também temos

00:20:04que entender

00:20:05que existia

00:20:06um grande número

00:20:07de réus

00:20:08e um grande número

00:20:08de processos

00:20:09que geram

00:20:10a sobrecarga,

00:20:11logicamente.

00:20:12Mas,

00:20:13isso não isenta

00:20:14de qualquer forma.

00:20:17A gente teve

00:20:18uma pequena intermitência.

00:20:20Não,

00:20:20o Bruno está ajeitando

00:20:21já aí

00:20:22o celular

00:20:22pelo qual ele está

00:20:23falando com a gente

00:20:25e já está bom.

00:20:26A gente já consegue

00:20:26ver o senhor.

00:20:28Bruno,

00:20:28pode continuar.

00:20:29Houve um corte,

00:20:30Felipe?

00:20:30Você poderia me falar

00:20:31de onde é que eu parei

00:20:31para o gente?

00:20:34O senhor estava

00:20:35resumindo aí

00:20:37a história.

00:20:38Pode recomeçar

00:20:39se o senhor quiser

00:20:39que aí fica

00:20:40mais certinho.

00:20:41A gente teve uma queda

00:20:42no sinal aqui.

00:20:43Eu vou recapitular.

00:20:43Então, assim,

00:20:44ô Carlos,

00:20:45fazendo uma comparação breve

00:20:46com o dia a dia

00:20:47em um processo normal

00:20:48que ocorre

00:20:51em uma vara inferior,

00:20:53distância inferior,

00:20:55não tem como

00:20:56chegar a uma precisão

00:20:57de tempo

00:20:57muito relativa.

00:20:59Estava numa situação

00:21:00onde havia

00:21:01uma grande quantidade

00:21:01de réu,

00:21:02sim,

00:21:02e isso acarreta

00:21:04em demandas,

00:21:05em várias diligências

00:21:06e pode acabar

00:21:07refletindo, sim,

00:21:09no tempo razoável

00:21:09do processo.

00:21:10Isso também

00:21:11não isenta o Estado,

00:21:12porque se o interesse

00:21:13do Estado

00:21:14em que haja

00:21:15um processo penal,

00:21:16se existe esse interesse,

00:21:18ele também tem que arcar

00:21:19com as responsabilidades

00:21:20nesse sentido.

00:21:21O Clérison,

00:21:21de forma alguma,

00:21:22pode arcar

00:21:23com uma situação

00:21:25dessa.

00:21:26Eu sei que sobrecarrega

00:21:27o tribunal,

00:21:29eu sei que há muita coisa,

00:21:30muito trabalho

00:21:31a ser feito

00:21:31e acaba fazendo

00:21:32com que o processo

00:21:33se estenda por meses.

00:21:35É normal que isso aconteça.

00:21:36Não é algo

00:21:37que foge

00:21:38de um padrão

00:21:40já apresentado.

00:21:41Mas, lógico,

00:21:42que o Clérison

00:21:43não poderia pagar

00:21:43por este erro.

00:21:44motivo pelo qual

00:21:45em várias oportunidades

00:21:47e até recomendação médica

00:21:48era recomendada

00:21:50essa celeridade.

00:21:51Quando você tem

00:21:52uma situação

00:21:53dessa do Clérison,

00:21:54como ele tem

00:21:55complicações de saúde,

00:21:56lógico que você também

00:21:57não vai esperar

00:21:58que as coisas aconteçam.

00:22:00Você vai sempre

00:22:01despachar

00:22:02e fazer movimentações

00:22:03do processo

00:22:03para que tenha

00:22:04uma certa velocidade,

00:22:06uma certa celeridade.

00:22:07Então, essa comparação

00:22:08hoje,

00:22:09eu não consigo te falar

00:22:10no sentido de

00:22:12poderia ter sido

00:22:13mais rápido

00:22:14ou poderia ter sido

00:22:14mais neto.

00:22:15Mas, com certeza,

00:22:16deveria ter tido

00:22:17uma prioridade

00:22:17e um olhar

00:22:18mais minucioso

00:22:19no caso do Clérison.

00:22:20Sem dúvida.

00:22:21Felipe,

00:22:22posso só completar?

00:22:24Bora, a vontade.

00:22:27Num processo

00:22:29que corresse

00:22:29na primeira instância,

00:22:31o advogado

00:22:32disporia

00:22:33de algum outro

00:22:35recurso

00:22:35para poder

00:22:36chamar a atenção

00:22:37do juiz responsável

00:22:39sobre aquela situação

00:22:40em particular

00:22:41ou não?

00:22:43Sendo bem franco,

00:22:45Carlos,

00:22:45as coisas

00:22:46que a gente

00:22:47pôde utilizar,

00:22:48a gente utilizou

00:22:48perante ao STF

00:22:49e que seriam

00:22:51aplicadas também

00:22:52em uma instância

00:22:52inferior,

00:22:53no dia a dia

00:22:53normal do advogado,

00:22:55um processo

00:22:56que ele corre

00:22:56no primeiro grau,

00:22:57ele,

00:22:58lógico que

00:22:59é diferente

00:23:00do processo

00:23:01no segundo grau

00:23:02e tudo,

00:23:02de acordo com

00:23:03as instâncias,

00:23:03a gente tem

00:23:04movimentações

00:23:04diferentes

00:23:05e remédios

00:23:06constitucionais

00:23:07a serem usados

00:23:07em situações

00:23:08diferentes,

00:23:09recursos são diferentes,

00:23:10mas todos os

00:23:12mecanismos

00:23:12que poderiam

00:23:13ser utilizados

00:23:14em uma primeira

00:23:14instância,

00:23:15eles também

00:23:15foram utilizados

00:23:16na Suprema Corte.

00:23:19E, Bruno,

00:23:21é claro que

00:23:21diante da morte

00:23:23dele,

00:23:24depois de tantos

00:23:25pedidos que citavam

00:23:26seus problemas

00:23:27de saúde,

00:23:28fica uma discussão

00:23:29em todo o debate

00:23:30público que nós

00:23:30fazemos aqui

00:23:31sobre responsabilidade,

00:23:33sobre omissão,

00:23:34omissão, etc.

00:23:35O senhor não é médico,

00:23:37nem nós somos médicos,

00:23:38mas só para

00:23:40contextualizar

00:23:41na cabeça

00:23:42do público,

00:23:43havia ali

00:23:43problemas de saúde,

00:23:44quadro de vasculite

00:23:45de múltiplos vasos

00:23:46e miosite secundária

00:23:48à Covid-19,

00:23:50sendo usuário

00:23:51de medicamentos.

00:23:52Esse é o trecho,

00:23:53inclusive,

00:23:53que foi citado

00:23:53pelo ministro

00:23:54André Mendonça

00:23:55no HC,

00:23:56rejeitado

00:23:57por respeito

00:23:58à jurisprudência

00:23:58do STF.

00:24:00O senhor

00:24:01chegou

00:24:02a analisar

00:24:04a situação

00:24:05dele

00:24:06na prisão,

00:24:07a conversar

00:24:08com ele

00:24:08dentro da

00:24:09unidade

00:24:09prisional,

00:24:10houve algum

00:24:11outro laudo

00:24:12médico,

00:24:12além daquele

00:24:13de fevereiro.

00:24:15As pessoas

00:24:15hoje pensam,

00:24:17será que ele

00:24:17morreria de qualquer

00:24:18jeito se estivesse

00:24:20em casa?

00:24:21Será que a

00:24:21situação

00:24:22na prisão

00:24:23realmente foi

00:24:24prejudicial

00:24:25a ele?

00:24:26O sistema

00:24:27carcerário,

00:24:27como colocou até

00:24:28o ministro

00:24:29Luiz Roberto

00:24:30Barroso,

00:24:31nele morrem

00:24:32quatro pessoas

00:24:34por dia

00:24:34no Brasil,

00:24:35me pareceu

00:24:36até uma tentativa

00:24:37de eximir

00:24:38o Supremo,

00:24:39de qualquer

00:24:39crítica,

00:24:40etc.

00:24:40Quer dizer,

00:24:41como é que o senhor

00:24:42avalia,

00:24:42mesmo não sendo

00:24:43médico,

00:24:44o quadro

00:24:45de saúde dele

00:24:46e aquilo que

00:24:47eventualmente

00:24:48poderia melhorar

00:24:50a sua situação

00:24:51se ele não estivesse

00:24:52na cadeira?

00:24:54Então,

00:24:55Felipe,

00:24:55o meu ponto de vista

00:24:56sobre essa situação

00:24:57é que,

00:24:57assim,

00:24:58não precisa ser

00:24:59muito técnico

00:25:00nesse sentido

00:25:01para entender

00:25:01que o presídio

00:25:02nunca vai ser

00:25:03o melhor local

00:25:04para você tratar

00:25:04uma doença.

00:25:06Então,

00:25:07acredito que,

00:25:08assim como foi

00:25:09informado em sede

00:25:09de audiência

00:25:10ou manifestação

00:25:11da defesa,

00:25:12acredito que

00:25:13se tivesse sido

00:25:13atendido

00:25:14ou ele tivesse

00:25:15existido uma

00:25:17conversão

00:25:17na prisão

00:25:18domiciliar,

00:25:19com certeza

00:25:19a gente poderia

00:25:20estar tendo

00:25:20um desfecho

00:25:21não tão triste

00:25:22como esse.

00:25:23E o fato

00:25:24da gente ter

00:25:25também essa questão

00:25:26da prisão

00:25:26domiciliar

00:25:27foi assim

00:25:28para ele também

00:25:29ter a presença

00:25:29da família dele

00:25:30no dia a dia.

00:25:31Lógico que ele

00:25:32ficaria em casa

00:25:33nessa situação

00:25:34e faria um acompanhamento

00:25:36ali, teria

00:25:36uma situação

00:25:37menos insalubre.

00:25:38A gente precisa

00:25:39entender que

00:25:40existe um tratamento

00:25:41aqui fora

00:25:42e outro tratamento

00:25:43lá dentro.

00:25:43No sentido de que,

00:25:44doutor?

00:25:45No sentido de que

00:25:46o presídio,

00:25:47apesar dele prestar

00:25:48toda assistência médica,

00:25:50você está num local

00:25:51ali onde,

00:25:52de qualquer forma,

00:25:52vai afetar

00:25:53o seu psicológico,

00:25:54o seu emocional

00:25:55e vai refletir,

00:25:56logicamente,

00:25:56no seu âmbito físico.

00:25:58Eu não sou técnico

00:25:59nessa área,

00:26:00mas são coisas

00:26:01que a gente percebe

00:26:02com as vivências.

00:26:04Então,

00:26:04eu acredito

00:26:05perfeitamente

00:26:06que se tivesse

00:26:07uma movimentação

00:26:07no processo

00:26:09e que tivesse sido

00:26:10deferida

00:26:11essa liberdade provisória

00:26:12ou a conversão

00:26:13em prisão domiciliar,

00:26:14felizmente,

00:26:15a gente poderia

00:26:16ter um desfecho

00:26:17não tão fatal

00:26:18igual a este.

00:26:19A gente acredita

00:26:19nisso.

00:26:20E o presídio

00:26:22é um local

00:26:23que não é o melhor

00:26:24local,

00:26:24na verdade,

00:26:25para se fazer

00:26:25um tratamento

00:26:26de doença.

00:26:28Esse é o meu

00:26:28entendimento.

00:26:29Lógico que

00:26:30existem profissionais

00:26:31que podem falar

00:26:32com mais propriedade,

00:26:33mas o meu ponto

00:26:34de vista,

00:26:34nesse sentido,

00:26:35eu acredito

00:26:36que poderíamos

00:26:37ter tido

00:26:38um final

00:26:38não tão trágico.

00:26:40E que se houvesse,

00:26:43teria uma coisa

00:26:43assim,

00:26:44uma fatalidade

00:26:44que fugiria

00:26:46dessa situação

00:26:47atual

00:26:47que a gente se encontra.

00:26:49Bruno,

00:26:50a última pergunta,

00:26:51Carlos Graeb,

00:26:52se quiser fazer,

00:26:53fique à vontade

00:26:53e a gente já

00:26:55libera o senhor

00:26:56agradecendo sempre

00:26:56a disponibilidade.

00:26:57Diga, Graeb.

00:26:58Eu gostaria de saber

00:26:59se já tem

00:27:00um entendimento

00:27:01sobre a causa

00:27:02da morte,

00:27:03se já foi feita

00:27:04uma autópsia

00:27:05ou algum procedimento

00:27:06desse tipo.

00:27:08Carlos,

00:27:09a gente entrou

00:27:09em contato

00:27:10e ainda não saiu

00:27:12um resultado

00:27:12oficial da causa

00:27:13da morte

00:27:14pelo ML,

00:27:15ainda está em apuração.

00:27:17A informação

00:27:17que a gente tem

00:27:18foi só o comunicado

00:27:19do óbito

00:27:19de como foi ocorrido

00:27:20no momento

00:27:21em que ele passou mal,

00:27:23salvo engano,

00:27:23em 9,58.

00:27:25Logo após,

00:27:25foram feitas

00:27:27várias tentativas

00:27:28de reanimação

00:27:29e o óbito

00:27:30veio a ser confirmado

00:27:32por volta

00:27:32de 10,58.

00:27:33Ao que tudo indica,

00:27:35no momento preliminar,

00:27:37a informação que chegou

00:27:38foi que foi

00:27:38uma parada cardíaca,

00:27:40teve um mau súbito,

00:27:41algo desse tipo,

00:27:43mas um documento oficial

00:27:45sobre a causa da morte

00:27:47ainda não está disponível

00:27:48para a gente,

00:27:48a gente está aguardando

00:27:49essa informação

00:27:50por parte do ML.

00:27:51E foi divulgado

00:27:53que foi durante

00:27:53banho de sol,

00:27:54o senhor confirma

00:27:55essa informação?

00:27:56Perfeito,

00:27:57a informação que chega

00:27:57é que eles estavam

00:27:58no pátio,

00:27:59foi durante o banho de sol

00:28:00que eles estavam

00:28:01no pátio

00:28:01e foi o momento

00:28:02em que ocorreu tudo isso.

00:28:06O óbito ainda consta

00:28:07que a causa da morte

00:28:09se encontra em inflação,

00:28:11não chegaram à conclusão ainda.

00:28:15As informações preliminares

00:28:16nos trazem

00:28:17que foi esse mau súbito,

00:28:19essa parada cardíaca,

00:28:20informações preliminares.

00:28:21Uma última questão

00:28:23que me ocorre agora,

00:28:25Bruno,

00:28:25a família pensa,

00:28:27e o senhor poderia antecipar,

00:28:29em fazer algum tipo

00:28:31de ação contra o Estado

00:28:33por eventual omissão

00:28:35na situação dele,

00:28:36pedindo uma espécie

00:28:37de indenização,

00:28:38já há algum tipo

00:28:39de conversa

00:28:40sobre essa possibilidade?

00:28:42Olha, Felipe,

00:28:44do ponto de vista técnico,

00:28:46lógico que a gente

00:28:47enlumbra essa possibilidade,

00:28:49ela realmente existe,

00:28:50não tem como se

00:28:51estar nesse sentido,

00:28:53mas em relação

00:28:54à família,

00:28:55a sentar em conversar,

00:28:56a gente não teve

00:28:57essa oportunidade,

00:28:57porque optamos também

00:28:59por respeitar

00:29:00esse momento de luto,

00:29:01ser até irresponsável

00:29:02da nossa parte,

00:29:03chegar para falar

00:29:03de indenizações

00:29:04ou qualquer situação

00:29:05envolvida nesse sentido.

00:29:08Eu tinha a casa

00:29:09do Clériston

00:29:09logo no dia do ocorrido,

00:29:11e eu pude presenciar

00:29:13uma situação muito triste,

00:29:14onde as filhas,

00:29:15a mãe,

00:29:16os irmãos passavam mal,

00:29:18então eles não tinham

00:29:18condições naquele momento

00:29:19de falar sobre esse assunto.

00:29:21Lógico que no momento

00:29:22posterior,

00:29:23a gente vai sentar,

00:29:24vai conversar certinho

00:29:25e vai tomar

00:29:26as providências cabíveis.

00:29:27Muito obrigado,

00:29:30Bruno Azevedo de Souza,

00:29:31advogado de Clériston

00:29:33Pereira da Cunha,

00:29:34o réu do 8 do 1,

00:29:35que acabou morrendo

00:29:36na segunda-feira,

00:29:3720 de novembro.

00:29:38Obrigado pela sua disponibilidade,

00:29:40boa noite,

00:29:41bom trabalho para o senhor.

00:29:42Muito obrigado,

00:29:43Felipe,

00:29:43agradeço a participação

00:29:44e o convite.

00:29:46Muito obrigado,

00:29:46Carlos,

00:29:47também,

00:29:47espero ter ajudado

00:29:48de alguma forma.

00:29:50A agenda está muito cheia,

00:29:51muita demanda,

00:29:52muita situação

00:29:53para a gente esclarecer.

00:29:54eu peço perdão

00:29:55por qualquer detalhe,

00:29:57acaba que possa

00:29:58passar algum detalhe

00:29:59despercebido

00:30:00ou algum ponto

00:30:01que não foi destacado,

00:30:03mas, de qualquer forma,

00:30:04espero ter ajudado.

00:30:05Tá bom?

00:30:06Ajudou bastante,

00:30:07trazendo esclarecimentos

00:30:08para o nosso público

00:30:09do Papo Antagonista

00:30:10e do Portal Antagonista.

00:30:11Boa noite,

00:30:11um abraço.

00:30:12A todos.

00:30:14Muito bem,

00:30:15eu continuo falando

00:30:16com o Carlos Graeb

00:30:17só mais um pouquinho

00:30:18a respeito desse tema,

00:30:19porque,

00:30:21olha,

00:30:21quem quiser

00:30:22maior detalhamento

00:30:23sobre toda essa cronologia,

00:30:24está lá no meu artigo

00:30:25em antagonista.com.br,

00:30:26Moraes ou Mendonça,

00:30:28entenda a omissão

00:30:29no caso de Clériston.

00:30:32Só para a gente

00:30:33pegar pelo final,

00:30:35o Luiz Roberto Barroso,

00:30:36ministro do STF,

00:30:37disse hoje o seguinte,

00:30:39em nome do STF,

00:30:40como ele próprio colocou,

00:30:42toda perda de vida humana,

00:30:43ainda mais quando se encontra

00:30:45sob custódia

00:30:45do Estado brasileiro,

00:30:47deve ser lamentada

00:30:48com um sentimento sincero.

00:30:50Palavras do Barroso,

00:30:52agora as minhas,

00:30:52mas tentou

00:30:54jogar a responsabilidade

00:30:56para o sistema carcerário,

00:30:57onde quatro pessoas

00:30:59morrem por dia.

00:31:00Quatro pessoas morrem por dia,

00:31:01palavras dele.

00:31:03E afetar,

00:31:03ele tentou também,

00:31:05afetar a virtude

00:31:06do Supremo

00:31:06por ter declarado

00:31:07inconstitucional

00:31:08esse estado de coisas.

00:31:10Quer dizer,

00:31:10o sistema carcerário

00:31:11foi declarado

00:31:12um estado de coisas

00:31:13inconstitucional

00:31:14pelo STF

00:31:15para que houvesse

00:31:17determinadas providências,

00:31:19etc.

00:31:19Nada disso

00:31:20exime o STF

00:31:22e de responsabilidade

00:31:24por não ter

00:31:25avaliado

00:31:27simplesmente

00:31:28o caso.

00:31:30Abro aspas

00:31:31de novo

00:31:31para o Barroso.

00:31:32Registro que não é

00:31:33o judiciário

00:31:34que administra

00:31:34o sistema penitenciário.

00:31:37Seja como for,

00:31:38manifesta em nome

00:31:39do tribunal

00:31:39solidariedade

00:31:40à família

00:31:41do cidadão brasileiro

00:31:42que faleceu

00:31:42no presídio

00:31:43da Papuda.

00:31:44Fecho aspas.

00:31:45eu registro

00:31:46que tampouco

00:31:48o sistema penitenciário

00:31:50administra

00:31:51o poder judiciário,

00:31:53não podendo

00:31:54ele próprio,

00:31:55sistema penitenciário,

00:31:56por motivos de saúde,

00:31:57acatar

00:31:58pedidos de prisão

00:31:59domiciliar

00:32:00feitos

00:32:00por advogados

00:32:02comuns,

00:32:03como o Bruno

00:32:04Azevedo de Souza,

00:32:05que não podem

00:32:06andar de bermuda

00:32:06no STF.

00:32:07Aqui a gente

00:32:08deixou muito claro

00:32:10que as críticas,

00:32:10as análises

00:32:11são nossas,

00:32:12ele não tem nada

00:32:12a ver com isso,

00:32:13mas a gente não pode

00:32:14deixar de apontar

00:32:14o duplo padrão.

00:32:17É inconcebível

00:32:18imaginar

00:32:20que advogados

00:32:21alinhados

00:32:22aos ministros

00:32:23do STF

00:32:24que muitas vezes

00:32:25participam

00:32:26dos mesmos eventos,

00:32:28que a causa deles

00:32:30fosse ficar lá

00:32:31engavetada

00:32:32durante tantos meses.

00:32:33Não foi isso

00:32:33que aconteceu,

00:32:34como eu mostrei

00:32:35em artigo anterior,

00:32:36com diversos políticos

00:32:38defendidos

00:32:39por esses advogados

00:32:41mais próximos

00:32:42de ministros

00:32:43do STF.

00:32:44e o Alexandre de Moraes

00:32:46hoje

00:32:47decidiu

00:32:49pela soltura

00:32:50de quatro réus

00:32:51do 8 de 1,

00:32:52que estavam ali

00:32:53com pedidos

00:32:54de relaxamento

00:32:56de prisão.

00:32:57Quer dizer,

00:32:58ele passou recibo,

00:32:59passou recibo

00:33:01em silêncio,

00:33:02não veio a público

00:33:03reconhecer

00:33:03qualquer tipo

00:33:04de responsabilidade

00:33:06por omissão,

00:33:07ninguém aqui

00:33:07está pregando

00:33:08que a morte aconteceria,

00:33:09não aconteceria,

00:33:10etc.

00:33:10Está apenas mostrando

00:33:12que o STF

00:33:13atraiu para si,

00:33:15por meio do relator

00:33:15Alexandre de Moraes,

00:33:17a responsabilidade

00:33:17sobre centenas

00:33:18de casos

00:33:19e teve um caso

00:33:21lá que ficou

00:33:21absolutamente

00:33:23esquecido

00:33:24e quando a gente

00:33:25compara com outros

00:33:25a gente vê

00:33:26que não é

00:33:27exatamente assim.

00:33:27Então,

00:33:28essa análise

00:33:28a gente fez

00:33:29ontem

00:33:29e hoje,

00:33:30Graé,

00:33:31houve,

00:33:31portanto,

00:33:32essas declarações

00:33:33do Barroso

00:33:33e a atitude

00:33:35do Alexandre de Moraes.

00:33:37eu pergunto,

00:33:38e se fosse

00:33:39um juiz

00:33:40da Lava Jato?

00:33:42Se fosse

00:33:42o Sérgio Moro

00:33:43em Curitiba,

00:33:44o Marcelo Bretas

00:33:45no Rio de Janeiro,

00:33:46algum outro

00:33:47em Brasília,

00:33:48embora em Brasília

00:33:49eles não tenham sido

00:33:50tão atacados

00:33:52pela turma

00:33:54que também mora lá.

00:33:56E se fosse

00:33:57alguém

00:33:58que tivesse

00:33:59mandado para a cadeia,

00:34:00não tivesse dado bola

00:34:01para pedido

00:34:02de liberdade

00:34:02de defesa

00:34:03de político,

00:34:04de empresário

00:34:05e tivesse morrido lá?

00:34:08Não haveria

00:34:08uma correição

00:34:09extraordinária

00:34:10determinada pelo

00:34:11Conselho Nacional

00:34:12de Justiça?

00:34:13Vai haver

00:34:13correição

00:34:14no STF

00:34:15para apurar

00:34:16o que aconteceu

00:34:17nesse caso?

00:34:19São questões

00:34:20que ficam no ar,

00:34:21não é, Graé?

00:34:23Óbvio que não vai haver

00:34:24correição,

00:34:25não é, Felipe?

00:34:27O CNJ

00:34:28é presidido

00:34:30pelo Barroso,

00:34:32é presidido

00:34:32pelo presidente

00:34:34do Supremo Tribunal

00:34:35Federal também,

00:34:36são todos

00:34:38juízes

00:34:38que convivem

00:34:40cotidianamente

00:34:41em Brasília,

00:34:42não vai haver nada.

00:34:44E só um parêntese,

00:34:45Graé,

00:34:45perdão,

00:34:45com perdão

00:34:46de interrompê-lo,

00:34:47mas só um parêntese,

00:34:48o Luiz Felipe Salomão,

00:34:49o Corregedor

00:34:50Nacional de Justiça,

00:34:52ele é o aliado

00:34:53do Moraes

00:34:54que o Moraes

00:34:54queria colocar

00:34:55na vaga

00:34:56do Ricardo Lewandowski

00:34:59no Supremo Tribunal Federal.

00:35:00Esse é o

00:35:02corregedor

00:35:04que determinou

00:35:05a correição

00:35:06extraordinária

00:35:07para apurar

00:35:08eventuais

00:35:09abusos,

00:35:11métodos,

00:35:11etc.,

00:35:12lá na 13ª

00:35:12Vara Federal

00:35:13de Curitiba,

00:35:14responsável

00:35:14naquela época

00:35:15pelos casos

00:35:16da Lava Jato.

00:35:17Então,

00:35:17o Luiz Felipe Salomão,

00:35:18aliado do Moraes

00:35:19e afiliado

00:35:21no sentido

00:35:22de o Moraes

00:35:23fazer pressão

00:35:24para que ele

00:35:25fosse para o

00:35:25Supremo Tribunal Federal,

00:35:26vai investigar?

00:35:27Isso não vai,

00:35:29só para deixar claro.

00:35:30Diga, Greg.

00:35:31Não,

00:35:32perfeita lembrança,

00:35:33exatamente nessa linha.

00:35:35E é o seguinte,

00:35:38o Supremo,

00:35:40ao assumir

00:35:41a responsabilidade

00:35:42por quase 300 réus,

00:35:45mais, na verdade,

00:35:47são centenas

00:35:48de casos,

00:35:49ele acabou

00:35:52se tornando

00:35:54partícipe

00:35:55do tal estado

00:35:56de coisas

00:35:57inconstitucional

00:35:59do nosso sistema

00:36:00jurídico

00:36:02barra

00:36:02carcerário.

00:36:04Não é só

00:36:05o sistema

00:36:06carcerário

00:36:07que tem que ser,

00:36:08como você também

00:36:09bem observou,

00:36:10que tem que ser

00:36:10responsabilizado

00:36:12pelas mortes

00:36:13e pelos,

00:36:15pelas maluquices

00:36:17que acontecem

00:36:18dentro das nossas

00:36:19cadeias.

00:36:21Uma parte

00:36:22da responsabilidade

00:36:23se deve

00:36:24ao poder judiciário,

00:36:27que é lento

00:36:29ao analisar

00:36:29os casos

00:36:30de maneira geral,

00:36:32certo?

00:36:32Que deixa, sim,

00:36:34inocentes

00:36:35ficarem presos

00:36:36por muito mais tempo

00:36:37do que

00:36:38seria,

00:36:40do que

00:36:41qualquer lógica

00:36:42poderia admitir,

00:36:44certo?

00:36:45Então,

00:36:46é como você disse,

00:36:47o sistema carcerário

00:36:49não tolva decisões

00:36:50sozinho,

00:36:51sozinho,

00:36:52ele depende

00:36:52de um juiz

00:36:53que ordene

00:36:55o que há de ser

00:36:57feito com aquele

00:36:58réu

00:36:59em cada caso,

00:37:00certo?

00:37:01Então,

00:37:02os dois,

00:37:03justiça

00:37:04e sistema carcerário,

00:37:05estão

00:37:06absolutamente

00:37:07imbricados,

00:37:08estão de mãos

00:37:09dadas

00:37:09na condução

00:37:11de um sistema

00:37:11que o Supremo

00:37:12declarou

00:37:13inconstitucional,

00:37:15um estado

00:37:16de coisa

00:37:16inconstitucional.

00:37:17o Supremo

00:37:19caiu de cabeça

00:37:21nesse estado

00:37:22de coisas

00:37:22inconstitucional,

00:37:23como a gente

00:37:24está observando

00:37:24agora.

00:37:26Não fez

00:37:27nada

00:37:27melhor

00:37:29ao conduzir

00:37:31os casos

00:37:32derivados

00:37:33do 8 de janeiro

00:37:34do que a gente

00:37:35vê acontecer

00:37:36cotidianamente

00:37:37no nosso

00:37:37sistema

00:37:38penal.

00:37:40Não tratou

00:37:42os réus

00:37:42com mais

00:37:44respeito,

00:37:45não tratou

00:37:45os casos

00:37:46com mais

00:37:47cuidado,

00:37:49não ficou

00:37:49alerta

00:37:50para circunstâncias

00:37:52graves

00:37:52que estavam

00:37:53sendo relatadas

00:37:54por advogados,

00:37:56só depois

00:37:57da morte

00:37:57de um,

00:37:58o ministro

00:37:59Alexandre Moraes

00:37:59resolveu

00:38:00soltar

00:38:00outros quatro,

00:38:02senão é muito

00:38:02provável

00:38:02que eles

00:38:03continuassem

00:38:04esquecidos

00:38:04lá por mais

00:38:05tempo.

00:38:06Então,

00:38:07assim,

00:38:08é isso,

00:38:10né?

00:38:11o Supremo

00:38:12mostrou que

00:38:13não é nem um

00:38:13pouquinho melhor

00:38:14ou pior

00:38:15do que

00:38:15o sistema

00:38:17que ele se

00:38:17arvora,

00:38:18ou melhor,

00:38:19que ele se

00:38:19arvora não,

00:38:20que ele está

00:38:21na posição

00:38:21institucional

00:38:23e constitucional

00:38:24de controlar.

00:38:27Então,

00:38:28o sistema

00:38:28é controlado

00:38:29por um tribunal

00:38:30que,

00:38:32na hora

00:38:33em que poderia

00:38:34mostrar que funciona

00:38:35melhor,

00:38:36não consegue

00:38:36mostrar isso.

00:38:37no mínimo,

00:38:39no mínimo,

00:38:41daí a gente

00:38:41poderia discutir

00:38:43quais são

00:38:44os vieses

00:38:45na condução

00:38:46desses processos.

00:38:49Já existe

00:38:50um viés

00:38:51para tratar

00:38:54aqueles que estão

00:38:55sendo investigados,

00:38:56que apenas

00:38:57foram

00:38:58denunciados,

00:38:59como já

00:39:00quase que

00:39:00culpados,

00:39:02independentemente

00:39:03de haver

00:39:03ou não

00:39:04sentença.

00:39:06No caso

00:39:06do Clériston

00:39:07parece que foi

00:39:07exatamente

00:39:07isso que

00:39:08aconteceu.

00:39:11A própria

00:39:12Procuradoria-Geral

00:39:13da República

00:39:14chamou atenção

00:39:15para o fato

00:39:15de que não havia

00:39:16motivo para ele

00:39:16continuar preso

00:39:18preventivamente

00:39:19e o Supremo Tribunal

00:39:22que conduz

00:39:23esses processos

00:39:24resolveu ignorar

00:39:25a manifestação,

00:39:27resolveu fechar

00:39:27os olhos

00:39:28para a manifestação

00:39:29e deixar o cara

00:39:30encarcerado,

00:39:32fazendo aquilo

00:39:32que tanto

00:39:33se criticou

00:39:34a Lava Jato

00:39:35que tantos

00:39:36ministros

00:39:37criticam

00:39:37a respeito

00:39:38da Lava Jato.

00:39:40Então,

00:39:41na hora

00:39:42do vamos

00:39:42ver,

00:39:44cadê a diferença?

00:39:46O que

00:39:46é que

00:39:47torna

00:39:47o Supremo

00:39:48apto

00:39:50a julgar

00:39:51com tanto

00:39:52rigor

00:39:52aquilo que é

00:39:53feito

00:39:54nas instâncias

00:39:55inferiores?

00:39:56Eles dizem

00:39:57que é feito,

00:39:58porque muitas

00:39:59vezes eles falam

00:39:59uma coisa

00:40:00e o fato

00:40:01não é exatamente

00:40:02como eles estão

00:40:03colocando.

00:40:04Agora,

00:40:05a gente está

00:40:05colocando aqui

00:40:06todos os fatos

00:40:07a respeito

00:40:07da conduta

00:40:08dos ministros

00:40:10do STF

00:40:10nesse caso

00:40:11de 8 de janeiro.

00:40:13Então,

00:40:13se eles declararam

00:40:14um estado de coisa

00:40:15inconstitucional

00:40:15no sistema carcerário,

00:40:16como é que eles esquecem

00:40:17os presos lá

00:40:18e não avaliam

00:40:20pedidos de liberdade

00:40:22com base

00:40:22em laudos médicos

00:40:23sobre problemas

00:40:24de saúde?

00:40:26Se eles fazem isso

00:40:28quando vem caso

00:40:30de político,

00:40:31quando vem caso

00:40:31de advogado

00:40:32que muitas

00:40:33vezes aparece

00:40:34ali numa

00:40:35intimidade grande

00:40:36com o ministro

00:40:38ou com a própria

00:40:39corte?

00:40:40Então,

00:40:40a gente cobra

00:40:41coerência,

00:40:42a gente cobra

00:40:43que os atos

00:40:45sejam correspondentes

00:40:47ao discurso,

00:40:50a essa afetação

00:40:51de moralidade

00:40:52superior,

00:40:53a essa afetação

00:40:54de defesa

00:40:55da democracia,

00:40:56do regime

00:40:57democrático,

00:40:58pelos direitos

00:40:59humanos,

00:41:00é o estado

00:41:00democrático

00:41:01de direito,

00:41:03cadê o direito

00:41:05dos presos

00:41:07no caso

00:41:08que envolveu

00:41:11até o Supremo Tribunal

00:41:12Federal um dos motivos

00:41:13de crítica,

00:41:14já que o relator

00:41:15ele é vítima,

00:41:17ele é julgador,

00:41:19ele determina,

00:41:21então assim,

00:41:22muita coisa foi apontada

00:41:23desde a raiz,

00:41:24aliás,

00:41:24eu até resgatei

00:41:25o trecho de uma reportagem

00:41:26da Folha,

00:41:28lá de 16 de março,

00:41:30quando o Moraes

00:41:31manteve

00:41:32294 prisões,

00:41:35é até possível

00:41:35que tenha sido

00:41:36nessa leva

00:41:37que o Clareston

00:41:37tenha sido mantido

00:41:39na cadeia

00:41:39por decisão

00:41:40do Moraes,

00:41:41mas enfim,

00:41:42não confirmamos

00:41:43esse ponto

00:41:43sobre a data,

00:41:45mas nessa reportagem

00:41:46estava escrito

00:41:47o seguinte,

00:41:47vou colocar aqui

00:41:48entre as,

00:41:49para mostrar

00:41:49que a preocupação

00:41:50já existia

00:41:52de o STF

00:41:53dar conta

00:41:54de tudo,

00:41:55agora o próximo passo

00:41:56será encontrar

00:41:57soluções

00:41:58sobre quem cuidará

00:41:59das centenas

00:41:59de ações penais,

00:42:01é consenso

00:42:01que em qualquer cenário

00:42:02haverá sobrecarga

00:42:04de serviços

00:42:04e uma provável

00:42:05necessidade

00:42:06de convocar reforços,

00:42:08no Supremo

00:42:08interlocutores de Moraes

00:42:09afirmam que a intenção

00:42:10era manter os processos

00:42:12sob a tutela

00:42:12do tribunal,

00:42:13o que evitaria

00:42:14que eles ficassem

00:42:15parados e sem julgamento,

00:42:17ou que haja decisões

00:42:18divergentes entre juízes

00:42:20na primeira instância,

00:42:21quer dizer,

00:42:21queriam evitar isso,

00:42:23porém não há

00:42:24uma equipe no Supremo

00:42:25que tenha condição

00:42:26de tocar a fase

00:42:26de instrução

00:42:27das ações

00:42:28após o recebimento

00:42:29das denúncias,

00:42:30além disso,

00:42:31segundo o regimento

00:42:31interno da corte,

00:42:32as ações penais

00:42:33devem ser julgadas

00:42:34em plenário

00:42:34pelos 11 ministros,

00:42:36festivais,

00:42:37quer dizer,

00:42:37toda a preocupação

00:42:38de o Supremo

00:42:39não dar conta

00:42:39estava colocada lá

00:42:40e a turma do Moraes

00:42:42estava dizendo

00:42:43que manter tudo lá

00:42:45evitaria

00:42:46que os processos

00:42:47ficassem parados,

00:42:48e o que aconteceu

00:42:49no caso do Clarence,

00:42:51quer dizer,

00:42:52o Mendonça

00:42:53rejeitou

00:42:54com base na jurisprudência

00:42:55e encaminhou

00:42:55para o Moraes,

00:42:56o que o Moraes fez?

00:42:57Nada.

00:42:59Passam-se meses,

00:43:00vem a PGR,

00:43:01se manifesta

00:43:02favoravelmente

00:43:02à soltura,

00:43:03o que o Moraes fez?

00:43:04Nada.

00:43:06Ficou lá

00:43:07meses engavetado,

00:43:09o pedido,

00:43:09meses engavetado,

00:43:11a manifestação,

00:43:12o parecer

00:43:12da Procuradoria-Geral

00:43:14da República,

00:43:15mas não era ele

00:43:16o defensor

00:43:17do regime democrático,

00:43:18seria capaz

00:43:19de dar conta

00:43:20de tudo.

00:43:21Então,

00:43:21assim,

00:43:21é muita pose

00:43:22para pouca entrega

00:43:25de resultado.

00:43:26O resultado

00:43:26não condiz

00:43:27com toda essa

00:43:29afetação

00:43:29de moralidade superior

00:43:30que a gente vê

00:43:31por parte

00:43:32de vários ministros

00:43:33do Supremo Tribunal Federal,

00:43:35os mais omissos

00:43:36e corporativistas

00:43:37do que os outros.

00:43:38Aliás,

00:43:39só para concluir,

00:43:41é preciso destacar

00:43:42que quem assume

00:43:43a presidência do STF

00:43:44acaba adotando

00:43:45um tom corporativista

00:43:47e o Barroso,

00:43:47lamentavelmente,

00:43:49tem adotado

00:43:49esse tom

00:43:50em diversas manifestações

00:43:51como a gente já

00:43:52exemplificou

00:43:53em outras oportunidades

00:43:54aqui.

00:43:55É um tom

00:43:55corporativista

00:43:57que tenta sempre

00:43:58jogar a responsabilidade

00:44:00para outro lugar

00:44:01que não

00:44:01para o próprio

00:44:02umbigo.

00:44:03E a sociedade

00:44:04precisa cobrar

00:44:05que haja

00:44:07uma coerência

00:44:08por parte

00:44:09das instituições

00:44:10no tratamento

00:44:11de determinadas condutas.

00:44:12Grebe,

00:44:13alguma consideração final?

00:44:14Vamos em frente.

00:44:14Demorou.

00:44:17É um gesto

00:44:20necessário

00:44:21e correto

00:44:21lamentar

00:44:22a morte,

00:44:23mas demorou

00:44:24para que o Barroso

00:44:26fizesse isso.

00:44:27E como você bem

00:44:28observou, Felipe,

00:44:29não basta lamentar

00:44:30a morte.

00:44:32Certo?

00:44:33É preciso dizer algo

00:44:35sobre

00:44:36aquilo que levou

00:44:39a essa morte.

00:44:41As circunstâncias

00:44:42que não foram

00:44:43adequadas

00:44:44na condução

00:44:45desse processo.

00:44:46Ele deveria

00:44:46sim ter dito

00:44:47algo sobre isso.

00:44:49Já que a preocupação

00:44:50com a maneira

00:44:51como o nosso

00:44:51sistema penal

00:44:52é conduzido

00:44:53é tão grande

00:44:54dentro do Supremo.

00:44:56Então,

00:44:57ele falou demais.

00:44:58Eu concordo

00:44:58com você.

00:44:59Em gênero,

00:44:59número e grau.

00:45:02Quis passar um pano

00:45:03para a atividade

00:45:04da própria corte.

00:45:06Exato.

00:45:08Quis fazer o pessoal

00:45:09olhar para outro lado.

00:45:10Outro lado.

00:45:11O mínimo poderia dizer

00:45:12nós vamos estabelecer

00:45:13aqui uma apuração

00:45:14para ver quais procedimentos

00:45:16podem ser adotados

00:45:17de maneira mais célebre,

00:45:18etc, etc.

00:45:20Mas ele não quis

00:45:21passar esse recibo

00:45:22de responsabilidade

00:45:23e preferiu

00:45:25tentar se eximir

00:45:27dela em nome

00:45:28do Supremo Tribunal Federal.

00:45:30Diga, Greg.

00:45:31Vamos criar procedimentos

00:45:33porque

00:45:33se nós queremos

00:45:36ser melhores

00:45:37do que o sistema

00:45:38que nós vivemos

00:45:39criticando,

00:45:40a gente precisa

00:45:41fazer melhor.

00:45:42Não fizemos

00:45:43nesse caso.

00:45:43Então, vamos ver

00:45:44o que a gente pode

00:45:44fazer para melhorar.

00:45:45Se não,

00:45:46você afunda na lama

00:45:48junto com todo

00:45:48o resto do sistema.

00:45:50Na melhor

00:45:51das interpretações,

00:45:53na pior

00:45:53das interpretações,

00:45:55o que o Supremo

00:45:56fez foi isso

00:45:57que a gente

00:45:57vem dizendo

00:45:58desde ontem.

00:45:59Ele olhou

00:46:00para pessoas

00:46:02comuns

00:46:03como menos dignas

00:46:05da atenção

00:46:06da corte

00:46:07do que pessoas

00:46:08que podem contar

00:46:10com advogados

00:46:12igualmente capacitados,

00:46:14porque a gente viu

00:46:15que o advogado Bruno

00:46:16é capacitado,

00:46:17é um advogado

00:46:18que conduziu

00:46:19o caso como deveria,

00:46:21mas não tem os contatos

00:46:22de quem anda de bermuda

00:46:23em Brasília.

00:46:25Pois é,

00:46:26o caso do Clériston,

00:46:28seja como for,

00:46:29expressão usada

00:46:30pelo Barroso,

00:46:31só confirmou

00:46:32que há advogados

00:46:33e réus

00:46:34mais iguais

00:46:35que outros

00:46:36no Supremo.

00:46:37E a quem não é

00:46:38da patota

00:46:38sobram

00:46:39a lentidão,

00:46:41a burocracia,

00:46:42o desleixo,

00:46:43a empáfia

00:46:44dos ministros,

00:46:45repito,

00:46:46uns mais omissos

00:46:47e corporativistas

00:46:48que os outros.

00:46:50Vamos em frente?

00:46:51Cobertura internacional,

00:46:52Duda Teixeira já está aqui

00:46:53com a gente,

00:46:54boa noite, Duda.

00:46:55Boa noite, Felipe.

00:46:56Israel aceitou

00:46:57fazer uma pausa

00:46:58de quatro dias

00:46:58na reação

00:46:59aos ataques

00:47:00do Hamas

00:47:01lá na faixa de Gaza.

00:47:02Os ataques foram

00:47:03no território israelense,

00:47:04a reação na faixa de Gaza

00:47:05em troca da liberação

00:47:07de pelo menos

00:47:0750 dos 239 reféns inocentes

00:47:10que foram sequestrados

00:47:12pelo grupo terrorista

00:47:12em 7 de outubro.

00:47:14O acordo,

00:47:14mediado por Estados Unidos,

00:47:16Egito e Catar,

00:47:17só passará a valer

00:47:18a partir do momento

00:47:18em que o primeiro refém

00:47:19pisar em solo israelense,

00:47:21o que é esperado

00:47:22para até quinta-feira.

00:47:24Entre os reféns

00:47:24a serem libertados

00:47:25estão cerca de 30 crianças

00:47:27e 20 mulheres,

00:47:27incluindo oito mães.

00:47:29Israel também

00:47:30se comprometeu,

00:47:30segundo a imprensa local,

00:47:31a soltar três prisioneiros

00:47:33para cada refém libertado.

00:47:35Essas eram as primeiras informações,

00:47:37a gente está vendo também

00:47:38várias transformações

00:47:40ao longo do dia,

00:47:42vamos ver se isso vai ser

00:47:43exatamente assim,

00:47:44com esses números,

00:47:45nesses prazos.

00:47:46o primeiro-ministro de Israel,

00:47:50Benjamin Netanyahu,

00:47:52ele deu declarações públicas

00:47:54a respeito,

00:47:55mas vamos direto ao ponto aqui,

00:47:57Duda,

00:47:57o Hamas confirmou

00:47:58que concordou

00:48:00com a pausa temporária.

00:48:02O que você avalia

00:48:03de todo esse acordão?

00:48:04Bom,

00:48:05então amanhã de manhã

00:48:06a gente já deve ter

00:48:07a libertação

00:48:08de algumas pessoas,

00:48:10de alguns reféns,

00:48:12parece que são

00:48:13no mínimo

00:48:1410 por dia

00:48:15que tem que acontecer,

00:48:17e

00:48:18no mínimo

00:48:2150

00:48:21vão ter que ser libertados

00:48:23em quatro dias,

00:48:24pode ter um máximo

00:48:25aí de

00:48:2680 reféns

00:48:27libertados

00:48:28nesse período,

00:48:29mas ainda assim

00:48:30vão ficar

00:48:31cerca de

00:48:33160 reféns

00:48:35ainda na faixa de Gaza.

00:48:38É um acordo

00:48:39que demorou

00:48:39para ser costurado

00:48:41porque é um acordo

00:48:41que acontece muito

00:48:42como se fosse

00:48:42um telefone sem fio ali,

00:48:44né,

00:48:44então o Hamas

00:48:45fala com o Qatar,

00:48:47que fala com os Estados Unidos,

00:48:49que fala com o Israel,

00:48:50aí o Israel fala

00:48:51com os Estados Unidos,

00:48:51que fala com o Qatar,

00:48:52que fala com o Hamas,

00:48:53mas teve uma pressão

00:48:55americana

00:48:55em cima ali do Qatar,

00:48:58porque o Hamas

00:48:58queria

00:48:58condições melhores,

00:49:01mas

00:49:02é um bom resultado

00:49:04que

00:49:04ainda que

00:49:06não consiga

00:49:07a libertação

00:49:08de todos os reféns,

00:49:10você conseguir

00:49:11libertar

00:49:1250 crianças,

00:49:14que são 40 crianças,

00:49:15ou 30 crianças

00:49:16e 20 mulheres,

00:49:18tá ótimo,

00:49:19né,

00:49:20ainda que

00:49:21ainda tenha que resolver

00:49:22mais coisa

00:49:23mais adiante.

00:49:25E em comunicado

00:49:26enviado pelo Telegram,

00:49:27o grupo terrorista

00:49:28destacou que o acordo

00:49:28com Israel

00:49:29não acaba com a guerra

00:49:31e que vai permanecer

00:49:32com os dedos

00:49:33no gatilho,

00:49:33abre aspas,

00:49:34enquanto anunciamos agora

00:49:35a chegada do acordo

00:49:36de trégua,

00:49:37afirmamos que nossos dedos

00:49:38permanecerão no gatilho

00:49:40e nossas brigadas

00:49:41triunfantes permanecerão

00:49:42tentando defender

00:49:43nosso povo

00:49:44e derrotar a ocupação

00:49:46e a agressão,

00:49:47fecho aspas.

00:49:48Greb,

00:49:49o que você avalia

00:49:51desse acordo,

00:49:52da situação

00:49:52nesse momento,

00:49:53qual é a sua expectativa?

00:49:56Primeiro,

00:49:57eu só queria

00:49:58fazer uma observação

00:49:59aqui,

00:49:59eu estava dando

00:50:00uma espiada

00:50:00no site

00:50:01de Israel,

00:50:02e aqui eles estão dizendo

00:50:06que provavelmente

00:50:08os primeiros reféns

00:50:12só serão libertados

00:50:13na sexta-feira,

00:50:15então é notícia

00:50:17de três minutos atrás,

00:50:20né?

00:50:21Então é uma expectativa

00:50:22de que ainda não seja amanhã,

00:50:25pelo menos o que está dizendo

00:50:26a imprensa israelense

00:50:27nesse momento,

00:50:29o Hamas

00:50:32não vai tirar

00:50:34os dedos do gatilho

00:50:36nunca,

00:50:37enquanto existe Hamas,

00:50:40o Hamas existe,

00:50:41nasceu com o dedo

00:50:42no gatilho,

00:50:44o objetivo do Hamas,

00:50:46vamos repetir

00:50:46pela enésima vez,

00:50:48não é encontrar

00:50:49uma solução política

00:50:51de convivência

00:50:52com Israel,

00:50:54é encontrar

00:50:54uma solução

00:50:55de guerra santa,

00:50:57até mesmo podemos dizer,

00:50:59de guerra religiosa,

00:51:00que elimine

00:51:01o pequeno Satã

00:51:03da vizinhança deles,

00:51:06o pequeno Satã

00:51:06é o modo

00:51:07como os radicais islâmicos

00:51:08se referem

00:51:09a Israel,

00:51:11então Hamas

00:51:12nasceu

00:51:12com o dedo

00:51:13no gatilho,

00:51:14continua

00:51:14com o dedo

00:51:15no gatilho,

00:51:16e enquanto

00:51:17tiver capacidade,

00:51:19tiver arma

00:51:20com gatilho

00:51:21à disposição,

00:51:22é isso que vai ser,

00:51:23por isso também,

00:51:25eu não sei

00:51:26se você vai

00:51:26observar,

00:51:27mas

00:51:28a trégua

00:51:30não significa

00:51:31uma disposição

00:51:32de Israel

00:51:33para interromper

00:51:35o combate

00:51:37ao Hamas,

00:51:39o objetivo

00:51:39inicial

00:51:40dessa guerra,

00:51:43que é destruir

00:51:44a capacidade

00:51:44militar

00:51:45do Hamas,

00:51:46qualquer capacidade

00:51:47que o grupo

00:51:47tem ali na faixa

00:51:48de Gaza

00:51:49para atingir

00:51:50os israelenses,

00:51:51esse objetivo

00:51:52também não foi

00:51:53superado

00:51:54por essa troca

00:51:55de reféns

00:51:56que vai acontecer

00:51:57agora,

00:51:57nas próximas horas

00:51:59ou nos próximos dias.

00:52:01Então,

00:52:02é muito importante,

00:52:04satisfaz um desejo

00:52:05profundo

00:52:06da sociedade

00:52:07de Israel,

00:52:08satisfaz

00:52:09uma demanda

00:52:15internacional

00:52:18por um respiro

00:52:20que permite a entrada

00:52:21de ajuda humanitária

00:52:23em Gaza,

00:52:24cumpre diversas funções,

00:52:26mas não é um ponto final

00:52:28para a guerra.

00:52:28O que você falou

00:52:31foi dito expressamente

00:52:32pelo Netanyahu

00:52:33ontem,

00:52:35quando ele disse

00:52:37o seguinte,

00:52:38abro aspas,

00:52:39há muita bobagem

00:52:40por aí no sentido

00:52:41de que após a pausa

00:52:42para devolver

00:52:42os nossos reféns

00:52:43iremos parar a guerra,

00:52:45então me deixem esclarecer,

00:52:46estamos em guerra

00:52:47e continuaremos

00:52:48em guerra,

00:52:49continuaremos a guerra,

00:52:50continuaremos a guerra

00:52:51até alcançarmos

00:52:52todos os nossos objetivos

00:52:53de guerra,

00:52:54eliminar o Hamas,

00:52:55devolver todos

00:52:55os nossos reféns

00:52:56e desaparecidos

00:52:57e garantir que não

00:52:58haja elemento algum

00:52:59em Gaza

00:52:59que ameace Israel.

00:53:01Fecho aspas.

00:53:03É meio louco,

00:53:05né, Duda,

00:53:05assim,

00:53:06falando num tom

00:53:07mais coloquial,

00:53:09a gente pensar

00:53:10que Israel vai libertar

00:53:11prisioneiros

00:53:13de interesse do Hamas,

00:53:15gente que cometeu crimes

00:53:15e por isso está preso,

00:53:16não são civis

00:53:17que foram arrastados,

00:53:19como é do outro lado,

00:53:23para ter reféns e tal,

00:53:24e depois vai caçar

00:53:25toda essa turma de novo.

00:53:27É estranho,

00:53:29né,

00:53:30mas é o que

00:53:32parece que vai acontecer.

00:53:34É,

00:53:35e já aconteceu,

00:53:36né,

00:53:36parece que também

00:53:37a gente tem essa coisa

00:53:38de um ciclo ali,

00:53:39né,

00:53:39nessa região,

00:53:40né,

00:53:40então prende,

00:53:42aí o Hamas prende

00:53:43a reféns,

00:53:44aí negocia,

00:53:45aí solta,

00:53:46aí prende de novo,

00:53:47e lembrando que o

00:53:48Yaya Sinwar,

00:53:49que é o chefe do Hamas

00:53:52na faixa de Gaza,

00:53:52que planejou esse ataque

00:53:54do 7 de setembro,

00:53:55ele tinha sido preso antes,

00:53:56ficou 20 anos preso,

00:53:59foi solto numa negociação

00:54:00dessa,

00:54:00e aí planejou o ataque

00:54:01do dia 7.

00:54:02É,

00:54:03essa informação é fundamental,

00:54:05quer dizer,

00:54:06por isso,

00:54:07também,

00:54:08há críticas

00:54:10a essa libertação

00:54:11de prisioneiros,

00:54:12e é difícil

00:54:14fazer esse tipo

00:54:15de debate

00:54:16num país

00:54:16em que há,

00:54:17evidentemente,

00:54:18uma grande pressão

00:54:19das famílias

00:54:20para que

00:54:21qualquer coisa

00:54:22seja aceita

00:54:23em nome da volta

00:54:25de um integrante,

00:54:27imagine quem

00:54:27tem uma pessoa

00:54:29amada,

00:54:30sequestrada,

00:54:31é o que que

00:54:31está disposta

00:54:32a fazer,

00:54:33é só que você tem ali

00:54:34algumas pessoas

00:54:35que criticam,

00:54:36falam,

00:54:36a gente não pode soltar,

00:54:37e tal,

00:54:37olha o caso do Sinwar,

00:54:39né,

00:54:39soltamos,

00:54:41e aí depois

00:54:41comandou um massacre

00:54:43em que morreram

00:54:441.200 pessoas

00:54:45assassinadas,

00:54:46então vamos fazer isso

00:54:48para recuperar 50,

00:54:49depois morrem 1.200,

00:54:51quer dizer,

00:54:51são escolhas

00:54:52muito difíceis

00:54:53para usar,

00:54:54complicadas,

00:54:55para usar a expressão

00:54:55que o Netanyahu usou

00:54:57no começo da reunião

00:54:58do gabinete de guerra

00:54:59a respeito

00:55:00da possibilidade

00:55:02desse acordo,

00:55:03reunião na qual

00:55:04Israel acabou

00:55:05aprovando

00:55:06essa possibilidade,

00:55:07dos quatro dias

00:55:08em troca de 50,

00:55:10podendo ir até 80,

00:55:13e como foi anunciado

00:55:14agora por um

00:55:15alto conselheiro

00:55:16ali do Netanyahu,

00:55:18isso deve,

00:55:19pode não acontecer

00:55:20até sexta-feira,

00:55:21pode ficar um pouquinho

00:55:22para depois,

00:55:23o grebe acabou

00:55:24de registrar,

00:55:25porque essa notícia

00:55:25acabou de chegar

00:55:26para a gente,

00:55:27e o governo israelense

00:55:28divulgou nessa quarta-feira

00:55:30uma lista dos prisioneiros,

00:55:31muitos deles terroristas,

00:55:33que estão entre

00:55:34essas opções de trocas

00:55:35por civis

00:55:35sequestrados pelo Hamas,

00:55:37uma das pessoas

00:55:38e a palestina

00:55:39Isra Jabes,

00:55:40que ficou famosa

00:55:41em 2015,

00:55:42por tentar um ataque

00:55:43suicida com um carro-bomba

00:55:44na Cisjordânia,

00:55:46quer dizer,

00:55:46olha o naipe

00:55:47dessa gente,

00:55:48por isso que

00:55:49é tão difícil

00:55:50tomar esse tipo

00:55:52de decisão,

00:55:53ao ser parada

00:55:54por uma policial

00:55:54israelense,

00:55:55Isra teria gritado

00:55:56Allahou Akbar,

00:55:58Allah é grande,

00:55:59e detonados explosivos,

00:56:00a policial

00:56:01sofreu ferimentos

00:56:02graves,

00:56:02enquanto Isra Jabes

00:56:05ficou com a face

00:56:06deformada.

00:56:08Graeb,

00:56:10há riscos,

00:56:11seja qual for o caminho

00:56:12a ser tomado

00:56:13depois de um massacre,

00:56:15todas as opções

00:56:17parecem arriscadas,

00:56:18é um trade-off,

00:56:19é um cálculo

00:56:20a cada momento

00:56:21sobre o que vale a pena

00:56:22fazer,

00:56:23e sempre com uma

00:56:24gritaria em torno.

00:56:26Exatamente,

00:56:27nenhuma decisão

00:56:28é fácil

00:56:29no meio

00:56:30dessa guerra,

00:56:31ontem eu já tinha

00:56:34mencionado

00:56:35que tinha

00:56:35gente

00:56:37da esquerda

00:56:38dizendo

00:56:38Israel vai libertar

00:56:42mulheres

00:56:43palestinas

00:56:45que estão

00:56:46nas suas cadeias,

00:56:47jovens palestinos

00:56:48que estão

00:56:48nas suas cadeias,

00:56:50não são mulheres

00:56:51como aquelas

00:56:52que foram levadas

00:56:53e jovens

00:56:54e crianças

00:56:54como aqueles

00:56:55que foram levados

00:56:56das suas casas

00:56:57para os túneis

00:56:59de Gaza,

00:57:00não são pessoas

00:57:03do mesmo tipo,

00:57:03são pessoas comuns,

00:57:06são militantes

00:57:07do jihadismo

00:57:09do Hamas,

00:57:11são terroristas

00:57:11também,

00:57:13tem esse exemplo

00:57:14que você deu

00:57:15da mulher

00:57:15que detonou

00:57:16uma bomba,

00:57:18tem outras

00:57:19que participaram

00:57:19de atentados

00:57:20à faca,

00:57:22são todos

00:57:22que estão

00:57:23sendo libertados

00:57:24nessa leva

00:57:25do lado

00:57:26israelense,

00:57:27cerca de 150

00:57:28pessoas,

00:57:29são militantes,

00:57:30do terror

00:57:32do Hamas,

00:57:33do outro lado

00:57:35são crianças,

00:57:37mães,

00:57:38mulheres,

00:57:39que estavam

00:57:39tocando

00:57:40a sua vida

00:57:40nas suas casas,

00:57:43então não vamos

00:57:45criar equivalências

00:57:46falsas também

00:57:46nessa troca

00:57:48de reféns,

00:57:49por favor,

00:57:50não há equivalência,

00:57:52o tipo de pessoa

00:57:54que está sendo solta

00:57:54de um lado

00:57:55e de outro

00:57:55não é o mesmo.

00:57:59Isso justifica,

00:58:02quer dizer,

00:58:02justifica não,

00:58:03acho que justifica,

00:58:05isso explica

00:58:05algumas críticas

00:58:06que o acordo

00:58:07está recebendo

00:58:08do lado

00:58:08israelense,

00:58:10mas é como você

00:58:10disse,

00:58:11Felipe,

00:58:12todas as pesquisas

00:58:13de opinião

00:58:14que eu vi

00:58:15desde que essa guerra

00:58:16começou,

00:58:16põe a necessidade

00:58:19de trazer de volta

00:58:20os raptados

00:58:21lá no topo

00:58:23das preocupações

00:58:24não só dos familiares,

00:58:25mas do país inteiro,

00:58:26da opinião pública

00:58:27israelense.

00:58:29Então,

00:58:30assim,

00:58:30você querer

00:58:31ignorar

00:58:33a importância

00:58:35que isso tem

00:58:36para os israelenses

00:58:38não faz sentido.

00:58:41O acordo

00:58:42tinha que acontecer

00:58:43e está acontecendo.

00:58:45E a gente

00:58:45precisa registrar

00:58:46de novo,

00:58:47eu tinha falado

00:58:48isso na primeira vez

00:58:49que o Lula

00:58:49falou sobre

00:58:50cessar fogo,

00:58:51o Duda

00:58:51argumentou isso

00:58:53ontem

00:58:54no Papo Antagonista,

00:58:56que é o seguinte,

00:58:57só está havendo

00:58:58acordo agora

00:58:59porque houve

00:59:00reação militar

00:59:02de Israel,

00:59:02senão não havia

00:59:03acordo algum,

00:59:04senão o Hamas

00:59:05estava lá feliz

00:59:05da vida,

00:59:07com 1.200

00:59:08mortes no currículo,

00:59:10assassinatos,

00:59:10evidentemente,

00:59:11com 239

00:59:13sequestrados

00:59:14e querendo

00:59:16que Israel

00:59:17desapareça do mapa

00:59:18e preparando

00:59:20novos ataques

00:59:21para matar

00:59:21ainda mais

00:59:22israelenses,

00:59:22judeus e quem quer

00:59:23que, na visão deles,

00:59:25trabalhe para os judeus.

00:59:27Porque a gente

00:59:27tem vídeo, inclusive,

00:59:28de um terrorista

00:59:28falando isso

00:59:29para um árabe

00:59:30que foi pego

00:59:32pelos terroristas

00:59:32no dia 7 de outubro.

00:59:34Então,

00:59:34por que houve

00:59:35a reação militar

00:59:36de Israel?

00:59:36porque o Hamas

00:59:38está encurralado

00:59:39é que há

00:59:41a possibilidade

00:59:43de acontecer

00:59:44essa libertação

00:59:45de reféns.

00:59:46Quando há

00:59:47essa possibilidade,

00:59:49é claro que Israel

00:59:50precisa avaliar,

00:59:51porque você tem

00:59:51famílias desesperadas

00:59:52querendo a volta

00:59:53desses familiares.

00:59:56Enfim,

00:59:57há uma gritaria

00:59:58danada

00:59:58de gente

01:00:00que acha

01:00:00que o cessar-fogo

01:00:01vem do nada.

01:00:03é como se falassem

01:00:05assim, né, Duda?

01:00:06Por que não fizeram

01:00:06isso antes?

01:00:07É simplesmente

01:00:08porque o Hamas

01:00:09não estava disposto

01:00:10a libertar reféns

01:00:11antes.

01:00:12Ele está agora,

01:00:13ele está precisando

01:00:13de reforço,

01:00:15então ele quer tirar

01:00:15os criminosos

01:00:16da cadeia

01:00:16para se juntar

01:00:17a eles,

01:00:18para tentar

01:00:18recompor,

01:00:19para tentar

01:00:19eventualmente

01:00:19no futuro

01:00:20atacar de novo.

01:00:21E há,

01:00:22evidentemente,

01:00:23uma confiança

01:00:25de Israel

01:00:26de que diante

01:00:27das posições táticas

01:00:28nesse momento,

01:00:29quer dizer,

01:00:30do avanço

01:00:30até o norte

01:00:31de Gaza,

01:00:33de todo um

01:00:34distanciamento

01:00:35dos terroristas

01:00:36da fronteira,

01:00:38eles têm

01:00:39uma margem

01:00:40de manobra

01:00:40para libertar

01:00:41alguns criminosos

01:00:42conseguindo

01:00:43de repente de volta,

01:00:43porque eles estão

01:00:45se sentindo

01:00:45um pouco mais

01:00:46protegidos

01:00:47diante de todas

01:00:48essas manobras

01:00:49do exército

01:00:50israelense,

01:00:51inclusive com

01:00:52a incursão terrestre

01:00:54na faixa de Gaza.

01:00:55Quer dizer,

01:00:55você liberar

01:00:56no dia seguinte

01:00:56de um massacre

01:00:57de 1.200 pessoas,

01:00:58150 terroristas

01:01:01ou o que seja,

01:01:02porque vai haver

01:01:03uma libertação

01:01:03aí em etapas,

01:01:05é inconcebível,

01:01:07porque você está

01:01:08fortalecendo o inimigo

01:01:09quando o inimigo

01:01:10acabou de montar

01:01:11em cima de você.

01:01:12Duda?

01:01:13É uma operação

01:01:15extremamente delicada,

01:01:16porque aí

01:01:17imagina que sai

01:01:18então dos túneis

01:01:19o Hamas

01:01:20com 12 reféns,

01:01:22vão até a fronteira,

01:01:25alguma das passagens

01:01:26com Israel,

01:01:27entrega isso

01:01:27para o crescente vermelho,

01:01:29para a cruz vermelha,

01:01:30esses terroristas

01:01:31foram ensinados

01:01:32a vida inteira

01:01:32que tem que matar

01:01:33a israelense,

01:01:34então um dos medos

01:01:36que você tem

01:01:36é que eles atirem

01:01:37contra um posto

01:01:40de fronteira

01:01:41de Israel,

01:01:42você não sabe

01:01:43como esses caras

01:01:43vão se comportar.

01:01:46E outra questão

01:01:47que a gente tem aí,

01:01:47a gente só fala

01:01:48do Hamas agora,

01:01:49mas a gente tem

01:01:50um outro grupo terrorista

01:01:51dentro da faixa de Gaza,

01:01:53que é a jihad islâmica,

01:01:55que é que soltou

01:01:55aquele foguete

01:01:56que caiu

01:01:57no estacionamento

01:01:58do hospital

01:01:59Al-Ali,

01:02:00e a jihad islâmica

01:02:02é meio que

01:02:03um irmão

01:02:04caçula problemático

01:02:05do Hamas,

01:02:06que sempre teve liberdade

01:02:07para fazer

01:02:09muita coisa

01:02:10e não ter

01:02:11nenhuma responsabilidade,

01:02:13então também

01:02:13tem esse medo

01:02:14de como é que

01:02:15a jihad islâmica

01:02:16vai se comportar

01:02:18durante essa operação toda,

01:02:19então muita coisa

01:02:20pode dar errado,

01:02:21mas enfim,

01:02:23se conseguir

01:02:23que esses reféns

01:02:26consigam voltar

01:02:27para casa

01:02:28é um sucesso

01:02:29enorme.

01:02:30E ainda falando

01:02:31sobre o tema,

01:02:32diga, Greb.

01:02:33Uma observação rapidinha,

01:02:34muitos dos reféns

01:02:35que vão ser libertados

01:02:37podem estar

01:02:38com a jihad islâmica,

01:02:39uma das dificuldades

01:02:40nesse momento

01:02:41é exatamente

01:02:41identificar

01:02:42onde estão os reféns,

01:02:44porque nem o Hamas

01:02:44nessa altura do campeonato

01:02:45sabe quais são

01:02:47os cafofos

01:02:48que estão sendo usados,

01:02:49então está sendo

01:02:50necessário

01:02:51um trabalho

01:02:52de localização

01:02:52e muitos estão

01:02:53com a jihad.

01:02:55Exatamente,

01:02:56aliás,

01:02:57talvez Israel

01:02:58tenha aceitado

01:02:59esse número

01:03:00que não é

01:03:02sequer metade

01:03:03do total

01:03:04de reféns,

01:03:05porque sabe,

01:03:07e aliás,

01:03:07até tem a informação

01:03:08de que eles sabem

01:03:10que o Hamas

01:03:12não tem

01:03:13o total controle

01:03:15sobre todos

01:03:16aqueles que estão

01:03:17vivos,

01:03:18os líderes

01:03:19não sabem

01:03:20onde estão

01:03:20alguns,

01:03:21etc,

01:03:22então assim,

01:03:23pode ser que o Hamas

01:03:24tenha controle

01:03:24sobre um número

01:03:25limitado,

01:03:26pode ser mais

01:03:26do que 50,

01:03:27mais do que 80,

01:03:28pode ser 100,

01:03:29etc,

01:03:29mas tem outros

01:03:30que estão com

01:03:31grupos aliados,

01:03:33de modo que

01:03:34Israel aceitou

01:03:36porque acha

01:03:36que é uma quantia

01:03:37grande do Hamas.

01:03:38É,

01:03:39e aí eu falei

01:03:39daquele telefone

01:03:40sem fio lá

01:03:40do começo,

01:03:41então Israel

01:03:42fala com os Estados Unidos,

01:03:43que fala com o Qatar,

01:03:44que fala com o Hamas,

01:03:46que fala com a jihad islâmica,

01:03:48e aí que vai falar

01:03:49com cada um

01:03:49no seu cafofo,

01:03:50né?

01:03:51Como é difícil

01:03:52essa comunicação toda aí.

01:03:54E o ministro

01:03:54da Segurança Nacional

01:03:55de Israel

01:03:56e líder do

01:03:56Partido Nacionalista,

01:03:58Wotsmar Yehudit,

01:03:59é difícil

01:04:00falar esses nomes,

01:04:02Itamar Ben-Vir,

01:04:04se manifestou

01:04:05contra o acordo

01:04:06por entender

01:04:07que ele abre

01:04:07um precedente

01:04:08perigoso.

01:04:09Eu vou ler agora

01:04:09um trecho do texto

01:04:10que ele publicou

01:04:11na rede social

01:04:12X,

01:04:13o ex-Twitter,

01:04:13abre aspas,

01:04:14certamente não é aceitável

01:04:16que como parte

01:04:17de um plano

01:04:17libertemos terroristas

01:04:18e seus filhos,

01:04:19mas não recuperemos

01:04:20todas as mulheres,

01:04:21crianças,

01:04:21observadoras

01:04:22e todos os que

01:04:23ficaram para trás.

01:04:25Precisamos falar

01:04:25a verdade,

01:04:26um plano que deixa

01:04:27algumas das crianças

01:04:27e mulheres em Gaza

01:04:28não é moral

01:04:29aos meus olhos,

01:04:31não é lógico

01:04:31e na minha opinião

01:04:32está longe

01:04:33de ser suficiente.

01:04:34O Hamas queria

01:04:35este intervalo

01:04:36mais do que tudo,

01:04:37o plano é um precedente

01:04:38perigoso

01:04:39e pode levar

01:04:39a mais incidentes.

01:04:41Vamos claramente,

01:04:42vemos claramente

01:04:43como a pressão militar

01:04:44traz resultados.

01:04:46É hora de mais esforço,

01:04:47mais pressão

01:04:48para quebrar o Hamas

01:04:49e poderíamos ter chegado

01:04:50a um resultado

01:04:51diferente.

01:04:53Fecho aspas.

01:04:55Então está aí

01:04:55a posição de alguém

01:04:56que muitas vezes

01:04:58do DR

01:04:58é rotulado

01:04:59de extrema direita

01:05:00e como eu tinha dito

01:05:03há críticas

01:05:04a esse acordo,

01:05:05a libertação

01:05:06de terroristas

01:05:06e de fato

01:05:08não há,

01:05:09você pode concordar

01:05:10ou discordar,

01:05:11mas é preciso entender

01:05:12que não há

01:05:14uma resposta certa

01:05:15a respeito

01:05:17de o que é melhor

01:05:19fazer nesse momento.

01:05:20É melhor continuar

01:05:21sem acordo,

01:05:22é melhor fazer um acordo,

01:05:23se fizer um acordo,

01:05:24quais são os melhores

01:05:25critérios possíveis,

01:05:27se com esses critérios

01:05:29vale a pena

01:05:30fazer o acordo

01:05:31ou seria necessário

01:05:33haver critérios melhores,

01:05:35quais serão as consequências

01:05:36de se fazer esse acordo,

01:05:37quais seriam as consequências

01:05:39que provavelmente

01:05:40a gente

01:05:41não vai ter como saber

01:05:42se não fizesse.

01:05:44Então isso gera

01:05:45uma baita discussão

01:05:46e cada um vai

01:05:46colocando as suas posições

01:05:48e há interesses políticos

01:05:49também dentro

01:05:49da democracia

01:05:50israelense

01:05:52de marcar

01:05:52uma posição

01:05:54crítica

01:05:55àquilo que

01:05:55está sendo decidido.

01:05:57A proposta

01:05:58do Itamar Ben-Gvir,

01:06:00se der certo,

01:06:01seria maravilhosa,

01:06:02aumenta a pressão militar

01:06:03e aí o Hamas

01:06:04entrega

01:06:06e a Jihad Zami

01:06:06entrega todos os reféns

01:06:08de uma vez só.

01:06:11Poxa, se der certo,

01:06:12maravilhoso.

01:06:12O problema é

01:06:13você recusa esse acordo

01:06:15que está agora

01:06:16na mesa

01:06:17esperando um resultado

01:06:19melhor

01:06:20que venham todos os reféns

01:06:21daqui a pouco

01:06:22e aí depois

01:06:23você pode ter,

01:06:24a gente não tem

01:06:25garantia,

01:06:28segurança

01:06:29sobre a situação

01:06:29desses reféns.

01:06:30e a gente sabe

01:06:32que vários

01:06:33já morreram.

01:06:35Então, você coloca,

01:06:36você mantém

01:06:37essas pessoas

01:06:38em risco.

01:06:39Então, é melhor

01:06:41às vezes fazer

01:06:41uma concessão

01:06:42no momento agora

01:06:43e depois pressionar

01:06:44de novo

01:06:45e conseguir

01:06:46mais coisas

01:06:47mais adiante.

01:06:49Graebi,

01:06:50suas considerações

01:06:50finais

01:06:51sobre essa pauta?

01:06:53Concordo com você,

01:06:54Felipe,

01:06:55não existe decisão

01:06:56que seja

01:06:57claramente

01:06:58correta

01:06:59nem claramente

01:07:00errada.

01:07:01É um processo

01:07:02dificílimo

01:07:03de negociação

01:07:04e o

01:07:08Begvir,

01:07:11ele é

01:07:12realmente

01:07:13associado

01:07:14à extrema-direita

01:07:15de Israel,

01:07:17mas o raciocínio

01:07:17dele faz sentido

01:07:19também.

01:07:20Mas não é

01:07:21o raciocínio

01:07:21prevolente

01:07:22no país,

01:07:23volto a dizer.

01:07:25Todas as pesquisas

01:07:26dizem

01:07:28que o maior

01:07:29desejo,

01:07:30a prioridade máxima

01:07:31para os israelenses

01:07:32é ver o retorno

01:07:34dos

01:07:35reféns.

01:07:38Então,

01:07:39a opção

01:07:40do governo,

01:07:43do qual

01:07:43o Begvir faz parte,

01:07:44mais uma parte

01:07:45lateral,

01:07:46foi ouvir

01:07:48aquilo que

01:07:49o povo israelense

01:07:51está dizendo

01:07:52e tomar

01:07:53uma decisão

01:07:55que do ponto de vista

01:07:56militar

01:07:56tem seus riscos,

01:07:58grandes riscos,

01:07:59mas do ponto de vista

01:08:00social,

01:08:01político,

01:08:02era a mais aceitável

01:08:04nesse momento.

01:08:05Abriu-se uma janela

01:08:05para que voltasse gente,

01:08:07crianças,

01:08:09mulheres.

01:08:11Então,

01:08:11assim,

01:08:12eu acho que não dá

01:08:16para você

01:08:16condenar

01:08:17a decisão de Israel

01:08:18de jeito nenhum.

01:08:19Eu acho que está

01:08:20correto.

01:08:22Na minha opinião,

01:08:23se eu estivesse

01:08:24numa posição

01:08:26de decisão,

01:08:28eu estaria mais

01:08:28inclinado a ouvir

01:08:29o que as pessoas

01:08:30querem também

01:08:31e a fazer esse acordo.

01:08:33É,

01:08:34a gente de fora

01:08:34nem sequer tem

01:08:35todas as informações

01:08:36que as autoridades

01:08:38que decidem

01:08:39têm.

01:08:40A gente,

01:08:41obviamente,

01:08:41como jornalista,

01:08:43busca trazer

01:08:43todas essas informações,

01:08:45descobrir

01:08:45e levar

01:08:46ao público.

01:08:48Mas vocês imaginem

01:08:49que tem o parecer

01:08:50do exército israelense.

01:08:53Quer dizer,

01:08:53as forças de defesa

01:08:54de Israel

01:08:54chegam para o governo

01:08:55e falam

01:08:56a situação

01:08:56em terra

01:08:59é essa.

01:09:00Nós avançamos

01:09:01sobre o norte,

01:09:02mas ainda falta

01:09:03isso,

01:09:03isso e isso.

01:09:04Eles têm túneis,

01:09:05etc.

01:09:06Se a gente bombardeia

01:09:07o túnel,

01:09:08pode morrer civil.

01:09:10Se a gente avança

01:09:11por aqui,

01:09:11pode acontecer

01:09:12isso ali.

01:09:12Chegamos num ponto

01:09:13em que tudo

01:09:14fica mais sensível.

01:09:16É um terreno minado.

01:09:17Dá para continuar,

01:09:19dá para fazer

01:09:19os esforços,

01:09:20dá,

01:09:21mas a gente tem garantia

01:09:22de que esses reféns

01:09:24vão sobreviver,

01:09:25etc.

01:09:25Não.

01:09:26Aí,

01:09:26do outro lado,

01:09:27você tem

01:09:28a análise política

01:09:29em termos

01:09:31de diplomacia,

01:09:32inclusive.

01:09:32Olha,

01:09:33os Estados Unidos

01:09:33estão pressionando

01:09:34para que isso aconteça,

01:09:35a União Europeia

01:09:36está falando isso,

01:09:38etc.

01:09:38Tem a questão interna,

01:09:40as famílias,

01:09:41elas estão pressionando,

01:09:42a questão

01:09:43da popularidade

01:09:45da reação militar

01:09:46de Israel

01:09:47diante da própria sociedade,

01:09:48enfim,

01:09:49é uma série

01:09:50de elementos

01:09:50que são levados

01:09:51em consideração

01:09:52e com uma série

01:09:53de informações

01:09:54confidenciais

01:09:55para que esse tipo

01:09:56de decisão

01:09:57seja tomada.

01:09:58E o porta-voz

01:09:59das FDI,

01:10:00das Forças de Defesa

01:10:00Israel,

01:10:01Daniel Hagari,

01:10:02ele declarou

01:10:04o seguinte ontem,

01:10:05eu considero

01:10:05uma expressão

01:10:07importante aqui,

01:10:08abro aspas,

01:10:09os nossos corações

01:10:10estão com os sequestrados

01:10:11em Gaza,

01:10:12crianças,

01:10:12mulheres,

01:10:13homens e idosos,

01:10:14incluindo soldados

01:10:15das FDI,

01:10:16que foram raptados

01:10:17por uma cruel organização

01:10:18terrorista

01:10:19e estão agora

01:10:20detidos em Gaza.

01:10:21Faremos tudo

01:10:22para devolvê-los

01:10:23o mais rapidamente possível.

01:10:25Saberemos

01:10:25como nos preparar

01:10:27para qualquer questão

01:10:28necessária

01:10:29como parte do acordo

01:10:30e também saberemos

01:10:31como manter o esboço

01:10:33que será acordado.

01:10:35As FDI saberão

01:10:36como cumprir

01:10:37qualquer acordo

01:10:37e preservar

01:10:38as suas conquistas

01:10:39militares.

01:10:40Esta é uma longa guerra

01:10:42que tem muitas etapas.

01:10:44Fecho aspas.

01:10:46Quer dizer,

01:10:46as FDI,

01:10:48eu apurei,

01:10:50elas não têm

01:10:51poder de decisão,

01:10:54elas podem,

01:10:55evidentemente,

01:10:55municiar

01:10:56as autoridades

01:10:56que têm o poder

01:10:57de decisão

01:10:58com informações

01:10:58e relatórios,

01:10:59mas elas não decidem,

01:11:01elas não participam

01:11:02diretamente

01:11:03do acordo.

01:11:05Então,

01:11:06elas fazem aquilo

01:11:07que elas estão

01:11:09incumbidas de fazer

01:11:10e elas estão dizendo,

01:11:11olha,

01:11:12o que for

01:11:12desse jeito

01:11:13a gente vai fazer.

01:11:14E até o chefe

01:11:16do Estado-Maior

01:11:17das FDI,

01:11:18ele tem esse cargo lá,

01:11:19o Erzi Alevi,

01:11:21ele se juntou

01:11:22aos reservistas

01:11:22das forças em Gaza

01:11:23na segunda-feira

01:11:24e tinha transmitido

01:11:25para eles

01:11:26o seguinte recado,

01:11:27vocês devem saber

01:11:27que seu trabalho

01:11:28na incursão terrestre

01:11:29também cria melhores

01:11:30condições

01:11:31para trazer de volta

01:11:32os reféns.

01:11:33Então,

01:11:34a todo momento

01:11:34tem essa questão moral,

01:11:36o moral das tropas,

01:11:38a satisfação

01:11:40do exército

01:11:42em relação

01:11:42àquilo que está

01:11:43fazendo pela sociedade,

01:11:45obviamente,

01:11:46atacada

01:11:46e ainda de luto

01:11:47pelas perdas recentes.

01:11:49Duda,

01:11:50suas considerações finais,

01:11:51seu boa noite.

01:11:52É isso,

01:11:53só tem decisão difícil,

01:11:55né?

01:11:56Aceita agora

01:11:5750 reféns,

01:11:59segura lá

01:12:00160,

01:12:01espera mais

01:12:01para conseguir

01:12:02160,

01:12:03230,

01:12:05é tudo muito complicado

01:12:06agora,

01:12:07mas torcer

01:12:08para que isso aí

01:12:08dê certo.

01:12:09É isso, Felipe,

01:12:10boa noite,

01:12:11obrigado aí pelo convite.

01:12:12Obrigado sempre,

01:12:13Duda Teixeira,

01:12:13pelo trabalho,

01:12:14a gente vai ter o prazer

01:12:15de recebê-lo de volta,

01:12:17eu nem tinha visto ele

01:12:18na redação ainda,

01:12:20vai aparecer aqui

01:12:21no estúdio do Antagonista,

01:12:22o nosso correspondente

01:12:23internacional,

01:12:24agora,

01:12:24ele pode meter

01:12:25essa no currículo,

01:12:27ele que foi o nosso

01:12:28correspondente

01:12:28na eleição da Argentina,

01:12:30que terminou com a vitória

01:12:31de Javier Milley

01:12:32sobre o candidato

01:12:33da situação,

01:12:34Sérgio Massa,

01:12:35Caio Matos,

01:12:36seja bem-vindo aqui

01:12:37ao estúdio agora

01:12:38em São Paulo,

01:12:39boa noite.

01:12:40Boa noite, Felipe,

01:12:41boa noite, pessoal,

01:12:42tudo bem?

01:12:43Tudo ótimo,

01:12:44e pesquisa da Atlas Intel,

01:12:46divulgada nessa quarta-feira,

01:12:47aponta que a maioria

01:12:48dos brasileiros

01:12:48acredita

01:12:49que as afinidades

01:12:50ideológicas de Lula

01:12:52estão impactando

01:12:53a política externa

01:12:54do Brasil.

01:12:55Pois é,

01:12:56está há muito tempo.

01:12:57Produção,

01:12:58pode colocar na tela aí

01:12:59o slide do levantamento,

01:13:01e Caio,

01:13:02eu passo a bola

01:13:02para você,

01:13:02que escreveu na Cruz Oé,

01:13:03sobre essa sondagem.

01:13:06Bom,

01:13:06primeiro de tudo,

01:13:07eu queria dar uma contextualização

01:13:08do Instituto da Atlas Intel.

01:13:10Eles foram um instituto

01:13:11que chamaram muito a atenção

01:13:13já há anos,

01:13:14mas mais recentemente

01:13:15nessas eleições argentinas,

01:13:17porque foram um dos institutos

01:13:18que previram a liderança

01:13:20do Sérgio Massa

01:13:20no primeiro turno,

01:13:22e que previram

01:13:22a vitória do Milley

01:13:24no segundo,

01:13:25e como bem próximo

01:13:27do resultado final.

01:13:28Mas, bom,

01:13:29sem mais delongas,

01:13:29vamos focar agora

01:13:30na pesquisa mais recente

01:13:32que fala sobre o Brasil,

01:13:33sobre nós.

01:13:35Bom,

01:13:35como vocês podem ver aí

01:13:37na tela,

01:13:39o Atlas Intel

01:13:41perguntou

01:13:41para vários brasileiros

01:13:43o que eles pensam

01:13:44sobre a política externa

01:13:45do governo Lula.

01:13:48E,

01:13:48em questões de considerações

01:13:50de natureza ideológica,

01:13:51ou seja,

01:13:52as afinidades ideológicas

01:13:53de Lula

01:13:53e do seu governo,

01:13:55os brasileiros,

01:13:57mais de 60%

01:13:58dos brasileiros

01:13:59acreditam

01:14:00que elas têm impactado

01:14:01na política externa.

01:14:0262,4%.

01:14:0412,9%

01:14:06acreditam

01:14:06que não impactam

01:14:07e 24,7%

01:14:09não souberam responder.

01:14:11Para entender

01:14:11um pouco melhor

01:14:12o que isso significa,

01:14:14eu acho que é interessante

01:14:15também trazer

01:14:15os outros dois,

01:14:16os outros dois gráficos,

01:14:18os dois recortes

01:14:19que a Atlas Intel

01:14:20fez,

01:14:21que a gente preparou aqui.

01:14:22muito bem,

01:14:26na sua opinião,

01:14:27considerações,

01:14:28a gente tem,

01:14:29já trocamos aí

01:14:30de tela,

01:14:31na sua opinião,

01:14:31considerações de natureza

01:14:32ideológica

01:14:33deveriam impactar

01:14:34a política externa

01:14:35do Brasil?

01:14:36Quer dizer,

01:14:36uma questão

01:14:37mais conceitual,

01:14:38se isso deveria acontecer

01:14:39ou não.

01:14:40E aí,

01:14:4150,4%

01:14:42responderam que

01:14:43não,

01:14:44não deveriam.

01:14:46E,

01:14:46sim,

01:14:47deveriam,

01:14:47foi a resposta

01:14:48de 22,4%.

01:14:51não sei,

01:14:5227,2%.

01:14:54Então,

01:14:54a maioria dos brasileiros,

01:14:55né,

01:14:56Kai,

01:14:56não quer considerações

01:14:57de natureza ideológica,

01:14:58acha que a política externa

01:14:59deve ser guiada,

01:15:01a princípio,

01:15:02pelos valores universais

01:15:04e pelos benefícios

01:15:07que o Brasil

01:15:08pode obter

01:15:09a partir do relacionamento

01:15:10com outros países.

01:15:12Exato.

01:15:12E algo que surpreende

01:15:14também

01:15:14é que se nós olhamos

01:15:16um terceiro recorte

01:15:17que nós também preparamos,

01:15:19ele diz

01:15:20que

01:15:21a maioria,

01:15:22um pouco,

01:15:23tem uma margem de erro

01:15:24de 1%,

01:15:25então não é uma vantagem

01:15:26também muito grande.

01:15:27Mas 49,6%

01:15:29das pessoas

01:15:30aprovam

01:15:31a política externa

01:15:31do governo Lula,

01:15:33enquanto que 4,7%

01:15:34desaprovam.

01:15:35O que esses três

01:15:36recortes dizem?

01:15:38Eles dizem,

01:15:38basicamente,

01:15:39que se normalizou

01:15:40a noção

01:15:41de que a ideologia

01:15:43afete

01:15:44a política externa.

01:15:45As pessoas reconhecem

01:15:46que não deve afetar

01:15:47e não deve afetar.

01:15:48Mas já se tomou

01:15:50como algo normalizado,

01:15:51porque a gente reconhece

01:15:53que impacta

01:15:54e mesmo assim

01:15:56há uma certa aprovação

01:15:58ao governo Lula.

01:15:59O governo Lula,

01:15:59a diplomacia dele

01:16:00hoje não é nem um pouco

01:16:02diferente dos anos 2000.

01:16:03O que aconteceu

01:16:04nesse meio tempo

01:16:05foi o governo Bolsonaro

01:16:06que levou,

01:16:07alavancou ainda mais

01:16:09as tomadas ideológicas

01:16:11na política externa.

01:16:13Tanto que tem um outro recorte

01:16:14que uma leve maioria,

01:16:16não muito,

01:16:17mas acima dos 50%

01:16:18dos brasileiros

01:16:19acham que o Lula

01:16:19melhorou a política externa.

01:16:21Ainda está muito ruim

01:16:22nós normalizamos

01:16:25a interferência

01:16:28da ideologia

01:16:28na política externa.

01:16:30Aliás,

01:16:30o Lula,

01:16:31juntando aqui

01:16:32essas duas pautas,

01:16:33ele fez a seguinte

01:16:34declaração hoje,

01:16:35abro aspas.

01:16:36Nós estamos vendo

01:16:37o que está acontecendo

01:16:38na faixa de Gaza.

01:16:39Um acordo ontem,

01:16:40depois de 14 mil mortos,

01:16:42depois de quase 6 mil desaparecidos,

01:16:45depois de quase 6 mil

01:16:45crianças mortas,

01:16:47depois de tudo isso,

01:16:48os insanos

01:16:48que fizeram a guerra

01:16:49resolvem fazer

01:16:50um pacto de quatro dias

01:16:51quando poderiam

01:16:52nem ter começado

01:16:53os ataques,

01:16:55evidentemente.

01:16:56Fecho aspas.

01:16:58Essa é a declaração

01:16:58do Lula

01:16:59usando tudo quanto

01:17:00é número do Hamas.

01:17:01Tudo quanto é número

01:17:02do grupo terrorista,

01:17:03sem qualquer tipo

01:17:04de distinção.

01:17:05Se falava,

01:17:06por exemplo,

01:17:06que o Hamas

01:17:07tem um exército

01:17:09terrorista

01:17:09de 40 mil pessoas.

01:17:10Então,

01:17:12milhares de mortes,

01:17:13quantos são terroristas?

01:17:14Quantos efetivamente

01:17:15são civis?

01:17:17Ninguém nega,

01:17:18nem o exército israelense,

01:17:19que já morreram civis

01:17:20nesse embate

01:17:21na faixa de Gaza.

01:17:23O que se defende

01:17:24é o artigo 19

01:17:26da Convenção de Genebra,

01:17:28de que os terroristas,

01:17:30quando eles usam

01:17:31os civis

01:17:33como escudos humanos,

01:17:35os alvos militares,

01:17:36se eles são importantes

01:17:38para o exército

01:17:39que está combatendo,

01:17:39esse terror,

01:17:42você tem

01:17:43uma margem

01:17:44para arriscar

01:17:45a vida de outras pessoas,

01:17:46para salvar

01:17:47a vida

01:17:48do seu próprio povo,

01:17:49que eventualmente

01:17:50pode ser atacado,

01:17:51como foi,

01:17:52no caso de Israel,

01:17:55por esses terroristas

01:17:56que fazem esse tipo

01:17:57de uso,

01:17:58esse tipo de método.

01:17:59Então,

01:17:59isso é uma questão

01:18:00de lei.

01:18:01Aqui não se legitima

01:18:02a morte de ninguém.

01:18:04O que se compreende

01:18:05é a situação desencadeada

01:18:07pelo assassinato

01:18:08de 1.200 pessoas

01:18:11em território israelense

01:18:13invadido

01:18:13pelos terroristas

01:18:15do Hamas.

01:18:16O Lula,

01:18:17ele quer posar

01:18:18de quem poderia

01:18:18resolver tudo

01:18:19de uma outra maneira

01:18:20numa mesa de bar.

01:18:23Então,

01:18:23como a gente colocou,

01:18:24a reação militar

01:18:24foi fundamental

01:18:25para que houvesse

01:18:26esse acordo

01:18:26a essa altura,

01:18:27senão,

01:18:28239 pessoas

01:18:29estavam sequestradas.

01:18:31E, aparentemente,

01:18:32se um grupo terrorista

01:18:33sequestrar 239 brasileiros,

01:18:35o Lula não vai fazer nada.

01:18:37Ele vai fazer apelo.

01:18:38Ah, liberta aí e tal.

01:18:40E os terroristas

01:18:40vão falar assim.

01:18:41Vou rir da cara dele.

01:18:43Se houvesse um grupo

01:18:46disposto a matar

01:18:47os brasileiros,

01:18:48como existem grupos

01:18:49dispostos a matar

01:18:50os judeus

01:18:51e aniquilar o Estado.

01:18:53Então,

01:18:54o Lula mostra aí

01:18:55todo esse vínculo

01:18:57da esquerda

01:18:59com as justificativas

01:19:02usadas pelo Hamas.

01:19:03Aliás,

01:19:04foi objeto

01:19:04não só de comentário

01:19:06aqui no Papo Antagonista

01:19:07semanas atrás,

01:19:07mas ontem

01:19:08de excelente artigo

01:19:09da Catarina Rochamonte

01:19:11em o antagonista

01:19:12Melenchon,

01:19:15como é que é?

01:19:16Jean-Luc Melenchon.

01:19:17Jean-Luc Melenchon.

01:19:19Esses nomes

01:19:19são difíceis para a gente.

01:19:21Foi objeto ali

01:19:22da análise dela,

01:19:24assim como Lula,

01:19:25em relação à retórica.

01:19:26Então,

01:19:27procurem retórica,

01:19:28Lula,

01:19:28Catarina,

01:19:29o antagonista no Google.

01:19:30Vocês vão encontrar

01:19:31o artigo,

01:19:31está disponível também

01:19:32nas nossas redes sociais

01:19:33sobre como o antissemitismo

01:19:35hoje,

01:19:36ele vem misturado

01:19:37a novas formas

01:19:38de ideologia.

01:19:40Quer dizer,

01:19:41é aquela ideologia

01:19:42da reparação,

01:19:44de que o mundo

01:19:44está devendo para a gente,

01:19:46então todas as nossas ações,

01:19:47mesmo que criminosas

01:19:48e terroristas,

01:19:49estão justificadas.

01:19:50Isso é comum

01:19:51no discurso

01:19:52da extrema esquerda

01:19:53e no discurso

01:19:55do terrorismo islâmico.

01:19:57Só que esse discurso

01:19:58de extrema esquerda

01:19:58já está presente

01:20:00pela esquerda brasileira

01:20:01quase que toda.

01:20:03Deve ter aí

01:20:04raras exceções

01:20:05que fogem

01:20:07a esse padrão.

01:20:08Greve,

01:20:09o que você avalia

01:20:09dessa pesquisa

01:20:10e dessa postura

01:20:11do presidente?

01:20:14Bom, Felipe,

01:20:15falar de ideologização

01:20:17da política externa

01:20:19quando se trata

01:20:20de PT

01:20:20é quase

01:20:21uma brincadeira.

01:20:24a política externa

01:20:28do PT

01:20:28desde os governos

01:20:29Lula

01:20:30sempre teve

01:20:31preferências.

01:20:34Nunca foi guiada

01:20:35apenas

01:20:36por interesses.

01:20:38Nunca foi guiada

01:20:40apenas

01:20:40pelo projeto

01:20:41de fortalecer

01:20:42a posição

01:20:43do país,

01:20:44quer comercialmente,

01:20:46quer nos fóruns

01:20:46internacionais.

01:20:50Interesses públicos

01:20:51que você diz,

01:20:52porque os interesses

01:20:52partidários,

01:20:53políticos,

01:20:54ideológicos,

01:20:54sempre.

01:20:55Republicanos,

01:20:56nunca foi guiada

01:20:57só por isso.

01:20:59Sempre foi guiada

01:21:00por uma noção

01:21:01muito peculiar

01:21:02de quem é

01:21:03a turma do bem

01:21:04e de quem é

01:21:05a turma

01:21:05que deveria ser

01:21:07a quem se deveria

01:21:09contrapor,

01:21:10a quem o país

01:21:11deveria se contrapor.

01:21:13Então,

01:21:14o curioso,

01:21:17eu concordo

01:21:17com o Caio,

01:21:18o curioso

01:21:19é que essa

01:21:20ideologização

01:21:22que começou

01:21:23começou com o PT,

01:21:24começou com o PT.

01:21:26Não é a tradição

01:21:27do Itamaraty.

01:21:30É um vírus

01:21:32que foi inoculado

01:21:33na nossa diplomacia

01:21:34lá pelo Lula,

01:21:36com a ajuda

01:21:37do Celso Amorim

01:21:38e tal.

01:21:38ganhou contornos

01:21:42ainda mais extremos,

01:21:45se é que se pode dizer

01:21:46com o Bolsonaro.

01:21:48Creio que foram

01:21:48mais extremos.

01:21:49e agora volta.

01:21:53E quando eu falo

01:21:54mais extremos,

01:21:55é que o PT

01:21:56ainda tem

01:21:57uma certa

01:21:57preocupação

01:21:58em disfarçar

01:21:59o que está fazendo.

01:22:00É uma mistura

01:22:02muito ruim

01:22:03de business

01:22:05as usual,

01:22:06de normalidade,

01:22:08com promoção

01:22:09de interesses

01:22:10dos hermanos

01:22:12comunistas

01:22:14da América Latina,

01:22:17com tentativa

01:22:18de se juntar

01:22:19ao grupo

01:22:20das autocracias

01:22:22que tem

01:22:23China e Rússia,

01:22:25eles tentam

01:22:26dar uma engambelada

01:22:27os petistas,

01:22:29eles tentam

01:22:30fazer de conta

01:22:31que não estão

01:22:32atuando

01:22:34de maneira

01:22:34extremamente

01:22:36ideológica.

01:22:38O bolsonarismo

01:22:39não tentou sequer

01:22:40passar esse verniz

01:22:41na política externa,

01:22:42é por isso que eu digo

01:22:43que foi mais extrema,

01:22:44mas não é no sentido

01:22:45de que uma é melhor

01:22:46do que a outra, não.

01:22:48É no sentido

01:22:49da aparência.

01:22:51O PT tem

01:22:51uma tentativa

01:22:55de dourar a pílula,

01:22:58mas é só

01:22:58você olhar com atenção

01:22:59e não é só

01:23:00mais uma atenção

01:23:02que precisa ser

01:23:03aquela atenção

01:23:04do especialista.

01:23:06As pessoas

01:23:06estão notando isso.

01:23:09A pesquisa

01:23:10mostra claramente

01:23:11isso.

01:23:12que já é

01:23:14a ideia comum

01:23:15para todo mundo,

01:23:17que isso é

01:23:18a nossa política externa.

01:23:23Enfim,

01:23:25eu acho que seria

01:23:26mais prudente

01:23:27a gente recuperar

01:23:28algumas tradições

01:23:29de comedimento

01:23:30e de

01:23:32diplomacia

01:23:34técnica

01:23:35e deixar

01:23:36um pouco

01:23:36de lado

01:23:37as maluquices

01:23:39que vêm

01:23:39na cabeça

01:23:40dos presidentes

01:23:41que a gente

01:23:42elege.

01:23:44Caio,

01:23:44quer acrescentar

01:23:45alguma coisa?

01:23:46Aproveitando

01:23:47dessa situação

01:23:48do conflito

01:23:49entre Israel

01:23:49e o Hamas,

01:23:50Atlas Intel

01:23:51também perguntou

01:23:52aos seus

01:23:54entrevistados

01:23:54o que achavam

01:23:56da política

01:23:56do governo Lula

01:23:57em relação

01:23:57a esse conflito.

01:23:59E 43,4%

01:24:00acham que o governo

01:24:01adotou uma postura

01:24:02abre aspas

01:24:04mais favorável

01:24:05ao Hamas

01:24:06do que deveria.

01:24:07Quantos porcento?

01:24:0843,4%.

01:24:1043%

01:24:12de uma população

01:24:13achando que o governo

01:24:14seu próprio país

01:24:16está mais alinhado

01:24:17a um grupo terrorista.

01:24:19Essa é a situação.

01:24:21É isso

01:24:21a política externa

01:24:22petista.

01:24:24Então,

01:24:24eles

01:24:24se alinham

01:24:26naquelas pessoas

01:24:28que têm

01:24:29uma ideologia comum

01:24:30ou que têm

01:24:31inimigos comuns

01:24:32e que se danem

01:24:33os valores

01:24:34do Estado Democrático

01:24:36de Direito,

01:24:37dos direitos humanos

01:24:39que eles dizem

01:24:39defender.

01:24:40A gente vê isso

01:24:41na postura do Lula

01:24:42em relação

01:24:43ao Vladimir Putin,

01:24:44na postura do Lula

01:24:45em relação

01:24:46aos seus velhos aliados

01:24:47latino-americanos.

01:24:48Hugo Chávez,

01:24:49Nicolás Maduro

01:24:50na Venezuela,

01:24:51Daniel Ortega

01:24:52na Nicarágua,

01:24:52os irmãos Castro

01:24:53e o Miguel Dias Canel

01:24:55em Cuba.

01:24:56e tudo

01:24:57que ele fez

01:24:58para tentar

01:24:58que o peronismo

01:25:00se mantivesse

01:25:01no poder também

01:25:02na Argentina

01:25:03e acabou

01:25:04não conseguindo.

01:25:06Caio,

01:25:06aliás,

01:25:07para a gente

01:25:08encerrar,

01:25:09foi tudo bem

01:25:10lá em Buenos Aires?

01:25:12Você conseguiu

01:25:13fazer algumas

01:25:13outras coisas?

01:25:15Jogou um futebolzinho?

01:25:16Pode falar a verdade

01:25:17aqui?

01:25:18A gente viu

01:25:18que você trabalhou,

01:25:19Caio.

01:25:19Então,

01:25:20você pode ter feito

01:25:20alguma outra coisa.

01:25:22A gente não vai

01:25:23criticar você

01:25:24por isso.

01:25:24foi maravilhosa

01:25:26a experiência lá.

01:25:27Queria aproveitar

01:25:27também para agradecer

01:25:28toda a equipe

01:25:29do Antagonista

01:25:30e da Cruzeiro

01:25:30saindo pela

01:25:31da gente.

01:25:32Faz a média,

01:25:32faz a média.

01:25:33Mas para dar

01:25:35um sabor,

01:25:37eu joguei

01:25:38Sinuca

01:25:38com alguns

01:25:39correspondentes

01:25:39internacionais

01:25:40lá uma noite.

01:25:42Que beleza.

01:25:42beleza.

01:25:43Eu adoro

01:25:43jogar Sinuca.

01:25:46Muito obrigado,

01:25:46Caio.

01:25:47Foi tudo bem

01:25:47no gol de volta?

01:25:48Eu que agradeço.

01:25:49Foi ótimo.

01:25:50Fala, Greg.

01:25:52Com olhos

01:25:53de alfajor.

01:25:55Sei lá

01:25:55se isso existe,

01:25:56mas...

01:25:57Cadê?

01:25:58Cadê?

01:26:01Exatamente.

01:26:02Tem que levar

01:26:02no despacho.

01:26:03Já trouxe alguns

01:26:04para algumas pessoas

01:26:04que já estavam

01:26:05me cobrando.

01:26:07Valeu, Caio.

01:26:08Muito obrigado

01:26:08pelo trabalho.

01:26:09Parabéns pela cobertura.

01:26:10antagonista em Cruzoé

01:26:11sempre saindo na frente

01:26:13e você trouxe informações,

01:26:16trouxe vídeos

01:26:16em tempo real

01:26:17que a gente usou

01:26:19para dar todo o clima

01:26:20e o pessoal

01:26:21se engajou mesmo.

01:26:23A presença do Javier Milley

01:26:24realmente chamou a atenção

01:26:25para essa disputa

01:26:26que ele acabou ganhando.

01:26:29Muito obrigado, Felipe.

01:26:31Muito bem.

01:26:31É isso.

01:26:33Deixa eu ver aqui

01:26:33com a produção

01:26:34se a gente já fez tudo.

01:26:37Tem a PEC

01:26:38que a gente pode deixar

01:26:40para comentar amanhã.

01:26:42Greb, você tem algo

01:26:43a antecipar hoje

01:26:45sobre a análise de PEC?

01:26:46Quer deixar para amanhã?

01:26:47Diga aí.

01:26:48Não, não tem.

01:26:50Vou deixar para amanhã.

01:26:51É a PEC do judiciário?

01:26:54É, da limitação,

01:26:55do poder,

01:26:56dos ministros,

01:26:57do STF.

01:26:57A gente já falou muito deles,

01:26:59já criticou muito eles.

01:27:00Então, a gente deixa

01:27:01para refletir

01:27:03em cima

01:27:04de um assunto mais técnico

01:27:05sobre quais possibilidades

01:27:06que a gente se tem

01:27:07no Congresso Nacional

01:27:09de reduzir

01:27:11danos causados.

01:27:14Amanhã a gente faz isso.

01:27:15Muito obrigado, Greb.

01:27:16Boa noite, bom trabalho.

01:27:17Boa noite, Felipe.

01:27:18Obrigado.

01:27:20A protagonista fica por aqui.

01:27:21Amanhã tem mais

01:27:22às 18 horas ao vivo.

01:27:23Lembrando a vocês sempre

01:27:24de divulgarem o nosso programa

01:27:26na roda de conversa

01:27:28durante semana,

01:27:29dia de semana,

01:27:30fim de semana,

01:27:31no happy hour,

01:27:33na mesa do bar.

01:27:33Mas também,

01:27:35claro,

01:27:35com os recursos tecnológicos

01:27:36que se tem hoje,

01:27:38com as redes sociais.

01:27:39Pega o link,

01:27:40além de curtir o vídeo,

01:27:41compartilha no WhatsApp,

01:27:42naquele grupo de amigos,

01:27:44de familiares,

01:27:45publica na sua rede social,

01:27:47recomenda,

01:27:48porque a gente faz aqui

01:27:49uma análise minuciosa,

01:27:50como a gente fez hoje,

01:27:52no caso do Clareston.

01:27:53Leiam ali o artigo

01:27:54que eu publiquei

01:27:55em um antagonista também.

01:27:57No cenário internacional,

01:27:58a mesma coisa,

01:27:59uma cobertura diferenciada,

01:28:01sem esse viés

01:28:02de muitos veículos

01:28:05de comunicação,

01:28:06como a gente tem apontado.

01:28:07Então continue com a gente

01:28:08no Papo Antagonista

01:28:09e o antagonista.com.br,

01:28:11cruzoé.com.br,

01:28:12quem não assinou,

01:28:13assina,

01:28:13que vai ficar cada vez melhor.

01:28:15Um grande abraço,

01:28:16até amanhã.

01:28:17Você sabia que pode assistir

01:28:19aos programas ao vivo

01:28:20de O Antagonista

01:28:21na sua Smart TV?

01:28:23Conecte a sua Smart TV

01:28:24à internet,

01:28:25se ela ainda não estiver conectada.

01:28:27Acesse o aplicativo

01:28:28do YouTube

01:28:29na sua Smart TV,

01:28:30ou,

01:28:30se ele ainda não estiver instalado,

01:28:32baixe diretamente

01:28:34da loja de aplicativos

01:28:35da sua TV.

01:28:36Procure pelo canal

01:28:38de O Antagonista

01:28:39no YouTube.

01:28:40Se inscreva no canal

01:28:41e ative as notificações

01:28:43para receber os alertas

01:28:44dos programas ao vivo.

01:28:46Outra opção

01:28:47é espelhar o conteúdo

01:28:49diretamente

01:28:49do seu smartphone.

01:28:51Abra o aplicativo

01:28:52do YouTube

01:28:52em seu aparelho,

01:28:54procure pelo canal

01:28:55de O Antagonista

01:28:56e depois clique aqui

01:28:57neste ícone de espelhamento.

01:28:59Encontre a sua TV

01:29:00e pronto,

01:29:01agora você pode assistir

01:29:02os programas

01:29:03de O Antagonista

01:29:04na sua Smart TV

01:29:05sempre que quiser.

01:29:07Não perca tempo

01:29:08e aproveite

01:29:09os melhores conteúdos

01:29:10sobre política,

01:29:11economia,

01:29:11cultura e muito mais.

01:29:13Com a qualidade

01:29:13e a independência

01:29:15de O Antagonista

01:29:16na tela

01:29:16da sua TV.

01:29:24Eu preciso construir

01:29:25uma narrativa

01:29:26para destruir

01:29:27o inimigo.

01:29:28Que é vingança.

01:29:29Estou aqui

01:29:29para me vingar

01:29:30dessa gente.

01:29:30Eu não vou esperar

01:29:31foder minha família.

01:29:32Por isso,

01:29:33vou interferir.

01:29:34O Antagonista

01:29:36Brasileiro

01:29:37Obrigado.

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