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Transcrição
00:00Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, nessa segunda-feira.
00:04Além disso, outros três estudantes ficaram feridos.
00:06O atirador tem 16 anos e também é aluno da Escola Estadual Sapopemba.
00:13A gente não gosta de falar em atirador, né?
00:16Se foi um ataque a tiros, você tem aí um criminoso,
00:21só que ele tem 16 anos.
00:23Então, 16 anos, né, Duda Teixeira?
00:26Cai no ECA, vira um adolescente em conflito com a lei, né?
00:31Não é nem mais menor infrator.
00:34Então, não pode chamar menor de idade que atira contra outras pessoas de criminoso.
00:43E ele também é aluno da Escola Estadual Sapopemba.
00:45Adolescente, e é desagradável falar assim, né?
00:50E a arma usada no ataque foram apreendidos pela polícia militar.
00:53A aluna que morreu levou um tiro na cabeça.
00:56Outras duas estudantes que foram baleadas tiveram ferimentos no ombro e no tórax.
01:01Elas foram socorridas e levadas ao pronto-socorro do Hospital Sapopemba.
01:05Um terceiro estudante que se feriu quando fugia foi socorrido e já recebeu alta.
01:09A polícia investiga a motivação do ataque.
01:13Antes de entrar na seara política, Graeve,
01:15o que primeiramente chama a sua atenção?
01:19Bom, Felipe, é mais um caso.
01:21A gente está vendo crescer a estatística de atentados ou ataques,
01:29assassinatos cometidos dentro de escolas.
01:31Em abril desse ano, quando tinha acontecido o caso anterior,
01:40foram publicadas estatísticas mostrando que tinham sido 10 casos até ali já.
01:44Ou seja, a gente está falando de 10, 12, alguma coisa assim no Brasil.
01:49Um crime que não se via acontecer no Brasil está se tornando corriqueiro.
01:52E daí eu vi o governador de São Paulo, o Tarciso de Freitas,
01:58não sei se você ia comentar isso.
01:59Não, pode falar, pode falar.
02:00Dizendo hoje, depois do incidente,
02:04que algo, entre aspas, essa é a declaração dele,
02:08nós fizemos algo de errado, algo nós fizemos de errado,
02:11tentando, reconhecendo,
02:14que houve uma falha na maneira do governo,
02:20da polícia lidarem com esse tipo de acontecimento.
02:24E está certo.
02:26É verdade.
02:27Ele disse, ah, mas tem ronda da PM
02:32em torno dessa escola,
02:34uma escola grande, tem fila de espera,
02:37tem atendimento psicológico.
02:39Não basta.
02:44Se você percebe que isso é uma tragédia
02:49que está se tornando comum no Brasil,
02:52tem que fazer mais.
02:54Fazer mais significa o quê?
02:56Treinar direção e professores,
02:59e até mesmo os alunos,
03:01para identificar os sinais de que uma coisa desse tipo pode acontecer.
03:04É assim que se faz nos Estados Unidos.
03:06É a única maneira,
03:07o único jeito que você tem de impedir
03:11esse tipo de crime é identificar os sinais dele.
03:14E havia sinais nesse caso, Felipe.
03:17Havia sinais.
03:18O menino começou a viatona hoje, durante a tarde.
03:23O menino já tinha feito boletim de ocorrência na polícia,
03:29dizendo que sofria bullying, mais de uma vez,
03:31dizendo que sofria bullying na escola.
03:34Uma semana antes, ou duas semanas antes,
03:37não lembro exatamente.
03:38Ele disse para amigos dentro da escola.
03:41Amigos não, né?
03:42Ele era um menino muito isolado.
03:44Mas disse para pessoas que ele ia fazer exatamente o que fez.
03:47E ninguém levou a sério.
03:50Esse tipo de informação precisa fluir
03:52da polícia para a escola,
03:55dos alunos para a direção,
03:57da direção para a polícia.
03:59É preciso entender que estes casos
04:03não são mais do campo da fantasia no Brasil.
04:08Eles podem, sim, acontecer
04:09e estão acontecendo com cada vez mais frequência.
04:12E se você não treinar as pessoas para lidar com eles,
04:15vai piorar a situação.
04:17Ou seja,
04:18precisa entender,
04:19só com prevenção,
04:22só com pegando qualquer pequeno indício
04:26de que uma tragédia dessa está em formação,
04:28e transformando isso em ação
04:30para prevenir,
04:31você consegue fugir.
04:32Porque do resto,
04:35se você deixar o...
04:39Não podemos chamar de criminoso,
04:41mas o adolescente,
04:42às vezes a criança até,
04:45continuar agindo sem nenhuma espécie de ação,
04:50sem nenhuma espécie de resposta,
04:52vai acontecer tragédia.
04:53É isso que a gente viu por décadas nos Estados Unidos
04:56e está começando a ver no Brasil.
04:59É, o sujeito que quer matar
05:00e consegue uma arma,
05:04ele tem grande possibilidade
05:06de levar isso adiante.
05:08É isso que é enlouquecedor.
05:11É por isso que qualquer sinal
05:12de que ele esteja disposto a fazer isso
05:15precisa ser transformado em ação,
05:18como bem colocou o Grae,
05:19para que ele seja monitorado.
05:21E aí você já tem um radar mais especificado.
05:26Porque patrulha,
05:28tudo isso é muito genérico,
05:31muito abrangente.
05:32É para todo mundo,
05:33é para olhar se está vindo alguém
05:35de algum lugar, etc.
05:36Agora, o monitoramento individual,
05:39por pais, por diretores,
05:41por policiais,
05:42para averiguar se tem arma em casa, etc.
05:46Isso pode prevenir
05:50de uma maneira mais específica.
05:55Se não, dá sempre brecha.
05:57Patrulha é aquele negócio.
05:58Passou a patrulha,
05:59então depois que passou,
06:00o bandido atua.
06:02Lá no Rio é assim.
06:04Até os carnavais,
06:06até tudo que eu vi na vida
06:08em relação à bandidagem.
06:10Você vê, a polícia passa,
06:11o bandido viu que passou,
06:12pronto, assalta de novo.
06:14Então, assim,
06:16nesse caso de escola,
06:16não é muito diferente, hein, Gabi?
06:18E é muito difícil
06:19ter uma coisa que seja eficiente
06:22100% para evitar essas coisas.
06:25Eu lembro que naquela história
06:26do aluno que matou a professora
06:29aqui também em São Paulo,
06:31ele já tinha sido mudado de escola,
06:33já tinham avisado os pais,
06:35já tinham atendido ele,
06:37mas você nunca sabe
06:38quando ele vai pegar uma arma
06:41e sair atirando.
06:42sempre essa...
06:43É como o terrorismo,
06:44você nunca sabe
06:45quando o sujeito vai plantar
06:46uma bomba e o corpo vai explodir.
06:48E aí
06:53E aí
06:53E aí
06:53E aí
06:53E aí
06:54Obrigado.

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