- 27/06/2025
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DiversãoTranscrição
00:00O brasileiro, nós não gostamos do esporte, nós gostamos de pessoas, porque assim ó,
00:07teve uma época que nós éramos foda em tudo, no tênis nós tínhamos o Guga, no boxe nós
00:12tínhamos o Popó, que era campeão mundial, nós tínhamos vocês do vôlei, que as meninas
00:16do vôlei ganhavam tudo, o futebol ganhava tudo, na MMA os títulos, quase todos os titulões
00:22eram nossos, nós fomos acostumados a ganhar tudo, porque nós tínhamos esportista foda.
00:26A geração que a gente viveu, eu dormi embaixo do mineirinho, em cama de cimento, o esporte
00:32você passa por necessidade, pra você ter uma busca do que você quer, e aí você chega
00:37em Sacoarema, internet, TV a cabo, ar-condicionado, a cama sob medida, a gente chegava no café
00:43da manhã, o moleque chegou e falou assim, mamão papai com granola, queijo branco, peito
00:49de peru, presunto magro, isso tudo de novo?
00:52Meu irmão, ele falou isso?
00:56Eu catei pelo cabelo e joguei pra fora, o Serginho olhou pra mim e falou assim, Giba,
00:59eu nunca vi você virar aquele bicho, eu falei, Serginho, você sabe de onde a gente
01:02veio, cara, o sangue no olho que a gente tem pra conquistar isso aqui, pro moleque vir
01:07com 16 anos de idade e olhar e falar tudo isso de novo, então assim, o que que essa geração
01:12não tem?
01:13Tem falta de vergonha na cara.
01:15Toma!
01:15O brasileiro, nós não gostamos do esporte.
01:18Se um homem tem mais de 30 anos, é bem sucedido, tem shape, está solteiro, é porque ele já
01:22percebeu que pode ter quem ele quiser e não precisa namorar pra isso.
01:25Esse é o café com teu pai.
01:27A verdade é que se o cara fez as escolhas certas na vida dele, trabalhou pesado e cuidou
01:31da aparência, entre os 30 e os 45 anos ele vive o auge, enquanto a mulher na mesma
01:34idade começa a se desesperar porque as coisas começaram a ficar difíceis.
01:38Funciona assim, na infância, o menino que se destaca na hierarquia social é aquele
01:41que é bom nos esportes.
01:41Quando chega a adolescência, se ele for bonito ou playboy, ele começa a despertar o interesse
01:45de algumas meninas e isso permite que ele viva várias experiências.
01:48E assim fica bom de conversa.
01:49Agora, se não for nessas condições, ele tá fudido.
01:51Ele vai ter que lidar com a rejeição constantemente.
01:53As mulheres da idade dele, que são as mais desejadas, estão mais interessadas nos caras
01:57que são um pouco mais velhos, que já tem alguma independência, um carrinho, tem
02:00mais experiência e ele sempre vai perder pra esse cara.
02:03Eu me lembro eu com 19 anos, cara de 30 fazendo a festa.
02:05Ou seja, o cara começa a vida sendo rejeitado e só começa a ser desejado pelas mulheres
02:08quando resolver algumas áreas da vida dele.
02:10A mulher não.
02:10Com 20, ela tem tudo o que ela precisa pra ser desejada.
02:12Beleza e juventude.
02:13Todos os caras querem ela e ela pode escolher.
02:15Assim, ela inicia a vida adulta no auge, com o mundo se abrindo pra ela.
02:18Até que beirando os 30, a coisa começa a mudar e a vida vai começando a ficar difícil.
02:22O ponto é, o cara de 30 anos que tá com a vida resolvida, só vai querer algo sério
02:25se tiver realmente amadurecido.
02:26Se já tiver percebido que o que vai preencher a vida dele não é comer metade do mundo,
02:30é construir uma família e fazer algo útil pelos outros.
02:32E você, mulher, que tem um pouco mais de 20 anos, deveria chegar à mesma conclusão.
02:36Agora é a melhor hora pra você construir um relacionamento bacana.
02:39Quanto mais tarde, mais difícil.
02:40De nada.
02:41Se um homem tem mais de 30 anos, é...
02:43Você sabia que aqui nos Estados Unidos o enfermeiro não confere o carrinho de parada?
02:46Pois é.
02:47Essa responsabilidade é da farmácia hospitalar.
02:50Assim que o carrinho é aberto, a gente apenas sinaliza e a farmácia troca por um carrinho
02:54novo, 100% revisado e lacrado.
02:56Já no Brasil, tudo isso cai nas costas da enfermagem.
02:58O enfermeiro tem que conferir item por item.
03:00Por isso, muita gente evita abrir o carrinho, não é mesmo?
03:03Porque sabe que vai sobrar mais uma responsabilidade que não deveria ser nossa.
03:07Aqui nos Estados Unidos, o enfermeiro cuida do que realmente importa, o paciente.
03:10E é assim que deveria ser.
03:12Diferenças que impactam diretamente o nosso dia a dia na profissão.
03:15E você, já viveu isso no Brasil?
03:17Me conta aqui nos comentários.
03:17Você sabia que a casa dos meus pais não é mais a minha casa e eu não me sinto mais
03:21em casa na minha cidade natal?
03:23Essa é a reflexão 3 da série Patentona.
03:2632 reflexões aos 32.
03:28Já faz um tempo que eu tenho esse sentimento estranho quando eu venho pra cidade que eu
03:32nasci.
03:32Grande parte das memórias da minha vida são daqui, mas ao mesmo tempo parece que já
03:36passou uma vida inteira desde que eu me mudei.
03:38Eu já não sou mais a mesma pessoa que eu era.
03:40Mas a minha cidade também mudou.
03:42Não foi só a minha vida que continuou.
03:43A vida por aqui também seguiu acontecendo e eu acho que é por isso que a distância que
03:47eu sinto daqui não é só física.
03:48Quanto mais o tempo passa, mais distante eu me sinto.
03:51E o mais louco é que às vezes tudo que eu preciso é de uma noite de sono no quarto
03:54que foi meu quando eu era criança.
03:55Talvez pra sentir de novo, nem que seja só por uma noite o sentimento de ser só
03:59filha, sem todas as responsabilidades que chegaram junto com a vida adulta.
04:03É um lugar que pra mim é lar, mas não é casa.
04:06A casa dos meus pais não é mais...
04:07Se você não precisasse se preocupar com a sobrevivência, o que era que você ia fazer?
04:12Porque muita gente dizia, rapaz, eu faço o que eu gosto.
04:15Não, você gosta do que faz, é diferente.
04:20Tem umas coisas...
04:20A língua portuguesa é de lascar.
04:22Ó, fazer o que gosta e gostar do que faz são diferentes.
04:28Por exemplo, o cara chega e diz, Santana, tem um show no Japão.
04:31Como eu faço o que eu gosto, não vou lá, é longe.
04:35Santana, tem um show no Japão.
04:36Como eu gosto do que eu faço, é ali na esquina.
04:38Tá entendendo?
04:39É diferente demais.
04:40Outra coisa, faça aos outros aquilo que você gostaria que fizesse a você, né?
04:45De jeito nenhum.
04:46Eu gosto, vamos dizer, eu gosto de baú no dois com piqui.
04:48Você não gosta.
04:49Aí você vai na minha casa, eu boto baú no dois com piqui pra você.
04:51Eu tô fazendo a você porque eu gostei.
04:53Agora, não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizesse.
04:59A língua portuguesa é muito cheia de mistério.
05:01Por exemplo, bocado é tudo aquilo que cabe na boca.
05:05Certo?
05:05Punhado é tudo aquilo que cabe na mão, no punho.
05:10Sabendo disso, é melhor nem querer saber o que significa cunhado.
05:17Se você não precisar...
05:18A educação não mudou a minha vida.
05:20Esses dias eu liguei pro meu sobrinho, a gente trocou ele de escola,
05:23ele não tava dando o resultado que a gente queria que ele desse.
05:25E aí, como toda criança que é atrevida, com a respostinha na ponta da língua,
05:29ele disse, oxi, quando foi a escola que mudou sua vida?
05:32E ele não tá errado, né?
05:37Mas me incomodava o fato dele também não tá certo.
05:39Se você me conhece, sabe que a minha vida foi transformada através de Big Brother.
05:43E refletindo, né?
05:44Porque eu não consegui responder na hora.
05:46Eu disse, tá bom, depois a gente confessa.
05:48Eu que não tenho a resposta mesmo pra dar na hora.
05:49Esses dias eu vi uma matéria que falava da baixa adesão dos alunos no Enem.
05:55E refletindo sobre essa ideia de como responder ele,
05:58desse futuro que as nossas crianças, porque é o lado de cá, é o lado mais vulnerável,
06:03é o lado da base que acredita que vai ter a vida transformada por causa da internet,
06:06que vai ser blogueiro.
06:07Porque quem tem a QE, ó, os pais vão continuar colocando pra estudar.
06:11Vão continuar colocando nas faculdades, vão continuar colocando em cursinho.
06:15Não foi a educação que deu essa grande virada de chave da minha vida,
06:18mas a educação foi responsável por fazer eu ter um salário melhor do que o da minha mãe.
06:22Eu era assistente social.
06:24Foi através disso que eu consegui um emprego melhor do que o dela.
06:26Se isso não é mudar de vida, é o quê?
06:28Nem sempre a educação é sobre o carro mais legal que você vai comprar,
06:31a viagem internacional mais foda que você vai fazer.
06:35Não é sobre como você vai comprar uma mansão dos sonhos.
06:39Às vezes é só sobre ter mais acesso do que quem te cercou a vida toda.
06:43Às vezes é sobre comprar uma roupa que não seja na data comemorativa.
06:47É comprar danona e queijo pro mês inteiro.
06:50Entende?
06:50Eu penso que a educação é a oportunidade da tentativa, se é que isso existe em algum lugar.
06:55É a nossa oportunidade de tentar algo melhor.
06:58Porque se eu não acredito na educação, eu digo o quê pro meu sobrinho?
07:02Passo o dia todo em uma xanda no celular.
07:04Tem futuro melhor pra vir, não.
07:06Se eu não acredito que isso é a oportunidade que ele tem,
07:09de tentar ter uma vida melhor, às vezes é melhor do que a da avó dele.
07:12Às vezes é melhor do que a da mãe dele.
07:14A minha avó terminou o ensino médio e isso acrescentou 500 reais no salário dela.
07:18Porra, pra quem recebe o salário mínimo,
07:20você sabe?
07:21Faz muita diferença.
07:22Você entende?
07:23Que nem sempre é sobre essa grande virada de chave da sua vida,
07:27mas se a gente perde a esperança nisso,
07:29a gente diz o quê pras crianças e pros adolescentes?
07:31Que não adianta tentar, não.
07:33E a educação é um monte de braço.
07:34A educação precisa da saúde, a educação precisa do esporte,
07:37a educação precisa de uma educação integral,
07:38a gente precisa de investimento.
07:40Sim.
07:40Mas aí se não tiver educação, amor,
07:42como é que vem os outros?
07:43A gente luta pelo quê?
07:45Em nome de Jesus.
07:46Sobra o quê pra gente?
07:47A educação não mudou a minha vida.
07:49Esses dias eu liguei pro meu sobrinho,
07:51a gente trocou ele de escola,
07:52ele não tava dando resultado.
07:53Um vídeo meu viralizou e foi logo o vídeo que eu falo
07:55que eu tenho quase 35 anos de idade
07:57e que eu tô solteira desde 2014.
07:59E como o meu perfil recebeu uma quantidade absurda de visualizações,
08:02eu resolvi aproveitar e fazer um formulário de compatibilidade.
08:05Em menos de 5 minutinhos você consegue responder todo o formulário
08:09e no final você ainda pode deixar o seu telefone
08:11caso você queira que eu entre em contato contigo.
08:14Só que a gente precisa ser compatível, tá?
08:16E eu sei que isso pode parecer um pouco estranho,
08:18mas eu realmente não tenho muitas opções
08:20pra poder arrumar um namorado.
08:22Eu raramente saio de casa,
08:23eu não tô em nenhum aplicativo de relacionamento
08:26e eu também não tenho muitos amigos, sabe?
08:28O vídeo que viralizou foi um vídeo que eu tô comendo bolo de pote
08:30com a minha família,
08:31porque eles compraram esse bolinho de Santo Antônio
08:33pra ver se eu consegui encontrar a aliança.
08:36Tecnicamente, quem encontra uma aliança dentro do bolo
08:38tem mais chances no amor.
08:39Eu realmente não sei dizer se isso foi um sinal ou não,
08:42mas eu acho que tá na hora de procurar alguém,
08:44então eu vou usar as ferramentas que eu tenho.
08:46Se você quiser responder o formulário,
08:48é só você comentar formulário aqui
08:50ou então dá uma olhada no meu perfil, tá bom?
08:52Um vídeo meu viralizou...
08:53Última semana morando com o cachorro do meu namorado.
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