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  • há 6 meses
O corpo da brasileira Juliana Marins agora vai ser submetido a exames para diagnosticar a causa da morte. Especialistas apontam falhas graves nas tentativas de resgate

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Transcrição
00:00A gente agora conta pra você, né, mais uma vez, mais um capítulo dessa história que abalou, né, todas as pessoas, o Brasil inteiro.
00:07Tá todo mundo pensando muito na Juliana Marins, né, essa menina que não resistiu depois de cair na trilha de um vulcão.
00:13O corpo dela agora vai ser submetido a exames pra dar a causa exata, né, diagnosticar essa causa da morte.
00:20Vários especialistas que a gente ouviu apontam falhas muito graves nas tentativas de resgate e a reportagem é do Fernando Davi.
00:27A quase 4 mil metros de altitude, voluntários e as equipes de resgate conseguiram içar o corpo de Juliana Marins
00:35em uma operação que exigiu o uso de rapel no Monte Rinjani, na Indonésia.
00:40O resgate durou cerca de 15 horas.
00:42O corpo da brasileira foi carregado até a base da montanha e depois levado a um hospital,
00:47onde vai passar por exames que podem esclarecer a causa da morte.
00:51Esse voluntário foi quem alcançou o corpo da brasileira no precipício.
00:55A GAM passou a noite lá, 600 metros penhasco abaixo, para impedir que o corpo deslizasse ainda mais.
01:03Após a conclusão da operação, o Serviço Nacional de Salvamento da Indonésia, que tem sido alvo de muitas críticas,
01:09divulgou um vídeo em tom de celebração.
01:13Mas não havia o que comemorar.
01:16Apesar dos apelos à família por agilidade no socorro, Juliana não recebeu itens básicos, como água, comida e agasalhos.
01:23E quando foi finalmente alcançada, quatro dias depois, já estava morta.
01:29Até as cordas usadas inicialmente na operação eram pequenas, com no máximo 250 metros de comprimento.
01:35Para esse bombeiro especializado em salvamentos na natureza, um erro primário.
01:40A gente quando vai para um socorro, qualquer tipo de evento, seja em salvamento em montanha ou em outra área,
01:46a gente já presume que vai ter que se levar o mais do necessário.
01:50Então assim, acredito que não ter as cordas necessárias naquele momento foi talvez uma negligência de não entender a logística do local.
01:58Juliana, de 26 anos, decidiu encarar o desafio da trilha do Monte Rinjani,
02:03o segundo maior vulcão da Indonésia, ao lado de outros cinco estrangeiros e um guia local.
02:08No segundo dia de percurso, a brasileira, muito cansada, pediu para parar.
02:13O guia seguiu com o grupo e teria deixado Juliana sozinha.
02:17Fazer uma trilha como essa exige bem mais do que preparo físico.
02:21É preciso o conhecimento técnico, os equipamentos adequados e protocolos rigorosos de segurança.
02:27O caso da Juliana revela uma série de falhas e omissões, especialmente de um princípio que deveria ser inegociável em uma aventura como essa,
02:37a de que ninguém pode ser deixado para trás.
02:41Começa junto, termina junto. Não existe o caso de deixar alguém para trás.
02:45A família de Juliana fez uma postagem nas redes sociais em que acusa o Serviço Nacional de Resgate de negligência.
02:51Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado de sete horas, Juliana ainda estaria viva.
02:59A família diz que vai atrás de justiça.
03:01O pai de Juliana fez uma carta emocionante para a filha.
03:05Em um dos trechos disse,
03:07Você se foi fazendo o que mais gostava.
03:09E isso conforta um pouco o nosso coração.
03:13É muito emocionante essa mensagem do pai ali, de tentar se confortar imaginando que a menina foi embora fazendo o que ela mais gostava.
03:28E esse lugar, onde ela infelizmente acabou morrendo, o Monte Rinjane, é considerado sagrado por tribos indígenas ali da região,
03:36até que fazem rituais, é considerado um portal ali entre terra, espírito, enfim.
03:41Então, que ela tenha sido bem recebida por esses ancestrais espirituais lá na região.
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