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Transcrição
00:00Ó, preciso seguir, pessoal, que temos muitos assuntos para tratar ainda no programa, vamos lá.
00:06Essas nuvens escuras aí que estão sobre o clã Bolsonaro, né, pessoal?
00:11Vamos lembrar que a matéria do Globo de hoje fala sobre um laudo do Ministério Público
00:17que comprova a prática de rachadinha no gabinete do filho do ex-presidente Carlos Bolsonaro, né?
00:23Agora, o MP quer apurar se o vereador se beneficiou desse esquema de rachadinha.
00:30O chefe de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, desde 2018, o Jorge Luiz Fernandes,
00:36recebeu um total de R$ 2,014,000 em créditos provenientes das contas de outros seis servidores
00:47nomeados pelo filho do 02 do ex-presidente Jair Bolsonaro.
00:52Essa movimentação financeira foi feita pela equipe do Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção
00:58e à Lavagem de Dinheiro do Ministério Público do Rio de Janeiro.
01:03É a prova mais consistente obtida até agora pela promotoria de justiça
01:08na investigação sobre essa suspeita de rachadinha no gabinete de Carlos Bolsonaro
01:13na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
01:15Esse mesmo levantamento, que foi autorizado pela justiça, também demonstrou que Fernandes
01:23usou contas pessoais para o pagamento de despesas do filho do 02, do Carlos Bolsonaro, do Carluxo.
01:32A promotoria quer saber agora se esses pagamentos eram eventuais ou se eles eram regulares,
01:39ou seja, se eles aconteciam com frequência.
01:41Caso verifique que havia uma regularidade desses pagamentos, pode ficar comprovado
01:48que Carlos Bolsonaro se beneficiou diretamente desse esquema da rachadinha,
01:52do desvio do dinheiro dos servidores públicos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
01:57O Laboratório de Lavagem também investigou um total de 27 pessoas
02:02e cinco empresas ligadas a Carlos Bolsonaro.
02:06A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre essa prática
02:09foi iniciada com base numa reportagem que foi publicada em junho de 2019,
02:16pela revista Época, revelando ali que sete parentes de Ana Cristina Valle,
02:20que é ex-mulher de Bolsonaro e madrasta de Carlos Bolsonaro,
02:24foram empregados no gabinete do vereador, mas não compareceram ao trabalho.
02:29O advogado de Carlos Bolsonaro se posicionou hoje e o Antônio Carlos Fonseca
02:36disse que, aparentemente, essa matéria do jornal O Globo divulga de forma seletiva
02:40algumas informações sigilosas com o nítido intuito de promover ataques ao vereador,
02:46foi o que disse a defesa de Carlos Bolsonaro.
02:48Graebi, posso começar contigo? Vamos lá?
02:52Primeiro, Carlos Bolsonaro não mudou de cargo.
02:56Então, pelo menos aquele caminho que foi seguido pelo irmão dele, o Flávio Bolsonaro,
03:02para anular a coleta de provas, não está disponível.
03:08Então, pode até ser que achem alguma outra falha processual, alguma outra coisa,
03:15como é tão comum nas investigações contra políticos no Brasil,
03:21depois de 3.789 recursos, eles conseguem emplacar alguma coisa.
03:30Mas esse caminho que serviu ao Flávio, nesse momento, não está disponível para o Carlos.
03:36Então, está numa situação mais periclitante ali.
03:40Segunda observação.
03:41De novo, a gente tem uma situação em que todos os indícios apontam
03:50para uma prática disseminada na família Bolsonaro,
03:54desse crime que também é mequetrefe, também é uma prática mequetrefe,
03:58vou roubar um pedacinho do salário dos meus funcionários.
04:02Realmente, parece que é um hábito, rachadinha, mexendo em registro de vacina e tal.
04:14É o jeito, a constituição moral deles leva a esse tipo de falcatrua menor.
04:26Irmão, Bolsonaro, Carlos, N indícios.
04:34Mas, mais uma vez, ainda estamos num ponto da investigação
04:39que exige cuidado, quando a gente passa do comentário político
04:45para o comentário jurídico.
04:49Como dizem os próprios, ainda não chegamos ao ponto de fazer
04:54a ligação entre Carlos e o seu assessor, que recebia a grana.
04:59Essa é a desgraça de investigação sobre organização criminosa.
05:06Quanto mais você sobe na escala, mais difícil é fazer a conexão
05:13entre aquele que, em tese, estava mandando e se beneficiava do esquemão
05:17e aqueles que estão lá embaixo praticando os crimes,
05:20pegando a grana na boca do caixa, tá, tá, tá.
05:23É uma coisa que a gente já viu N vezes no Brasil.
05:27E é por isso que tem lei específica para isso,
05:29porque é difícil investigar esse tipo de crime.
05:32Organização criminosa, você pega os bagrinhos
05:35e o tubarão normalmente costuma escapar.
05:40Vamos ver.
05:41O bagrão, o bagre do meio, a tainha, sei lá, que peixe que é esse,
05:46já foi pego.
05:47Tanto no caso da falsificação das vacinas,
05:53quanto no caso do Carlos Bolsonaro agora.
05:55Pegaram a tainha que está aí nadando no meio.
05:58Ainda não tem o anzol enganchado na boca do tubarão.
06:05Observação jurídica.
06:08Politicamente, acredita quem quer
06:10que os Bolsonaro jamais souberam que essas coisas aconteciam,
06:15não só em um, mas em dois, em três, em quatro gabinetes da família.
06:24Wilson, o cerco está se fechando ali para Carluxo.
06:28O que tudo indica, pelo menos por esses dados
06:30que foram levantados pela matéria do Globo,
06:33aí mostram um caminho que pode se fechar um cerco forte ali
06:37para o filho do ex-presidente?
06:41Pode sim, pode sim, Kenzo.
06:43O que se fechou com o Flávio Bolsonaro, né?
06:46O Flávio Bolsonaro, ele só...
06:47A investigação com o Flávio só dissipou, né?
06:52Só caiu no esquecimento porque ele foi beneficiado com liminares
06:56do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal.
07:00Então, no caso do Carlos Bolsonaro, a investigação se fecha,
07:04só que, de novo, isso pode subir para as instâncias superiores, né?
07:09Você pode ter uma investigação, você pode ter um questionamento no STJ,
07:12você pode ter um questionamento no STF.
07:14Então, assim, vai ter muita coisa ainda para...
07:17Vai ter muita água para rolar por baixo dessa ponte.
07:20Agora, é como disse o Graeb,
07:22não é surpresa que há aí um modus operandi, né?
07:26E que foi perpetuado de pai para filhos,
07:29não só de pai para filho, pai para filhos, no plural.
07:33O que é, né?
07:34O que revela essa mesquinhez da política, né?
07:38E essa mesquinhez de você ter um crime de baixo potencial ofensivo
07:41que, utilizando um termo que o Graeb gosta de utilizar aqui no papo, né?
07:45É feio.
07:46É feio, sabe?
07:48Você dividir salário de assessor parlamentar,
07:52o camarada ganha, dependendo se for um assessor menor,
07:55ele ganha dois mil, três mil reais
07:57e tem que repassar três mil, quatrocentos reais.
07:59É muito mesquinharia, sabe?
08:02Se bem que, muitas vezes, esses caras nem apareciam para trabalhar, né, Wilson?
08:06Sim, sim, sim.
08:07Se topavam participar do esquema,
08:09às vezes estavam passando mesmo,
08:11porque queriam aqueles mil e quinhentos que sobravam, sei lá eu quanto,
08:15ou às vezes falavam,
08:16joia, me dai uma graninha que eu nem apareço aí.
08:20Eu não entendo gente que fala como tem dito, né?
08:24Como Flávio Bolsonaro disse ontem na tribuna lá.
08:27Ah, estão querendo pegar meu pai por uma infantilidade, uma palhaçada.
08:32Gente, é presidente da república.
08:36Vamos lá.
08:38Vou usar uma metáfora que eu odeio,
08:40que é tratar político como o pai da nação,
08:43essas coisas, mas vou usar porque ajuda.
08:46Você gosta de dar esse tipo de exemplo para o seu filho?
08:49Não gosta, suponho eu.
08:51Então, como é que você vai aceitar
08:54que o presidente da república,
08:56que está em uma posição de autoridade, vai,
08:59que também é alguém para que as pessoas olham lá para cima como um exemplo,
09:03como é que você pode aceitar
09:04que esse cara haja dessas maneiras descaradas, mesquinhas, né?
09:10Eu não entendo gente que aceita passar pano para essas coisas,
09:15dizendo que é menor, não importa,
09:17tem tanta corrupção maior.
09:20Tem.
09:20Um erro não perdoa o outro erro.
09:24Crime é crime, né?
09:25Não tem jeito.
09:29Crime é crime.
09:30Crime é crime, né?
09:31Não tem jeito.
09:32Não tem jeito.
09:49Crime é crime.
09:52ciso
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