- 25/06/2025
A Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira (25) o projeto que suspende o decreto do governo que aumenta o imposto sobre operações financeiras (IOF). O repórter Bruno Pinheiro traz detalhes do assunto. A bancada do Linha de Frente, coordenada por Fernando Capez e com comentários de Guilherme Mendes, Cíntia Nunes, Rodolfo Mariz e Guilherme Câmara, analisa os desdobramentos do cenário político e econômico.
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NotíciasTranscrição
00:00E por falar em Brasil, porque aqui tudo acaba desaguando,
00:03a Câmara dos Deputados deve votar hoje o projeto que suspende
00:09aquele decreto do Haddad, o decreto do governo,
00:15que aumenta o imposto sobre operações financeiras, o IOF.
00:20Isso aí pegou de surpresa alguns líderes.
00:23O Bruno Pinheiro, linha de frente, está correspondente, tudo quanto é lugar.
00:27Tem as informações direto de Brasília.
00:31Boa tarde, Bruno.
00:33O que será que vai acontecer com o decreto do IOF?
00:36Quais seriam as repercussões?
00:37O que você está ouvindo aí? Conte tudo.
00:39Mas não esconda nada.
00:42A ideia da oposição é de analisar esse mérito ainda hoje,
00:46nesta quarta-feira mesmo, com um dia esvaziado aqui no Congresso Nacional.
00:49Ótima tarde a você, a quem nos acompanha aqui na Jovem Pan.
00:53Essa discussão foi adiantada ontem.
00:55Hugo Mota usou as redes sociais por volta de meia-noite,
00:59avisando que hoje iria então analisar a derrubada deste veto.
01:03A urgência já foi analisada no dia 16 de junho aqui na Câmara dos Deputados
01:08e agora o mérito desta matéria.
01:10Mas ao amanhecer do dia, os líderes ligados ao governo
01:14disseram ter recebido com muita surpresa,
01:17que foram surpreendidos,
01:18que esse assunto não deveria ser analisado em um dia esvaziado,
01:22como hoje aqui na Câmara dos Deputados.
01:24Já que a sessão acaba sendo remota.
01:27Alguns parlamentares estão à distância
01:29e vão votar via aplicativo da Câmara dos Deputados.
01:35O que evita ter um discurso mais aprofundado desta matéria.
01:39Ou seja, não vai ter nenhum discurso tão a fundo.
01:42Será uma votação que será quase que simbólica,
01:46seja a favor ou seja contrário.
01:49E aí teve toda uma discussão.
01:51Hoje, um pouco mais cedo, por volta de 11h30 da manhã,
01:54o deputado Lindenberg Farias convocou uma entrevista coletiva,
01:57chegou a criticar Hugo Mota e fez uma crítica
02:01à escolha do nome do relator desta matéria,
02:05que deverá ser analisada logo mais aqui na Câmara dos Deputados.
02:09A gente vai ver então o que disse Lindenberg Farias
02:11hoje um pouco mais cedo.
02:12Eu só quero que essa casa reflita.
02:15Primeiro, eu acho que é uma temeridade o presidente Hugo Mota
02:19pautar um tema de tamanha importância
02:22sem deputados aqui em Brasília.
02:24Esse é o primeiro ponto
02:26que nós queremos questionar e dialogar.
02:29Agora, acho que a decisão é uma decisão de votar.
02:32E a nomeação do coronel Crisóstomo como relator
02:36significa que não tem espaço nenhum
02:39para qualquer tipo de diálogo.
02:42Não existe sobre o mérito.
02:44Colocar o coronel Crisóstomo...
02:46Eu acho que a gente já...
02:47É um grave erro ter pautado isso.
02:50Colocar o coronel Crisóstomo como relator
02:52parece uma provocação meio infantil
02:55para um tema tão importante.
02:58Agora, o que eu ouvi da oposição
03:03é que não existe nenhuma novidade.
03:05Já estava no radar que esta matéria seria analisada.
03:08Que é algo muito normal.
03:09Quando se analisa uma urgência
03:11nos próximos dias ou ainda na mesma sessão
03:13analise esta matéria.
03:15Mas os aliados do governo
03:17dizem que existem outros assuntos
03:19que estão aqui há anos.
03:20Mesmo com a urgência já analisada em plenário
03:23eles não foram colocados em votação.
03:26Aí tem diversas...
03:27indicações de que o Gumota
03:29estaria então mandando um recado
03:31para o governo
03:32após algumas falas do ministro Fernando Haddad
03:35ele sendo contra
03:37inclusive o aumento de senadores
03:39e de deputados no Congresso Nacional
03:42e outras falas
03:43que uma forma de alfinetar o Gumota.
03:46E isso seria então uma resposta
03:47ao governo colocando em votação.
03:50Aqui ao lado direito
03:52existe já uma movimentação
03:54para uma entrevista coletiva.
03:55O que se espera é que o Gumota
03:58converse com jornalistas logo mais
04:00para dar explicações
04:01do que deverá acontecer hoje
04:03sobre a derrubada do IOF
04:05e o que levou ele a colocar essa matéria
04:07para ser analisada
04:08mesmo com uma semana esvaziada.
04:11Na imagem a gente vê que toda essa movimentação
04:14mas não são de parlamentares não
04:16são de visitantes
04:17aqui da Câmara dos Deputados.
04:19Os parlamentares estão bem longe
04:22do Congresso Nacional nesta quarta-feira.
04:24Viu, Fernando Capês?
04:27É, Bruno, quem precisava estar aí trabalhando
04:29não está.
04:29Está só quem está passeando e conhecendo.
04:31Muito obrigado pelas suas sempre precisas
04:34e corretas e atuais informações.
04:38Meu querido Rodolfo Maris,
04:41mais uma atrapalhada desse governo.
04:45Quer dizer que o ministro Fernando Haddad
04:46não tem nada que opinar
04:48se o Congresso tem que aumentar o número ou não.
04:51Eu acho que não tem, mas o ministro da Fazenda
04:53não tem que se meter numa gelada dessas.
04:56Nesse governo, cada um fala o que quer
04:58ninguém controla nada.
05:00E agora?
05:01Como é que vai ficar?
05:02Eu queria te ouvir.
05:03Porque o decreto do IOF está valendo, né?
05:06Está indo lá enquanto
05:07o Congresso Nacional não se manifesta.
05:10Está lá.
05:11Agora eu te pergunto
05:12como é que o governo vai fazer?
05:14porque o déficit fiscal vai bater
05:1783 bilhões de reais
05:20de gastança de dinheiro público.
05:24Estão tentando com uma borrachinha
05:25pagar 52 bilhões que é lá dos precatórios
05:28para ficar só o resto.
05:30Mas a dívida está lá
05:32e é déficit primário, hein?
05:33Fora os que estão pagando de juros.
05:36Então com uma dívida brutal dessa,
05:38um déficit desse,
05:39se não arrecadar até as carças do contribuinte,
05:42não tem como pagar.
05:43Como é que você acha que fica agora
05:45esse recado do Hugo Mota para o governo?
05:50Recado esse que pode redundar
05:51na revogação do decreto do IOF
05:54e o governo, coitado,
05:56vai ficar com a brocha na mão,
05:59sem a escada.
06:00Queria te ouvir.
06:01Como é que você acha
06:02que o governo sai deste embrólio?
06:04Um governo gastão
06:06que não estão deixando arrecadar.
06:08Olha só que ironia, né, Capês?
06:10Bom, para isso,
06:11o Poder Executivo já tenta
06:12uma MP para que seja cumprida
06:14de fato aí
06:15essas medidas cautelares
06:18impostas aí pelo IOF.
06:19Notícias aí
06:20para os próximos dias, né?
06:22Mas,
06:22quero chamar a atenção aqui
06:24no senhor Lídio Humberto que faria,
06:26com todo respeito
06:26à vossa excelência,
06:28ficar indignado
06:29porque numa quarta-feira
06:30não tem um número suficiente
06:32de deputados na casa
06:33e essa votação tem que ser online
06:35e ficar chateado por isso
06:38é de uma falta de respeito
06:39com a população
06:40sem tamanha,
06:42para falar a verdade.
06:43Olha só,
06:44nós vivemos num país
06:45onde o salário mínimo aqui
06:46é de R$ 1.500,
06:47um pouquinho a mais, né,
06:48R$ 1.000 e uns quebrados,
06:50como dizia a minha avó,
06:52e o salário hoje
06:53de um deputado
06:53está na casa dos R$ 46.366.
06:56Ou seja,
06:57pessoas que ganham muito bem
06:58para estar votando,
07:00para estar trabalhando
07:00numa quarta-feira
07:01não estão trabalhando.
07:04Onde vai parar
07:05a decência,
07:06a dignidade,
07:07a honra
07:07daqueles que têm
07:08que nos representar?
07:10Não adianta ficar indignado
07:11agora com o Hugo Mota
07:12dizendo que essa votação
07:14não tem cabimento
07:15uma vez que a casa
07:15não está cheia.
07:16A casa deve estar cheia
07:17todos os dias.
07:19Todos os dias.
07:20Porque nesse momento
07:21pessoas e pessoas
07:22estão trabalhando de Uber,
07:23pessoas e pessoas
07:24trabalhando com ônibus lotado,
07:25metrô lotado,
07:26ou seja,
07:26a realidade do país
07:28é discrepante
07:29em relação
07:30àquela realidade
07:31que os deputados vivem.
07:33É muito ruim
07:34ver um líder do PT
07:35dizer que está indignado
07:37com o Hugo Mota
07:38por conta dessa votação.
07:40E aí o Hugo Mota
07:40tem toda razão
07:41porque ele tem as duas casas,
07:42ele é presidente
07:43da Câmara dos Deputados,
07:44mas ele tem o Senado
07:45ao seu lado também.
07:46Ou seja,
07:47essa medida do IOF
07:48vai ser revogada
07:49com toda certeza.
07:51E o Hugo Mota
07:52nessa queda de braço
07:53com o Poder Executivo
07:54está ganhando, Capês.
07:55Pois é,
07:56mas aí eu digo a você,
07:59minha Cintia Nunes,
07:59como é que fica
08:00essa situação?
08:01É queda de braço daqui,
08:02queda de braço dali?
08:03Eu estou preocupado
08:04com o seguinte,
08:05o preço dos alimentos
08:06estão subindo,
08:08disparado,
08:09a inflação
08:10não está sob controle,
08:11o governo
08:12motivou o crescimento
08:13do PIB
08:14artificialmente
08:15com gastança
08:16de dinheiro público
08:17e agora
08:18nós estamos
08:19nessa situação
08:19de talvez
08:20em 2027
08:21não ter dinheiro
08:22para pagar,
08:23para bancar
08:23o orçamento
08:24da saúde
08:25e da educação.
08:26Como é que você vê
08:27essa situação?
08:28Se eles não trabalhassem,
08:29mas pelo menos votassem
08:31para impedir
08:31esse aumento
08:32irresponsável
08:33de arrecadação,
08:34ainda vai.
08:35Mas eu quero te ouvir,
08:36Cintia Nunes,
08:37eu quero que você fale
08:38com emoção
08:38porque o Guilherme Mendes
08:39está já preparado
08:41para dar o bote
08:41com a bandeirinha ali,
08:42viva o governo!
08:43Quero te ouvir primeiro
08:44para depois o Guilherme
08:45te interromper
08:46como ele sempre faz.
08:48Nossa,
08:48agora eu fiquei com medo.
08:50Na verdade,
08:51Capês,
08:52não com medo do Guilherme
08:53que é um doce de pessoa
08:54embora a gente
08:55não comungue
08:56das mesmas opiniões políticas.
08:58Como é que é?
08:59Não comunga?
08:59Doce, não.
09:00Você não comunga?
09:01Não.
09:01Meus parabéns.
09:04Mas a questão toda
09:06é que você
09:06que nos assiste,
09:08que nos ouve,
09:08sabe muito bem
09:09onde o bolso dói.
09:10Basta ir no supermercado
09:11e saber que realmente
09:12a inflação
09:13vem comendo
09:14a nível de cavalgada
09:16o nosso dinheiro.
09:17Enquanto isso,
09:18os parlamentares
09:19estão comemorando
09:21os santos juninos
09:22nos seus respectivos estados.
09:25Então,
09:26o argumento
09:26de que a casa
09:27está vazia
09:28porque as festas juninas
09:29acabaram esvaziando
09:32as nossas casas legislativas
09:34é no mínimo jocoso,
09:36é vergonhoso.
09:37Concordo com o Rodolfo
09:38quando disse que
09:39o pessoal tinha que estar lá.
09:41Agora,
09:41é a surpresa
09:42de zero pessoas
09:43que é um cabo de guerra.
09:45O executivo
09:46e o legislativo
09:47estão,
09:48cada um deles
09:48não se iludam.
09:50Estão cada um aí,
09:52cada um deles
09:52está puxando
09:53a corda
09:54para o seu lado
09:55e os motivos
09:55não são, queridos,
09:57para o nosso bem.
09:58Infelizmente,
09:58tudo é para,
10:00de um lado,
10:00se preservar
10:01uma imagem
10:02pensando
10:03numa possível reeleição
10:04e do outro lado
10:06exatamente o contrário.
10:07Então,
10:07nada,
10:08nenhum argumento
10:09nesse momento
10:09a mim pelo menos
10:11convence
10:11ou acaba
10:13me motivando
10:14a dizer que um está certo
10:15e que o outro está errado.
10:16De toda forma,
10:17esse aumento no IOF
10:19tem que ser barrado,
10:20porque não é possível
10:22que se queira
10:23uma vez mais,
10:24se você quer emoção,
10:25a minha emoção
10:25é a vontade de chorar,
10:26uma vez mais
10:27que a gente tenha
10:28retirado dos bolsos
10:30do contribuinte
10:31mais dinheiro,
10:32mais dinheiro,
10:33enquanto do outro lado
10:33a torneira não fecha nunca,
10:35enquanto se fala
10:36em aumentar
10:36número de parlamentares,
10:38tudo isso é
10:39uma vergonha,
10:40é uma vergonha.
10:42E a luz no fim do túnel
10:43parece que é uma locomotiva
10:45que vem nos atropelar.
10:46Nós estamos aí caminhando,
10:47bom,
10:47já estamos,
10:48em ano eleitoral,
10:49basicamente,
10:50e eu não vejo
10:51que em prol da população
10:53nenhuma medida
10:54venha nesse sentido.
10:55Agora,
10:56de fato,
10:57para nós
10:58o que resta
10:59é esperança
11:01rezando,
11:02então,
11:02para os santos juninos,
11:03que São João,
11:05São Pedro,
11:05aí em Santo Antônio
11:07possam fazer
11:07alguma coisa
11:08por nós,
11:09porque os nossos
11:09políticos,
11:10neles eu já
11:11não boto assim
11:12tanta fé.
11:13E aí,
11:14Guilherme Mendes,
11:14está aí o desabafo
11:15sincero
11:16de uma professora,
11:18de uma advogada
11:19e de uma grande
11:20debatedora,
11:21que é a Cintia Nunes.
11:23Agora,
11:23eu te pergunto,
11:24o problema
11:25dos governos
11:26assistencialistas
11:27não é o assistencialismo,
11:29o assistencialismo
11:30é bom,
11:31as pessoas vulneráveis
11:32precisam,
11:33claro,
11:33elas têm que ser tiradas
11:34dessa situação,
11:35o problema
11:36é que os governos
11:37assistencialistas
11:38normalmente querem
11:39um governo forte
11:40e uma sociedade
11:41fraca,
11:42então,
11:43eles querem arrecadar
11:44até o máximo
11:45como se fosse
11:46uma fonte
11:48inesgotável
11:49de recursos,
11:50o cidadão,
11:51o contribuinte
11:51e as empresas,
11:52e chega uma hora
11:53que a capacidade
11:54de arrecadação
11:55é tão forte
11:56que elas não conseguem
11:57mais dar conta disso.
11:59Então,
11:59eu queria ouvir você,
12:01como você pode
12:02conciliar
12:03a visão
12:05assistencialista
12:06de um governo
12:07com a falta
12:08total de sensibilidade
12:10com relação
12:11a quem produz,
12:12quem recolhe impostos
12:14e quem projeta
12:15para frente
12:16e alavanca
12:16a atividade econômica
12:18deste país.
12:19Você não vê nisso
12:20uma grande contradição?
12:22Não, Capês,
12:23não vejo nenhuma
12:24contradição,
12:25até porque,
12:25veja só,
12:27na economia
12:28como na vida
12:29não existe,
12:31como aquela regra contábil,
12:32partilha dobrada,
12:33para uns terem mais
12:34outros têm que ter menos.
12:36Essa conversa
12:37de que vamos produzir
12:38riqueza
12:38e depois distribuí-la,
12:39a gente ouviu isso
12:40desde que o Brasil
12:41foi descoberto
12:42e até hoje
12:43esse dia de partilhar
12:44o bolo
12:44para fazer a alusão
12:46do finado
12:46Delfim Neto
12:47não aconteceu.
12:49Então,
12:50veja,
12:50a solução do IOF
12:51é a solução melhor?
12:53Não, não é.
12:53O Congresso tem que se debruçar
12:54sobre a isenção
12:55do imposto de renda
12:56para quem ganha
12:56até 5 mil reais.
12:57Isso não foi debatido
12:58e implementado.
12:59Agora,
13:00se você tirar
13:01de quem tem
13:01movimentações financeiras,
13:03aquele que movimenta
13:03cartão de crédito,
13:04que muitas vezes sonega,
13:05vai para o exterior,
13:06faz compra em dólar,
13:07não vejo nenhum problema
13:08nisso.
13:08Ou aquele que faz
13:09transações
13:10de especulação
13:12em Bolsa de Valores,
13:14enfim,
13:14o imposto
13:15sobre operações financeiras
13:16atinge uma parcela
13:17muito pequena
13:19da sociedade
13:19e que normalmente
13:21é aquela parcela
13:22que tem excedente
13:23de capital
13:24para investir
13:24e para gastar
13:25em supérfluos.
13:27É aquilo que é o ideal?
13:29Claro que não é.
13:30Aumento de carga tributária
13:31nunca é bom.
13:32Mas enquanto a gente
13:33não enfrentar
13:33de verdade
13:34as questões
13:35e os gargalos fiscais
13:36do país,
13:37a gente tem que viver
13:38de arremedos.
13:39E esse é mais um deles.
13:41Quando o Rodolfo falava
13:42do esvaziamento
13:42do Congresso
13:43e da fala
13:44do líder do governo,
13:45o Lindenberg,
13:46eu acho que ele tem
13:47toda a razão
13:48em cobrar
13:49porque é inoportuna
13:50a discussão
13:51do IOF
13:52com a casa vazia.
13:53Veja,
13:53são dois problemas distintos.
13:55O primeiro
13:55é o Congresso
13:56está vazio
13:57sem nenhuma justificativa.
13:58Como a Cíntia bem falou,
14:00todo mundo
14:00foi para as festas juninas,
14:01nos seus rincões,
14:03nas suas bases eleitorais
14:04e esqueceu
14:04que estão recebendo
14:05para lá trabalhar.
14:07Então,
14:07o problema
14:07não é discutir o IOF,
14:09o problema é
14:10o Congresso
14:11está vazio
14:12sem nenhum motivo
14:13justificável,
14:14sem nenhum motivo
14:15plausível.
14:15o Brasil precisando
14:17de uma série
14:17de decisões
14:18de torno da ordem,
14:19segurança,
14:20economia,
14:21segurança jurídica
14:23e os parlamentares
14:25estão indo
14:26comemorar a festa junina.
14:27Isso é um grande
14:28absurdo.
14:28Agora,
14:29o assunto
14:30da discussão
14:30do IOF
14:31é muito sério
14:32e não dá,
14:33no meu entender,
14:35para se discutir
14:35assunto sério,
14:36primeiro,
14:37sem a participação
14:38da maioria absoluta
14:39dos parlamentares
14:40e, segundo,
14:41de forma virtual.
14:42Um assunto sério
14:43tem que ser debatido
14:44no calor do plenário,
14:45com a palavra,
14:46com os discursos,
14:47com a participação
14:48dos líderes.
14:49É isso que o líder
14:50do governo quis dizer.
14:52Não há nenhum sentido
14:53em se preocupar
14:54em derrubar um veto
14:55de uma medida presidencial
14:57de uma forma
14:58onde não vai haver debate.
15:00Então,
15:00seria importante,
15:02quer se derrubar o veto,
15:03derrube-se,
15:04mas desde que haja
15:05a participação efetiva,
15:07não a participação
15:08panfletária
15:09e plebiscitária,
15:11que é o que parece
15:12que vai acontecer
15:13na medida em que
15:14muitos parlamentares
15:14não vão comparecer
15:16para votar
15:17e aqueles que vão participar
15:18vão participar
15:19de forma virtual.
15:20Ou seja,
15:20seriedade no debate
15:22nenhuma.
15:23Então,
15:24concordo com o líder
15:25do governo,
15:26o assunto é muito sério
15:27para ser tomado
15:28num Congresso vazio.
15:30O assunto tem que ser tratado
15:31com a maioria
15:32dos parlamentares
15:33em plena atividade,
15:35com a imprensa cobrindo,
15:36com os grupos de interesse
15:37ali participando,
15:38porque a gente está falando
15:40do dinheiro
15:41que vai subsidiar
15:43grande parte
15:44dos programas sociais
15:45do governo.
15:46É isso.
15:47Irmão,
15:47você tem um fôlego
15:48que eu vou te falar.
15:49Eu estou perdendo ar aqui.
15:50Na hora que eu penso
15:50que você está terminando,
15:52você vai dar outro impulso.
15:52Eu emendo, né?
15:53Tem que tomar uma água aqui.
15:54Mas falou bem.
15:57Falou muito bem
15:58e defendeu bem
15:58seu ponto de vista.
16:00Eu só não entendi o seguinte.
16:01Você é danado, né?
16:02Eu estou falando
16:03de assistencialismo
16:04que não presta atenção
16:06na capacidade
16:08de contribuir
16:09de quem produz,
16:10das empresas,
16:11de quem trabalha,
16:12enfim.
16:13E você vem me falar
16:14de uma política
16:16de isenção,
16:17de incentivos,
16:18de isenção tributária
16:19para quem ganha
16:20até cinco salários mínimos.
16:21Não tenho nada contra.
16:23Só que você já perguntou
16:23qual vai ser o impacto disso?
16:2545 bi,
16:27dizem economistas.
16:28Nós já estamos
16:29com 83 de déficit.
16:31Dá mais um presente.
16:32Dá mais um presente.
16:33Depois da próxima eleição,
16:35a gente vê
16:35como é que vai acontecer.
16:37Me desculpe.
16:37Precisa ter planejamento.
16:39Nenhum governo
16:40aguenta assim.
16:41Eu ia dar a palavra
16:43ao Guilherme Câmara
16:44e o Rodolfo Maris
16:45está louco com você.
16:47Quer vir para cima.
16:48Mas você tem direito.
16:49Se você acha
16:50que eu, de alguma maneira,
16:51fui duro com você,
16:52a palavra está contigo.
16:53Capê,
16:54você foi inteligente
16:56como sempre
16:57e apontou um caminho
16:58que a gente poderia
16:59trilhar também
17:01um outro caminho.
17:02Não se fala
17:03em redução de subsídios.
17:06Então, quer dizer,
17:07muito do que o governo
17:08gasta
17:09de forma indireta,
17:10não é aumentando
17:11tributos,
17:13aumenta a arrecadação,
17:14ele gasta
17:14financiando
17:16e subsidiando
17:17uma série de indústrias,
17:18uma série de setores
17:19econômicos.
17:20Que, no meu entender,
17:21num momento em que você
17:22tem inflação
17:23e, ou seja,
17:23mercado aquecido,
17:25todo mundo comprando,
17:26não haveria necessidade
17:27desses estímulos.
17:29Então, por que não discutir
17:30o subsídio do agronegócio,
17:31discutir o subsídio
17:33da indústria automobilística,
17:35discutir o subsídio
17:36da construção civil?
17:37Nós vimos aqui na cidade
17:38de São Paulo
17:39uma série de fraudes,
17:40o governo subsidiando
17:41moradia popular
17:42lá de HIS e tal,
17:44e o pessoal construindo
17:45apartamentos de milhão
17:46de reais
17:47em bairros nobres
17:48e colocando como
17:49apartamento
17:49de finalidade social.
17:51Isso é um subsídio
17:52do governo.
17:53Então, por que não discutir
17:54esse tipo de apoio?
17:55Agora,
17:56querer tirar o Lala
17:57do coitado
17:57que ganha 500,
17:58600 reais
17:59o Bolsa Família
18:00e dizer que é isso
18:00que está quebrando
18:01o governo?
18:02Tá bom.
18:03Vamos ver o exemplo
18:04do rei do ovo lá.
18:05Fala contra o Bolsa Família,
18:06mais planta,
18:08como é que fala?
18:09Cria galinha
18:09com dinheiro do BNDES.
18:10Você quer uma parte
18:11ou você quer
18:12uma fala inteira de novo?
18:13Não, não, uma parte.
18:13Então, muito bem.
18:14Está dado sua parte
18:15só para dizer para você
18:16que quando o governo
18:17vai taxar as letras
18:18de crédito agrícola,
18:20elas estão, na verdade,
18:22estão acabando
18:23com o subsídio.
18:24E você que tem
18:25o seu dinheirinho ali,
18:26quer fazer uma aplicaçãozinha ali,
18:28você é um rentistinha,
18:29você vai pagar imposto
18:30agora, viu?
18:31Então,
18:32torra já o seu dinheirinho
18:33porque até isso
18:34vão tributar.
18:35Guilherme e Câmara,
18:36eu quero te ouvir.
18:37Você viu o seu chará,
18:37o Guilherme Mendes,
18:38que é um excelente debatedor,
18:40ele mantém sempre
18:41aquela áurea de calma,
18:43de tranquilidade
18:44e vai soltando.
18:45Se você deixar falar,
18:45ele fala o programa inteiro,
18:46sozinho.
18:47Queria te ouvir,
18:48Guilherme e Câmara.
18:49Não, até para não deixar
18:50o meu chará sozinho,
18:51com essa opinião,
18:53eu penso muito parecido
18:54com ele
18:55quando a gente fala
18:56sobre essa questão do IOF.
18:57Eu concordo
18:58que não é ideal.
18:59Aumentar a carga tributária
18:59nunca é a melhor situação.
19:01mas é porque
19:02a gente já escuta
19:03há tantos anos
19:04falar que o grande problema
19:05do Brasil
19:06é o Bolsa Família,
19:07o grande problema do Brasil
19:08é o assistencialismo.
19:09A gente pega
19:09quanto isso impacta no PIB,
19:12é muito pouco.
19:13Então,
19:14por mais que não seja o ideal,
19:15eu também não vejo
19:16um governo que quer
19:17resolver essa questão
19:18do déficit
19:19que é um problema antigo,
19:20que vem de governos anteriores,
19:22eu não vejo outra situação,
19:24não vejo outra opção
19:26a não ser essa.
19:26E aí,
19:27eu queria só finalizar
19:30o que ele tinha dito antes.
19:31Eu também concordo
19:33com o Lindenberg Faria
19:34quando ele fala sobre isso
19:35do esvaziamento do Congresso,
19:38porque a gente não está falando
19:39de discutir qualquer coisa.
19:40A gente está falando
19:41de discutir um assunto
19:42que está sendo debatido
19:44na imprensa.
19:44Então, assim,
19:45era importante
19:45que todo mundo estivesse ali.
19:48Eu, particularmente,
19:49sou um crítico,
19:50por exemplo,
19:50de quando eu vejo
19:51a primeira dama
19:51fazendo muito vídeo,
19:53a Janja,
19:54fazendo muito vídeo
19:55na Europa,
19:56querendo aparecer,
19:56e tal,
19:57mas eu sou um crítico,
19:58no geral,
19:58de políticos que querem
19:59fazer isso como um todo,
20:01de querer aparecer
20:01mais em rede social
20:02do que no Congresso.
20:04Da mesma maneira
20:05que eu critico a Janja,
20:06eu, por exemplo,
20:06não tenho como não criticar
20:08o deputado Nicolas Ferreira
20:09que estava no Japão
20:10esses dias fazendo vídeo
20:11em evento.
20:12Quer dizer,
20:12enquanto isso,
20:13ele recebe como deputado federal.
20:16Da mesma maneira
20:17que a gente vê prefeitos
20:18do interior do Brasil,
20:19prefeito do interior
20:20do Rio de Janeiro,
20:21de Minas Gerais,
20:21num bunker em Israel.
20:23Quer dizer,
20:23o que a pessoa foi fazer lá?
20:24A pessoa foi lá
20:25fazer vídeo
20:25para conversar
20:27com a sua base.
20:27Enfim,
20:28são coisas que parece
20:29que hoje em dia
20:29a necessidade de aparecer
20:30em rede social
20:31para um político,
20:32ela ficou mais importante
20:34do que a prática.
20:35Isso, por exemplo,
20:36dos políticos que vão
20:36para o interior
20:37durante o São João
20:38falar com as suas bases.
20:39Enquanto isso,
20:39ele está ganhando.
20:40Então,
20:41eu acho que tem que ter
20:41essa crítica para os dois lados.
20:42Eu vejo muita gente
20:43criticando pessoas
20:44mais ligadas à esquerda
20:45de fazerem isso,
20:46mas eu não vejo
20:46essa crítica
20:47para o pessoal da direita.
20:49O caso do Nicolas,
20:49eu acho que é o mais
20:50claro de todos para mim.
20:52Bom, eu aqui,
20:53Rodolfo,
20:54eu não quero criticar
20:55nem o Nicolas
20:55e nem a Janja.
20:57Eu estou debatendo aqui
20:59déficit fiscal.
21:00Então, eu quero te ouvir
21:01porque em 2022,
21:04quando terminou o governo
21:05do Jair Bolsonaro,
21:07que é um governo
21:08conservador,
21:09de direita,
21:10mas que está ligado
21:11à questão do equilíbrio fiscal.
21:12Nós fechamos o ano
21:14com 54,9,
21:17praticamente 55 bilhões
21:19de reais
21:20de superávit.
21:22Isso é 0,6% do PIB.
21:25Você sai
21:26de 55 bilhões
21:28de superávit,
21:29vai para 83
21:30de déficit,
21:32eu estou criticando
21:33números.
21:35E aí,
21:35para você querer equilibrar
21:36essa conta,
21:37dessa gastança,
21:38você vai partir
21:39para uma arrecadação
21:39tributária?
21:41A meu ver,
21:42esse é o ponto
21:43que a gente
21:44discute aqui.
21:46Evidentemente,
21:47está aqui,
21:47claro,
21:47a posição dos Guilhermes
21:49está muito bem ressalvada,
21:51mas eu quero voltar
21:53a falar isso.
21:54A pauta é
21:54a Câmara
21:56está votando
21:57a derrubada
21:58do decreto
21:59do aumento do IOF.
22:00Muito bem.
22:01É correto
22:02aumentar o IOF,
22:03que é um imposto
22:04regulatório,
22:06que não tem fins
22:06arrecadatórios,
22:08que é um imposto
22:09que emite um sinal
22:10de que você está
22:11querendo controlar
22:12a capital
22:12e pode atrapalhar
22:13investimentos externos,
22:14que é um aumento
22:15de imposto
22:16criticado pelo
22:16Banco Central.
22:17É correto
22:18pleitear o aumento
22:20disso
22:20quando o governo
22:21sai de um superávit
22:23para ir para um déficit?
22:24Cadê o equilíbrio fiscal?
22:26Cadê a responsabilidade fiscal,
22:27Rodolfo Maris?
22:29Oh!
22:30É isso aí,
22:31Capês.
22:31Cadê a responsabilidade fiscal?
22:33E eu convido a você
22:35agora que está nos assistindo,
22:36que não é economista
22:37assim como eu,
22:38para uma construção
22:40de pensamento.
22:41Tá bom?
22:42Muitos e muitos
22:43economistas
22:44em países de primeiro mundo
22:45já refutaram
22:47a questão do IOF
22:48no Brasil,
22:49principalmente
22:49sobre esse aumento.
22:50Será que todas
22:51essas pessoas
22:52estudiosas,
22:53mestres em economias,
22:54eles estão errados?
22:55E só a gente
22:56que está aqui
22:57no Brasil
22:58ou pessoas
22:58que defendem
22:59esse governo
23:00estão certas?
23:01Será que é só
23:01o nosso ministro
23:02fazendo o Haddad
23:03que fez certo
23:04em aumentar o IOF
23:05junto com o Poder Executivo
23:07tentando fazer
23:08de todas as formas
23:09com que isso,
23:09com essa medida
23:10seja aprovada
23:11nas casas
23:12do nosso país?
23:13Será que todo o resto
23:14está errado?
23:15É claro que não.
23:16Porque no Lula 1
23:17foi dessa forma,
23:17no Lula 2
23:18foi dessa forma
23:19e no Lula 3
23:19foi dessa forma.
23:20Quando o assunto
23:21é economia,
23:22infelizmente,
23:24esse governo
23:24não consegue
23:25se estabilizar
23:26economicamente falando.
23:27Não foi assim?
23:28No Lula 1,
23:28no Lula 2
23:28e no Lula 3
23:29nós estamos vendo
23:29essa tragédia econômica
23:31no nosso país.
23:32E de que forma
23:33que a gente mede
23:34essa tragédia
23:36financeira e econômica
23:37no nosso país?
23:38Vendo o nosso salário mínimo,
23:40vendo o valor
23:42do arroz
23:43na gôndola
23:43do supermercado.
23:45Pode ser um argumento raso
23:46por parte da esquerda
23:48do que eu estou falando aqui,
23:49mas só quem vive
23:51de verdade
23:52a economia
23:52sabe do que eu estou falando.
23:54É muito fácil
23:55a gente criticar,
23:56a gente falar
23:56no ar-condicionado,
23:57mas quem vai fazer compra
23:58e quem tem que sustentar
23:59uma família
24:00sabe que é uma vergonha
24:01o que nós estamos passando aqui.
24:02E quando vem essa questão
24:03da taxa,
24:04do IOF,
24:05ela não fica clara
24:06para todo mundo.
24:07Será que o Hugo Mota,
24:08junto com o Senado
24:09e junto com a Câmara
24:11dos Deputados,
24:12será que eles estão
24:13errados?
24:14Será que mais de
24:15300 deputados,
24:16que a grande maioria ali,
24:18estão errados
24:18em estar vetando isso?
24:20É óbvio que não.
24:21Alguma coisa está errada
24:22no nosso país.
24:22E agora,
24:23quando a gente fala aqui,
24:24eu quero pegar a fala
24:25do Guilherme Mendes,
24:26por exemplo,
24:26quando ele fala
24:27da questão do Afro,
24:30que são os subsídios.
24:31O nosso país,
24:33nós sabemos que existe
24:34um montante de dinheiro
24:35que pode ser aplicado
24:36em vários setores
24:37do nosso país,
24:38principalmente na economia.
24:40Só que não tem para isso.
24:41Por exemplo,
24:42o Plano Safra
24:43é um plano safra
24:44que vem salvando,
24:46por exemplo,
24:46microempreendedores individuais,
24:49principalmente no agronegócio.
24:50Não tem como conversar
24:53ou como pautar
24:54esse assunto
24:54com essas pessoas,
24:55porque precisam
24:56necessariamente
24:57desse dinheiro.
24:58E aí,
24:58o outro Guilherme,
24:59o chará do Guilherme Mendes,
25:02ele concordou
25:03com o seu chará
25:03sobre o Líomberg Ferreira
25:05falando que,
25:06de fato,
25:07Líomberg Farias,
25:08desculpe,
25:09falando que
25:09não tem como pautar isso
25:11no Congresso vazio.
25:12Mas eu não vi os dois
25:13defendendo aqui
25:14que um deputado
25:15tem que trabalhar
25:15de segunda a sexta-feira.
25:17A questão é,
25:17hoje está vazia
25:18e não devemos
25:19pautar
25:21quando a casa está vazia,
25:22mas deveria estar cheia
25:23de segunda a sexta-feira.
25:25Essa é a lógica
25:25que eu quero usar.
25:26Não é só defender
25:27o Líomberg
25:27quando ele fala isso,
25:29é de fato colocar
25:29que os deputados
25:30estão lá
25:31para nos representar.
25:32E uma votação online
25:33é uma vergonha,
25:34é um tapa na cara
25:35da sociedade,
25:36é um tapa na cara
25:37de quem colocou
25:38essas pessoas lá.
25:39Tem que trabalhar
25:39de segunda a sexta-feira
25:40porque eles ganham
25:41uma bagatela
25:41de 46 mil reais por mês.
25:44Enquanto isso,
25:45nós estamos aqui
25:46subsidiando a nossa existência.
25:48Agora,
25:48o Guilherme Mendes,
25:49você certamente
25:50aí ganhou o reforço
25:51do professor historiador
25:53aqui,
25:53o Guilherme Câmara,
25:54você está enxadão.
25:55Mas você acha certa
25:57essa política
25:58de querer consertar
26:01desequilíbrio de gastos
26:02com aumento de impostos?
26:05Nós estamos falando aqui
26:06do Congresso Nacional.
26:07Eu não vou me referir
26:08ao Bolsa Família
26:09que eu acho
26:10que é um bom programa,
26:11um programa importante
26:12que tem distribuição
26:13de renda.
26:13mas esse governo
26:15não consegue controlar
26:17numa aprovação
26:19de um orçamento,
26:19não consegue vetar
26:2050 bilhões de reais
26:24de emenda parlamentar
26:27quando nós estamos vendo aqui
26:29a falta de transparência
26:31destas emendas, hein?
26:33Deputados, senadores
26:35enviando emendas
26:36para obras
26:37em que são realizadas
26:39por suas próprias empreiteiras,
26:41para ONGs
26:42que não têm
26:43qualquer transparência.
26:45O Supremo Tribunal Federal
26:46está toda hora
26:47suspendendo
26:48essas remessas
26:49de benefícios,
26:50aí cria aquela...
26:51Só nesse momento
26:51que eles se revoltam.
26:53E o governo
26:53não tem força para isso.
26:55Já deu o Ministério
26:56dos Portos,
26:56já deu o Ministério
26:57de Portos e Aeroportos
26:58para o Centrão.
26:59Está dando 50 bilhões
27:00e não controla
27:01o Congresso Nacional.
27:03Então,
27:03para que continuar
27:04dando esse dinheiro?
27:0550 bilhões
27:06se a gente não sabe
27:07qual será o destino
27:08destas emendas parlamentares.
27:10Eu queria te ouvir.
27:12O governo
27:12não está sendo fraco
27:14na condução,
27:14na proteção
27:15do patrimônio público
27:16ao não enfrentar
27:19os parlamentares
27:21que querem esse dinheiro
27:22para emendas parlamentares
27:23que são emendas
27:24no mínimo
27:26perigosas?
27:29Guilherme
27:30Fortalecido
27:31Mendes.
27:33Capês,
27:34veja lá.
27:34A questão das emendas,
27:35sem dúvida,
27:36que é uma imoralidade
27:37e o ministro Dino
27:39tentou disciplinar
27:41minimamente
27:41esse assunto.
27:43Agora,
27:43isso cai na conta
27:44do governo,
27:45mas o mesmo raciocínio
27:46pode ser feito
27:47aos parlamentares.
27:48Quer dizer,
27:49se o governo
27:50autoriza a emenda
27:50é porque o parlamentar
27:52de outro lado
27:53o chantageia
27:54dizendo
27:55só voto
27:56o que é de seu interesse
27:57ou então
27:58só não atrapalho
28:00o que é de seu interesse
28:01se você liberar
28:01a minha emenda.
28:02Então,
28:02quer dizer,
28:02essa relação
28:03de cooptação
28:04do executivo,
28:06do legislativo
28:07pelo executivo
28:08é um problema
28:09do nosso presidencialismo
28:11de coalizão
28:11e que cada vez
28:13tem mostrado
28:14mais a sanha
28:15arrecadatória
28:16e não de tributos
28:17mas de emendas
28:18dos partidos
28:19que ora estão
28:21para o governo
28:21de direito
28:22ora para a esquerda
28:23nós estamos falando
28:23aqui do centrão.
28:24Então,
28:24esse é um problema
28:25que cai,
28:26recai sobre o governo atual
28:27mas também já recaiu
28:28sobre outros
28:29todos que passaram
28:30o que está aumentando
28:31apenas é a dose
28:32do remédio
28:33cada vez se tornando
28:33mais amargo.
28:34Então,
28:35é isso que eu acho
28:35que um pouco
28:36a gente tem que discutir.
28:37E o segundo ponto
28:38quando você fala
28:38da questão
28:39da compensação
28:40e você mencionou
28:42aqui o comparativo
28:44do superávit,
28:45quando o ministro Haddad
28:46foi lá
28:46à Câmara
28:47fazer a explicação
28:49sobre essa discussão
28:50do IOF
28:50teve um momento
28:51o Guilherme
28:52Câmara aqui
28:54falou do deputado
28:55Nicolas
28:55em que ele faz
28:56um discurso
28:56e traz esse mesmo
28:57número que você trouxe
28:58falando do suposto
29:00superávit
29:01de 54 bi
29:02deixado pelo governo
29:03anterior.
29:04E aí o ministro Haddad
29:05olha e fala
29:05pera um pouquinho
29:06cadê o deputado
29:07eu quero explicar
29:07para ele
29:08que isso é uma mentira
29:09porque o superávit
29:11veio às custas
29:12do que?
29:13Do calote
29:13dos precatórios
29:14e do não repasse
29:16de mais de 80 bi
29:17para os governos
29:18estaduais
29:18de dinheiro
29:19que foi aprisionado
29:20no ICMS
29:21na época da alta
29:22dos combustíveis.
29:23Então,
29:23para você que está
29:24em casa entender
29:25é muito simples
29:26deixar dinheiro
29:27em cima do móvel
29:28da sala
29:28e fala
29:28olha,
29:29estou saindo hoje
29:30para trabalhar
29:30e está aqui o dinheiro
29:31que sobrou
29:32da semana.
29:33Ah,
29:33que legal,
29:34nossa,
29:34você economizou,
29:35você está deixando
29:35uma reserva para nós.
29:37E aí você vira as costas
29:38bate o cara da venda
29:39bate o amigo
29:41cobrando a dívida
29:42que não foi paga.
29:43Então,
29:43que superávit que é esse?
29:44Não teve superávit nenhum.
29:46O que houve
29:47foi um rombo
29:47de mais de 100 bilhões.
29:49Agora,
29:50você não paga,
29:51diz que deixou
29:52o dinheiro em casa
29:52e manda o cobrador
29:55voltar no dia seguinte
29:56para o teu vizinho pagar.
29:57Aí é fácil
29:58fazer superávit.
30:00Então,
30:00quer dizer,
30:00não houve superávit algum
30:02no final do governo anterior.
30:03O que houve sim
30:04foi a transferência
30:05de dívidas
30:06para o próximo governo.
30:07E aí o pessoal
30:08fica batendo nesse número
30:09como se fosse
30:10um número de ouro
30:10dizendo que o governo
30:12anterior era mais responsável
30:13e o governo atual
30:15é irresponsável.
30:16Essa irresponsabilidade
30:17com os gastos
30:18ela permeia
30:19todos os governos.
30:21E se a gente for
30:21falar aqui
30:22de Bolsa Família,
30:23o governo anterior
30:24ampliou em muito
30:25o Bolsa Família.
30:26Inclusive aqui
30:27com a minha parabenização.
30:29No meu entender,
30:30o Bolsa Família
30:30tinha que ser majorado
30:31tanto no valor
30:32quanto na quantidade.
30:34Um país miserável
30:35precisa sim subsidiar
30:37os seus cidadãos.
30:38Infelizmente,
30:39quem não tem
30:40saúde, educação,
30:41escola, saneamento básico
30:42tem que receber dinheiro
30:43direto do governo.
30:45Não tem outra forma
30:45de reedicar a pobreza.
30:48E o Brasil
30:48se acentua
30:49ano após ano
30:50entre os países
30:51mais concentradores
30:52de rendas
30:53de renda
30:53e mais desiguais
30:54no mundo.
30:54Se não houver
30:55ação afirmativa
30:56para acabar com isso
30:57e isso só vai acontecer
30:58com a transferência
30:59de dinheiro,
31:00nós não vamos
31:00sair dessa posição
31:01incômoda.
31:02Então, infelizmente,
31:03tem que pagar o IOF.
31:05Bom,
31:06minha querida
31:06Cintia Nunes,
31:07professora,
31:08brilhante advogada,
31:10sabe quanto
31:11o orçamento
31:11de 2025
31:12está prevendo
31:13para a emenda
31:14parlamentar?
31:1662 bilhões
31:19de reais.
31:20Tem 335 emendas
31:23que correspondem
31:24ao valor
31:24de 20 bilhões
31:24que são emendas
31:25de comissão.
31:27O que é emenda
31:27de comissão?
31:28Não se sabe
31:30quem mandou.
31:31Tem outras emendas,
31:33PIX,
31:33que vão para uma
31:33conta comum,
31:34você não sabe
31:35como ela vai ser usada.
31:37Ou seja,
31:38dificulta o rastreamento,
31:39dificulta a fiscalização.
31:41Dinheiro público,
31:42dinheiro público
31:43tratado de maneira
31:45com violação
31:47ao princípio constitucional
31:48da transparência
31:49administrativa,
31:51dificultando
31:52a ação
31:53da Controladoria
31:53Geral da União,
31:54do Ministério Público,
31:55dos órgãos de controle.
31:57E nós estamos falando
31:58em aumentar IOF,
32:00aumentar imposto
32:01para bancar essa farra,
32:02para bancar desperdício,
32:05gastos supérfluos
32:06ou emendas
32:07que não são prioridade
32:08num país
32:08que nesse momento
32:09tem uma dívida
32:10de mais de 7 trilhões
32:12de reais.
32:13Eu gostaria de ouvi-lo
32:14e que depois
32:15o professor Henrique Câmara
32:16que aqui está anotando,
32:18o professor Guilherme Câmara
32:19que está aqui anotando tudo.
32:21O Guilherme já falou
32:22que vai vir para cima
32:23com tudo,
32:23mas é isso aí,
32:24eu quero isso,
32:24eu quero esse vai e vem.
32:26Aqui é uma luta
32:27de Guilhermes
32:28e na verdade
32:30o debate
32:31sempre enriquece
32:32aqui
32:33a nossa audiência.
32:35Mas antes só,
32:36como você me deu
32:37a oportunidade
32:38de falar depois
32:39do Guilherme Mendes,
32:40eu só quero
32:41deixar bem claro
32:42para o nosso
32:43telespectador
32:44que aqui
32:45em nenhum momento
32:45pelo menos
32:46acho que nem eu
32:47nem o Rodolfo
32:49nem o Capiz
32:49nem ninguém aqui
32:50falou
32:50de que a questão
32:52do problema
32:53do déficit
32:53é a Bolsa Família.
32:55Acho que é uma coisa
32:55importante
32:56da gente dizer,
32:57porque em verdade
32:59eu particularmente
33:00entendo que o Bolsa Família
33:01tem a sua utilidade
33:02e tem muita coisa
33:04para cortar
33:05antes de se chegar
33:06numa questão
33:07que vai ser voltada
33:09à população
33:09mais vulnerável.
33:11então não seria
33:12de forma alguma
33:13primeiro lugar
33:14as emendas
33:15vêm muito antes
33:16disso
33:17de um dinheiro
33:17que você não sabe
33:18muitas vezes
33:19para onde vai
33:20onde vai ser aplicado
33:21tudo promessa
33:22de campanha
33:23com zero transparência
33:24em que pese
33:25os louváveis esforços
33:26do Supremo
33:27nesse sentido
33:28através do ministro Dino
33:30para tentar
33:31aí dar uma
33:31não só uma
33:33rastreabilidade
33:34mas uma transparência
33:35para a gente saber
33:36efetivamente
33:37para onde o nosso
33:38dinheiro está indo.
33:39Então o Bolsa Família
33:40ele só não pode
33:41virar a longo prazo
33:43um instrumento
33:44ele deve erradicar
33:45a pobreza
33:45ele não pode
33:46perpetuar a pobreza
33:47ele não pode
33:48ser uma muleta
33:49eterna
33:49mas hoje é inegável
33:51que ele ajuda
33:52muitas pessoas
33:53o que
33:54a minha única
33:55questão do Bolsa Família
33:56é que há
33:57como muitas outras
33:58coisas no Brasil
33:59a necessidade
34:00de fiscalização
34:01se todo mundo
34:03que recebe
34:04é efetivamente
34:05beneficiário
34:07que preenche
34:07os requisitos legais
34:08mas isso
34:09é uma outra história
34:10não na questão
34:11do programa em si
34:13o programa em si
34:14não penso que ele
34:15seria o alvo de corte
34:17o que não quer dizer
34:18também que
34:19nós devemos jogar
34:20para o IOF
34:21para o restante
34:22da população
34:23então tá bom
34:23então eu vou dar
34:24a Bolsa Família
34:25e vou cortar do outro lado
34:26uma coisa não implica
34:27na outra
34:28a gente tem que cortar
34:29de quem está recebendo
34:30para trabalhar
34:30e não faz
34:31de quem eventualmente
34:33está ganhando muito
34:34para estar lá
34:35defendendo os interesses
34:37da população
34:38e tá brincando
34:39de festa junina
34:40em outro lugar
34:40então de fato
34:41não dá para esvaziar
34:43o cenário
34:43a gente tá em junho
34:45gente
34:45não é
34:46nós não estamos falando
34:47aqui de 25 de dezembro
34:49a gente não tá falando
34:50de período de recesso
34:51parlamentar
34:52a gente tá falando
34:52de período de trabalho
34:53vai você aí
34:54ficar 3, 4 dias
34:56fora do seu trabalho
34:57o que você ganha
34:58quando você voltar
34:58uma bela carta
34:59de demissão
35:00se você for funcionário
35:01público
35:02um processo administrativo
35:04eventualmente
35:05até uma exoneração
35:06então de fato
35:07não se trata aqui
35:08de maneira nenhuma
35:09de um discurso
35:10de olha
35:11vamos tirar do pobre
35:12e por isso
35:13não vamos taxar mais
35:15o rico
35:16não é isso
35:16se trata de organizar
35:18as coisas
35:19e quando o Capê
35:20joga para mim
35:20a questão
35:21das emendas
35:23é óbvio
35:24que é muita coisa
35:26necessária
35:26de se fazer
35:27nesse sentido
35:28porque não dá mais
35:29essa torneira
35:29tem que ser estancada
35:30muito
35:31e o nosso querido
35:32professor
35:32historiador
35:33Guilherme Câmara
35:34que resolveu entrar
35:35na briga
35:36também conhecido
35:37agora como
35:38Guilherme de Orange
35:39Guilherme de Orange
35:40porque está
35:41produzindo a revolução
35:42gloriosa aqui
35:43eu pergunto a você
35:45Guilherme Câmara
35:47ou Guilherme de Orange
35:48é possível
35:50admitir aumento
35:52de imposto
35:52para pagar
35:5362 bilhões
35:55de reais
35:56de emenda
35:57parlamentar
35:58que você não sabe
35:59qual é o destino
36:00e outros gastos
36:02esdrúxulos
36:02que estão sendo
36:03feitos por aí
36:04eu quero ouvi-lo
36:05Guilherme Câmara
36:07obrigado pelo elogio
36:08eu também dou aula
36:09na área de economia
36:10por isso que eu resolvi
36:11entrar
36:11é um tema
36:12que me interessa
36:12bastante
36:13então assim
36:13eu achei
36:14eu acho bem interessante
36:16todos os pontos
36:16de vista aqui
36:17mas o que eu pedi
36:18aqui a palavra
36:19porque essa história
36:20das emendas
36:23é uma coisa
36:23que a gente escuta
36:24há tanto tempo
36:24com outros nomes
36:25então quer dizer
36:26o mensalão
36:27aconteceu por causa
36:28de relações espúrias
36:29do congresso
36:30com o executivo
36:31depois o orçamento
36:32secreto
36:33no governo Bolsonaro
36:34e agora
36:35essa história
36:36das emendas
36:37das emendas parlamentares
36:39e aí eu queria
36:39eu estou dizendo isso
36:40porque eu quero ressaltar
36:41o seguinte ponto
36:42o brasileiro tem que entender
36:44que o nosso regime
36:45de governo é esse
36:46não vai mudar
36:48se a gente quiser
36:48que mude
36:49tem que tentar
36:50uma outra maneira
36:50por exemplo
36:51na Europa
36:52países como
36:52Portugal
36:53Espanha
36:54eles podem trocar
36:55o primeiro ministro
36:56eles podem trocar
36:56o líder
36:57a qualquer momento
36:57aqui no Brasil
36:58a gente não pode
36:59resultado
36:59o congresso
37:01fica
37:01o executivo
37:02fica refém
37:03do congresso
37:04a Dilma Rousseff
37:05foi derrubada
37:06por causa disso também
37:07então assim
37:08se fica
37:09se fica refém
37:10de um congresso
37:11e aí a gente tem que lembrar
37:12em quem a gente vota
37:13porque muitas vezes
37:15a gente critica
37:16mas a gente esquece
37:16que muitas pessoas
37:18que a gente votou
37:18lutam contra o país
37:20no sentido
37:21de prejudicar o executivo
37:22por exemplo
37:23a gente viu
37:24deputado recentemente
37:25votando
37:25contra
37:27a redução
37:28da conta de luz
37:29que é algo
37:30que interfere
37:32na vida
37:32do mais rico
37:33mas principalmente
37:33ao mais pobre
37:34então
37:35para finalizar
37:36e concordar
37:36mais uma vez
37:37com meu colega
37:37aqui
37:37eu acredito
37:39sinceramente
37:39que o IOF
37:40não é a melhor solução
37:41e respondendo
37:41sua pergunta
37:42não é a melhor solução
37:43mas é a única
37:44que tem nesse momento
37:45a gente não tem
37:46como ficar dependendo
37:47como o professor
37:48Guilherme disse
37:49aqui agora há pouco
37:49essa coisa do subsídio
37:51tem que ser discutida
37:51porque o governo
37:52o governo isenta
37:53empresas enormes
37:55de impostos
37:57e isso ajuda
37:58nesse rombo fiscal
37:58também
37:59e assim
38:00por mais que
38:00por mais que os colegas
38:02aqui tenham citado
38:03o caso do Bolsa Família
38:04mas eu cheguei a ver
38:05líder da oposição
38:06falando
38:07não o governo
38:07está falando
38:08de aumentar imposto
38:09não ele tem que cortar
38:10de programas
38:10estencialistas
38:11não apenas
38:12o Bolsa Família
38:13mas tantos outros
38:14que a gente vê por aí
38:15sim mas como economista
38:17você deve concordar
38:18comigo
38:19que o IOF
38:20não é um imposto
38:21que tem finalidade
38:22arrecadatória
38:23é um imposto
38:24que tem finalidade
38:25regulatória
38:26e que ele emite
38:26um sinal
38:27negativo
38:28para quem quer investir
38:30aqui no Brasil
38:31não seria mais razoável
38:33cortar
38:34as emendas parlamentares
38:36do que aumentar
38:37o IOF
38:38e aí o governo
38:39tem que partir
38:40para a briga
38:40então ele até
38:42se valorizaria
38:43parece que o governo
38:43está coado
38:44está com medo
38:45de alguma coisa
38:46de enfrentar
38:47o Congresso Nacional
38:48então o líder
38:49tem que mostrar
38:50que é líder
38:50nesse momento
38:51primeira questão
38:52por favor
38:53não então
38:53eu acredito
38:54que seria o ideal
38:55mas não é assim
38:56que funciona
38:56a gente falou
38:57agora há pouco
38:57de relações internacionais
38:58a teoria principal
39:00das relações internacionais
39:01é a chamada
39:01teoria realista
39:03que ela diz o seguinte
39:04você tem que ir atrás
39:06do poder
39:07de qualquer maneira
39:08professor
39:08só que
39:09pela oportunidade
39:11são 15 horas
39:12e 29 minutos
39:13eu estou me despedindo
39:14nesse momento
39:15da rádio
39:16dos nossos ouvintes
39:16que estão nos acompanhando
39:17na rádio
39:18vão ficar com o futebol
39:19embora o show
39:22continue aqui
39:22palavra para você
39:24perfeito
39:25na verdade
39:27essa teoria realista
39:28ela fala que o poder
39:29ele tem que ser buscado
39:30a qualquer custo
39:31isso vem lá de Maquiavel
39:33da ciência política
39:34os fins justificam os meios
39:35então nesse momento
39:36o que o governo faz
39:38a gente nota que é
39:39justamente você não comprar
39:40essa briga para o Congresso
39:41com o Congresso
39:42não acredito que é por medo
39:43de algo
39:44eu não acredito em impeachment
39:45agora primeiro
39:45porque não tem motivo
39:46segundo porque
39:47a eleição está chegando
39:48mas você comprar
39:49briga com o Congresso
39:50pré-eleição
39:51é uma atitude
39:53irresponsável
39:54porque o governo
39:55os fins justificam os meios
39:56ele está pensando no fim
39:57que é a eleição
39:58então não faz sentido
40:00você cortar de emenda
40:02sendo que você tem que
40:02dialogar com o Congresso
40:04eu esqueço que é o ponto principal
40:05de novo
40:06o governo depende
40:07do Congresso
40:08não é o Congresso
40:09que depende do governo
40:10o regime presidencialista
40:11é exatamente assim
40:12e aí para finalizar
40:13só para falar
40:14o meu colega aqui
40:15que ficou bravo agora há pouco
40:16e ficou bravo
40:16porque eu não falei
40:17dos cinco dias
40:18eu não falei
40:18porque não me perguntaram
40:19mas se me perguntarem
40:20eu digo que eu acho
40:21que também tem que trabalhar
40:21de segunda a sexta
40:22agora o professor
40:26eu sou de economista
40:29da aula de economia
40:30vamos abusar
40:31mais uma pergunta
40:32antes de ouvir
40:33o Rodolfo Marici
40:34depois vai para o Guilherme Mendes
40:35que já está querendo
40:35já está pedindo a palavra
40:36o Guilherme Mendes
40:37não consegue esperar
40:38cinco minutos
40:39já quer concordar
40:40com o Guilherme Câmara
40:41mas uma pergunta
40:42que eu vou lhe fazer assim
40:43eu estava assistindo
40:44programas
40:45de economistas
40:46norte-americanos
40:47falando sobre
40:48a dívida
40:48dos Estados Unidos
40:49a dívida dos Estados Unidos
40:51dizem que está em 36
40:52pode fechar o ano
40:53em 38 trilhões de dólares
40:56muito bem
40:57os Estados Unidos
40:58está pagando de juros
40:591.2 trilhão de dólares
41:02por ano
41:03então a situação fiscal
41:05dos Estados Unidos
41:06é grave
41:06é motivo de entrarmos
41:08em pânico
41:09é possível um defô
41:10que tenha um encadeamento
41:12internacional
41:14mundial
41:15aí os analistas
41:16dizem o seguinte
41:17olha
41:17até 6%
41:20do PIB
41:20em juros
41:22se você está
41:23se um país
41:23está pagando
41:24até 6%
41:25do seu produto
41:26interno bruto
41:27de juros
41:27anualmente
41:28a situação
41:29está sob controle
41:30o PIB americano
41:32deve ser
41:3229 trilhões
41:33de dólares
41:3410%
41:35são 2.9
41:375%
41:39dá 1.4
41:41ou seja
41:41eles estão pagando
41:42menos do que 5%
41:433,5%
41:44do PIB
41:46de juros
41:47anualmente
41:48esse é o raciocínio
41:49dele sustentar
41:50eu estou tentando agora
41:51transportar este raciocínio
41:53para o Brasil
41:54onde não vi nenhuma análise
41:56ainda parecida
41:57nós estamos com uma dívida
41:58de 7.6 trilhões
42:00de reais
42:01e estamos pagando
42:031 trilhão de reais
42:05por
42:06de juros
42:06por ano
42:07992
42:08mais ou menos
42:09ora
42:09isso
42:10é mais do que 10%
42:13então nós estamos
42:14com uma situação
42:15fiscal
42:16complicada
42:17mesmo
42:17gostaria de ouvi-lo
42:19olha
42:19no caso
42:20dos Estados Unidos
42:21a situação
42:22é infinitamente
42:23mais fácil
42:24porque lá
42:24eles tem
42:25aquele instrumento
42:26da taxa de juros
42:27que aparece
42:28como um salvador
42:29se eles elevam
42:300,01%
42:31da taxa de juros
42:32qualquer investidor
42:33vai para os Estados Unidos
42:34porque é o mercado
42:35mais seguro
42:35é o que a gente chama
42:36na economia internacional
42:37de flight safe
42:38quer dizer
42:38você vai pegar
42:39o seu investimento
42:40vou seguro
42:41você vai pegar
42:42o seu investimento
42:42de qualquer lugar
42:43e vai jogar
42:44dentro dos Estados Unidos
42:45que é o país
42:46mais seguro
42:47do mundo
42:47para se investir
42:48certo
42:49então isso
42:50resguarda a economia
42:52de um baque maior
42:52e os Estados Unidos
42:54eles aprenderam
42:55com o baque
42:56de 2008
42:57da crise imobiliária
42:58então
42:58o americano
43:00ele tem
43:00o americano
43:01o governo
43:02a classe política americana
43:03eles tem
43:03um temor
43:05muito grande
43:05de que se repita
43:06o que aconteceu
43:07em 2008
43:08quando teve
43:09a quebra
43:10do Lehman Brothers
43:11e que os Estados Unidos
43:12passaram pela maior crise
43:13desde a crise
43:14de 1929
43:15então
43:16eles tem
43:16essa proteção
43:17e aqui no Brasil
43:18a sua pergunta
43:19foi muito boa
43:19porque a gente
43:19está discutindo
43:20aqui
43:20de onde cortar
43:21para resolver
43:22a questão do déficit
43:22e um lugar
43:23que poderia se cortar
43:25é justamente
43:26esse pagamento
43:26da dívida
43:27porque a gente
43:27está pagando
43:28de juros
43:28um dinheiro
43:29que poderia
43:29se investir
43:30em capacidade
43:30produtiva
43:31que depois volta
43:32justamente
43:33para a economia brasileira
43:34então assim
43:35o Brasil
43:35paga muito
43:36de juros
43:37paga
43:37mas isso
43:37não vejo como
43:38um problema
43:38de agora
43:39isso é um problema
43:40que já vem
43:40de muitos
43:41e muitos anos
43:41isso aumentou
43:43muito
43:44desde os anos 90
43:45aquela onda
43:46do consenso
43:46de Washington
43:47dos governos
43:48mais alinhados
43:49ao neoliberalismo
43:50naquele momento
43:50do Collor
43:52depois Fernando Henrique Cardoso
43:53isso começou
43:54a ganhar força
43:54naquele momento
43:55uma força maior
43:56e depois
43:57os governos
43:59que vieram em seguida
44:00não conseguiram resolver isso
44:01Lula, Dilma,
44:02Bolsonaro, Temer
44:03e agora o governo Lula
44:04também não consegue
44:04até porque a gente
44:05está num momento
44:06de crise global
44:08agora finalizando
44:10aqui
44:10essa história
44:11da guerra
44:12lá no Oriente Médio
44:13a possibilidade
44:14de fechamento
44:15do estreito
44:15de Omuz
44:15que é aquele estreito
44:16que fica entre o Irã
44:18e Oman
44:18que liga o Mar Arábico
44:19até o Oceano Índico
44:20se aquele estreito
44:22for totalmente fechado
44:23em caso de aumentar
44:26os conflitos
44:26na região
44:27o impacto
44:28aqui na economia brasileira
44:29vai ser muito grande
44:30porque a Petrobras
44:31é uma grande produtora
44:31de petróleo
44:32e a gente sabe
44:32que depende
44:33do escoamento
44:34da produção
44:34de exportação
44:35de importação
44:36mas o Brasil
44:37depende muito
44:38dessa instabilidade
44:39global
44:40o Brasil é um país
44:40muito vulnerável
44:41economicamente
44:42principalmente
44:43desde os anos 90
44:44pois é
44:45o professor colocou bem
44:46ali no estreito
44:47de Hormuz
44:48que vai lá
44:49entre a península
44:50e pega ali o Catar
44:51quase com o Irã
44:52ali passam
44:53embarcações
44:55que transportam
44:5521 milhões
44:57de barris
44:58de petróleo
44:59por dia
44:59são mais de 3 bilhões
45:02de litros
45:03de petróleo
45:04se aquilo for
45:04efetivamente fechado
45:05e nós falamos no início
45:06não é professor
45:07de um cessar fogo tênue
45:09o Irã está dizendo agora
45:10que vai continuar
45:11a produzir
45:12aquecimento de urânio
45:13então a situação
45:15ainda é muito instável
45:16e nós precisamos
45:17tomar
45:18muita cautela
45:19porque não fizemos
45:20a lição de casa