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  • 19/06/2025
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, informou que a estatal monitora com atenção os desdobramentos da guerra no Oriente Médio, mas considera prematuro estimar os impactos nos preços do petróleo e no mercado global. Deysi Cioccari e José Maria Trindade comentaram.
Reportagem: Rodrigo Viga
Comentaristas: Deysi Cioccari e José Maria Trindade

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Transcrição
00:00Vamos girar a nossa reportagem indo direto para o Rio de Janeiro.
00:03A presidente da Petrobras, Magda Chambriá, disse que ainda é cedo para considerar mudanças no preço dos combustíveis
00:10com base nos conflitos entre Israel e Irã no Oriente Médio.
00:14Rodrigo Viga tem mais detalhes para a gente.
00:16Rodrigo, mas é uma região estratégica na questão de petróleo e gás, né?
00:20Bom dia para você, Viga. Bem-vindo.
00:24Tudo bem, Paulo? Bom dia para você, para o Nonato, para o nosso ouvinte, espectador, internauta da Jovem Pan.
00:29É cedo, mas rapidamente pode ficar tarde, né?
00:31Porque, ao que parece, o conflito tem escalado, mas bombardeios de Israel e Irã.
00:37O Irã atacando um hospital em Tel Aviv nessas últimas horas,
00:42aumentando ainda mais o nível de tensão nessa guerra que envolve Irã e Israel.
00:49Minha cara, Paulo, Nonato, ouvinte, espectadores e internauta da Jovem Pan.
00:52É claro que o barril do petróleo reflete praticamente, né, automaticamente,
00:58esse sarrafo mais alto, esse nível de tensão mais elevado.
01:03O Brent, que é o barril do petróleo, que é referência para as grandes petroleiras,
01:07os contratos futuros do Brent vencendo em agosto, estão subindo nesse momento 0,62%.
01:13O que isso significa dizer, Paulo?
01:15Que, aos poucos, paulatina e gradativamente, o barril do petróleo está se aproximando dos 80 dólares.
01:21Na fotografia de agora, isso é bem dinâmico, né?
01:24Há uma instabilidade muito grande.
01:26Na fotografia de agora, 77 dólares e 35 centavos.
01:31É o valor do Brent, já refletindo os efeitos da guerra.
01:35Antes da deflagração do conflito, o barril do petróleo estava ali, rateando, hesitando, andando de lado,
01:41e ficava entre 60 e 65 dólares.
01:44Ou seja, aos poucos, já vai entrando num patamar de diferença de 12 a 15 dólares em decorrência dessa guerra.
01:53E aí, a Petrobras, é claro, está olhando, está monitorando, está acompanhando.
01:58O presidente Magda Chambriar disse que ainda é cedo para fazer um ajuste de preço,
02:02mas as minhas fontes dentro da petroleira brasileira dão conta de que se esse petróleo se estabilizar
02:09acima dos 75 dólares por um determinado período, virar uma tendência,
02:14e não houver uma reversão, fatalmente, haverá um ajuste no preço dos combustíveis,
02:20especialmente no preço do diesel, que é o combustível que movimenta o Brasil,
02:24que é um país extremamente rodoviário.
02:27Eu tenho também aqui dados, viu, minha cara, Paulo, ouvinte e espectadores do Interno da Jovem Pan,
02:31com relação à chamada defasagem dos preços praticados pela Petrobras,
02:35vis-à-vis aos parâmetros internacionais.
02:39Diante dessa escalada do barril do petróleo, e não ajuste aqui no mercado interno,
02:44segundo a Abicom, que é uma associação que representa os importadores de petróleo e seus derivados,
02:50hoje há uma defasagem de 17% no preço do diesel.
02:54O diesel no Brasil estaria sendo vendido 55 centavos mais barato do que essas referências internacionais.
03:00E o gap para a gasolina é um pouco menor, de 6%, 16 centavos.
03:04É sempre bom lembrar que no começo do mês de junho a Petrobras cortou o preço da gasolina em 5,6%,
03:10e aí já tinha mexido em três oportunidades para baixo e cortado o valor do óleo diesel nesse ano de 2025.
03:18A presidenta da Petrobras sabe que tem que monitorar, tem que acompanhar,
03:23tem que olhar bem de perto, de lupa, essa escalada da guerra e seus efeitos sobre o mercado de petróleo.
03:29Mas, repito, se essa tendência ficar acima dos 75 dólares durante alguns dias,
03:35fatalmente a Petrobras vai revisitar já na próxima semana a sua equação, a sua política de preços,
03:42que leva muito em consideração duas variáveis, o maior do petróleo do tipo Brent e o câmbio.
03:47Como o câmbio está ligeiramente em trajetória de declínio e o petróleo subindo dia após dia,
03:53desde o início da guerra, certamente o câmbio não vai ter força para compensar, para segurar essa equação de preços.
04:01Viu, Paulo?
04:01Informações do Rodrigo Viga.
04:03Falando diretamente do Rio de Janeiro, eu quero chamar a Deise Siocari com a gente aqui no estúdio.
04:07Do Jornal da Manhã, Deise, a presidente da Petrobras,
04:10está sinalizando que ainda é cedo para falar de aumento de tarifa do combustível, do petróleo.
04:16Agora, até que ponto o Brasil está blindado desse aumento nos próximos dias, nos próximos meses,
04:21dependendo do cenário da guerra, do conflito?
04:24Olha, Paulo, o Brasil não está muito blindado, não.
04:27A questão é que esse aumento no preço do petróleo, no Brent,
04:30ele já está pressionando os preços aqui no Brasil.
04:32A gente tem que lembrar que a gente utiliza a paridade internacional.
04:36Então, os preços já estão pressionados.
04:39O fato é que se continuar essa escalada global,
04:42se o preço do petróleo, como o Viga muito bem falou ali na reportagem,
04:46não arrefecer, aí em uma ou duas semanas a gente já vai ter uma possibilidade de aumento da gasolina,
04:53do diesel, do frete.
04:55Então, quando você compra um produto pela internet, o frete já vai ser mais caro.
04:59Essa possibilidade é muito forte e eu não vejo o Brasil se preparando
05:04para estancar esses gargalos ou para reagir a essa possível manutenção da alta do petróleo.
05:11Então, a possibilidade da gente sentir, do consumidor sentir essa alta,
05:16ela é muito grande.
05:17Nas próximas semanas, eu acredito que em 15 dias,
05:19o brasileiro já possa sentir as repercussões desse conflito entre Irã e Israel.
05:24José Maria Trindade, são os reflexos de um conflito numa área tão sensível
05:30e que atinge também um grande produtor de petróleo.
05:33O conflito em si já gera essa expectativa de aumento da commodities, né, Zé?
05:39É, a redução, o mercado cobra mesmo, né?
05:42Agora, o interessante é analisar a Petrobras,
05:45a nossa gigante do petróleo que não sabe se é estatal ou se é privada.
05:49Há dias que a Petrobras vem agindo como se fosse empresa privada,
05:54ou seja, visando o lucro, ou seja, dividendos dos sócios,
05:58que existem sócios da Petrobras privados e são fortes.
06:02A Petrobras já tem vários setores privatizados,
06:05mas continua dominando ali a área de distribuição que é a que define preço.
06:10Nos momentos ou nos dias em que a Petrobras se sente como estatal
06:15e que tem um custo social ou um viés de atendimento à política do governo que está de plantão,
06:23aí ela segura os preços e tal.
06:26Aí no outro que ela se sente empresa privada, empresa de mercado,
06:29ela solta os preços e isso provoca danos na economia.
06:33A economia quer a estabilidade mínima.
06:36Não existe o congelamento de preços, principalmente nessa área.
06:39O petróleo sobe e desce todos os dias na Bolsa,
06:44ao sabor do que está acontecendo exatamente nas regiões onde estão os grandes produtores de petróleo.
06:51Mas é preciso ter uma projeção mínima.
06:54Imagina um caminhoneiro que pega um frete longo,
06:58o Brasil é um país continental,
07:02e aí no meio do caminho ele descobre que o lucro dele vai embora,
07:05porque o petróleo subiu e a gasolina subiu e o diesel acabou subindo.
07:10Quer dizer, foge completamente da projeção.
07:13É preciso estabilidade.
07:14Devo dizer que já houve várias tentativas.
07:17No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro foi estudado um planejamento
07:20do caminhoneiro comprar os litros do diesel.
07:25Isso daria uma estabilidade.
07:27Então eu compraria os litros do diesel pelo preço do dia
07:30e aí ele colocaria.
07:32Mas isso não deu certo, houve uma complicação,
07:34e a Petrobras achou que não daria conta.
07:36Portanto, nós temos que conviver com essa balança
07:39e com essa instabilidade que depende de vários setores.

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