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Richard Bromberg, que vive na cidade de Netanya, em Israel, concedeu entrevista ao Morning Show e descreveu a rotina de tensão que enfrenta diariamente em meio à escalada do conflito com o Irã. Ele compartilhou detalhes sobre como é se abrigar, o convívio com outras pessoas nos bunkers e como a população local lida com o constante risco de ataques.
Apresentador: André Marinho
Entrevistado: Richard Bromberg

Assista ao Morning Show completo: https://youtube.com/live/T_5CEy_9uiI

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00:00Olha só, faço questão da gente seguir adiante aqui, até pessoal, porque o absurdo, a guerra, o conflito permanente que existe nessa região
00:08acaba naturalizando certas situações e acaba gerando essa paranoia permanente e também todos os mecanismos ali de autopreservação e autoprevenção existem, principalmente em Israel.
00:20Claro que a vida dos cidadãos mudou abruptamente, tragicamente, com a escalada do conflito,
00:25mas a gente quer entender exatamente como anda o cotidiano, o dia a dia, de um brasileiro que mora na cidade de Netanyah,
00:32uma cidade no centro-oeste de Israel, eu estou falando, claro, do Richard Bromberg, que já se encontra em território israelense, morando lá há sete anos, pelo menos.
00:41A gente recebe ele agora, ao vivasso, aqui no Morning Show.
00:44Tudo bem, Richard? Obrigado pela presença, obrigado pelo tempo.
00:46A gente imagina, claro, a tensão que está sendo viver, realmente experimentar esses últimos dias.
00:53Agora, como é que tem sido o seu dia a dia no meio desse conflito?
00:55A verdade é essa? Qual mudança prática você teve que se adaptar diante dessa escalada toda? Bom dia.
01:04Primeiro, bom dia, André. Bom dia a todos da mesa. Bom dia aos ouvintes da Jovem Pan.
01:08Nosso dia a dia acaba mudando de forma muito, primeiro, repentina e muito brusca, né?
01:15Eu trabalho numa empresa de high-tech na cidade de Hanana, que fica a mais ou menos 25 quilômetros daqui.
01:21Aqui fica entre essa cidade e Tel Aviv. E do outro lado também é uns 60 quilômetros de Haifa.
01:29E quando o conflito começou, claro, pegou a gente meio que de surpresa.
01:36E essa falta de... o controle emocional, o controle de... essa falta de... que você tem que cuidar da sua família.
01:45E eu tenho minha mãe morando em Hanana, meu irmão mora aqui em Netânia, a gente sempre se comunica.
01:51Quando o conflito começou, a primeira medida é descer para o abrigo, né?
01:56A gente tem um abrigo coletivo aqui no meu prédio.
02:00E isso começou a se tornar de uma forma contínua nesses últimos dias, como a gente nunca tinha passado aqui.
02:07Mesmo durante a guerra contra o Hamas e o Hezbollah, a gente nunca teve essa quantidade de idas ao abrigo, como a gente está tendo dessa vez.
02:17Com a intensidade da violência que está sendo feita através dos ataques do Irã para dentro do território israelense.
02:24E todo mundo pode ver as imagens de tudo que acontece todos os dias, desde o começo dessa escalada.
02:31E é claro que a gente fica muito preocupado.
02:34A minha rotina, eu trabalho... hoje eu trabalho de casa.
02:37A minha empresa, ela dá essa oportunidade, porque é uma empresa de high-tech.
02:41Mas até quando eu falei com o pessoal da produção da Jovem Pan, eu disse que se a gente receber o aviso no celular,
02:47eu teria que sair de forma automática, porque às vezes a gente não tem muito tempo para chegar no abrigo.
02:54Então, muda sim a vida de todos. O comércio, ele fechou.
02:59Só os serviços principais estão abertos aqui, como farmácias, supermercados.
03:05E é isso, André. A gente teve realmente uma mudança muito brusca nesses últimos dias.
03:12A gente vê o avanço que o Exército de Israel está fazendo dentro do território iraniano.
03:16E a gente realmente espera que isso se resolva ou de uma forma diplomática
03:21ou com os gols que o Exército de Israel espera atingir dentro do Irã.
03:30É isso aí, Richard.
03:31A gente, enfim, claro, acompanhando essa saga de Israel, todo o sofrimento milenar, a verdade é essa.
03:37A gente sabe que é totalmente cotidiano, faz parte do dia a dia, da rotina.
03:40Esses mecanismos de defesa, esses protocolos de prevenção e também todos os bunkers,
03:46isso faz parte já da rotina.
03:48Porém, acho que dessa vez, finalmente, com o iminente, tão falado, tão debatido,
03:55iminente conflito com o Irã se tornando armado e realmente aberto do jeito que está sendo,
04:00parece que é algo que vocês já estavam esperando, ou pelo menos sendo preparados mental e psicologicamente,
04:04militarmente, há muito, muito tempo, no mínimo há uma década e meia.
04:08A gente ouve que isso era uma iminência, né?
04:10A gente vai, eu quero ouvir se dessa vez parece, você está sentindo que é diferente dessa vez,
04:15dado o quão colossal são as repercussões.
04:19É, o que acontece, André, é que assim, no começo da guerra contra o Hamas,
04:23a gente via toda a imprensa e até o pessoal daqui, em Israel mesmo,
04:28dizendo que a gente teria que partir para eliminar a cabeça do povo, né?
04:32E não os tentáculos.
04:34A gente não entende a estratégia, é uma coisa muito interna do governo israelense,
04:39só para mostrar, André, essas são algumas fotos que eu mandei para a produção,
04:43de algumas idas ao abrigo aqui do prédio, então você pode ver que tem idosos com andadores,
04:52tem os nossos pets que vão, esse aí é o meu cachorro, é o Fígaro,
04:56e a gente tem crianças que dormem durante a nossa permanência dentro do abrigo,
05:05mas voltando, a gente sabia que isso mais cedo ou mais tarde iria acontecer.
05:10Então a primeira escalada foi contra o Hamas,
05:13logo na sequência a gente teve a entrada do Hezbollah,
05:17e mais cedo ou mais tarde a gente não queria que isso acontecesse,
05:21as pessoas que moram aqui realmente têm esse receio,
05:25mas foi inevitável, a gente sabe que os Estados Unidos estavam tentando entrar
05:29no acordo diplomático com o Irã, e aquele prazo de 60 dias foi esgotado,
05:35e se eu não me engano, logo no dia seguinte,
05:38Israel fez esse primeiro ataque ao Irã.
05:41Então a gente realmente teve uma mudança de cenário até,
05:44naquela rotina que a gente tinha,
05:47mesmo dentro da guerra contra o Hamas e contra o Hezbollah,
05:49agora a gente realmente sente que é uma coisa muito mais agressiva,
05:53e realmente todo mundo fica muito preocupado aqui.
05:56A gente só pode imaginar.
05:58Richard Bromberg, a gente continua aqui com a Jess Peixoto,
06:01qual é a próxima pergunta? Vamos lá.
06:03Richard, muito obrigada por estar aqui,
06:05toda a solidariedade a você nesse momento aí de tanta dificuldade,
06:08que você está vivenciando, né?
06:10E aí eu quero fazer um recorte que vem desde ali do 7 de outubro.
06:13É um período em que quem mora em Israel,
06:16quem está vivendo em Israel,
06:18está tendo um terror contínuo, né?
06:20Que leva até uma normalização do período de horror,
06:23de guerra que vocês têm vivido.
06:26E a minha pergunta é sobre o seu cotidiano,
06:28sobre o seu dia a dia,
06:29sobre a sua família,
06:30sobre as suas preocupações,
06:32que não são só da família,
06:33eu imagino que dentro do prédio
06:35há crianças aí que você acompanha
06:37desde que nasceram,
06:39e que de repente elas não podem ir à escola,
06:41porque elas têm medo,
06:42porque as famílias têm medo,
06:43ou elas vão para a escola,
06:45mas os pais ficam com medo,
06:47porque afinal de contas pode ter uma bomba,
06:49um míssil no momento em que eles estão na escola,
06:51por mais que tenha bunker,
06:53com certeza isso apavora bastante.
06:54Então qual que é o sentimento,
06:56quando vocês estão lá embaixo no bunker,
06:58escutando, às vezes, bombardeios,
07:00o que vocês pensam,
07:01o que vocês falam,
07:02vocês oram,
07:03como que é essa realidade da guerra,
07:05e essa realidade da dor que vocês estão vivendo?
07:07Olha, por incrível que pareça,
07:10assim, para nós que somos brasileiros,
07:12morando aqui,
07:13a nossa cultura ainda é muito mais brasileira
07:16do que israelense.
07:17Muitos israelenses entendem isso
07:20como uma situação,
07:21não vou usar a palavra normal,
07:22porque ela não é,
07:24mas eles entendem de uma forma diferente,
07:27eles reagem de uma forma diferente.
07:29Inclusive no nosso abrigo,
07:31tem uma família de russos,
07:33que toda vez que a gente desce,
07:34eles perguntam para a gente,
07:35já acabou,
07:36a gente já pode sair,
07:37mesmo quando a gente ainda está escutando sirene,
07:40a gente está recebendo que Raifa, Tel Aviv,
07:42Jerusalém estão sendo atacadas,
07:44ela quer sair o mais rápido possível do abrigo.
07:48A gente só sai de lá quando a gente tem certeza,
07:51a gente recebe através desse aplicativo,
07:53que agora a gente pode sair de um espaço seguro.
07:57No começo da guerra contra o Hamas,
07:59eu tenho um filho de 14 anos,
08:00que é o Léo,
08:01e por várias vezes,
08:03ele ficou por meses sem ir à escola,
08:07por receio nosso até,
08:09por muitas vezes, infelizmente,
08:11ele estava na escola,
08:12ele teve que ficar só com os amigos e professores,
08:16dentro de um abrigo dentro da escola.
08:18Por outro lado,
08:19o meu filho mais velho,
08:20o Johnny,
08:21ele prestou exército aqui em Israel
08:23até dezembro do ano passado,
08:25e ele saiu recentemente,
08:27e agora chamaram ele de volta
08:30para prestar um miluim,
08:31que é o período de reserva
08:33em caráter de emergência,
08:36porque ele já tinha cumprido
08:37o período dele dentro do exército,
08:40da Tsava.
08:41A minha esposa é cantora de ópera,
08:43por várias vezes,
08:44durante esse período de guerras aqui,
08:47ela parou de se apresentar,
08:49os teatros fecharam,
08:50as atividades comerciais normais fecharam,
08:52e, assim,
08:53a minha função como produtor de conteúdo em vídeo
08:57e de criação do marketing
08:58dessa empresa de high-tech,
09:00eu consegui exercer essa função à distância
09:03nos momentos em que a gente não estava aptos
09:06a irem até o escritório,
09:08que fica a 25 quilômetros daqui,
09:10que é o que está se repetindo nessa semana
09:12e que realmente eu espero que termine logo.
09:15Mas, quando você me perguntou
09:16desse nosso convívio dentro do nosso abrigo,
09:20Por exemplo, uma das atividades que eu exerço aqui,
09:23eu sou também mágico profissional.
09:26E, durante esse período de guerra,
09:27eu visitei alguns hospitais
09:29quase todos os meses
09:31para trazer um pouco de alegria
09:33para as pessoas que estavam lá,
09:34não só para soldados,
09:35porque os hospitais recebiam
09:37pacientes regulares também.
09:40E eu acabei fazendo isso de novo
09:43aqui no nosso abrigo durante esses dias,
09:45porque tem muitas crianças
09:46e a gente entende a realidade de cada família.
09:49Então, quando você consegue,
09:52dentro até de um ambiente de caos,
09:56criar um pouco de alegria para as pessoas,
09:59a gente sente também um alívio nosso.
10:01E é dessa forma que a gente tenta levar aqui.
10:05Toda vez que toca a sirene,
10:06que a gente recebe os recados por celular,
10:09é realmente um momento muito tenso.
10:10Meus filhos aqui em casa, eu, minha esposa,
10:13a gente tem um minuto para descer,
10:16quatro andares de escadaria.
10:18Muitas pessoas param nas escadas
10:20porque elas têm idade,
10:21elas não conseguem descer
10:23e a recomendação é que não se desça de levador
10:25para o abrigo no momento
10:26em que as sirenes começam a tocar.
10:29Então, assim, é um momento muito único
10:32para cada um.
10:33A única coisa em que a gente se identifica
10:35é nessa necessidade de proteger a família,
10:38de se proteger naquele momento.
10:41Em todos os momentos,
10:42eu estou sem a minha mãe,
10:43ela mora numa cidade a 25 quilômetros daqui,
10:45meu irmão mora a mais ou menos 10 quilômetros daqui também.
10:49Então, a gente se comunica por celular,
10:51mas fica essa insegurança natural
10:54de querer proteger.
10:57A gente só pode imaginar realmente
11:00só quem realmente sente na própria pele
11:03que tem o conhecimento de causa
11:05para estar trazendo esse retrato tão cru,
11:06tão verdadeiro,
11:07tão difícil de a gente imaginar na prática
11:10como esse que você está narrando aqui
11:12para a audiência do Morning Show, Richard.
11:13A gente segue aqui, pessoal,
11:14com o Richard Bromberg,
11:15ele que é brasileiro,
11:16mora em Netanyah,
11:17uma cidade no centro-oeste de Israel
11:19há pelo menos sete anos
11:20e está trazendo aqui um retrato bem fiel
11:23de como tem sido esses últimos dias
11:25de tensão e temperatura máxima por Israel.
11:29Eu vou agora com o Rodolfo Maris,
11:30se você me permite, Richard,
11:31para a próxima pergunta.
11:33Richard, bom dia.
11:34Só fazendo coro ao que a Jazz diz aqui.
11:36Nós somos solidários
11:37com tudo que você tem passado aí.
11:39E ouvindo o seu relato,
11:40é muito semelhante
11:41ao que vivem as pessoas no Rio de Janeiro,
11:43principalmente na comunidade de Israel,
11:44que foi invadida ontem.
11:46Lógico, né?
11:47Nós não temos aí o armamento
11:48que tem aí, por exemplo,
11:51com missas e tudo mais.
11:52Mas é um relato
11:53de alguém que está sofrendo
11:54mediante a uma guerra.
11:56Nós escutamos o seu relato.
11:57Queria saber se faz parte
11:58do seu planejamento
11:59sair desse lugar
12:01e voltar ao Brasil.
12:02Talvez é uma condição melhor
12:03ou mais estável
12:04para a sua família, por exemplo.
12:06Você falou que a sua esposa
12:07é cantora lírica
12:07e você faz mágica.
12:09Mesmo no meio desse caos,
12:11você ainda pretende
12:13permanecer em Israel?
12:14A pergunta é muito delicada.
12:18Eu vou te explicar por quê.
12:19A gente já está aqui há sete anos.
12:21Como a gente já passou
12:22esses alguns conflitos
12:24completamente diferentes,
12:26os cenários eram completamente diferentes
12:27do que está acontecendo agora,
12:29a família sempre conversou
12:30a respeito
12:31de como permanecer no país
12:33numa situação
12:34quase que permanente
12:37em que você, às vezes,
12:39tem que parar
12:40de fazer as coisas que você faz.
12:42você perde um pouco
12:43dessa sua liberdade
12:44e você tem que entender
12:46o momento
12:46e respeitar
12:48os seus limites.
12:50Claro, tenho os meus filhos aqui,
12:52tenho a minha mãe,
12:53tenho a família do meu irmão.
12:54Então, a gente sempre conversa,
12:55mas agora não existe
12:57nenhum plano
12:58em deixar o país,
13:00em fazer a vida
13:02novamente no Brasil.
13:03A gente viveu...
13:04Eu vivi no Brasil
13:0545 anos da minha vida,
13:07tinha meu próprio negócio aí.
13:08A questão agora,
13:10ela é...
13:11Primeiro, a gente tem que resolver
13:12o momento que a gente
13:13está vivendo aqui
13:14e saber como o país
13:16vai se estabilizar.
13:19E essa é a vantagem
13:20de você ter duas nacionalidades,
13:22ter duas casas.
13:23A gente até tem
13:24uma viagem planejada
13:25para o Brasil agora em agosto,
13:28entre a primeira e a segunda
13:29quinzena de agosto,
13:30de férias,
13:32que as passagens
13:33já estão compradas,
13:33já temos compromissos familiares,
13:36temos apresentações
13:37que a gente vai fazer
13:37em São Paulo.
13:38mas agora a gente aprende
13:41aqui também, Rodolfo,
13:43a viver um dia depois do outro.
13:46E a gente dá valor
13:48para a nossa vida
13:49exatamente por esse motivo
13:51de que é muito importante
13:53você aproveitar
13:56a sua vida.
13:58e é claro que no momento
14:00de guerra
14:00essa questão
14:02ela conflita
14:03com as nossas necessidades
14:05e o que a gente
14:06realmente quer.
14:07Mas por enquanto
14:08a gente
14:09continua em Israel,
14:11a gente espera
14:11que realmente
14:12essa situação,
14:14se Deus quiser,
14:14essa situação se resolva
14:16e que realmente
14:17resolva
14:18para Israel.
14:19É um período
14:20muito grande
14:21de conflito,
14:22de guerras,
14:23em que a gente
14:24fica realmente
14:25muito inseguro,
14:26mas que a gente
14:27realmente só quer
14:27viver em paz aqui.
14:30É isso aí, Richard.
14:31A gente costuma dizer
14:32que o poder
14:33costuma revelar
14:34o melhor e o pior
14:35de uma pessoa.
14:36Talvez a guerra
14:36revela o melhor
14:37e o pior
14:37de um povo também
14:39e dos seus representantes.
14:41E não tem jeito, né?
14:42Tempos difíceis
14:43criam homens
14:44e famílias fortes
14:45e sem dúvida alguma
14:45você representa
14:46e encarna muito bem
14:47esse espírito
14:48de resistência pura.
14:50E a gente torce
14:50sinceramente
14:51para que uma paz
14:53duradoura
14:53possa ser atingida
14:54por mais que o caminho
14:55seja tortuoso
14:56e cheio de obstáculos,
14:58mas, enfim,
15:00faz parte da gente
15:00imaginar
15:01esse possível futuro também.
15:04Fica à vontade
15:05aqui para deixar
15:06um recado final
15:07para a comunidade judaica
15:08aqui no Brasil também,
15:10todos os brasileiros
15:12que você queira
15:12atingir
15:13ou acionar diretamente
15:15agora,
15:15se comunicar diretamente
15:16agora.
15:17Não, queria
15:18primeiro agradecer,
15:19André,
15:19pelo carinho
15:21e pela abertura
15:22da gente poder
15:23contar o nosso lado também.
15:24queria pedir para
15:25não só a comunidade judaica
15:27do Brasil,
15:28a todas as pessoas
15:29que orem por Israel
15:31e que realmente
15:32enviem para a gente
15:35essas vibrações,
15:36eu recebo
15:36telefonemas,
15:38mensagens de amigos
15:39espalhados por todo o Brasil,
15:41eu vivi aí 45 anos,
15:43e realmente
15:44essas mensagens
15:45ajudam a gente
15:46saber que
15:47a gente tem
15:48essa conexão
15:49com o Brasil
15:50e realmente
15:52a gente espera
15:53que esse conflito
15:53termine o mais rápido
15:54possível
15:55e que a gente
15:56fique bem.
15:59Amém,
15:59amém,
16:00essa é a nossa expectativa.
16:01Obrigado pela presença,
16:02Richard Bromberg
16:03diretamente
16:03de Israel,
16:05a gente,
16:05claro,
16:06mandando as melhores
16:06energias possíveis
16:07para você realmente
16:08resistir,
16:08ficar bem
16:09e que essa página
16:10possa ser virada
16:11o quanto antes.
16:13Obrigado,
16:13André,
16:14bom dia para vocês aí,
16:15eu fico à disposição
16:16sempre que vocês precisarem.
16:17Igualmente,
16:19igualmente.
16:20A gente segue adiante aqui,
16:21uns horas e 50 minutos,
16:22pontualmente, pessoal,
16:23a gente vai acionando aqui
16:24o apresentador
16:25do Jovem Pan Internacional,
16:26Fabrício Naitz,
16:27prestigiando aqui
16:27o Morning Show de hoje,
16:29até porque, Fabrício,
16:30ao que tudo indica,
16:31segundo o ministro
16:32da Defesa de Israel,
16:34as TVs e rádios
16:35estatais do Irã
16:36estão prestes
16:36a desaparecer,
16:38acho que isso poderia
16:38desferir ali
16:39um golpe
16:40ali bem letal
16:41na capacidade de propaganda
16:43e manutenção
16:43do regime
16:44dos ayatolás,
16:45certo?
16:45Segundo o ministro
16:46Israel Katzen,
16:47é no sentido literal
16:48da palavra.
16:49A gente falou agora há pouco
16:50do pedido de evacuação
16:51feito pelo Exército de Israel
16:52da região conhecida
16:53como Distrito 3
16:54de Teherã,
16:55que eu mencionei aqui
16:56que é onde está
16:56a sede da Iribe,
16:58a rede de difusão,
16:59de transmissão
17:00do Irã,
17:01tanto TV
17:01quanto rádio estatal.
17:03Então,
17:04essa fala agora
17:05do ministro Israel Katzen
17:06confirma
17:07que a intenção
17:08do exército israelense
17:10é de atacar
17:11essas instalações.
17:13Segundo ele,
17:14a propaganda iraniana
17:15iraniana
17:16e o megafone
17:17de incitação
17:18está prestes
17:19a desaparecer
17:20e ele confirma
17:21que a evacuação
17:23dos moradores
17:24ali da região
17:25já começou.
17:26Um ataque
17:27que pode acontecer
17:27então dentro
17:28das próximas horas,
17:29dos próximos minutos
17:30contra um canal
17:32de televisão
17:33e uma rede de rádios.
17:35Ou seja,
17:36não se trata
17:37exatamente
17:37de um alvo militar,
17:39embora seja um alvo
17:40ligado ao governo iraniano.
17:42E é um alvo
17:42bem estratégico
17:43porque no final
17:44das contas
17:44esse controle
17:45da narrativa,
17:46esse controle
17:46da informação
17:47é uma coisa
17:48que o governo
17:49do Irã
17:49ao longo do tempo
17:50como toda
17:51ditadura no mundo
17:51fez muito uso
17:53para passar
17:54uma mensagem
17:55de força,
17:56uma mensagem
17:56de ódio
17:57e neste momento
17:58em que nós
17:59precisamos entender
18:00que existe um agente
18:01externo
18:01atacando o país
18:02a mensagem
18:04com certeza
18:05é uma mensagem
18:06de união,
18:07uma mensagem
18:07que muitas vezes
18:08até fortalece
18:09governos em exercício
18:10que é um grande debate
18:11que a gente estava
18:12tendo mais cedo
18:12em relação
18:13a como a oposição
18:14vê Israel,
18:15também não com bons olhos.
18:17Então nesse momento
18:18quebrar essa lógica
18:19da estratégia
18:20da mensagem
18:21da comunicação
18:21num momento de guerra
18:23é uma coisa
18:24que é um pilar
18:24para às vezes
18:26uma estratégia
18:26ter sucesso
18:27e a população
18:28realmente sentir
18:29ainda mais
18:30os danos
18:31e a situação de medo
18:33porque no final
18:33das contas
18:34elas se veem
18:35mais ameaçadas
18:36e sem uma comunicação
18:37forte externa.
18:38Eu concordo
18:39perfeitamente
18:39com o que a Jéssica
18:40está falando
18:40entendo que você
18:41cortar a comunicação
18:42de um país
18:43é um ataque
18:43muito letal
18:44muito grave
18:45que pode ser feito
18:46para incitar
18:47alguma coisa
18:48na população
18:49pensando numa eventual
18:50troca de regime
18:51mas esse anúncio
18:52acho que me preocupa
18:53um pouco
18:53porque não há
18:54um indicativo
18:55de que haja ali
18:56tropas iranianas
18:58presentes
18:59dentro das instalações
19:00da Iribe
19:00e a gente lembra
19:01que inclusive
19:02há pouco mais de um ano
19:03o governo de Israel
19:05baniu a rede
19:06Al Jazeera
19:07de operar
19:08dentro do território
19:08israelense
19:09ou seja
19:09buscou fechar
19:11um canal
19:11de televisão
19:12uma rede
19:13de imprensa
19:14muito conhecida
19:15ao redor do mundo
19:16exatamente
19:16que atua
19:18em todos os cantos
19:18do mundo
19:19porque não entendia
19:20ser muito
19:21favorável
19:23ao governo
19:24israelense
19:24é claro que
19:25eu não estou discutindo
19:26aqui a questão
19:27mérito envolvendo
19:27a qualidade
19:28das redes
19:29iranianas
19:30mas é algo
19:31que preocupa um pouco
19:32porque aparentemente
19:33só há civis
19:34isso é uma coisa importante
19:36porque são jornalistas
19:38são civis
19:39que estão lá
19:39então a partir do momento
19:40em que se tem esse ataque
19:42não é um ataque militar
19:43é um ataque estratégico
19:44faz parte do que Israel
19:46tem feito
19:46ao longo dos últimos anos
19:48mas no final das contas
19:49possivelmente vai
19:50descumprir algumas questões
19:51aí até de tratados
19:53porque são civis
19:54que trabalham
19:54dentro dessas redes
19:55é meus amigos
19:57sua expectativa
19:58da sequência
20:00desse conflito
20:01tão
20:02enfim
20:02lamentável
20:03trágico
20:03que a gente vem
20:04percutindo aqui
20:04no detalhe
20:05Mano Ferreira
20:06olha Marinho
20:07é muito difícil
20:08prever
20:09o que vai acontecer
20:11porque
20:11envolve
20:12interesses
20:13extremamente
20:14poderosos
20:15a gente já falou
20:16sobre
20:17o impacto
20:18econômico
20:20que
20:20uma escalada
20:21do conflito
20:22no Irã
20:22pode significar
20:24tanto em termos
20:25do mercado
20:26de petróleo
20:27como em termos
20:28do mercado
20:28de fertilizantes
20:30o que impacta
20:31toda a capacidade
20:33de geração
20:34de energia
20:35a gente sabe
20:36que o petróleo
20:36ainda é um combustível
20:38muito importante
20:38para toda a economia global
20:40e também
20:41os fertilizantes
20:42tem um impacto
20:43na produção
20:43do agronegócio
20:44que acaba
20:45afetando até
20:46o preço de alimentos
20:47na ponta
20:48para o cidadão
20:49em todo lugar
20:51do mundo
20:51a gente está falando
20:52de um impacto
20:53nas cadeias globais
20:55de produção
20:55então
20:56isso gera
20:59um contexto
21:00que faz com que
21:02as peças
21:02do tabuleiro
21:03se movimentem
21:05de forma
21:05muito complexa
21:06porque
21:07a cada
21:08escalada
21:09do conflito
21:10você tem
21:11todos os interesses
21:13sendo remexidos
21:14a gente está falando
21:15enfim
21:16das grandes potências
21:17globais
21:18de empresas
21:18de produções
21:21de petróleo
21:21da produção
21:23do agro
21:23ou seja
21:24isso impacta
21:25o mundo inteiro
21:26então
21:27a forma como
21:28cada agente
21:29vai reagir
21:31quando
21:31o calo apertar
21:33no seu interesse
21:34imediato
21:35acaba impactando
21:36toda a teia
21:37de relações
21:38que envolvem
21:40esses países
21:41então é muito difícil
21:42cravar
21:42o que vai acontecer
21:44é isso aí meus amigos
21:45as coisas podem
21:45piorar muito
21:47antes de começarem
21:48a melhorar
21:48até porque a caixa
21:49de Pandora
21:50já está
21:50a tampa já está
21:51aberta
21:51e seguimos aqui
21:52vendo tudo
21:53enfim
21:54a olhos nus
21:55dia após dia
21:55aqui no detalhe
21:56no morning show

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