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O Coronel Frederico Ottoni, Comandante-Geral da PMMG, participou do programa Em Minas, da TV Alterosa, e fez um balanço dos 250 anos da corporação. Destacou a integração com a comunidade, o avanço tecnológico e o papel essencial da polícia para o povo mineiro.

Para o Coronel, o maior entrave da segurança pública hoje é a falta de punição eficaz: "Prendemos o mesmo criminoso 80 vezes". Ele apontou falhas na legislação e denunciou a inversão de valores nas audiências de custódia, onde, segundo ele, o policial é tratado como vilão.

A PMMG aposta em drones, reconhecimento facial e cercamento eletrônico para enfrentar o crime organizado. "Quem tem mandado em aberto não pode alegar invasão de privacidade", disse. Ele também criticou a PEC da Segurança e reforçou: "Aqui em Minas, entramos em qualquer lugar."

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Transcrição
00:00E aí, tudo bem? Prazer estar com vocês mais uma vez aqui no Minas, para todo o nosso estado de
00:22Minas Gerais, esse programa maravilhoso que você acompanha aqui com exclusividade esse nosso bate-papo
00:29pela TV Alterosa. Logo depois que sairmos do ar aqui na Alterosa com o programa, você corre lá para o canal
00:37do Portal Uai no YouTube, que nós daremos sequência ao bate-papo com o nosso entrevistado de hoje.
00:43Lembrando, hein? Amanhã, nas páginas do estado de Minas, a entrevista completa para você ler com toda a família.
00:51Hoje nos orgulha muito receber, porque é uma semana muito especial para a Polícia Militar de Minas Gerais,
00:57o senhor comandante-geral da PM de Minas Gerais, Coronel Carlos Frederico Ottoni Garcia, mais conhecido como
01:05Coronel Frederico Ottoni.
01:07Isso aí, Carlinhos.
01:08Tudo bem, Coronel?
01:08Tudo bem.
01:09Boa noite.
01:10Seja bem-vindo, Alterosa.
01:11Eu que agradeço uma satisfação estarmos aqui podendo falar para você e para aqueles que nos assistem
01:17é sobre a nossa Polícia Militar no ano em que comemoramos 250 anos.
01:21Numa semana especialíssima, onde tivemos a entrega da medalha maravilhosa, concertos musicais,
01:27atividades do estado inteiro, 250 anos da PM.
01:32Exatamente.
01:32Nós estamos na semana de comemoração do aniversário.
01:36Várias foram as festividades que nós fizemos, procurando integrar o povo mineiro junto a essa festividade
01:43e tem sido um momento muito especial para nós.
01:46Quando o senhor fala em integrar a polícia à comunidade, a gente lembra muito aqueles filmes americanos, né?
01:54Do policial, servir, proteger.
01:57Polícia, no fundo, é isso, né?
01:59Porque tem muita gente que cultua e insiste em vender uma imagem que a polícia que é violenta,
02:04não é que o vagabundo é violento, né?
02:06Exatamente.
02:07É o contrário.
02:08Hoje, todas as polícias militares do Brasil e principalmente aqui em Minas Gerais,
02:14nós potencializamos o que nós chamamos de policiamento comunitário,
02:17que na essência nada mais é do que aproximar o nosso policial militar da comunidade.
02:23Mesmo porque ele é o nosso cliente, o nosso serviço, a nossa prestação de serviço é para o povo mineiro.
02:30Então, prestar esse serviço de qualidade, atendendo os anseios, as expectativas do povo mineiro,
02:35é o grande objetivo da nossa polícia militar.
02:38E o povo, às vezes, não sabe, mas nosso estado é tão grande e, às vezes, chegam umas histórias, coronel.
02:43O senhor deve acompanhar centenas, todos os dias, né?
02:46Que o comandante do destacamento da cidadezinha de dois mil habitantes, ele é o amigo da parteira,
02:52ele que vai buscar a parteira para fazer o parto.
02:54Tem casos de policial que faz o parto dentro da viatura.
02:58Tem policial que é padrinho de casamento no interior, que é o policial de tamanha a integração com a comunidade, né?
03:05Exatamente. E, principalmente, quanto menor o município, o comandante do destacamento,
03:09ele é, de fato, uma grande autoridade naquela cidade.
03:13Dada a representatividade e o respeito que a sociedade local tem pela nossa instituição.
03:17E, como o senhor muito bem disse, né?
03:20O policial militar, muitas das vezes, ele é visto, uniclusivamente, como aquela pessoa que vai trabalhar
03:25no policiamento, propriamente dito.
03:27Mas nós temos aí, em histórias recentes, policiais militares que salvam vidas,
03:32desengasgando bebês, procedendo, inclusive, a trabalhos de parto, auxiliando em salvamentos, em busca.
03:40Então, os nossos policiais militares, eu digo que eles são os heróis da vida real.
03:46Nós não temos superpoderes, mas deixamos as nossas casas, as nossas famílias,
03:50para proteger aquelas pessoas que nem ao menos nós conhecemos.
03:54Essa é a grande missão e eu, como cristão, eu vou até além.
03:59Isso é mais do que uma missão, é um propósito de Deus,
04:01que Deus tem para cada policial militar, que é, de fato, proteger, na sua essência maior, o cidadão de bem.
04:07Não, espetáculo, essa missão do policial.
04:10E quem não assistiu até hoje, entra no YouTube, chama Segunda Pele.
04:15É uma minissérie maravilhosa e emocionante.
04:18Quem não assistiu, assista.
04:19Nós estamos vendo aqui no telão, comandante, imagens aí da história, né?
04:23Desses anos, não de 250, que não tinha inventado nem a câmera ainda, né?
04:27Mas imagens maravilhosas, né?
04:30Treinamento, ação.
04:32Pode ficar à vontade para comentar.
04:33Remonta um pouco da nossa história, que começou em 1775, na antiga Vila Rica,
04:39com a instituição do Regimento Regular de Cavalaria de Minas,
04:43que teve o quartel sediado, onde hoje é Cachoeira do Campo,
04:47e lá fez parte, inclusive, do Regimento de Cavalaria, o nosso Alferes Tiradentes, né?
04:53Hoje, patrono de todas as polícias militares.
04:56E, ao longo dessa história, nós tivemos vários fatos marcantes.
05:01Depois, o Regimento, assim como todas as outras instituições,
05:05elas passaram a ser chamadas de Forças Públicas Estaduais.
05:08E, em 1946, as Forças Públicas se transformam, então, nessa denominação de Polícia Militar.
05:18E, desde então, aí sim, saem do quartel e começam a trabalhar mais voltado para o policiamento comunitário,
05:26como é o modelo hoje de policiamento em todo o Brasil.
05:30Qual o maior desafio hoje da Polícia Militar no dia a dia?
05:33Eu diria que o grande desafio hoje se encontra na falta de punibilidade dos autores de crime.
05:41Nós temos hoje uma recorrência muito grande de indivíduos que são presos pela Polícia Militar
05:47e que não são apenados ou tirados da sociedade e acabam cometendo novos crimes.
05:55Nós completamos agora, no mês passado, 10 mil indivíduos presos com mandados de prisão em aberto.
06:01Isso significa que essas pessoas já foram presas lá atrás.
06:05Por algum motivo, elas não foram cerceadas do seu direito de liberdade ali.
06:10E, depois, foi expedido um mandado de prisão.
06:13E nós tivemos o retrabalho de acharmos, localizarmos esse mesmo cidadão para efetuar a prisão dele.
06:18Então, isso, logicamente, demanda efetivo, demanda recurso logístico.
06:23E a ausência de punibilidade, ela acaba motivando o crime.
06:26Não, e quem paga a conta é o contribuinte, é o cidadão que paga para o senhor e 10 vezes prendeu o mesmo, cara.
06:33Paga 80 vezes para o senhor pegar o mesmo ladrão de fio que está roubando o fio de cobre.
06:38Exatamente. Nós temos, por exemplo, um caso...
06:3980 vezes.
06:4080 vezes.
06:41Nós temos indivíduos presos mais de 40 vezes, que estão em liberdade.
06:45Lembrando aqui que o nosso herói, o sargento Roger Dias, ele foi vitimado fatalmente por um cidadão que deveria estar atrás das grades.
06:56Então, toda essa dificuldade, todo esse contexto, eu entendo que hoje é o maior dificultador para o serviço da polícia militar.
07:03E como é que faz para manter a tropa com moral lá em cima? Porque não deve ser fácil.
07:09Você faz, não sei se é 24 por 48, por 36, sei lá quando, você pegar a jornada, olha que chega para prender o mesmo vagabundo que ele prendeu dois dias atrás e que a justiça botou na rua.
07:20É por isso que nós chamamos essa farda de segunda pele.
07:24É por isso que eu falo que o sangue do policial militar, ele não corre, não. Ele incursiona nas veias.
07:29É porque, muito mais do que, como eu digo, uma missão, é um propósito.
07:33Nós sabemos que nós estamos trabalhando ali para a sociedade e que talvez nós somos o último recurso que ela tem de fato, se a gente popularmente chamarmos entre o bem e o mal.
07:43Entre a sociedade de bem e as pessoas de mal, que logicamente estão caracterizadas aí pelos infratores, pelos criminosos.
07:49Então, é essa satisfação de poder fazer o bem, protegendo essa comunidade, essa sociedade de bem, que nos motiva dia a dia, mesmo diante desses desafios, a sermos cada vez melhor naquilo que nós estamos fazendo, trabalhando na rua.
08:05Na opinião do senhor, a justiça é falha?
08:09Acho que...
08:09Ou é a lei que é falha?
08:12Logicamente, quando a gente pega todo esse processo, que ele começa muito das vezes com a polícia militar, realizando a prisão, que depois vai para a polícia civil, que vai para o Poder Judiciário, Ministério Público,
08:26todas essas autoridades, elas estão limitadas pela lei.
08:30Então, eu entendo que, na verdade, é a lei que limita todos esses atores de executarem, na verdade, um papel mais satisfatório e que traga mais efetividade para o trabalho que se inicia lá na ponta com a polícia militar, a partir da prisão desse indivíduo.
08:45E que deveria acabar, na verdade, com a condenação, com o cerceamento da liberdade desse indivíduo.
08:50Mas, senhor comandante, aqui na TV Alterosa, a gente está cansado de fazer reportagens onde a guarnição fica mais tempo na unidade policial do que o detido.
09:03A guarnição fica horas empenhada lá e o vagabundo não, o cidadão, ele é liberado antes.
09:10Exatamente.
09:12Não pode.
09:13Também concordo que não poderia, mas essa é uma realidade que nós estamos vivendo aí por conta desse contexto.
09:18Nós temos algumas ações posteriores que acabam prejudicando.
09:26Toda vez que eu pego uma equipe policial e ela fica ali na delegacia aguardando os demais procedimentos,
09:34logicamente, ela está deixando de prestar um serviço à sociedade.
09:37Então, nós temos essas questões que elas precisam ser melhoradas e eu entendo que é justamente a lei.
09:43porque quando eu levo o cidadão em frator para a delegacia, ele muitas das vezes já está ali a segunda, a terceira vez.
09:51Nós temos casos, inclusive, de pessoas que foram presas três, quatro vezes no mesmo dia.
09:56E vou falar para o senhor, eu tenho um amigo, vários amigos também na Polícia Militar do Rio de Janeiro,
10:02esse fim de semana eu tive com um amigo que é um operacional muito forte lá, soldado,
10:07ele falou, Carline, e a humilhação que o policial militar passa na audiência de soltória,
10:13perdão, custódia, não, custódia, a gente é obrigado, está precisando de um cafezinho, quer uma blusinha, o senhor está passando bem?
10:24Aí, a hora que nós somos chamados, ele contando a situação dele, a juíza, no caso, perguntou para ele,
10:32o senhor disparou contra ele com a intenção de matá-lo?
10:39Ele falou, tivemos a intenção de detê-lo, mas o senhor atirou por quê?
10:47Porque eu fui treinado pelo Estado para, sim, agir em defesa da sociedade.
10:52Ele falou, Carline, é humilhante a audiência, parece que o policial é o lado errado.
10:56Exatamente, hoje eu falo que nós estamos passando por uma inversão de valores,
11:01onde as polícias, elas estão sendo colocadas como uma parte errada desse contexto,
11:08desse cenário que envolve a segurança pública de uma forma geral.
11:12E não só isso, das audiências de custódia hoje,
11:15quando ele é perguntado para o infrator se ele foi agredido, se ele tem alguma queixa,
11:21naturalmente, ele até instintivamente, em sinal de defesa, ele sempre vai alegar que sim.
11:26Isso hoje representa 90% dos procedimentos apuratórios que eu tenho nos batalhões
11:32e que eu gasto mais efetivo para apurar uma coisa que, na verdade, ela não aconteceu
11:38e está me demandando recurso humano para isso.
11:40O tempo da TV está acabando. E essa operação dos 150 anos aí, que está uma barbaridade?
11:45Nós estamos realizando em todo o Estado de Minas Gerais, com o empenho de toda a nossa tropa,
11:50porque o aniversário é da PM, mas quem recebe o presente é a sociedade.
11:53Então, nós estamos potencializando as ações e as operações, 250 horas de operações contínua,
12:00e que já grande quantidade de droga apreendida, armamento, criminosos,
12:06nossa tropa de missões especiais e nossa tropa especializada atuando no interior,
12:11reforçando cidades menores.
12:14Então, tem sido, tem tido um resultado muito significativo para a segurança pública.
12:18Uma pera que está terminando aqui na TV, mas nós vamos continuar aí no canal do Portal Uai,
12:23porque eu quero falar de tecnologia e quero falar do reconhecimento facial,
12:27porque eu estou impressionado com os resultados.
12:29Comandante, muito obrigado pela presença da senhora aqui na TV, viu?
12:32Obrigado mais uma vez pela oportunidade.
12:33Obrigado.
12:34Siga-nos agora, a partir de agora, no Portal Uai, lá no nosso canal do YouTube, tá bom?
12:39E amanhã, toda entrevista nas páginas do Estado de Minas. Obrigado, pessoal.
12:44Para você que estava conosco na TV Alterosa, seja bem-vindo.
13:10Agora, damos sequência com o nosso bate-papo aqui com o Coronel Frederico Ottoni,
13:15Comandante-Geral da Polícia Militar de Minas Gerais.
13:18Comandante, encerrei na TV falando sobre a tecnologia.
13:21Hoje, antigamente, PM só tinha um revólver 3.8 na cintura, né?
13:25Hoje, os senhores têm um aparato gigante, é drone voando.
13:29Eu vi no Carnaval, fiquei impressionado, prendendo o povo com drone, né?
13:33Como é que o senhor vê a chegada da tecnologia como aliada na segurança pública
13:38E como ela é utilizada hoje por nós em Minas?
13:41Eu vejo com muita relevância e importância.
13:44Hoje, nós estamos investindo em vários sistemas e tecnologias, justamente para agregar ao fator humano,
13:52Que já é muito bem treinado, capacitado, que são os nossos policiais militares.
13:56E o intuito de trazer novas tecnologias e novos sistemas é justamente para agregar a essa ação humana.
14:07Eu poderia citar, como você mesmo já comentou, os drones.
14:10Que hoje nós temos drones que têm sirenes, que têm comunicador.
14:14Nós estamos implementando agora ações para que nós possamos agregar às patrulhas rurais drones
14:21Para que o militar que estiver trabalhando nessa modalidade de policiamento, ele possa ter uma maior abrangência
14:27Utilizando esse equipamento de visualização, então ele para em um determinado local na estrada, numa fazenda
14:34Ele consegue levantar ali o drone e ter uma visão e sobrevoar aquela área ali
14:38E com isso ele tem um campo de visão aumentado, ampliado em termos de capacidade de fiscalização.
14:46No Carnaval o drone foi utilizado inclusive com o sistema que nós estamos testando e inovando
14:52Que de reconhecimento facial, esse sistema ele já tem mais de 400 pessoas presas, identificadas
15:00Mais de 400 já identificadas e que foram presas, com mandados de prisão em aberto
15:06E ele é um sistema que tem mobilidade, ele pode ser alocado, por exemplo, em câmeras que estão numa determinada região da cidade
15:16Pode ser colocada num equipamento como drone, pode ser levado, por exemplo, para um local onde está sendo realizada uma grande festa, um grande evento
15:27Então ele tem essa facilidade
15:29E nós podemos, e nós estamos melhorando o nosso sistema Helios, que é um sistema que foi desenvolvido pela polícia militar
15:36Que utiliza também através das câmeras, da leitura de placas, identificando veículos roubados, veículos furtados
15:43Veículos que tem algum impedimento ou que participaram de algum tipo de crime
15:47Nós estamos com um grande plano agora para ser apresentado, buscando tanto o apoio de prefeituras, de outras instituições
15:57Para que nós possamos fazer o que nós estamos chamando de cercamento eletrônico digital de Minas Gerais
16:03Para que as nossas divisas estejam monitoradas, toda cidade tenha a possibilidade de ter monitoramento e acompanhamento
16:12Isso facilita muito porque a partir do momento que eu tenho, a título de exemplo, um crime, um roubo que aconteceu
16:18Que foi utilizado em um determinado veículo
16:20A hora que eu tenho informação das características do veículo, eu lanço isso no sistema Helios
16:24Ele vai identificar onde que está a nossa educação
16:27Saiu pela 356, saiu pela MG3, saiu por aqui
16:30A nossa equipe só vai lá e vai pegar o bandido
16:33Reconhecimento facial
16:35Eu, no combate ao crime, eu sou um entusiasta, eu acho fundamental
16:39Agora foi muito criticado, né?
16:42Ah, isso é invasão de privacidade, não pode
16:45Como é que o senhor recebe essas manifestações?
16:48É, eu não vejo como invasão de privacidade mesmo
16:51Porque o sistema que nós trabalhamos, ele tem um índice muito grande de assertividade
16:57Tanto é que nós fizemos um teste com esse equipamento com os nossos alunos que estão na academia de polícia militar
17:04Nós colocamos eles de boné, de touca, de óculos
17:07Colocamos eles de diferentes formas
17:09Para verificar o quanto que o equipamento conseguia identificar
17:13E qual que era o indicador que ele deveria dar de assertividade
17:16Então hoje só nós, só realizamos a abordagem a partir de um determinado índice
17:22Que o equipamento dá de assertividade
17:24E que ele logicamente puxa, né?
17:27No banco de pessoas comandadas de prisão em aberto
17:29E aí com esse efeito comparativo a gente vai lá e realiza a abordagem
17:33Falar de quem está com alguma dívida com a justiça que ela tem privacidade
17:39Não, ela não tem
17:40Ela já foi privada, inclusive do bem maior que a liberdade
17:43Então são essas pessoas que são abordadas
17:47Que é privacidade, tem uma série de quartos ali no Hotel da Gameleira
17:51Ali no Celeste
17:52Na Tio Nelson também tem muitos apartamentos
17:55Alimentação
17:56A privacidade total ali
17:58Exatamente
17:59Eu queria dizer para o senhor, vamos entrar num tema agora delicado
18:02Que é a questão das facções
18:04Primeiro, eu quero dar parabéns para o senhor, para os outros
18:08Acho que o senhor não estava no comando ainda
18:10Pelas ações dos últimos anos da Polícia Militar no combate a esses terroristas
18:15Porque para mim, eu não sei porque há esse luxo de não chamar de terrorista
18:20Uma organização como o Comando Vermelho
18:22Terceiro Comando Puro
18:24O que não faz dela uma organização terrorista?
18:28Ela é uma organização terrorista
18:30E quando houve aquela ação no sul de Minas
18:32Que eliminou com aquele cangaceiro, todo novo cangaceiro
18:35Uma ação perfeita
18:36Que merece todos os aplausos da nossa sociedade
18:39Então o combate a gente vê que aqui em Minas é muito duro
18:43Recentemente em Teófilo Ottoni também teve umas incursões lá bem violentas
18:48Com um número de prisão muito grande
18:50Mas o senhor tem uma unidade secreta
18:55Como é que os senhores fazem quando é para lidar com essas organizações terroristas criminosas?
19:02Recentemente, acho que foi no Serrão
19:05Foi no Taquariu que teve um esparrama geral
19:09Que os senhores prenderam novas lideranças
19:10Tem uma unidade só para esses terroristas do crime aí?
19:14Nós, na verdade, estamos trabalhando através da inteligência
19:18Nós estamos buscando integração com várias outras instituições de segurança pública também
19:23Com vários outros estados
19:25Para que a gente possa ter o máximo de conhecimento da rotina
19:29Dessas facções, dessas organizações criminosas
19:32Para que nós possamos fazer um combate efetivo
19:35E aí, aproveitando aqui
19:37Vem uma crítica, inclusive, à PEC da segurança
19:40Porque grande parte daquilo que sustenta o crime organizado
19:44Ele vem por conta de dar entrada nas fronteiras
19:48Enquanto o governo federal deveria estar privilegiando o combate
19:53O fortalecimento das fronteiras do Brasil
19:56Para que não entre armamento, para que não entre droga
19:58Para que nós não tenhamos o contrabando, o descaminho
20:01Isso não é feito
20:03E existe uma porta de entrada de tudo isso
20:06Que sustenta, de certa forma, o crime organizado
20:09O que nós estamos fazendo em Minas Gerais
20:11Não só através da nossa equipe de inteligência
20:15É também potencializando a atuação nas divisas do Estado
20:19Recentemente, eu e o governador
20:20Estivemos inaugurando lá em Poços de Caldo
20:22Uma fração do batalhão de rodoviário
20:27Como forma de fortalecer as divisas do Estado
20:31Nós temos lá, já na área que faz divisa
20:34Com o Mato Grosso do Sul, com o Goiás
20:36Equipes já bem instaladas lá
20:38Onde nós já realizamos grandes apreensões de droga
20:41De arma de fogo
20:42Então, são ações que nós estamos potencializando
20:45Para que seja a primeira barreira de entrada do crime organizado
20:49E, como você disse, em Teófilo Otônio
20:53Houve uma tentativa de instalação de domínio de território
20:56Que é uma das características do crime organizado
20:59E que ela foi repelida com evinho de tropa daqui de Belo Horizonte
21:04Com um combate muito eficaz da tropa lá de Teófilo Otônio
21:08Então, tudo isso fez com que esse crime organizado
21:11Ele não tivesse o domínio do território ali
21:14E hoje, nós entramos em qualquer comunidade
21:18Circulamos em qualquer área de Minas Gerais
21:20Não tem nenhum lugar que...
21:22A PM entra em qualquer lugar?
21:24Não entra
21:24Não é igual o Rio Complexo Alemão?
21:26Não, não entra
21:27Ou, às vezes, não deixa entrar
21:28Não pode entrar aqui, não pode entrar ali
21:31Aqui, entra em qualquer lugar
21:32Entra em qualquer lugar
21:33Inclusive, o Rio de Janeiro, por exemplo
21:35Tem um batalhão específico de desobstrução de barricadas
21:38Coisa que nós não temos aqui
21:40Por conta, justamente, desse combate incisivo
21:43Contra as organizações criminosas
21:45Eu vou encerrar com uma pergunta
21:48Se o senhor quiser a sua resposta
21:49Se o senhor quiser a sua não responde
21:50Até porque se alguém for prender alguém aqui
21:51Vai ser o senhor que vai me prender
21:52Semana passada, últimos dias aí para trás
21:55Teve a soltura de um rapaz
21:58Lá no Complexo do Gerencinó
22:00Lá no Rio de Janeiro
22:03Esse rapaz é um MC famoso
22:06Que teria sido detido por apologia ao crime
22:11Teria declarado que é do Comando Vermelho
22:14Organização terrorista
22:16A esposa, segundo a Polícia Civil
22:18Já teria lavado 250 milhões de reais
22:22Do Comando Vermelho
22:23Isso é só informação
22:24O senhor não sabe disso, né?
22:26O senhor não viu isso
22:26Aí, esse rapaz é colocado em liberdade
22:29O quê?
22:30Problema nenhum
22:31Foi colocado em liberdade
22:32Mais de mil pessoas na porta da cadeia
22:35Barreira de ônibus
22:38Povo subindo
22:38A Polícia do Rio teve que ir lá
22:40Porque os comerciantes não conseguiam trabalhar
22:42E bomba para cá e bomba para lá
22:45Um culto ao...
22:47Como é que eu vou chamar para o senhor?
22:49Não sei como é que eu vou fazer essa pergunta para o senhor
22:50Um culto ao crime
22:53Um rapaz foi lá
22:56Um outro rapper, trapper, MCapper
22:59Sei lá o que ele é
23:00Filho de um dos mais violentos e assassinos
23:05Narcotraficantes da história do Brasil
23:07O cara é filho do Marcinho VP
23:08Foi lá
23:09Festa, tirar foto, dar autógrafo, fazer live
23:12Desanima?
23:17Desanima
23:17Desanimar não
23:18Mas nos preocupa
23:21Nos preocupa por conta da inversão de valores
23:24Os vidros desse povo lá
23:26E eu fico preocupado mais é com as famílias
23:28Que na verdade acabam envolvidas por isso aí
23:31Quando você pega os chefes
23:34Os chefões aí das organizações criminosas
23:36Eles estão atuando de forma protegida
23:39Eles não colocam
23:40Eles não vão entrar em confronto
23:41Mas quem vai entrar em confronto
23:43É o filho de uma determinada família que está ali
23:45Aliciada pelo tráfico de drogas, pelo crime
23:48Que vai, muitas das vezes, defender o território
23:50Do crime organizado
23:51E que vai entrar em combate com a polícia militar
23:53Então é preciso que, de fato, assim
23:57Essa comunidade, ela entenda
24:00Que ela é mais vítima disso
24:02Do que se beneficia de alguma coisa
24:04Por conta dessa organização criminosa
24:07Então é por isso que a gente chama
24:08E a gente fala muito da inversão de valores
24:11Sobre esse aspecto
24:12De que essa desestruturação
24:15Que acontece hoje, como o senhor disse
24:17Que está muito clara e muito visível
24:19Nas comunidades do Rio de Janeiro
24:21Onde foi criado uma espécie de estado paralelo
24:24Onde o próprio estado não atua
24:27Isso é extremamente perigoso
24:30Porque ali não tem a ordem
24:32Ali não tem tudo aquilo que, logicamente, as leis visam proteger
24:35E onde existe o estado
24:38A ideia é que isso funcione de forma satisfatória
24:40Mas a gente precisa desse reconhecimento
24:42A gente precisa desse apoio da sociedade
24:44Tem que apoiar
24:46Exatamente
24:46Muito obrigado
24:47Chegaremos
24:48Quero deixar claro
24:49Esse povo
24:50Esse povo que tem muito
24:51Herói de internet
24:53Tem muito, né?
24:54Que ficou de internet no teclado
24:55Sentando o dedo
24:55Está cheio, né?
24:57Eu adoro funk
24:58Quem me conhece há 40 anos
25:00Na televisão brasileira
25:01Sabe, eu adoro funk
25:02Então nada contra funk, tá bom?
25:04Eu tenho contra
25:05A utilização da música brasileira
25:09Como propaganda de crime
25:11Isso eu tenho
25:12Pode ser MPB
25:13Pode ser Samba
25:14Então nada contra o funk
25:15Porque daqui a pouco vai falar assim
25:16Ah, falou
25:17Não falei nada
25:17Porque eu sou contra o funk
25:18Tá bom?
25:20Exatamente
25:20Muito obrigado
25:21Eu que agradeço pela oportunidade
25:23Continuo voltando
25:23Sucesso mais uma vez
25:24Levo o nosso abraço
25:25A toda a tropa de Minas Gerais
25:27Já são 40, 50 mil?
25:29Obrigado
25:29São hoje 40 mil na ativa
25:3140 mil?
25:32E os nossos heróis veteranos também
25:34Que são mais outros 40 mil
25:35Que estão completando 250 anos
25:37250 anos
25:38Muito obrigado
25:39Até a próxima
25:39Eu que agradeço
25:39Tchau, pessoal
25:40Tchau, tchau
25:41Tchau, tchau
25:42Tchau, tchau
25:44Tchau, tchau
25:45Tchau, tchau
25:47Tchau, tchau
25:49Tchau, tchau
25:51Tchau

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