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Categoria

😹
Diversão
Transcrição
00:00Rui, você lembra que você me chamou de burra porque eu insisti em dar um nó na embalagem do pão?
00:15Não, eu não falei que você era burra, eu perguntei se você estava com medo que os pães fugissem da embalagem.
00:19Exatamente, hoje eu tenho uma pergunta pra você também.
00:21Fique à vontade.
00:22A gente nunca come essa primeira fatia aqui, come?
00:25Não, porque ela é metade casca, né?
00:27Exatamente.
00:27Só que então por que você insiste em devolver essa fatia para dentro do saco?
00:32Porque ela apenas dificulta o acesso às outras fatias de pão, entendeu?
00:36Qual é a sua proposta? Jogar essa fatia no lixo?
00:38Exatamente.
00:39Deixa eu te lembrar uma coisa, não é só uma fatia, são duas fatias, uma de cada lado, né?
00:42É isso que eu ia te falar, eu não estou só falando de duas fatias, na verdade eu estou falando de quatro fatias,
00:47porque eu acho que essa segunda fatia aqui também é um pouco anormal, entendeu?
00:50Tá, então olha só, Vanille, milhões de pessoas passando fome no mundo, você acha que eu vou jogar quatro fatias de pão novinha no lixo?
00:56Mas você já joga de qualquer maneira, porque a embalagem vai sempre para o lixo com essas quatro fatias meio destroçadas, esmigalhadas ali, entendeu?
01:03Não, eu estou falando, o que eu falei é o simbolismo da coisa, Vanille, você acha que eu vou pegar quatro fatias de pão novinhas e jogar no lixo?
01:10Isso é o cúmulo do desperdício, meu amor.
01:11Mas o cúmulo do desperdício é deixar essas duas fatias aqui dificultando o acesso aos pães,
01:16do que faz com que você tenha que meter a mão e para puxar, você acaba estraçalhando uns dos pães bons que ficam lá dentro, né?
01:23Não, mas olha só, dá licença, mas eu não estraçalho o pão, só quem estraçalha é um louco impaciente.
01:28Ah, peraí, então a louca impaciente agora, quem sou eu?
01:30Não, uma pessoa que não tem paciência para ultrapassar a barreira de um pãozinho, ela é o que, me diz?
01:35Ela é o mesmo que uma pessoa que fica insistindo em não desperdiçar essas quatro fatias aqui de pão
01:40e acaba sempre essas quatro fatias de pão indo para o lixo dentro da embalagem, entendeu?
01:45É a mesma coisa que eu acho.
01:49Olha, uma criança em Bangladesh, ela viveria com uma fatia de pão uma semana, suia.
01:53Eu sei, Rui, que o mundo é podre, agora a sua hipocrisia não vai ajudar a melhorar o mundo, entendeu?
01:57Bom, a hipocrisia é a base da sociedade, né? Sem hipocrisia é a sociedade Rui.
02:01Ah, Rui, né?
02:03É, por isso que meu nome é Rui, né?
02:04Rui?
02:04Minha mãe me deu esse nome de Rui por causa disso.
02:06Quando ela viu que estava ficando grávida, ela sentiu que a beleza dela é ruir.
02:11Gostei dela.
02:14Mas chá de troleiro não é um negócio que índio toma para ficar doidão?
02:17Que doidão, Marcelo? Isso é para você ter uma experiência religiosa, uma experiência maior,
02:21uma coisa que você tem um contato com vidas antepassadas.
02:24Tem que ir no meio do mato?
02:25Não, agora a coisa evoluiu, a gente se encontra no apartamentinho ali em Botafogo.
02:28Eu vou fazer umas ligações, tá?
02:29Tá. A gente quem?
02:30São os artistas amigos meus que estão organizando esse evento.
02:33Eles fazem parte de uma ONG sueca, sabe?
02:36Que ajuda uns índios lá no Xingu.
02:39Tá, pera só um instantinho.
02:40Ô, Pedro.
02:41Ô, Pedro.
02:41Bernardo, beleza?
02:42Escuta, cara.
02:42Você quer tomar troleiro?
02:44Não, cara.
02:45Não tô te xingando.
02:45Quero saber se você quer tomar chá de troleiro.
02:47Isso.
02:48Tá vindo um xamã especialmente pra esse evento.
02:50O que que é xamã?
02:52Pera um pouquinho.
02:53O xamã é um curandeiro, sabe?
02:54Que só sai da tribo em eventos de seriedade comprovada como essa.
02:58Viu, Pedro?
02:58Eu sei, cara.
02:59Mas vem umas suecas maravilhosas que valem a vomitada.
03:05Ô, Rui, sabia que amanhã vai fazer uma semana que a gente não transa?
03:08É.
03:09Acho normal.
03:09Tem uma época que todo casal transa menos.
03:11É, Pedro.
03:11Pela verdade, eu podia até ficar o quê?
03:13Um mês sem transar que eu não ligava?
03:15Um mês não, pelo amor de Deus.
03:16Fico ficando pelas paredes.
03:17Não, não deixou acabar o raciocínio.
03:19Digo que eu não ia me importar porque eu acho que na média a gente ainda tá muito bem.
03:23Ah, tudo bem.
03:24Tem um cara que trabalha comigo lá no escritório, senta do meu lado.
03:26E tá sete anos sem transar com a mulher.
03:27Pô, é mesmo, cara?
03:28É.
03:28Sem mulher, né?
03:29A irmã da mulher é transa duas vezes por semana.
03:31Sim.
03:34Alô?
03:35Opa, fala.
03:37Como é que é?
03:38Pô, claro que a gente tá dentro.
03:40Lógico, que hora a gente se encontra?
03:42Mano, não combina nada você me consultar.
03:43Tô caseiro hoje, hein?
03:44Pera aí, só um minuto.
03:44Rui, pelo amor de Deus, chá de troleiro, Rui.
03:48É pra tomar chá de troleiro, sabe o que é isso?
03:50É um negócio mágico, religioso.
03:52Uma amiga minha tomou, mudou a vida dela, cara.
03:54Deu outro sentido a vida dela.
03:55Não, não, não.
03:55Tô querendo sentido mesmo na minha vida.
03:57Minha vida tá ótima como tá.
03:58Ah, meu Bernardo, melou porque o Rui tá atrás.
04:00Ah, não, Bernardo, pera aí.
04:00Deixa eu falar com ele, Santinha, só.
04:02Ô, Bernardo, qual é a roubada?
04:05As suecas, né?
04:07Há três rongues suecas?
04:09O negócio parece sério, parece bom ritual.
04:11Hein?
04:11Olha, Santinha, vem cá, tem que pagar alguma coisa?
04:14Pô, vinte reais, cara, pra pagar a passagem de avião do xamã.
04:19Eu deixei de ser pão duro, Rui.
04:21Rapaz, você deve ter sido um agiota do século XVIII na tua outra encarnação.
04:24Ó, nem a pau, hein?
04:27Ah, eu sei o que eu fui na minha outra encarnação.
04:29Já sonhei com isso várias vezes.
04:31Ah, eu fui um cara normal com uma vida normal sem graça nenhuma.
04:35Qual o problema?
04:35Por que a gente tem que ter sido sempre alguém importante?
04:38Eu não.
04:39Fui um cara normal.
04:40É, ué.
04:41O que, rapaz?
04:43Se eu não descobrir que eu fui pelo menos escravo sexual da Cleópatra, eu peço meus vinte de volta.
04:47Eu queria descobrir que eu fui um homem, pra saber como é que é ter um...
04:50Mas ó, teve um amigo meu muito azarado, que numa outra encarnação descobriu que teve dois pintos.
04:55Só que um na frente e um atrás.
04:56Rui, você tem certeza que esse vestido não tá muito transparente, não?
05:01Que a minha calcinha tá furada.
05:02Ué, por que você não colocou outra calcinha?
05:04Por que todas as minhas calcinhas brancas tão com furo em algum lugar, entendeu?
05:07Por que você não colocou uma calcinha de outra cor?
05:08Ih, tá maluco?
05:09Vamos dizer, olha lá aquela maluca lá do vestido transparente de ano com a calcinha colorida.
05:13Ah, é?
05:13Vamos falar mesmo.
05:13Não.
05:14E tem outra coisa, que essa aqui que tava com o furo no lugar mais discreto, entendeu?
05:17Qual é o lugar mais discreto?
05:18Ué, a bunda, né?
05:19Ah, a bunda é o lugar mais discreto?
05:20Ué, com a calcinha branca, a bunda branca, não dá o contraste, entendeu?
05:23Se eu botasse um furo aqui na frente, ia ficar aquele preto no branco, ia ficar esquisito.
05:26É, ia ficar meio esquisito.
05:27Vem cá, por que você não tira logo essa calcinha e dá uma devagar bunda?
05:30Você não foi na outra encarnação amante desse tal de César?
05:32Desse tal de César?
05:33Não, no momento aí, eu fui amante de César, o grande César, o imperador de Roma, eu era amante predileto dele.
05:38Garantiu uma carta humana chamada Dona Lolo.
05:40É, me garantiu mesmo.
05:41E essa mulher tão poderosa que ela conseguiu antever com dois meses de antecedência que o Fábio Júnior ia se separar da Patrícia de Sabri.
05:47Porra.
05:48Tá?
05:50Olha, Jaci, eu não vou tomar nada.
05:52Vou fingir que tomei e vou ficar sacando todo mundo.
05:54Ah, eu vou tomar de pouquinho, porque eu não quero descassetar.
05:56Me dizem que é pior que ficar tomando de pouquinho em pouquinho, em vez de você vomitar uma vez, você passa a noite inteira vomitando de pouquinho em pouquinho.
06:03Mas o gosto é tão ruim assim?
06:04Dá pra botar um limãozinho, um açúcar?
06:06Olha, cara, o gosto é horrível, tá?
06:07Não vou te enganar, não.
06:08Mas não é por isso que as pessoas vomitam.
06:11Porque vomitar, cara, faz parte da experiência religiosa.
06:14Isso aí.
06:14Ah, entendi.
06:15Quer dizer, a pessoa vomitando, ela tá pondo os demônios pra fora, né?
06:19Exato.
06:19Olha só, eu não quero ninguém vomitando em cima de mim, não.
06:21Não quero demônios grudando na minha roupa, não.
06:23Não, fica tranquilo, cara.
06:24Ninguém vomita em cima de ninguém, não.
06:25É super civilizado.
06:27Você vai até o xamã, tá?
06:28Que é uma pessoa ótima.
06:29Ele dá o seu copinho com chá, aí você vai pro seu cantinho e vomita tranquilinho embaixo.
06:32Ah, meu cantinho, sabe onde vai ser?
06:34Na janela, que eu quero vomitar e ver meus demônios se estabacando lá embaixo, sabe?
06:38Vai ficar, mas isso não é ilegal?
06:39Não.
06:40Eu não quero passar a noite na cadeia com um bando de vomitadores, não.
06:42Relaxa, cara.
06:43Relaxa, cara.
06:43Não é nada ilegal.
06:45Uma cerimônia religiosa, como qualquer outro.
06:47Por exemplo, padre não bebe vinho em missa?
06:49Ah.
06:49É verdade.
06:50Exatamente.
06:51Agora, se pinta a polícia, todo mundo vaza rapidinho, tá?
06:53Então, alerta.
06:59Ah, não, não acredito.
07:00Por que será que todo lugar ligado à casa nobre não tem elevador no prédio?
07:04Porque o gente é sensível, Vani.
07:05Gente que gosta de morar em prédios mais antigos.
07:07É gente dura.
07:08Que eu namorei um ator que morava no quinto andar de um prédio, troquei ele por um que morava no terceiro.
07:12Era mais duro ainda, mas...
07:13Eu vou te falar, não se usa mais prédios sem elevador.
07:15Como é que tem uma pessoa obesa, descendo e subindo, é o maior transtorno disso?
07:18Calma aí.
07:33Olha o chamão boba aí.
07:37Chamão boba.
07:41Só tenho medo de alucinar com um monstro de filme japonês, porque quando eu era pequeno eu tinha um pesadelo recorrente,
07:45que vinha um monstro de filme japonês e me violentava, sabe?
07:48Ah, e como que era o...
07:50Pô, era monstruoso, gente.
07:53É mesmo?
07:53É, uma cabeça grande que ia crescendo assim, depois ela me engoliria horrível.
07:56E olha só, eu já tive um pesadelo horroroso também.
07:59Eu entrava no quarto, a Vani estava dormindo debaixo do dedão, eu entrava debaixo do dedão e levava a Vani ao orgasmo sem ela acordar.
08:06Pô, mas eu adorei.
08:07Pesadelo ótimo.
08:07Não, peraí, não acabei.
08:08Aí eu entrava no banheiro e você estava lá, fazendo a unha do pé.
08:11Cara, olha, nem me fala disso, que eu já tive esse pesadelo horrível.
08:14Aí eu perguntava pra você, Vani, o que você está fazendo aí?
08:16Aí você aconchichava, fala abaixo e minha mãe está dormindo lá no quarto.
08:19Ai, Rui, que horror.
08:20Ih, Susana!
08:25Susana!
08:26Ai, que saudade!
08:29Rui, lembra que eu te falei da Susana que vendia anfetamina lá na academia que a gente fazia spinning?
08:34E tu, que incrível, tomou chá de troleiro, deu outro significado na vida dela, era ela?
08:37E aí, como é que está gorda?
08:38Tudo bem, careca.
08:39Gente, vocês trouxeram o xamã?
08:41Oi?
08:41Não, peraí, gente.
08:42O xamã não está aqui, meu Deus do céu.
08:43Não, mas não sabe o que é.
08:44Parece que ele teve um probleminha lá no aeroporto, ninguém sabe por quê.
08:47Não, mas entra, gente, vamos entrar.
08:48Vem, Rui!
08:49Como é que não tem chá de troleiro para a gente tomar?
09:06Não, porém, no momento não tem, tá?
09:08Mas duas ativistas, amigas, já foram lá soltar o xamã, daqui a pouco vai ter.
09:12Olha, eu cheguei a tomar uma cerveja bem gelada, pode ser?
09:14Não, não pode ser, não é permitido bebida alcoólica aqui, tá?
09:16É uma cerimônia religiosa.
09:18Tá, beleza. E as companheiras suecas, elas já chegaram?
09:20Já, duas delas foram lá para o aeroporto buscar o xamã, se encontraram com ela na escada.
09:24Agora a terceira, a terceira, ela está ali.
09:30É melhor a gente não ficar muito perto dela, não, sabe?
09:37Ela está dessa maneira assim, desde que participou de um ritual de volta de vidas passadas,
09:42lá no Baixo Xingu, isso é de ontem.
09:44Ah, ela deve se lembrar do tempo que ela encalhou como baleia, né, numa praia.
09:47Ah, peraí, gente, o nosso xamã aí é do Baixo Xingu?
09:50Não, o pessoal do Baixo Xingu pega muito pesado.
09:54Não, olha só, eu li a respeito de um ritual indígena que tira uma pessoa essa de transe.
09:58Olha só, você pega uma flecha e pega uma banana de casca-banana e coloca a banana na ponta da flecha, tá?
10:07Aí vocês vão lá os quatro, coloca ela de bruxo e eu...
10:10Eu não estou vegetando, mas não, gente, não...
10:14Mas vocês não se riam bom nenhum hoje, viu? Vocês estão uma chatice.
10:17Você é doida demais.
10:25Você é doida demais.
10:29E você é doida demais.
10:32Doida, muito doida.
10:34Você é doida demais.
10:38Você é doida demais.
10:40Muito doida, muito doida.
10:42Você é doida demais.
10:48Você é doida demais.
10:53Então, gente, meu contato com os índios de Borocochós, ele me fez aprender uma coisa.
11:00A vida, ela é muito simples.
11:03A maneira como as pessoas vivem as suas vidas é que é complicada.
11:07Mas a maneira como as pessoas vivem não é a própria vida?
11:13Não.
11:14A vida é um caminho.
11:15As pessoas vão por esse caminho que é simples, mas sempre complicando.
11:23Então, por exemplo, você acha que se não existissem as pessoas, a vida seria mais simples, é isso?
11:27Seria?
11:28Claro que seria.
11:29São as pessoas que causam toda a confusão do planeta.
11:32Sim.
11:33Mas, por exemplo, se as pessoas não existissem, como seria a vida?
11:38Né?
11:38Se nós somos as pessoas, da vida de quem que nós estamos falando?
11:42Não, desculpa, Maristela, tá?
11:44Que ela demora um pouco.
11:45Maristela, ela tá falando da vida como um todo, tá?
11:48Da energia vital.
11:49Não é isso?
11:50Não, não, não.
11:52Da vida espiritual.
11:54Essa sim traz a verdadeira essência do viver.
11:58Ah, então o certo é deixar de viver como pessoa e passar a viver como espírito.
12:04É, exatamente isso, Maristela.
12:06Não, fofa, nada disso.
12:07Até porque não existe o certo e o errado, né?
12:10O que existe é o...
12:13Existir.
12:14Hum...
12:16Adoro esse negócio de almofadão, sabe?
12:22É, ótimo.
12:23Negócio de cadeira, um despediço de bandeira.
12:25Não, eu sei contar que boa parte da Amazônia, cara, foi dizimada pra fazer armário embutido e palitinho de faixa.
12:30É, legal isso que você falou, viu?
12:34Eu vi a calcinha da Adilá.
12:35É de lã, sabe?
12:37Beige ou encardílora.
12:38Mas o peitinho da Adilá é assim, um biquinho assim, bem pontiagudo, que nem guimba de cigarros.
12:43Eu tenho que ver isso, cara.
12:44Vem cá, vamos trocar de lugar, tem um vento encanado aqui, eu tô sem própolis.
12:49É, vamos.
12:49Vem.
12:51Não, eu gosto de vento, cara.
12:52Vento, natureza, essa coisa astral assim que vem na gente.
12:55É, mó barato.
12:57Olha, eu acho que você se enganou.
12:59Não é estilo guimba, não.
13:00É estilo comprimido de hora com a chuva.
13:02Você que se enganou, cara.
13:02A calcinha dela não é bege, não.
13:04É estilo depilação indígena.
13:07A Índia se depila?
13:07Não, cara, a Índia não se depila, entendeu?
13:09Então como é que você falou depilação indígena?
13:12Sarcasmo, cara.
13:13Sarcasmo, entendeu?
13:14Sarcasmo, esse é transmissível sexualmente?
13:17Não, gente, olha aqui.
13:19Olhem só que massacre.
13:23Meu Deus, é massacrante.
13:25Gente, eu tô massacrada.
13:26Não precisa acreditar que tudo isso foi confiscado, que é apenas um caminhão.
13:31Um caminhão?
13:31Um caminhão.
13:32Vamos queimar tudo semana que vem.
13:34Queimar?
13:35Não.
13:36Não.
13:36Não, mas queimar, não.
13:38Você já imaginou que talvez a alma dos bichinhos que morreram por esses casacos, assim como
13:44seu gatinho ainda esteja vivendo aqui dentro deles.
13:47Nossa, que a gente podia pelo menos dar um pouco de carinho pra eles antes deles serem
13:52queimados.
13:52Eu poderia, por exemplo, levar os meus pra casa e ficar acariciando, acariciando.
13:56Mas...
13:56É verdade.
13:58Fali, isso é tudo.
14:00Oi?
14:01É tudo.
14:02O quê?
14:02Isso que você acabou de dizer é tudo.
14:05É carinciar.
14:07Bom, no meu contato com os índios de Baracos Fais eu aprendi uma coisa.
14:11O quê?
14:11Que as pessoas são simples.
14:13A vida é que é complicada.
14:15Você tá certa.
14:16Desculpa.
14:16Desculpa.
14:17Desculpa.
14:17Desculpa.
14:17A gente não poderia deixar de escutar realmente.
14:20O papo tem todo a ver com a gente.
14:21Não, não é só o papo, não.
14:23Porque eu tô sentindo que tem um negócio aqui mesmo, né, gente?
14:25Um negócio de uma energia, uma energia maquina, uma energia rola.
14:27Se eu não queria formar uma ONG, sei lá, nós todos.
14:31É porque assim, eu moro sozinho, né?
14:33E aí o meu apartamento tem dois quartos.
14:35A gente podia pegar um quarto pra fazer uma ONG animada da gente, uma coisa de nós.
14:38Pode ser, vocês falam uma coisa da ONG.
14:39A gente pode mudar o mundo, tá?
14:42É uma questão de acreditar.
14:44É certo.
14:44Tudo bem, mas vocês são a favor da abstinência sexual total ou da parcial que permite o uso
14:51do sexo pra fins reprodutivos?
14:53Bom, veja, é...
14:54Não, porque assim, a gente é de uma...
14:57Vamos chamar assim de uma corrente, tá?
14:59Que a gente trabalha assim, uma coisa, tipo assim, de uma dialética, dessa coisa.
15:03A gente acha que sabster do sexo, uma forma de sabster do sexo é, por exemplo, usar o sexo
15:09com qualquer desconhecido.
15:11Entendeu?
15:11Aí o sabster é mais um significado assim, não dar o menor valor ao assunto.
15:17De curtindo mesmo.
15:18De curtindo.
15:18De curtindo não ganhou.
15:20Como as companheiras tiveram uma ideia ótima.
15:23Vamos dar um pouco de carinho espiritual para os animais que foram vítimas desse criminoso
15:29de comércio de pele, tá?
15:30Vamos acariciando tudo.
15:32Acaricia, acariciência.
15:33Entendeu, gente?
15:46Nada é complicado, tudo é simples, tudo é astral, tudo é vida.
15:48Tudo é vida, pra simulância é dar e receber amor, entendeu?
15:51Não importa de onde vier esse amor, de como vier, da maneira que vier.
15:54Exatamente, porque tem amor que às vezes é um simples gesto de carinho, tipo isso que eu posso fazer.
15:58Agora, por exemplo, tem também o tipo de amor, que é aquela coisa louca desenfreada
16:03dentro do banheiro de empregada, tipo agora.
16:05Isso, isso.
16:05Olha, todas as duas formas de amor são realmente foias, são excelentes.
16:08Mas essa coisa louca desenfreada no banheiro da empregada, ela tem a vantagem de ser politicamente
16:13correta.
16:13Como assim, politicamente correta?
16:15Como assim?
16:16Olha só, veja bem, você não acha muito preconceituoso essa coisa da empregada ter o seu banheiro
16:21exclusivo?
16:22Ele tá certo, ele tá certo.
16:23Ah, chato.
16:24Então, quando a gente tá junto, assim, que vai acontecer isso, eu tenho certeza, essa combinação
16:28de amor entre nós, do banheiro da empregada, a gente vai estar indo diretamente contra
16:32esse tipo de preconceito.
16:33Então, mas vamos estar trabalhando nesse preconceito.
16:35Vamos indo, então?
16:35É interessante.
16:36Vamos, vamos, vamos.
16:38Gente, vamos acariciar mais esses animais, eles precisam do carinho de vocês, foram vítimas
16:42desse criminoso comércio de pedes, por favor.
16:44Vamos acariciar com toda a nossa alma, por favor.
16:47Vamos lá, acaricia, por favor.
16:48Tá certo, tá aqui a próxima gente, então.
16:50Eu tô fazendo isso por uma questão puramente ideológica, porque queimar coisas poluem o ambiente,
16:56né?
16:56Eu também, eu vou guardar o meu pra poder protestar muito no inverno com eles, sabe?
17:00Vani, desculpa, nunca me amava de chamar de burra.
17:02Por que é?
17:02Burra é a pessoa que teve ideia de cariciar casaco.
17:04Exatamente, a gente vai sair pra tomar uma cerveja enquanto o seu xamã não vem.
17:07Eu só...
17:08Gente, as pessoas tão adorando a ideia, sabe?
17:12E deu super certo, maravilhoso.
17:15Ah, nós estamos aqui...
17:16É uma ideia que a gente teve, um sentido de dar um ninho ao casaco, entende?
17:20De chocar, mesmo que chocar esse casaco.
17:31Cara, até é bom a gente olhar o lugar antes, que vai que esse lugar tá mal aferentino.
17:35Não, pra mim não tem problema, que eu sou mais respirador bucal.
17:38Respirador bucal?
17:39O que que é isso?
17:39É, eu sou mais respirador bucal do que nasal, entendeu?
17:43Acho que eu também sou respirador bucal.
17:44Então, melhor, mesmo que elas também sejam, acho que vai ter um momento que não vai
17:47ser possível usar a boca pra respirar.
17:51Ah, entendi.
17:55E que cheiro é esse, hein?
17:56Não parece xixi humano, hein?
17:58Cara, acho que isso é xixi de gato, cara.
18:00Essa gente engajada tem um monte de gato em casa.
18:03Vou buscar uns incensos pra dar uma astralizada, vou trazer as meninas...
18:06Caralho, fechou.
18:08Tranca a porta pra ninguém entrar.
18:09Não caiu.
18:20É, mas também.
18:21Gente, as suecas ligaram, conseguiram liberar o xamã e já estão vindo pra cá.
18:25Ai, que pena que não vai dar, né, Vani?
18:28Porque ficou um pouco tarde pra gente.
18:29Mas como assim?
18:30São 20 pras 9.
18:30Eu sei, mas é que ficou tarde pra gente começar a vomitar agora, entendeu?
18:34Que a ideia da gente era vomitar um pouquinho e depois ir pra casa ainda jantar.
18:37Não dá de jeito nenhum, vocês não podem perder essa oportunidade, é rara, é única.
18:40Eu sei.
18:40Olha só, vamos fazer o seguinte, vamos ver o tigre que tá lá no banheiro de empregada.
18:44Só pra te sair a cabeça, meu avô.
18:46O tigre...
18:47Fech, só ver se eu entendi.
18:52Ela falou tigre no banheiro de empregada?
18:56Ai, meu Deus, por que será que quando a gente procura um interruptor a gente nunca acha, hein?
19:00Já sei, vou parar de procurar e vou achar, quer ver?
19:04Achei.
19:07Não, não, não, não, não.
19:11Não é muita perversidade manter um animal selvagem preso e ser uma mulher de empregada?
19:41Não, ele está adotado e depois amanhã os suecas e o xamã vão levar ele lá para o Nepal.
19:46A picada dele é que o vô que tivesse aqui é que ele se pera de medo de bicho, não vai nem zoológico.
19:50Ué, onde é a chave?
19:52Vão estar aí?
20:05Pior não é isso não.
20:06Por que?
20:07Já passou da hora dele comer.
20:08Ele deve estar morto de fome.
20:10Eu vou procurar o irresponsável que pegou essa chave.
20:13Pera aí, meu.
20:15Pera aí, ei.
20:20Rui.
20:21Olha só, respira abaixo, tá? Não faz muito barulho, parece que tem um tigre aí dentro.
20:24Eu sei.
20:25Abre essa bosta.
20:26A bosta, você está falando o que? A porta?
20:28Abre essa porta, anda logo.
20:29Eu entendo que você esteja nervoso, tá? Mas se eu abrir essa porta, o tigre pode escapar e matar todo mundo dentro desse apartamento.
20:34Olha só, ele está acorrentado na privada. Abre logo essa bosta, pá.
20:37Rui, eu entendo que uma pessoa numa situação difícil assim como você pode falar qualquer mentira para se salvar.
20:42Mas eu não posso botar em risco a vida de dezenas de pessoas só para salvar a sua, cara.
20:46Olha só, você abre logo essa porta, senão não tigre vai te matar. Não sou eu, viu?
20:49Tá, então aguenta firme aí, tá?
20:51Bernardo!
20:52Bernardo!
20:53Shhh!
20:54Shhh!
20:55Não, não, não, não, não.
20:57Boi, boi, boi, chanão.
21:01Boi da cabelo.
21:04Shhh!
21:05Agraba! Agraba! Agraba!
21:08Gente, o negócio é o seguinte, tá?
21:10O chá de troleiro que o xamã trouxe foi confiscado no aeroporto.
21:15Realmente é uó, né?
21:16Mas enfim, sobrou esse copo que eu havia guardado para mim.
21:19E como eu sou do bem, eu vou dividir com vocês, tá?
21:22Eu acredito que nem todo mundo vai conseguir fazer assim uma volta na vida passada.
21:25Mas eu tenho certeza que vai dar para fazer um retorno ao útero materno.
21:29Peraí.
21:30Morrente seja.
21:36O que é isso? O que eu tomei?
21:37O chá, o chá.
21:38Não perca no próximo bloco As Outras Vidas de Rui.
21:47Você é doida demais.
21:54Você é doida demais.
22:0435, 36, 37. Um momento.
22:08Estou terminando as minhas preces noturnas.
22:1135, 36. Pode entrar.
22:17Como vai o senhor?
22:18Como?
22:19Boa noite. Como vai o senhor?
22:20Eu vou mal. Muito mal.
22:22Sua gente é maldosa que não me paga o que me deve.
22:25E é justamente sobre isso que eu venho aqui conversar.
22:27Porque eu já havia conseguido cortar os meus gastos pela metade,
22:31deixando de usar as minhas roupas de baixo.
22:34Mas aí a minha velha e doente mãe...
22:37Moxa, Isabel, são seis meses de atraso.
22:39Você conhece as regras, não?
22:40Eu sei que o senhor tem o direito de quebrar as minhas duas pernas,
22:43mas acontece que a minha velha e doente mãe...
22:46Olha, não tente me fazer fraquejar com as tentações da carne.
22:49Eu sou agiota, não sou idiota.
22:50Imagina absolutamente se eu estivesse querendo que o senhor fraquejasse com as tentações da carne.
22:55Meu Deus, eu teria feito...
22:57Eu teria feito isso?
23:02Ou mesmo isso?
23:05Ou quem sabe isso?
23:10Mas acima de tudo, no desespero, eu poderia ter feito isso?
23:14Mas é claro que eu só faria isso num caso de desespero absoluto, entende?
23:23Entendi mais ou menos.
23:25Não entendi tudo.
23:26Que parte o senhor não entendeu?
23:27Eu posso explicar, me diz, eu repito.
23:29Não entendi esta última parte.
23:32Se eu tivesse desesperada, realmente eu poderia ter feito isso?
23:40Mas é claro que isso seria apenas um caso de desespero completo.
23:43O que faria você ficar completamente desesperada?
23:46Eu não sei, não sei.
23:48Talvez se eu me endividasse mais do que eu já estou devendo.
23:51Ai, que desespero que eu estou sentindo.
23:53Um desesperozinho muito grande está nascendo dentro de mim.
23:57Dez minutos completamente desesperada e não se fala mais nisso.
24:00Rui, meu amor, está tudo calmo com você, Rui.
24:11Meu amor, você está em outra encarnação.
24:15Estou falando assim com ele porque ele está a séculos e séculos de distância, não é isso?
24:18Sim, mas eu acho que seria interessante a gente se afastar um pouquinho porque ele pode expulsar demônios.
24:23Cuidado, gente.
24:24Ai, meu Deus.
24:25Rui, Rui, fala com... Rui, fala com o quê com o Rui.
24:27Pera aí, não balança bruscamente a cabeça dele que pode embaralhar as vidas passadas dele, não é isso?
24:31Gente, é verdade.
24:32Jezebel.
24:33Oi?
24:34Jezebel.
24:35Jezebel?
24:36Jezebel?
24:37Quem é Jezebel?
24:38Que loucura.
24:39Quem é Jezebel, Rui?
24:40Quem é Jezebel, meu amor?
24:41Rui, quem é Jezebel?
24:42Que loucura.
24:43Rui, que loucura.
24:44Rui, fala...
24:45Quem é Jeze...
24:46Rui, quem é Jezebel?
24:49Olha, então sempre quando você estiver desesperada, assim você pode me procurar.
24:53Claro que eu vou te procurar, meu amor.
24:55Nossas almas são ligadas para o resto da eternidade, meu querido.
24:59Hein?
25:00Porque você acha que eu ia reencarnar uma camponesa assim endividada para sempre?
25:04As minhas encarnações são sempre muito importantes, meu amor.
25:06Então é verdade que dizem de você e da aldeia?
25:08Que eu sou uma bruxa?
25:09Claro que é verdade.
25:10Não, você é uma doida.
25:11Eu não sou doida, eu sou uma bruxa.
25:12Eu acabei de botar uma maldição terrível em cima de você.
25:16Tá rindo, né?
25:17Falando sério.
25:18Nós vamos sempre reencarnar juntos.
25:20As nossas almas vão ficar unidas para sempre.
25:22E toda vez que a gente reencarnar vai ser a mesma história.
25:25Você vai me sustentar financeiramente porque não vai conseguir viver sem as minhas habilidades sexuais.
25:31Habilidades no plural.
25:32Você tem mais de uma.
25:33Várias, meu amor.
25:34Por exemplo, o próximo século a gente vai reencarnar em Amsterdã.
25:37Você vai vir como uma loura bonita, com peito grande, ariana, né?
25:40E eu vou vir o seu cafetão, Big Good.
25:42Vai ser maravilhoso que eu vou pegar você, fazer cada coisa e você vai ser meu escravo sexual.
25:46Não acredito nessas besteiras, hein?
25:49Mas faz o seguinte, vai com jeitinho, tá, Big Good?
25:53Vai com jeitinho, Big Good.
25:54Big Good?
25:55Quem é Big Good, Rui?
25:56Vai com jeitinho o quê?
25:57Rui, quem é Big Good?
25:58Vai com jeitinho aonde, Rui?
25:59Quem é Big Good?
26:00Pra mim não faz isso, não bate na cara, me ouve.
26:03Senão a pessoa fica pulando de vida passada pra vida passada, não é isso, Suzana?
26:07Vida passada é o caramba.
26:08Rui, quem é Big Good?
26:09Fala, Rui.
26:10Fala, Rui.
26:11Quem é Big Good?
26:12Rui, fala.
26:13Ave César!
26:18Ave César!
26:19Ai, para com esse negócio de ave, ave, César.
26:21Ave César!
26:22Ave César!
26:23Isso não, isso pira a cabeça de um homem.
26:24Ave César!
26:25Quem falou isso?
26:26Eu falei, Bué.
26:27Também que você está em casa, hein?
26:28Que não transa uma semana.
26:30Bué, é normal na vida de um casal, tem sempre um período que se transa menos.
26:33Tá falando assim porque é de quê? Qual o problema?
26:35Problema nenhum, paranoia é sua.
26:37Paranoia mesmo?
26:38Tá chamando o grande César de paranoia?
26:39Ué, um homem que acha que toda hora podem apunhalar ele pelas costas é o quê?
26:43É paranoico.
26:44Aí, caminho da roça.
26:46Rua.
26:47O que que tá acontecendo?
26:49Não está acontecendo nada.
26:50Tá acontecendo alguma coisa?
26:51Eu não vou ficar dando ouvidos pra essas invejosas que têm inveja de mim.
26:54Invejosas?
26:55Essas invejosas, suas amantes que têm inveja porque sabem que eu sou a amante predileta de César.
27:00E começaram a dizer por aí, inventar umas coisas, começaram a fofocar, César.
27:03Que fofocar o quê?
27:04Passando dizendo que você anda por aí com uma tal de Cleo.
27:07O que é Cleo? Cleópatra?
27:09Ah, então você conhece Cleópatra?
27:11Rainha do Egito.
27:12Eu tenho dois encontros semanais, encontros de negócios com ela, natural.
27:14Natural?
27:15O que que é natural?
27:16Você acha que eu não sei que você anda por aí dando cantadas nela?
27:19É paranoia, Su.
27:20Você vive achando que eu dou cantada e toda rainha bonitinha que eu conto por aí?
27:22Ah, ela é bonitinha?
27:23É bonitinha, mas não faz o meu tipo.
27:24Acredito em pirâmide, essas coisas do interior.
27:26Olha aqui, César, se eu souber que você anda por aí arrastando suas asinhas pra cima,
27:29pra cima de uma egípciazinha qualquer, você já sabe, né?
27:32Você está ferrados comigo.
27:34Quem é ferrados?
27:36Ferrado, César, ferrado em romano, ferrado.
27:39Escuta, quem é César, hein?
27:41Me disseram que aqui é o palácio dele.
27:43Olha que ele deu uma saída.
27:44Quem quer falar com ele?
27:45Não, é porque eu sou escravo sexual da Cleópatra e preciso cortar o pescoço desse caralho.
27:48Por quê?
27:49Ah, por quê?
27:50Porque desde que ela conheceu esse tal de César, ela está me obrigando a fazer coisas super desagradáveis.
27:54É.
27:55Coisas envolvendo eunucos lambuzados com marshmallow.
27:58Mentira, mentira, mentira.
28:00Verdade.
28:01Maristela, é você?
28:02Sou eu mesma.
28:03Agora, você imagina que ironia do destino, né?
28:06Queria ter sido homem pra saber como é ter um pinto, cabelo e nuco.
28:10E eu, que engordei três quilos, tenho que ficar lambendo eunuco, super desagradável isso.
28:14Ah, eu não aguento mais ficar lambuzado de nada, não, gente.
28:16Isso aqui tá acabando com a minha pele.
28:17Não, não tá acabando com a tua pele, é falta de testosterona.
28:20Quanto mais ele, né?
28:21Sem testículo, não ajuda.
28:22Ah, mas a minha patrola tem uma ideia ótima.
28:24Ela gosta de tomar banho com sêmen de elefante e diz que é ótimo a pele.
28:27Ah.
28:28Por isso aquele gosto horrível de água sanitária que ela tem.
28:30É, só que sobra pra mim, porque eu que tenho que extrair o sêmen da manada.
28:33Isso é barra da pele legal.
28:34Ah, meu, eu te conto uma coisa.
28:36Nossa, o cara vê uma reencarnação aí e vai ser cantor de barzinha, a outra fica
28:40aí extraindo o sêmen de elefante.
28:42Deus realmente não vai com a tua cara, que é muito chato, né?
28:45Esse negócio de reencarnar também, Imperador Romano, é uma chatice, sabe?
28:47Todo mundo pergunta, como vai ser, César? É agora, César?
28:49Uma pentelhação constante.
28:51Ih, pai, falando em pentelhação constante, é um problema que eu também tenho que passar, sabe?
28:54Por isso que eu digo que é muito bom ouvir mulher.
28:56Essa mulher é ótimo, porque em qualquer época da humanidade tem sempre alguém a fim de sustentar.
29:01É ou não é, Maristela?
29:02Ah, na próxima reencarnação eu quero ouvir...
29:05Stephanie de Mônaco.
29:07Excelente.
29:08Olha só, o meu medo de reencarnar uma mulher, é que ela encontre um canário igual a mim,
29:11que cante ela e ela cai no papo dele.
29:13Ih, mulher só cai em papo de canário quando é do interesse dela, sabe?
29:16Enquanto houver pinto nesse mundo, ouve o que eu tô dizendo, mulher tá reinando.
29:20Não é, Maristela?
29:21Olha, eu acho que você escolheu a reencarnação errada pra me fazer essa pergunta, né?
29:25Eu não sei se eu não entendo esse negócio, toda hora você fala reencarna a mulher, reencarna a mulher, você quer reencarna a mulher, acho um pouco de sapatonista a sua parte, viu?
29:31Nem fala que uma vez eu reencarnei esse sapatão, gente, foi horrível, sofri tanto, chorei muito, muito amor, sabe?
29:36Não, eu já reencarnei de sapatão, achei ótimo, inclusive eu reencarnaria de novo, se me garantissem que eu viria magra.
29:41Pô, desculpa, nada a ver com você.
29:42Nada, imagina que é isso, tô acostumada.
29:45Não, olha só, eu reencarnaria sapatão, mas se fosse no internato suíço.
29:48Por quê?
29:49Não, porque como homem eu gosto das morenas, mas como sapatão eu sou mais das louras.
29:52O que você tem contra as morenas?
29:54Não, como homem nada, mas como sapatão eu acho um pouco claustrofóbico, sabe?
29:58Pera aí.
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