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O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, afirmou que não é crítico das urnas eletrônicas, mas defende o direito do presidente e de outros atores políticos de se expressarem dentro da democracia. Ele ressaltou a importância de maior transparência e auditorias no processo eleitoral para garantir a confiança no sistema.
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NotíciasTranscrição
00:00O senhor era crítico às urnas eletrônicas?
00:04Não, senhor.
00:06Há uma declaração do senhor na mídia, dia 14 de 5 de 2022, às vésperas...
00:1514 de maio.
00:1614 de maio de 2022, sinalizando apoio.
00:21E o senhor agora mesmo disse corretamente que os militares devem ter até o seu papel institucional.
00:32E o senhor não é conselheiro político, não era conselheiro político do presidente da República.
00:37O senhor deu uma declaração sinalizando apoio às falas do presidente, então presidente Jair Bolsonaro,
00:44sobre a auditoria nas urnas eletrônicas, dizendo, abre aspas,
00:48Como comandante da Marinha, eu quero que os brasileiros tenham certeza de que o voto deles vai valer.
00:53De que quem eles colocarem na urna vai ser contado.
00:56E que eles escolheram de uma forma limpa, transparente.
01:00O presidente da República é meu chefe, é o meu comandante.
01:03Ele tem o direito de dizer o que ele quiser.
01:06Isso durante a inauguração da estátua Almirante Tamandaré.
01:10O senhor se recorda disso?
01:12Perfeitamente, ministro.
01:13Essa é a posição institucional do comandante da Marinha?
01:16Eu disse mais do que...
01:17Essa é o senhor, mas eu disse mais do que isso.
01:21Talvez o senhor tenha a reportagem completa.
01:23Por favor.
01:24Na verdade, não me foi perguntado se eu concordava ou não com o presidente Bolsonaro.
01:33O que eu disse é que o presidente, assim como qualquer outro ator eleito pelo povo, qualquer
01:50outro parlamentar, tem o direito de dizer e se expressar sobre o que quiser dentro da democracia
01:57a respeito de temas que lhe sejam de competência.
02:01O que eu defendi aí, como o senhor leu inicialmente, é que quanto mais transparentes os processos,
02:11maiores serão as garantias de que nós teremos transições pacíficas, desestimulando a necessidade
02:20de uma, por exemplo, intervenção de GLO para conter distúrbios e coisas semelhantes.
02:27Então, essa é uma preocupação legítima de um comandante de força.
02:31Mas a minha defesa é que, bom, além de oficial da Marinha, eu fui gerente de projetos, desenvolvi
02:41um sistema de apoio à decisão que a esquadra usa para controlar as marítimas, o jogo de guerra
02:48da escola de guerra naval, eu tenho conhecimento de tecnologia, da informação e outras ferramentas.
02:55E é de meu conhecimento que quanto mais, e isso eu disse na entrevista, quanto mais auditorias,
03:04quanto mais verificações nós fizermos nos sistemas digitais, sejam eles quais forem,
03:10nós teremos uma maior certeza de que esse sistema faz tão e apenas somente aquilo para
03:19o qual ele foi desenhado, digamos assim.
03:23Então, essa é a tônica da entrevista que eu dei, porque me perguntaram o que eu achava
03:29disso ou aquilo, então eu não fui dizer que eu concordava com o presidente Bolsonaro
03:35disso, eu disse que ele, como qualquer outro, poderia dizer o que quisesse.
03:38E muitas pessoas diziam muitas coisas, o senhor sabe disso.
03:41Sim.
03:42Então, a minha defesa era que quanto mais auditoria, quanto mais verificações, melhores seriam
03:50os resultados para todos os brasileiros, que eu tenho certeza que, inclusive, é o desejo
03:55do Tribunal Superior Eleitoral.
03:57O senhor, o senhor disse, agora que o senhor é especialista em tecnologia.
04:03Foi um dia.
04:03Foi um dia.
04:04Foi.
04:04Uma vez, especialista, como se diz nas Forças Armadas, eterno comandante.
04:11O senhor acompanhou a comissão.
04:16As Forças Armadas encontraram alguma fraude, algum problema nas urnas eletrônicas?
04:25Não que tenha chegado ao meu conhecimento.
04:28O senhor se recorda do relatório final que foi apresentado pelo ministro da Defesa, o
04:37é o aqui presente, o general Paulo Sérgio?
04:40Eu me lembro no geral do relatório.
04:43Sim, lembro.
04:44Houve um relatório, o ministro nos deu a conhecer.
04:48Nós conhecemos, lemos, achamos conforme.
04:51O senhor tem conhecimento que, logo após o primeiro turno das eleições, o ministério
05:02da Defesa entrou em contato com...
05:05O senhor tem conhecimento que, logo após o primeiro turno, o relatório já ficou pronto?
05:11Eu tenho conhecimento, senhor ministro, eu tenho conhecimento de que houve diligências,
05:17houve testes, enfim, e que conclusões desses testes já tinham sido ou vinham sendo apresentadas
05:32ao ministro.
05:36Contudo, entre o primeiro turno e o segundo turno, mais, não sei se novas ou mais, porque
05:44eu não acompanhei isso tão de perto, o sistema seria novamente utilizado.
05:51Então, sim, eu tenho conhecimento de que houve um resultado, vamos chamar de parcial, e
05:59que o resultado final seria obtido após o término do uso dos equipamentos e do sistema
06:08eletrônico de votação.
06:09Então, concordo com o senhor, com a sua pergunta, sim.
06:13Eu tive conhecimento de que houve a apresentação de um resultado que acho que foi classificado
06:19de parcial.
06:20O senhor sabe, eu saberia dizer, por que que após apresentar esse relatório aos comandantes
06:31e marcar uma reunião para entregar ao Tribunal Superior Eleitoral, isso foi adiado?
06:37O senhor sabe se o comandante, o então ministro da Defesa sofreu alguma pressão do então
06:42presidente Jair Bolsonaro para não entregar e aguardar?
06:46Não, senhor, não tenho conhecimento disso.
06:48Após a entrega que ocorreu após o segundo turno e uma nota do TSE, do Tribunal Superior
06:56Eleitoral, dizendo da entrega e que não havia, não havia a própria Força Armada, a comissão
07:04tinha dito que não havia encontrado nenhuma irregularidade, houve uma, diremos, uma réplica
07:11do Ministério da Defesa, dizendo que realmente não encontrou nada, mas não poderia dizer
07:17que algum dia não poderia encontrar.
07:20O senhor tem, o senhor conhece essa réplica, diremos assim?
07:24Conheço, senhor.
07:25E o senhor teria ideia do por que isso?
07:29Não, senhor.
07:30Não sabe se houve alguma pressão no Ministério da Defesa?
07:33Não, senhor, eu posso especular com o senhor aqui.
07:36Não, não, se o senhor não sabe...
07:38Não, por que eu não sei, não tenho essa informação.
07:41Mas eu posso especular.
07:42Qual seria a sua especulação?
07:44A minha especulação, senhor ministro, é que, como lhe disse, conhecedor de auditoria
07:48em sistemas, não esse, mas outros, da Marinha mesmo, quando o senhor faz uma pesquisa,
08:01o senhor sabe que esses sistemas, eles têm milhões de linhas de código, eles têm milhões
08:07de rotinas.
08:08Então, quando o senhor testa o sistema em determinado cenário ou por determinado período, o senhor
08:16pode, eventualmente, não exaurir tudo o que o sistema pode fazer.
08:23Talvez tenha sido por aí.
08:25Então, o senhor não pode, a priori, afiançar alguma coisa.
08:32Mas, o fato é, a auditoria em si, ela não demonstrou nada e acho que o relatório consubstanciou isso.
08:42É só uma especulação.
08:43O senhor, o senhor, o senhor, o senhor, o senhor, o senhor já sabe qual vai ser a pergunta.
09:10No dia em que seria votado, houve uma novidade, o senhor foi, a Marinha, e o senhor, como comandante,
09:21o senhor foi entregar um convite ao presidente da República, com, salvo engano, com três blindados,
09:28não se lembra se eram três, quatro, com alguns blindados da Marinha.
09:32É mais do que isso.
09:33É que até, naquele momento, alguns estavam meio esfumaçados, o senhor se recorda, por isso,
09:41por isso, isso deu muita repercussão.
09:44Mas isso foi, naquele momento, até pela novidade, isso foi entendido como uma pressão ao Congresso Nacional,
09:52porque foi exatamente no momento em que se debatia na Câmara dos Deputados e seria votado.
10:00O senhor já disse que se recorda.
10:03Por que essa novidade, naquele exato momento, os chineses dizem que coincidências não existem?
10:11Teria sido uma coincidência, Alminante?
10:15Não existe até certo ponto.
10:18Eu acho... Muito obrigado, senhor ministro.
10:20Agora são nove horas e trinta e dois minutos.
10:22Repita.
10:23Nove e trinta e dois.
10:25No mesmo dia, onde me perguntaram sobre isso, uma das missões que eu me atribuí ao assumir o comando da Marinha
10:36era dar a conhecer à sociedade brasileira das capacidades da Marinha do Brasil.
10:43É comum, quando a gente vê pessoas militares, fardados, de camuflado,
10:50ou a gente vê um carro de combate, um tanque, como falam por aí popularmente,
10:55nas ruas, as pessoas acharem que é o exército que está ali.
11:01E a Marinha tem essas capacidades.
11:04Todos os anos, na cidade aqui de Formosa, a Marinha realiza uma operação.
11:09Essa operação é planejada, primeiro, ela é colocada no planejamento para o ano seguinte,
11:19segundo, no exercício financeiro daquele ano.
11:23São alocados recursos ao início do ano.
11:27E esse planejamento logístico é feito com meses de antecedência, senhor ministro.
11:32Porque esses blindados, inclusive os que fumaçavam, eles vêm do Rio de Janeiro.
11:38Eles não ficam aqui.
11:41Então isso é planejado com antecedência de três, quatro, cinco meses, às vezes.
11:47E eles vêm, vão até Formosa, fazem um exercício maravilhoso naquele terreno lá que o exército tem,
11:56com lançamento de mísseis, com exercícios de tiro de precisão de aeronaves.
12:01E o povo brasileiro, pagador de impostos, contribuinte, que deveria conhecer como recurso de gasto,
12:11do mesmo jeito que a Marinha faz quando seus navios atracam nos portos,
12:15abre a visitação pública para as pessoas virem, olha, o dinheiro de vocês está aqui, nós estamos cuidando disso.
12:20Nessa situação, ninguém vê.
12:24Então eu, ao assumir o comando, assumi o comando em abril, eu falei, olha, nós vamos fazer uma visitação pública com esses veículos aqui na Esplanada.
12:36Ou seja, todo mundo pode ver, e teve muita gente, as mães levaram as crianças e tal.
12:45Contudo, isso não foi programado para o dia da votação no Congresso.
12:51O que eu tenho a impressão, se a minha memória não me trai, é que esta votação seria feita numa comissão especial
13:03e, ao chegar na comissão especial, onde a propugnação pela impressão do voto na urna,
13:17ela, digamos assim, acho que ela perdeu nessa comissão especial,
13:23e aí o presidente da Câmara, ele decidiu levar a plenária...
13:29Repita.
13:30Nove horas e trinta e cinco minutos, seguimos aqui no Jornal da Manhã,
13:34acompanhando o segundo dia de interrogatórios dos réus do chamado Núcleo Crucial da Trama Golpista.
13:41O primeiro a ser ouvido nesta manhã é o humilhante Almir Garnier, que é ex-comandante da Marinha.
13:46Seguimos ouvindo aqui no Jornal da Manhã.
13:48É difícil, digamos assim, eu não...
13:53A Câmara alterou isso com, sei lá, quatro dias de antecedência, cinco dias de antecedência.
14:01Eu não teria nem como fazer essa mudança.
14:05Então, neste caso em particular, eu tenho que discordar dos chineses.
14:09Foi uma coincidência.
14:11Agradeço, Almirante.
14:15Uma outra questão.
14:21O senhor se recorda de uma segunda reunião, onde se tratou um documento, uma minuta,
14:31uma segunda reunião que ocorreu no Ministério da Defesa?
14:36O senhor está falando de reuniões que foram alvo de questionamentos recentes ao Brigadeiro Batista Júnior
14:44e ao General Freire Gomes no dia 14 de dezembro.
14:47Exato, a reunião no dia 14 de dezembro.
14:49Sim, senhor, me recordo.
14:51E quem convocou essa reunião?
14:53O Ministro da Defesa.
14:54O Ministro da Defesa, o Ministro General Paulo Sérgio.
14:57Sim, senhor.
14:58E quem estava presente nessa reunião?
15:00Nessa reunião, além do ministro, os outros dois comandantes de força.
15:06Nessa reunião, Almirante, o então Ministro da Defesa, o General Paulo Sérgio,
15:14qual foi o assunto dessa reunião?
15:17Ele apresentou aí, sim, uma minuta, os senhores?
15:20Não, senhor.
15:21O ministro, ao nos convocar, vamos lembrar que nós estamos em 14 de dezembro de 2022.
15:29Uma quarta-feira.
15:31É, não saberei dizer, mas ruído, boato, continuavam as pessoas, principalmente aqui no SMU,
15:41em frente ali ao QG do Exército.
15:45E essas eram as nossas maiores preocupações.
15:49O Ministro da Defesa nos convocou para uma reunião e isso era quase que rotina.
15:55Às vezes, eu escuto durante certos depoimentos, sabe por que houve tal reunião?
16:00A gente se reunia, periodicamente, ao longo de todo o período de comando, no mínimo uma vez por semana.
16:08Nesses períodos finais, nós nos reunimos mais vezes, inclusive.
16:11Isso, para mim, era quase que rotineiro.
16:14Então, a gente não era divulgado uma pauta inicial.
16:17Assuntos diversos eram tratados nessas reuniões.
16:24A minha lembrança dessa reunião é que estávamos os três e que não houve apresentação de nenhum documento durante a reunião.
16:35É isso que eu, se o senhor me perguntou se houve apresentação, eu não lembro de ter sido apresentado nenhum documento.
16:42Mas o senhor se lembra do assunto tratado?
16:44É, senhor ministro, essa reunião, ela foi uma reunião, para dizer, no mínimo, estranha.
16:55Estranha porque ela, meio, coisa rara nas nossas reuniões, ela meio que se encerrou antes de começar.
17:04Eu fiquei com a impressão de que eu tinha chegado um pouquinho depois dos outros dois colegas.
17:16Estavam os três sentados, essa é a minha lembrança.
17:19Quando eu entrei, eu já percebi que tinha havido algum tipo de desentendimento ou de...
17:30Alguma discussão anterior tinha acontecido e a reunião foi encerrada.
17:38Eu não tive, o ministro não abriu nenhuma pauta adicional, parecia estar chateado, com o desenrolado da conversa,
17:51e a reunião foi encerrada.
17:52Ou seja, eu não tive nem participação ativa nenhuma nessa reunião, porque eu não vi assunto, digamos assim.
18:03Eu vou ler um trecho aqui do depoimento do Brigadeiro Batista Júnior, no dia 21 de maio de 2025,
18:15exatamente sobre essa reunião.
18:18Então, entre aspas, o Brigadeiro Batista Júnior.
18:22Quando eu entrei, eu fui o último a chegar na reunião.
18:25O almirante Garnier estava de costas para mim, o general Paulo Sérgio de lado e o Freire Gomes de frente.
18:34Eu entrei e sentei ao lado do Garnier.
18:37Imediatamente a reunião começou e o general Paulo Sérgio disse o seguinte.
18:42Trouxe aqui um documento para vocês verem.
18:45E eu confesso ao senhor que não me lembro se ele falou que era um estado de defesa ou um estado de sítio.
18:52Eu, raramente, porque eu achava que não existiam os pressupostos básicos e todo esse processo sequer para o estado de defesa.
19:00Então, o estado de sítio era uma coisa que eu não imaginava que fosse aparecer essa expressão.
19:05Ele falou assim.
19:07Eu trouxe um documento que é para vocês analisarem.
19:10Logicamente, com base em tudo o que estava acontecendo, eu, Batista Júnior, eu perguntei para ele.
19:17Esse documento, o documento estava na mesa dentro de um plástico.
19:22Falei, esse documento prevê a não assunção no 1º de janeiro do presidente eleito.
19:29E ele falou, ele, o general Paulo Sérgio, sim.
19:32E aí eu falei, não admito sequer receber esse documento.
19:36Não ficarei aqui.
19:38Levantei, saí da sala e fui embora.
19:42O senhor se recorda disso?
19:43Eu não me lembro desse diálogo.
19:45Não se recorda.
19:45Desse diálogo, não, senhor.
19:49O senhor se lembra de algum diálogo?
19:52Eu me lembro que as pessoas estavam com aquela cara de que comemos e não gostamos.
20:01Alguma coisa já tinha acontecido, mas eu não me lembro.
20:05Eu não vi documento, não foi apresentado documento.
20:08Eu não vi o general, eu não vi o brigadeiro Batista Júnior dizer isso.
20:13Acho até que isso não se coaduna com a atitude de um comandante de força, se o senhor me permite.
20:19Não é um comandante e não diz ao ministro da defesa palavras dessa natureza.
20:25Como eu lhe falei, até que alguma ordem seja dada e essa ordem seja flagrantemente legal,
20:32o estatuto dos militares não faculta ao militar ficar inventando, tendo ilações ou criticando coisas que estão na cabeça de outro.
20:46Principalmente se esse outro for o seu chefe.
20:48Nessa reunião, o brigadeiro Batista Júnior foi o primeiro a se levantar e sair?
20:55Isso o senhor se recorda?
20:57Isso eu me lembro.
20:58Eu me lembro que ele saiu antes de mim, pelo menos.
21:03Isso eu me lembro.
21:04Ele saiu.
21:05E a saída dele gerou algum comentário aos que ficaram?
21:09Não, eu acho que o ministro meio que encerrou a reunião.
21:16Talvez.
21:18A única coisa que eu me lembro é que o ministro estava com a expressão contrariada e o Freire Gomes também.
21:24E a reunião acabou.
21:26Meio que acabou sozinha.
21:29Uma última questão, Almirante.
21:37A denúncia do Procurador-Geral da República destaca uma mensagem enviada exatamente no dia dessa reunião,
21:49no Ministério da Defesa, dia 14 de dezembro de 2022.
21:54Uma mensagem enviada pelo General de Reserva, Laércio Virgílio.
21:59O senhor conhece esse general?
22:01Não, senhor.
22:03Ao General Freire Gomes, afirmando nessa mensagem, abre aspas,
22:08Marinha está coesa na tentativa de pressionar o General Freire Gomes.
22:15O senhor não conhece esse general de reserva, então também não tem consciência, não tem conhecimento dessa mensagem.
22:23Não, senhor, mas tenho que agradecer ao General Laércio, que tudo que um comandante quer é que a sua força esteja coesa.
22:29O senhor teve notícia que após o dia 14, as redes sociais passaram a atacar o General Freire Gomes e o Tenente Brigadeiro Batista Júnior?
22:48Sim, senhor.
22:49E o senhor sabe o motivo disso?
22:51Redes sociais, senhor ministro.
22:55Acho que o senhor é alguém que mais lida com essa questão.
22:59Mas eu nunca fui atacado por elas.
23:01Nem eu.
23:03Aliás, desculpe.
23:05Eu também fui atacado por elas.
23:09Seria aleviando dizer que não fui.
23:11Fui também.
23:12O senhor tem conhecimento de uma mensagem enviada, uma orientação enviada numa mensagem pelo réu Walter Souza Braga Neto ao militar da reserva Ailton Gonçalves Moraes Barros, dizendo, abre aspas,
23:34senta o pau no Batista Júnior, povo sofrendo arbitrariedades, sendo feito ele fechado nas mordomias, negociando favores, traidor da pátria, daí pra frente inferniza a vida dele e da família, elogia o Garnier e, com perdão da palavra aqui, mas é a mensagem dos autos, e fode o BJ.
23:56O senhor tem conhecimento dessa mensagem, teve conhecimento dessa mensagem?
24:00Eu tomei conhecimento dessa mensagem pela imprensa a partir do momento em que os trabalhos dessa investigação em curso foram publicados.
24:12Eu não tinha conhecimento disso antes.
24:14O senhor saberia dizer por que a orientação era pra sentar o pau no Batista Júnior e elogiar o senhor?
24:23Essa mensagem, ela diz o porquê sentar o pau no Batista Júnior, fechado em mordomias, buscando vantagens antes do governo terminar.
24:35Então, ela diz isso. Por que me elogia? Não sei.
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