A Confederação Nacional da Indústria (CNI) demonstrou preocupação com a tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre aço e alumínio brasileiros, em vigor desde esta quarta (04). A entidade alerta para impactos na indústria nacional e também no setor produtivo americano, que depende da matéria-prima do Brasil.
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NotíciasTranscrição
00:00Movimentar nossa reportagem, maior exportadora de aço dos Estados Unidos e segunda maior de alumínio,
00:06a indústria brasileira se preocupa com o início da aplicação das tarifas comercial de Donald Trump aos produtos.
00:13A gente já conversou sobre isso, trouxe análise também aqui no Jornal da Manhã.
00:17A Beatriz Manfredini chega ao vivo com o posicionamento da CNI, trazendo também todos esses aspectos aqui para o Brasil.
00:24Bom dia, Bia, para você.
00:25Oi, Soraya, bom dia para você também, para o Nonato, para todos que nos acompanham aqui no Jornal da Manhã.
00:33Olha, a Confederação Nacional da Indústria classificou como um retrocesso a taxação desses produtos.
00:40Em uma nota publicada e enviada também à imprensa, a CNI diz o seguinte,
00:45que o Brasil é um dos principais fornecedores de bens de alto valor agregado ao mercado dos Estados Unidos
00:52e que uma medida como essa, aumentar a taxação, taxar em 50%, afeta tanto a indústria nacional como o próprio setor produtivo norte-americano,
01:01que tanto depende, de acordo com a CNI, da matéria-prima brasileira.
01:05A nota diz ainda que dobrar a taxação, então, é um retrocesso nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
01:13De acordo com a Confederação Nacional da Indústria, eles continuam defendendo que o diálogo seria o melhor caminho
01:19para defender medidas desproporcionais, como eles chamam, como essa,
01:23e reestabelecer um ambiente de confiança e cooperação mútua entre Brasil e Estados Unidos.
01:29A CNI fala ainda em evitar que cadeias produtivas em ambos os países sejam ainda mais prejudicadas
01:36e diz, então, que está disposta a participar desse diálogo.
01:40Inclusive, a gente tem um trechinho da fala da gerente de comércio e integração internacional da CNI, a Constança Negri.
01:47A gente tem um trecho? Vamos acompanhar.
01:49O Brasil tem uma relação de muita complementariedade com os Estados Unidos.
01:56Muitas das nossas exportações são insumos para a produção dos Estados Unidos,
02:02mas de 80% do nosso comércio está concentrado em bens intermediários,
02:09bens que são relevantes para a produção nos Estados Unidos e aqui no Brasil.
02:14Os Estados Unidos têm um superávit com o Brasil na nossa pauta comercial.
02:20Então, existe uma série de fatores, quando a gente olha a nossa pauta comercial,
02:25que deixam sem resposta o porquê o Brasil ser hoje alvo dessas medidas.
02:32Inclusive, olha, de acordo com dados do Instituto Aço Brasil e também da Associação Brasileira de Alumínio,
02:41só em 2024, no ano passado, 60% das exportações brasileiras de aço e 16,8% das de alumínio tiveram os Estados Unidos como destino.
02:53Então, reforçando aí a importância dessa relação entre os dois,
02:57claro que a gente segue acompanhando essa história por aqui, Soraya.
02:59Fica agora a expectativa para entender também como o Brasil vai se posicionar diante dessas tarifas.
03:05Obrigada, Beatriz, pelas suas informações.
03:07Daqui a pouco você volta.