Numa altura em que o contrabando e os lucros chorudos de negócios de momento, levavam os homens das nossas povoações | dG1fbkkxY0tqSG9HWlE
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00:42Eu estive um dia inteiro muito estúpido, cada na mão a olhar para a água à espera que a linha se derrubesse.
00:48A certa altura senti uma coisa a puxar lá de baixo, e eu os as a puxar cá de cima.
00:53E puxa de um lado, e puxa do outro. Eu estava pior que uma barata.
00:58De repente, tem um esticão com mais força.
01:01E a linha, já sabe? Ficou umas olhos devidas, não é?
01:04Qual história? A presa veio cá para fora.
01:07E apenalmo que era? Era um caga-se.
01:09Não apanhei mais nada.
01:10Apanhei uma data de chuva, apanhei uma tareia da minha mãe porque tinha faltado à escola.
01:17E apanhei uma constipação que estive três dias no molho, mas também serviu de lição.
01:22Nunca mais agarrei numa cana a não ser de foguete.
01:26Olha lá, tu sabes o que é um pescador?
01:29Parece-me que sim, mas enfim, diga-lá.
01:31Esta contou-me um Sr. Padre Eduardo.
01:34Primeiro há um anzol a agarrar um pedaço de minhoca.
01:37Depois a agarrar um anzol, há um pedaço de linha.
01:40A agarrar a linha, há um pedaço de cana.
01:43E a agarrar a cana, há um pedaço de ajo.
01:46O que é que tu não contava, doutor?
01:49Responde com trufo, anda.
01:51Isso é que vocês queriam, mas eu não respondo.
01:53Eu não respondo porque as anzol só são para a gente se rir, não são para responder.
01:57Só lhe digo, Sr. Batata, que para a semana têm de fazer uma calveirada com um peixe apanhado a cabo por rapazó.
02:02Calveirada? Aonde?
02:03A cada sede, Sr.
02:05É a mesma noite em que fores para o lado.
02:07Ah, fixe!
02:08Podes contar comigo.
02:09Eu estou sempre pronto a mostrar-vos os meus doutes culinários.
02:12Culique?
02:13Culinário?
02:19Ei!
02:21Aqui!
02:23Acá!
02:24Acá!
02:25Bom dia!
02:36Bom dia, bom dia.
02:38Porquê se vai para casa, é que a tua mãe dá a tua pergunta.
02:39Para quê?
02:40Não sei, é para ir fazer o recado agora o pico Pena chegou.
02:43Vai lá fazer um bocadinho à mana que é o teu dever.
02:45Não é verdade, meu sargento?
02:46Pois, claro.
02:48O dever e a obrigação.
02:49Está bem, quando puder lá irei.
02:50Tens um cavalo todo puxado à distância hoje aqui.
02:53Então, se acha que isto?
02:56Não é peisito, não.
02:57Queria ser portado bem bom dinheirinho. Ora, ora, se eles não fossem ricos, tinham que andar a pé.
03:03É, não que para aí vai. Para comprar isto não é preciso ser banqueiro.
03:07Não faças caso que o Sargento Pateta está a mangar com a gente.
03:11Diz-lhe que é mangação. Aqui estou eu, que se quisesse comprar um animal externo,
03:15se não chegava lá, nem quem tinha essas barbas do meu pai.
03:18É que o pai de vosso comeceiro tem a barba muito real e ninguém dá nada por ela.
03:22Bem, bom dia! Até mais ver-os!
03:24Bom dia!
03:31Tenho cabritos vendo.
03:33Os cabras não têm, dá alguras de bem.
03:36Olha, António, eu sei que gostaste para casar com a Margarita,
03:40mas queres um conselho, não te chegues muito para o teu futuro-cunhado.
03:45Porquê?
03:47Porque o Joaquim anda a fazer a cama em que se ataitar.