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Cristiano Beraldo explicou como o crime organizado utiliza postos de combustível para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Segundo ele, a falta de controle e regulação eficiente torna o setor vulnerável a práticas ilícitas, permitindo que criminosos "esquentem" recursos de origem ilegal sem levantar suspeitas.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/xGq2ZaulBX4

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Transcrição
00:00Chamar o Cristiano Beraldo, que conhece muito do setor de petróleo e gás,
00:04já falamos sobre a atuação do crime organizado no segmento de postos de combustíveis
00:11e esse estudo talvez trabalhe com um número subestimado, né Beraldo?
00:17Muito inferior àquilo que muitos especialistas apontam.
00:21Pelo menos a indicação do governador Tarcísio já coloca um número bem superior
00:26ao que esse estudo coloca, né, especifica aí.
00:32Isso que a gente precisa trazer e considerar para o nosso público
00:35em relação ao trabalho das facções criminosas em lavar os recursos oriundos do crime
00:41e por que os postos de combustíveis são sempre o foco dessas facções, Beraldo?
00:47Bom, vamos lá, vários aspectos.
00:49Primeiro, o número real deve estar muito mais alinhado com a visão do governador Tarcísio
00:56do que o número que trouxe esse estudo.
01:00É uma atuação muito forte e muito poderosa nos postos, por quê?
01:06Existe, primeiro, a geração de dinheiro em espécie.
01:10Você consegue, uma facção criminosa que vende a sua droga com dinheiro,
01:16recebe tudo em dinheiro, ela pode dizer, olha, vendemos aqui X nesse posto de combustível
01:21e está aqui tudo faturado em dinheiro.
01:25Uma pessoa que para para abastecer o tanque de um carro hoje, dependendo do carro que for,
01:31gasta lá 200, 300, 400 reais até, dependendo do preço que o posto cobrar,
01:38para abastecer seu carro.
01:39Então, o posto consegue ser uma fonte de esquentar esse dinheiro que vem do tráfico de drogas.
01:46Depois, como negócio para o crime organizado, existe uma possibilidade enorme de fraudar o consumidor
01:55para que ele ache que está comprando um produto e está comprando outro.
02:01Veja que loucura, Caniato, que aconteceu, por exemplo, no Rio de Janeiro,
02:05o jornal Correio da Manhã trouxe, que a distribuidora que ganhou a licitação
02:11para fornecer combustível para a Polícia Militar do Rio de Janeiro
02:16estava fornecendo combustível adulterado.
02:20Então, quando você está dentro dessa realidade,
02:25você imagina o que acontece com o pobre, coitado, o consumidor,
02:28o motorista que para ali, paga pela gasolina.
02:32Só que quando se faz a apuração, ele paga a preço de gasolina,
02:37mas metade do que entra no tanque é etanol, que é um produto mais barato.
02:43E ele não sabe disso, porque o combustível é aquele produto que ninguém vê.
02:48Você para o seu carro no posto, porque o ponteiro está mostrando ali que está baixo,
02:54você enfia um bico dentro do tanque do carro,
02:58você não vê o que sai da bomba e entra no tanque do seu carro,
03:03você só paga e vai embora.
03:05Então, há uma possibilidade enorme de fraude.
03:09Você tem o problema que é chamado de bomba baixa,
03:12ou seja, aquele tradicional golpe de que você paga por um litro,
03:16mas entra 800, 900 ml só no tanque,
03:21e você tem o outro problema ainda,
03:24que é a mistura de substâncias não autorizadas no combustível que é vendido.
03:31Você tem muita coisa que vem pelas fronteiras,
03:34assim como vem o cigarro contrabandeado do Paraguai,
03:37você tem produtos que cruzam a fronteira de caminhão
03:40e chegam, sobretudo, no mercado de São Paulo,
03:43e são misturados ao combustível,
03:45que são produtos de baixíssima qualidade e, por isso, barato,
03:51entram de forma contrabandeada e vão esticar a gasolina,
03:55ou seja, vão fazer com que entre mais produto no tanque
03:59e isso vai para o tanque do teu carro,
04:02o teu carro começa a ter um monte de problema.
04:04E aí, quando é que você vai saber?
04:05Como é que você vai garantir que aquela gasolina que você já consumiu,
04:09quando você percebe que o seu carro tivesse algum problema,
04:11foi realmente daquele posto,
04:13ou será que foi do posto que se abasteceu semana passada?
04:15É sempre essa luta.
04:17Então, Caniato, qual é o grave problema?
04:22Quando a gente olha para a Agência Nacional do Petróleo, a ANP,
04:25a gente descobre que a ANP não tinha recurso para fazer fiscalização.
04:32Acabou o dinheiro da fiscalização, já no final do ano passado,
04:37a área de fiscalização da ANP teve que cruzar os braços,
04:39porque não tinha dinheiro para fazer uma viagem,
04:41para inspecionar postos do interior, por exemplo.
04:44Então, como é que pode um país que tem, no setor de petróleo,
04:49no setor de combustível, um volume de movimentação econômica,
04:54arrecadação tão grande,
04:56e que trata com tão pouco caso algo tão importante?
05:01E só para finalizar, Caniato,
05:02É inacreditável que um país como o Brasil,
05:07que tem a maior frota de carro flex do mundo,
05:11que tem a benção de, há 50 anos,
05:15estar desenvolvendo um combustível chamado etanol,
05:18que é produzido no Brasil,
05:21e não é utilizado de forma estratégica pelo governo brasileiro.
05:26Governo americano estoca petróleo,
05:29tem um monte de tanques, estoca petróleo,
05:30pode estourar guerra, pode estourar o que for.
05:33Tem petróleo para produzir gasolina e estender o mercado interno.
05:36O Brasil produz etanol, o governo não está nem aí.
05:39Vai no vai da valsa.
05:41Se estoura uma guerra, o petróleo só pronto.
05:43É aquele desastre.
05:45E a gente vê o brasileiro pagando 4, 5, 6, 7 reais no litro de gasolina,
05:49porque o Brasil não se prepara para a crise,
05:51apesar de ter o etanol.
05:53Então, é um setor absolutamente bagunçado,
05:57visto de uma forma medíocre
05:59e que não é utilizado de maneira estratégica pelo governo.

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