Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 16/05/2025
Maternidade sem filtro: como ser mãe mudou a minha vida

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Olá, sejam todas bem-vindas a mais um episódio de Na Volta A Gente Compra, neste mês que é tão
00:10especial para nós, para o podcast, para nós, comunidade materna, né, uma data que também
00:16pode ser sensível para muitas mães, né, e a gente também vai falar sobre isso. E a gente tem,
00:21nesse episódio, vou falar com o Brez, mais duas mães, assim, muito especiais, uma que é muito
00:26conhecida de todos vocês, e talvez não necessariamente pela maternidade, e ela tá
00:31começando a revelar esse lado mãezona, e ela vai trazer um pouco da vivência dela como mãe,
00:37e a gente tem uma outra convidada que é muito conhecida também, e já, assim, por esse fator
00:42aspecto mãe, que transformou a maternidade em uma obra extensa, em conteúdo, então tá muito
00:49especial esse programa de Mês das Mães, né Brez? Tudo bem? Super, tudo bem, Lu, minha companheira
00:56convidada, tá muito especial, a expectativa para esse episódio tá super alta, e eu quero começar
01:01apresentando nossa primeira convidada, que é, assim, pensa num mulherão, essa é um mulherão,
01:07eu tô aqui com a Mônica Romero, ela é escritora, empresária, palestrante, mentora, fundadora do
01:14Almanac dos Pais, e viu na sua história e na paixão pelos filhos do Lucas e a Larissa, ela vai
01:20falar melhor aqui deles ao longo da nossa conversa, um novo propósito de vida, para falar sobre
01:24maternidade dessa forma tão humanizada, ela é a criadora do, ela criou o canal em 2013, Almanac
01:32dos Pais, que se tornou o maior canal de maternidade do YouTube Brasil, gente, com mais de 680 vídeos
01:38publicados e mais de 2 milhões de inscritos, e eu já adianto que esse Almanac deveria chamar
01:42Almanac da Beatriz, porque assim, a minha gravidez, ela foi muito regada, a Mônica ali, eu acompanhando
01:49ela toda semana, então, pessoalmente, eu tô super feliz de recebê-la aqui, porque assim, foi, pra mim,
01:56foi um consolo, um abraço na minha gravidez, Mônica, muito obrigada, seja super bem-vinda aqui ao nosso papo.
02:00Obrigada, Briz, obrigada, Lu, tem mais uma outra pessoa que eu vou cumprimentar aqui de surpresa,
02:06ai que delícia que eu vou conhecer você também, calma que vocês já vão conhecer, obrigado pra você que tá aqui com a gente,
02:11adorei o convite, viu? Imagina, a gente que agradece, e tem mais uma convidada super especial que eu vou
02:15apresentar, amiga Lu, que é ela que vai apresentar. Estamos vendo aqui, temos uma câmera geral, hein, hein, temos uma câmera geral,
02:21Tina Calamba, ela que é jornalista, que também é modelo, ex-participante do BBB, que foi quando o Brasil conheceu,
02:28se apaixonou por essa figura super querida, carismática, inteligente, alegre, e que é mãe da Raquel e da Alana,
02:35de 9 e 6 anos, respectivamente, agora também é autora de livro, um livro em que você traz a sua trajetória
02:42enquanto mulher, negra, de Angola, convivências no Brasil, traduz um pouco das diferenças entre as culturas dos dois países,
02:50fala de maternidade, enfim, daqui a pouco também vocês duas, que são autoras de livros, acho chique, vão poder falar um pouco mais
02:57sobre suas obras, mas muito bem-vinda, obrigada.
02:59Eu fico muito feliz com o convite, assim, tá sendo um momento muito especial, seu escritório, gente, tô degustando isso, é muito bom.
03:08É muito bom, maravilhoso receber vocês aqui, bom, hoje a gente tava falando aqui na Bresca, a gente vai fazer um papo mais freestyle,
03:14aquela coisa de, mesmo de mãe pra mãe, entender como a maternidade atravessou, transformou a vida, porque é transformador,
03:19eu falo que é um portal, né, você não faz menor ideia do que está por vir, assim, é aquela frase,
03:25ah, vocês não estão preparados pra essa conversa?
03:27Não tem manual.
03:28Né? É, quando a gente não era mãe, não, vocês lembram quando vocês não eram mães e vocês tinham amigas mães, por exemplo?
03:34A falta de noção, que não tem como você ter noção.
03:37Eu falava, eu nunca vou dar celular pro meu filho, minha irmã falou, tá bom, lá na frente a gente conversa, a gente dá risada até hoje,
03:44ela lembra? Eu não falei não.
03:46E a própria questão de você ser apoio pra uma outra mãe, assim, por mais que você sempre fale pro pessoal,
03:51ah, eu tô aqui se você precisar, mas quando você vira mãe, você descobre o quanto é realmente importante, intenso,
03:59você ter a mão de outra mãe, ou de uma amiga que às vezes que não é mãe, mas que tem empatia,
04:03mas são muito poucas as amigas que não são mães que conseguem ter empatia, né?
04:06Muda o ciclo, né?
04:07Muda, muda tudo.
04:08Muda totalmente, né, gente?
04:10Muito, muito.
04:11Eu sempre lembro, eu tenho uma amiga que ela foi a primeira do grupo, assim, que se tornou mãe,
04:15e eu lembro que eu tava conversando com ela um dia, falando que eu tava muito cansada, que a minha rotina, eu não era mãe ainda,
04:19eu tava muito cansada, nossa.
04:21E ela falou assim, Bia, eu acho engraçado quando você fala que você tá muito cansada.
04:26E eu lembro que eu fiquei ofendidíssima, assim, ela falou, eu acho engraçado, eu falei, mas por quê?
04:30Porque você não tem filho, como é que você fala que você tá tão cansada?
04:32E eu saí de lá, assim, ruminando aquilo, sabe?
04:35Meu, como é que ela... Isso não é uma competição de cansaço, eu posso estar cansada, sim!
04:39Como é que ela disse que eu não estou cansada, ela não sabe a minha vivência.
04:42E aí, na segunda temporada, eu tenho vontade de voltar lá e pedir perdão.
04:47E quando alguém que não tem filho fala que tá cansada, eu falo, você não sabe o que é estar cansada!
04:51Respeito o cansaço da mãe!
04:52A régua é outra, a régua é outra.
04:54As vanguardações de cansaço foram atualizadas, né?
04:56Claro!
04:57Não só de cansaço, né? Mas eu falo de solidão, porque você se sente extremamente sozinha,
05:02principalmente nesse ciclo de amizade, porque os amigos não entendem a sua nova realidade.
05:06Aí eles têm medo de te ligar e te incomodar.
05:08Imagina, por ligar, ela tá atrapalhando. Vai que ela tá dormindo, como se a gente dormisse.
05:12Agora, ai, dorme quando o bebê dorme. E a louça, que rafa não é?
05:16E aí, eles não ligam pra não te incomodar.
05:19Você também não quer ligar, porque você acha que você não faz mais parte e fica totalmente ofendida.
05:23E aí, a gente acaba entrando não só na solidão materna e descobre que,
05:26mesmo você tendo várias mães, o maternar continua sendo um pouco solitário,
05:31as decisões são individuais, os valores também são só da família.
05:35Então, você acaba descobrindo que você pode ter até um apoio ali,
05:39mas não é aquele apoio que a gente imagina antes de ser mãe.
05:42Então, a mãe vira uma chave, cria uma nova realidade.
05:45Eu falo assim, quando eu virei mãe, eu não deixei de ser tudo aquilo que eu era antes.
05:49Eu continuo adorando tudo o que eu gostava.
05:51Só que as prioridades mudaram e também mudaram a forma com que eu enxergo muita coisa.
05:55Com certeza!
05:56E essa mudança interfere demais na nossa vida, na vida pessoal, na profissional,
06:01nas pessoas que nos cercam, em quem você entende ali como amigo ou não.
06:05E a gente acaba perdendo amizades e fazendo novas.
06:08É muito...
06:10No meu caso, eu passei assim...
06:12Pra mim, eu acho que, além da solidão, abre um parênteses num lugar de...
06:16A transformação é que eu acho que é um bombardeio de coisas em pouco tempo.
06:21Que seja, sei lá, seu peito sangrando um pouquinho,
06:24enquanto você precisa ter um leite pra amamentar a criança que tá chorando,
06:27que talvez ainda tenha cólica.
06:28Tem casos de crianças que não tem aquela cólica lá dos três meses.
06:32E aí, reforço de meningobê, eu nem lembro se a minha unha tá pintada, eu desespero.
06:36Nesse cenário, mulheres que ainda tem, sei lá, o suporte do marido aí,
06:40uma rede de apoio que você já paga ou não, de babá, que você consiga dormir um pouco.
06:44Mas o sono já não é o mesmo, tudo muda.
06:47E nisso ainda tem a régua dos amigos, né?
06:49Essa cobrança, você precisa voltar pra esse cenário, pra realidade.
06:52Não tem como, meu querido, eu não vou sair tão cedo daqui.
06:55Então eu acho, inclusive, um pouco desumano, assim.
06:59É muito doloroso. Tem um parênteses aí, principalmente no primeiro ano.
07:02Primeiro ano é muito difícil.
07:04Mas aí depois... E não tem manual.
07:06Ninguém fala pra gente, vai passar, calma, daqui a um tempo vai melhorar.
07:09Daqui a pouco a criança já come o que você tá comendo.
07:12E eu assim, a criança tá chorando, o que é que ela tá tendo?
07:15Tá rasgando um dente que eu nem percebi que tá nascendo.
07:18Não, e era isso que eu queria saber de vocês, a gente tava aqui conversando.
07:21Vocês acham que tem como a gente se preparar?
07:23Porque assim, cursos, a gente tem um milhão. Livros, a gente tem um milhão.
07:26Sérios, hoje em dia, né?
07:29A gente tem um acervo gigantesco. Isso é maravilhoso, né?
07:31Porque gerações anteriores à nossa, muitas vezes não tinham pra onde recorrer.
07:35E hoje a gente tem.
07:37Agora, vocês acham que isso, às vezes, pode confundir mais a mãe?
07:40Ou de fato pode ser um acervo que nos prepara mesmo?
07:43Dá pra se preparar? Ou o Bach sempre vai vir e sempre vai ser...
07:46Meu Deus, não tava esperando por isso.
07:48Eu vou falar dentro aqui do meu núcleo, né?
07:50De almanac dos pais e da quantidade de mães que conversam comigo.
07:54Eu falo que o melhor caminho pra você tomar as decisões é a sua informação.
07:58Então, quando você tem informação, você toma decisões mais sábias.
08:01O que a gente não prepara é o impacto mental que vai ter na gente, não tem como.
08:05Você não sabe como é que é, por exemplo, é...
08:08Perder um ente querido, você pode imaginar.
08:10Mas é na hora da perda que você sente.
08:11E o nascimento também traz esse caos, né?
08:14Então, a gente consegue, com informação, melhorar esse impacto.
08:18Mas o impacto sempre vai acontecer, né?
08:21Porque como ela tava comentando, rede de apoio.
08:23Às vezes você acha, porque tem...
08:24Ai, a tia ama, a tia cuida. Nasceu, a tia some.
08:27Entendeu? Então, assim...
08:30Hoje a gente vai falar tudo!
08:31É, são sinceras aqui.
08:33E é claro, deixando muito claro isso, porque a gente...
08:36Ah, vocês estão demonizando a maternidade? Pelo contrário.
08:39A gente tá querendo falar pra você que mesmo com tudo isso, ninguém aqui se arrepende.
08:43É maravilhoso!
08:45Nunca! Faria tudo de novo!
08:46Mil vezes, se fosse preciso. Mil vezes.
08:49Só que antes, ninguém falava sobre essas dores.
08:51E o não falar, que eu acho que trouxe a maior solidão pra gente, a maior dor.
08:54Porque antes a gente achava que é...
08:56Nasceu, o filho se adapta à minha rotina.
08:58Não, não adapta não.
08:59Você que vai se adaptar a dele, porque é uma nova vida,
09:01é um novo ser, tem que ser respeitado, assim.
09:03Então, assim, tem uma série de desafios, que quando a gente entende, é melhor.
09:07Só que o que eu acho que mais ajuda, além da informação,
09:11que daí entra meu trabalho, que eu trago a informação,
09:13eu acho que é o senso de comunidade.
09:14É você entender que as pessoas estão passando pela mesma coisa que você.
09:18Pra você entender que a dor que você sente, outras mulheres também sentem.
09:21Que você não tá errada, que você não tá diferente.
09:24Eu acho que é essa que é a maior ajuda, que essas informações trazem.
09:29Me desculpa.
09:31Mas eu acho que o que também atrapalha, é a gente não seguir quem a gente...
09:37Não vou dizer gosta, mas tem algumas pessoas que a gente segue nas redes...
09:41Que não tem afinidades, né?
09:42Ou mostram uma facilidade muito grande numa pele, né?
09:45Eu acho que existe um desserviço muito grande,
09:47principalmente da minha geração, profissionais como influenciadores,
09:50existe um desserviço muito grande.
09:52Não existe você postar maquiada no dia seguinte, com a barriga toda sequinha.
09:57Não existe isso, gente.
09:58Até porque uma gestação leva nove meses, a gente tem strias.
10:01Eu mesma passei o olho na gestação toda.
10:03Aí no último mês, rasgou tudo.
10:06Porque é a elasticidade da pele.
10:08Provavelmente vai levar, não esse tempo, mas pra voltar no lugar.
10:11Você vai precisar se adaptar a uma nova realidade.
10:13Eu acho que tem um desserviço muito grande, uma polarização de informação,
10:18que tá muito fácil pra qualquer pessoa.
10:20Eu acho que tem que ter essa jornada individual da gente buscar informação.
10:25Ficar atenta, revisitar aquele lugar do que a gente viu com a mãe, com os tios,
10:30antigamente, quando nasceu uma criança, o que era usado.
10:32E consultar essas pessoas pra quem ainda tem na sua estrutura familiar.
10:35Eu acho muito importante.
10:37E eu acho que é isso, seguir a intuição, respeitar os limites,
10:40não querer ficar igual a influenciadora, já com o corpo montado.
10:43Porque não é dessa forma que funciona.
10:45E às vezes o leite nem vai descer naquele dia.
10:47Tá tudo bem ter olheiras, vai passar, entende?
10:49Eu acho que a gente tem que ser… trabalhar com a realidade.
10:52Eu acho que tem um desserviço muito grande.
10:54Eu gosto de falar que tem um tripé, assim, né, pra você não surtar de vez.
10:57Porque às vezes a gente dá umas surtadas de leve.
10:59Mas assim, pra não surtar de vez…
11:01A surtada vale!
11:03É, eu falo que é um tripé, assim, você tem que ter a informação,
11:06que daí você busca nos livros, pôr de casa, né.
11:08Você tem que ter uma boa rede de apoio, de profissionais de apoio.
11:12Que é o pediatra e toda, né, tudo que envolve a área da saúde,
11:16principalmente da criança e da mãe também.
11:18E a intuição, eu falo que é esse trio.
11:20Porque a intuição, que no fim das contas, ela vai pegar essas informações,
11:23aquela, vai pegar o que a ciência te dá, e vai falar…
11:25Calma, o meu caminho, ele é único!
11:27O meu patenário é único!
11:30E aí, você também…
11:31Aí tem mais um que faz parte ali da informação,
11:33que é a informação que vem ali, ancestral, né.
11:35Que vem dos seus pais, da sua avó, da sua…
11:38E aí, você junta tudo isso,
11:39pega a sua intuição e toma as suas escolhas próprias, né.
11:43É isso que é lindo, assim, no matemático.
11:44Eu tenho duas filhas e foi completamente diferente uma da outra.
11:47Eu acho que você passou pelo mesmo, né.
11:50É completamente diferente.
11:51E eu falo, inclusive, a gente fala, assim,
11:54fazendo um parênteses sobre essa observação,
11:56gente, eu criei meus dois filhos iguais, olha como eles são diferentes.
11:59A gente também não cria igual.
12:00Porque a gente tá vivendo um momento diferente em cada gestação.
12:03E cada criança tem a sua individualidade.
12:05Então, mesmo sendo gêmeos,
12:07você precisa conversar de forma diferente com cada um.
12:10Porque eles entendem de forma diferente.
12:11E quando a gente tenta colocar tudo igual, na verdade, a gente também tá errando.
12:14Então, a gente precisa entender que eles são diferentes,
12:17que nós somos diferentes, nossos momentos são diferentes.
12:19Então, nosso sentimento em cada gestação, em cada filho é diferente.
12:22Vamos pra polêmica?
12:24Adoro polêmica!
12:25Aí, às vezes, fala, Mônica, eu acho que eu gosto mais de um filho do que do outro.
12:29Ai, que dor!
12:30Aí, eu comento, assim, não é que você ama mais, você pode ter mais afinidade.
12:33E afinidade com o outro, você constrói
12:36entendendo o que o outro gosta.
12:38Então, você consegue fortalecer o seu vínculo com outro filho
12:41que você acha que é mais distante, descobrindo novas afinidades.
12:43Só coloquei esse parênteses, porque tem muita gente que pergunta isso.
12:46E é uma dor, né?
12:48Você imaginar que você gosta mais de um do que do outro.
12:49Eu acho que todas nós passamos por isso, assim.
12:52Questão de ter uma segunda ou uma terceira gestação, de olhar de fora.
12:56Eu mesma já me contei num cenário.
12:58Tá, será que eu tô pecando um pouco nela e tô compensando um pouco?
13:01Mas é que não, a outra gosta muito do abraço.
13:03Não quer dizer que a outra não ama.
13:05Ela é mais reservada.
13:06Então, eu acho que é muito importante observar essas particularidades dos nossos filhos.
13:10Eu gosto de ver as maninhas que elas têm em mim.
13:13Eu fico, assim, meio...
13:13A gente fala tanto sobre relação com outras pessoas.
13:16Tem colega de trabalho que você é mais próximo, que você é mais distante, né?
13:19E, às vezes, é você olhar pros seus filhos com esse mesmo olhar
13:22que você olha pras outras pessoas.
13:24Que, poxa, são indivíduos, eu vou...
13:26É o que você falou, né?
13:27Isso é uma das coisas que eu faço desde criança.
13:29Eu não falo, aí, bebezinha, não existe na minha casa.
13:32Não.
13:33Querida, já arrumou teu quarto?
13:34Você não precisa fazer seu cabelo?
13:36Criando meninas funcionais, adultos funcionais.
13:40Mas, ao mesmo tempo, você não fala,
13:41Ai, coisa linda, mamãe, outra coisa linda.
13:43Tem, tem essa parte do dedo, tem que ter.
13:44Eu não consigo entender isso, amor.
13:46É uma peleira.
13:47Mas elas estão tão grandes, tem demorado o povo a sair de cima da mamãe.
13:50Elas estão muito grandes, estão crescendo muito rápido.
13:53Mas eu tenho os métodos um pouco radicais.
13:56Não vou dizer radicais, eu gosto de trabalhar com a realidade.
13:59Então, eu gosto, às vezes, de dar um susto.
14:00Por exemplo, teve um episódio em que eu falei,
14:02Filha, a gente vai sair amanhã, às oito.
14:06Aí, elas ficaram no sofá, jogando no tablet.
14:08Aí, dia seguinte, eu estou chamando o elevador, estou pronta.
14:11A gente sai em cinco.
14:12Era uma com o laço aqui, a meia mal posta, o sapato.
14:15Eu ia lá, mãe, eu não queria sair com essa roupa.
14:18Olha como eu...
14:19Eu falo, se você se programasse com antecedência,
14:22você ia estar bonita do jeito que tu quer.
14:24Resumindo, até hoje, toda vez que eu falo,
14:27a gente vai sair, elas vão pro closet, separam roupinhas,
14:30vai usar o laço e o sapato.
14:32Elas separam, elas têm esse relógio biológico de questão.
14:35Eu preciso me preparar com antecedência em tudo.
14:38Fazer a bag pra escola.
14:39Então, às vezes, tem que dar esse susto.
14:41A gente sai...
14:42E criança, eu...
14:43Crianças são muito inteligentes, eles aprendem rápido.
14:45Tem que ter o limite.
14:46Tem que ter disciplina.
14:47É, você colocando limite, eles entendem mesmo rapidamente.
14:51Vou dar um exemplo de ontem.
14:53A mãe, nossa, ela falou assim,
14:56ela chegou em casa cansada, chega da escola,
14:58aquele fim de dia de estresse.
14:58Todos nós chegamos, mas ela ainda tá ali,
15:00equilibrando as emoções, a Ana.
15:01E começou, eu não quero comer isso.
15:04Tudo era não, sabe?
15:05O não, não, não, não, não.
15:06E ela é a Ariana, né?
15:07Ela é brava, minha filha, gente.
15:09E brava, e a Ariana, e batendo o pé, e não sei o que lá.
15:11Aí eu falei, Serena, a Serena é brava.
15:14Vocês entendem, é muita complexidade numa frase.
15:17Eu falei, Serena, você é brava, eu sou brava também.
15:20Porque, eu falei assim, eu sou a mãe da brava.
15:22Então, eu sou a mais brava, tá?
15:24Ela olhou assim pra mim, tá bom, mamãe.
15:26E saiu de cima, entendeu?
15:28Falei assim, você quer ser brava? Pode ser brava.
15:30Mas eu sou mais brava, porque eu sou a mãe da brava.
15:32Aí ela falou assim, tá bom, mamãe.
15:34Aí seguiu o baile, tudo, mas às vezes você tem que…
15:37Essa espírita, a gente precisa se impor.
15:38Não, às vezes a gente…
15:40Exatamente isso, assim, a gente cai numa…
15:43Sei lá, numa fake news, de que as crianças não entendem, né.
15:47De que a capacidade das crianças é inferior,
15:49de que as crianças, você tem que usar, às vezes,
15:51de uma linguagem extremamente lúdica.
15:53Não existe.
15:54Elas entendem… Gente, meu filho tem um ano.
15:57Eu vi um documentário na Netflix, há um tempo atrás.
16:00Isso é questão da formação, do feto e tal.
16:03E tinha um recorte que falava que, na verdade,
16:06essa provocação do tipo, você não tira do lugar,
16:08a criança vai lá e tira e olha pra você.
16:10Essa repetição, essa constância.
16:12Eles querem se sentir protegidos, eles querem ver até que ponto
16:16você é capaz pra contornar a situação.
16:18Eu disse, mentira que eu errei esses anos todos.
16:21Ele tava só me testando se eu sou uma ótima mãe e posso proteger.
16:24É bizarro, assim, a gente vai se descobrir nesse lugar.
16:27Eles são muito inteligentes, muito.
16:28Meu filho tem um ano, e assim, às vezes eu me surpreendo
16:32como eu consigo conversar com ele em situações específicas.
16:36Como se ele fosse um mini adulto, de verdade, assim.
16:39Às vezes ele tá fazendo alguma coisa, ele tá indo pra algum lugar,
16:41eu só olho assim, Levi…
16:43Eu nem preciso falar não, é incrível.
16:46Ele olha pra mim, e ele começou a fazer uma coisa que eu acho maravilhosa.
16:49Ele olha pra mim, e ele mesmo faz…
16:51Porque ele já sabe que eu vou…
16:53A linguagem interna.
16:54Aí eu falo, exatamente, volta pra cá.
16:56E ele obedece, às vezes eu viro pro meu marido e falo assim…
16:59Ele obedeceu e se incomoda!
17:01Eu não obedeceria nunca!
17:04Eu só olhei pra ele, e ele já sabia.
17:06Então assim, a gente subestima as nossas crianças.
17:09A gente subestima, e a gente tem que lembrar o seguinte.
17:11É claro que a gente vai explicar muita coisa pra eles.
17:13Mas existem momentos que a gente não pode explicar.
17:15Por falta de paciência, de tempo, porque eu não quero mesmo.
17:17E tá tudo bem.
17:19Você vai falar assim, ah, você não pode colocar o copo molhado na madeira.
17:22Porque a madeira mancha, não sei o quê.
17:23Você explicou. Outra vez você põe o copo molhado, tira daí e não põe mais.
17:26Entendeu?
17:28Porque quanto mais também a gente entende que eles precisam muito de explicação…
17:33Mas a gente mostra pra eles que a gente também não tem poder.
17:37É, ficamos reféns da situação.
17:39Como se eles pudessem questionar absolutamente todas as ordens que lhes são dadas, né.
17:43Exato, porque tem coisa que é só obedecer, né.
17:46Eu faço uma brincadeira, e tem gente que fica brava comigo, que eu falo assim…
17:50Não seja amiga do seu filho. Amiga, você pode ter vários da mesma idade.
17:53Ser mãe, ele só vai ter uma.
17:54Pai, só vai ter um. Por que você quer se rebaixar?
17:57Existe um cargo muito mais legal!
18:00É a minha frase do dia a dia, eu falo…
18:01Tu acha que eu sou sua amiga da escola? Vai fazer!
18:04Essa é uma que a gente já ouviu muito, hein.
18:06Assim como na volta, a gente compra essa outra frase, a gente já ouviu muito.
18:08Eu não sou sua amiga da escola, eu sou sua mãe!
18:12O que não quer dizer… A gente não tá falando aqui autoritarismo.
18:15A gente tá falando, sim, eu vou te aconselhar, eu vou te ajudar.
18:17Mas eu tenho maturidade pra te ajudar, pra te acolher, pra te orientar.
18:20Eu tenho essa maturidade pra poder te ajudar a lidar com seus problemas.
18:24E por favor, não resolvam os problemas do seu filho, resolva com o seu filho.
18:28Quando você resolve o deles, tá falando pra ele assim…
18:31Meu Deus, você é um idiota que não sabe resolver sozinho.
18:34Ensine eles a conseguir seguir o caminho, né.
18:37Envolva nas resoluções de problema.
18:39Isso vai pra escola, amizade, o que for.
18:41Vamos empoderar também essas crianças. E amigo, não faz isso.
18:44E fazer pai e mãe.
18:46E fazer pai e mãe, eu ia partilhar aqui.
18:48Eu tive um episódio específico, acho que algumas mulheres já passaram por isso.
18:53Pôs separação.
18:55E aí, todo mundo digerindo essa questão do…
18:57Ai, dorme com a mãe, depois vai pra casa do pai.
19:00Uma coisa sensível, assim, no início.
19:02Eu percebi que a Raquel, ela ficou mais pra frente.
19:04Ela, assim, a voz mais grossa, mais reservada, amadureceu na hora.
19:10E eu vi que ela tava querendo contornar a situação.
19:13Ela geria a situação da casa e tal.
19:16E ela, mãe, não sei o quê.
19:17Eu falava, tá chateada, vai pro seu quarto, respira.
19:20A gente conversa daqui a pouco.
19:22Aí, passam uns minutinhos, coloquei a Juacinta e falei, vem cá.
19:25Eu sei que vocês estão sofrendo.
19:27A gente vai precisar se adaptar.
19:29A gente vai precisar entender essa situação.
19:32E a líder da casa sou eu.
19:34Arrepiei.
19:34É, eu falei, a líder da casa sou eu.
19:37A mãe da casa sou eu.
19:39A gente vai se ajudar.
19:41Você vai ajudar a sua irmã mais nova.
19:42Quando eu precisar, você vai ajudar a mamãe.
19:45Mas, assim, deixei muito claro.
19:47Eu falei, tem uma líder nessa casa.
19:48A mãe sou eu.
19:49Eu senti ela relaxando.
19:52Isso foi fantástico.
19:53Tanto que hoje é isso.
19:55A gente precisa se ajudar.
19:56É uma coisa de comunidade em casa.
19:58Eu tô na cozinha.
19:59Eu sei que elas vão passar vassoura na sala.
20:00Não vai ficar limpo.
20:02Eu vou precisar fazer.
20:03Mas esse exercício, já colocar nessas coisas que...
20:06Inclusive, tem algumas informações na internet que falam.
20:09O que a criança de sete anos já pode fazer?
20:12Fazer a cama, dobrar a roupa, colocar na máquina.
20:15Lavar uma louça.
20:16Lavar a louça.
20:17Colocar roupa na máquina que tem muito adulto que não sabe.
20:20Aperta aí, já bota pra bater.
20:21Mentira, eu boto e ela fala, aperta lá.
20:24Coloca pra lavar no normal.
20:27Tira o tênis do telefone e o tênis do balão.
20:30A gente bate junto, não.
20:31Bater no balão de chão.
20:33É mentira, eu já mando.
20:36Eu falo, é, separa as brancas das pretas.
20:39Então, eu acho que já é importante.
20:41Não vou colocar pra fazer uma refeição quente.
20:44Eu falo, quebra o ovo e já mexe aí na tigelinha.
20:47Elas amam isso.
20:48Eu falo, mamãe, eu já mexi, coloquei uma pitada de sal.
20:51Agora eu pego o recipiente e vou lá e faço o ovinho mexido.
20:54Elas amam esse senso de comunidade.
20:56Funciona muito bem pra gente.
20:57Isso chama, né, dentro do meu trabalho, é o senso de pertencimento.
21:01Sim.
21:02Pra você se sentir pertencido a um núcleo, você tem que se sentir útil, querido, amado.
21:07E a falta de senso de pertencimento, uma das maiores causas, por exemplo,
21:10de envolvimento em drogas ou em grupos, como exemplo agora que tá super na moda,
21:15do Incel, do Red Pill, é a sensação de pertencimento.
21:18E como é que a gente faz o nosso filho se sentir pertencido
21:20a ponto dele não fazer qualquer coisa pra estar no outro grupo?
21:23É exatamente isso.
21:25Ele se sentir útil, sentir parte da engrenagem da família.
21:28Se ele faz falta, todo mundo vai sentir a falta dele.
21:32Então, quando a gente fala,
21:33criança também pode fazer serviço doméstico, criança também pode,
21:35não é pelo trabalho, não!
21:38É pra ele se sentir útil, pertencente àquele núcleo.
21:41Porque senão ele só se sentir um inútil, tudo funciona sem mim,
21:43ninguém sente a minha falta, eu não sou importante.
21:45E a compensação também, não coisas muito materiais, mas eu chamo, eu falo,
21:49filha, eu adorei, você me ajudou, você fez direitinho, você tá arrasando.
21:54Elas gostam que eu...
21:56Reconhecimento, né?
21:57É, o reconhecimento também, pra elas é muito importante.
22:00E principalmente da Raquel, eu vejo que ela se esforça muito,
22:03não pra parecer igual, mas assim,
22:05mãe, eu tô fazendo, tá legal, tá indo?
22:07Eu falo, filha, você foi muito bem.
22:09E quando tá ruim, eu falo também, você precisa fazer de novo.
22:12Que eu sei que ela tem capacidade pra mais, é dar os comandos.
22:15Então, os comandos, eles são muito práticos, assim, no dia a dia.
22:18E aí, mostra o quanto você realmente é líder.
22:20Ela busca a sua aprovação, ela confia no seu crivo, né?
22:24Então, buscar essa aprovação deles também é importante.
22:26É importante.
22:27Gente, eu e a Bresa, a gente tá assim, ó,
22:30olhinho brilhando, vira a cabeça, eu tô assim, babando, né?
22:35E uma coisa que eu ia comentar, enquanto vocês estavam falando,
22:37eu tava pensando que a gente tava falando sobre a gente descobrir o nosso maternar, né?
22:43A maneira como a gente vai...
22:45Encaixa pra gente, né?
22:46Como encaixa pra gente, que não necessariamente vai ser igual do fulaninho, da amiga.
22:50E isso serve também pras nossas famílias, pra quem veio pra antes da gente.
22:54E eu acho muito engraçado, porque até falando por mim, assim,
22:57hoje eu tô descobrindo, ainda com o meu bebê pequenininho,
22:59eu tô descobrindo como trilhar o meu próprio maternar, né?
23:01Então, tem coisas que eu olho pra minha infância, por exemplo, e falo...
23:05Não sei se eu gosto tanto, eu quero fazer diferente.
23:08Mas no dia a dia, eu percebo a influência da minha mãe, do meu pai, da minha avó.
23:13Eu falo assim, nossa, eu sou realmente ali uma soma do que essas mulheres maravilhosas antes de mim, né?
23:19Exerceram e fizeram com o melhor que elas podiam, com a melhor condição ali que elas podiam.
23:23Dando o melhor do que elas podiam naquela fase da vida delas.
23:26E você fala assim, às vezes a gente...
23:28Algumas coisas a gente já percebeu que quer fazer diferente.
23:31Mas aquele... a base ali foi traçada por essas mulheres maravilhosas, né?
23:36Você sentem isso no maternar de vocês, assim?
23:38Você sentem que tem um pouco, sabe, da infância de vocês?
23:41De quem vocês foram, do que a mãe de vocês implantou?
23:43Eu não tenho dúvida.
23:44Mas eu também tenho o privilégio de ter vindo de uma família estável, amorosa.
23:48E aí, o que eu falo?
23:49Claro que eu faço muita coisa diferente dos meus pais.
23:53E a minha mãe mesmo reconhece e fala algumas coisas que ela vê que eu faço diferente, que ela gosta.
23:58E eu falo, mãe, você fez o melhor que você pôde, com as ferramentas que você tinha na época.
24:02Hoje a gente tá numa outra época, com mais estudo.
24:04É óbvio que a gente vai se adaptando a cada geração.
24:06Do mesmo jeito que você fez diferente da sua mãe também, né?
24:09Que lá foram 11 filhos, um criando o outro.
24:11Aqui já foi diminuindo.
24:13Não sei como sobreviver não.
24:15Não é?
24:15Então, eu falo assim, é...
24:17Por isso que eu falo, a gente reconhecer que, às vezes, não é que eles erraram.
24:20Eles só estavam tentando fazer o melhor, né?
24:22Não existe ferramenta.
24:23Então, isso é muito bom, mas a gente tem esse privilégio.
24:25Mas também tem aquelas...
24:27Vou chamar dessa forma, tá?
24:28Mas aquelas mães e pais errantes.
24:30Que erraram na mão, às vezes, por dificuldade.
24:33Às vezes, por ignorância.
24:35Ignorância, eu não falo de brutalidade, mas por falta de conhecimento.
24:38A gente tem muitos fatores, né?
24:40Narcisismo, que tá na moda, né? Por sinal.
24:42A gente tem muitos fatores que podem é isso.
24:44Aí, se esse é o teu caso, até vou falar direto pra câmera.
24:47Se esse é o seu caso, você teve uma família que foi muito danosa pra você.
24:51Não deixa que a família que você veio, prejudique a família que vem de você.
24:55É, precisa cortar os ciclos.
24:56Corta esse ciclo, sabe?
24:57E é difícil, porque a gente realmente leva muita coisa.
24:59Eu me vi nesse cenário, por separação.
25:01Porque a minha mãe, ela foi casada e tal.
25:03Meu pai faleceu na guerra, que ele era militar.
25:06Mas essa criança, Albertina, num cenário de mãe sem o pai.
25:10Quando eu me separei, eu falei...
25:12Tá, eu tô repetindo a mesma frequência do que foi a minha infância.
25:15De alguma forma, me culpando.
25:16E não tinha nada a ver, era uma outra situação.
25:20E eu, graças a Deus, eu consegui ter essa profundidade de autoconhecimento.
25:23Tipo, tá tudo bem.
25:25Esse cenário, são suas filhas, vai ter o amor do pai.
25:27Ele é um super pai, tem o amor da mãe.
25:30Mas eu me vejo num laboratório aqui no Brasil.
25:32Então, essa questão do serviço da mãe, bisavô...
25:37Foi uma coisa que eu me agarrei muito.
25:39Que eu me encontrei nesse cenário de diferenças culturais.
25:42Então, é...
25:43Tá, a criança tá com febre.
25:45A minha mãe tem uma fralda aí, pega uma linha e não sei o quê.
25:48E coloca na teixa da criança.
25:49Então, às vezes, no celular vem uma receita que resolve.
25:52Uma coisa muito tradicional que funciona.
25:55Isso foi muito fantástico.
25:57Mas também, ao mesmo tempo, eu gosto muito do fato de...
25:59Da minha família não tá aqui.
26:01Porque a família africana, esse senso de comunidade...
26:04Também, ele pesa durante muito tempo.
26:06Todo mundo tem uma opinião sobre como você criou o seu filho.
26:09E fala, ah não, agora tá falando desse jeito.
26:12Fui eu que troquei essa fralda.
26:13Não existe isso pra mim.
26:14Então, eu acho libertador.
26:16Acho que eu cortei aí essa questão.
26:18Tem a influência positiva quando eu preciso, eu ligo.
26:21Quando eu tenho oportunidade, eu pego as meninas.
26:22Eu vou pra Angola pra visitar esse lugar.
26:25E elas amam. Angola tem dupla nacionalidade.
26:28Mas pra mim, foi fundamental ter a percepção
26:30que eu não tava repetindo uma frequência, um cenário.
26:33Eu cortei isso.
26:34Era uma situação à parte.
26:35E que eu tava mandando muito bem.
26:37Que eu cheguei a me questionar também, se eu daria conta, né?
26:40Nesse lugar, eu acho que...
26:41Nasce uma criança, nasce uma mãe.
26:43Não gosto dessa frase, mas eu acho que ela é muito real, assim.
26:46E a gente precisa se adaptar.
26:48Essa questão de eu falar, existe uma líder, eu sou a mãe.
26:51Eu amo vocês, eu vou cuidar.
26:53Fortalece e deixa as crianças muito mais seguras.
26:56Mas eu me vi muito perdida.
26:59E eu precisei, realmente.
27:00Por mais informação que eu tenha, atual.
27:03E que eu estude sobre tendências nesse universo como mãe.
27:07O que me salvou foi a questão ancestral.
27:09A maternidade ancestral.
27:10Os hábitos e costumes.
27:12Eu não tinha filho na época, mas assim.
27:14Eu cuidava dos meus sobrinhos.
27:15E cenário de famílias africanas.
27:17Em algum momento, sei lá.
27:18Minha irmã foi trabalhar.
27:20A outra irmã é incapaz de amamentar.
27:22Se ela tiver filho, o filho da minha irmã.
27:24Chega a esses extremos.
27:25E tá tudo bem, quer dizer.
27:27Então, eu me apeguei muito nisso.
27:29Eu falei, tá, se a pessoa chegou ao ponto de segurar uma criança.
27:33Que nem foi gerada por ele, é amamentar.
27:35Então, isso é muito forte.
27:37Ou ficar trocando fralda enquanto a sua irmã vai trabalhar.
27:40Num município distante da cidade.
27:43E afins, assim. Vai pra tudo.
27:44É um conceito de rede de apoio bem diferente.
27:47É muito diferente.
27:48Muito diferente.
27:49Eu ficava a noite nanando o meu sobrinho.
27:51Enquanto minha irmã trabalhava.
27:52Eu era praticamente a mãe daquela criança.
27:54Só que isso não me serviu de nada.
27:56Quando chegou o meu cenário materno.
27:58E na minha cabeça, eu tava muito pronta.
28:00Eu falei, pô, criei três, quatro sobrinhos.
28:02O meu vai ser fácil.
28:03Aonde? O que a gente diz?
28:04Vai começar do zero e vai apanhar ainda.
28:09E ainda vem pra um cenário aqui dentro do Brasil.
28:12Que é o mais radical que é São Paulo, né?
28:13Completamente.
28:14E eu ficava assim.
28:15Ninguém tem tempo.
28:16Sério.
28:17Eu já vi criança assim.
28:18A criança não espirrou.
28:19É a mãe, o avô, o Dindo.
28:20Eu, o que que é isso?
28:21E a minha filha, assim, caiu.
28:22Mãe, ralei o joelho.
28:23Eu falo, sacode.
28:24Continue.
28:25Ela nem doeu.
28:26Eu gosto disso.
28:27Só vai.
28:28Só vai.
28:29Agora, nesse ponto de cortar.
28:30Aí, até querer também ouvir um pouco a Mônica.
28:31Tem uma armadilha que, às vezes, a gente pode cair.
28:32É que, pra não repetir um padrão, a gente vai pra um extremo.
28:33Não é?
28:34Não.
28:35Não.
28:36Não.
28:37Não.
28:38Não.
28:40Então, às vezes, putz, era muito violenta, educação violenta e tudo mais, comunicação
28:49violenta em casa.
28:50Aí, você não quer reproduzir aquilo, aí você vai acabar sendo muito...
28:53Permissível.
28:54Permissível.
28:55É, permissível.
28:56Enfim.
28:57Então, esses extremos são muito comuns, né?
28:58De você não querer repetir o que você teve, às vezes, né?
29:01Sim.
29:02Porque você tem tanto medo de errar daquela forma que, ao invés de balancear, procurar
29:05o equilíbrio, a gente fala, não, eu não vou errar desse jeito, de jeito nenhum.
29:08Então, você acaba olhando só pro outro lado.
29:10Acontece.
29:11Acontece mesmo.
29:12E você sabia, até um parênteses, a superproteção da mulher, ela é mais recorrente aquelas
29:16mulheres que tiveram dificuldade em engravidar, porque elas enxergam uma dificuldade tão
29:19grande do gestado, conseguir engravidar, que na hora que o filho chega, ela quer proteger
29:24demais, porque aquilo foi tão difícil pra ela.
29:27Tão difícil.
29:28E aí, de repente, essa mãe também fica superprotetora.
29:30Até fazendo um parênteses, é um pouco o que eu falo no meu segundo livro, que ele
29:33chama Amor Maior que o Meu, só que o M tá cortado, que é o Eu.
29:37E a minha provocação é o que você ama mais, ser mãe ou ser o filho.
29:40Porque quando a gente ama mais o ser mãe, e vamos falar a verdade, não é a coisa
29:44mais gostosa do mundo.
29:45Você tá vivendo isso agora.
29:46Você é a pessoa mais importante da vida dessa criança.
29:50Gente, é um negócio assim.
29:51Eu que fiz.
29:52Você viu?
29:53Só ursonas.
29:54Ai, meu Deus.
29:55Você até fala pro pai, sai agora já.
29:57Sabe porque ele me ama.
29:58Ele me ama.
29:59Quando o pai fica pegar e ele fala, mamãe, eu fico assim, ai, desculpa, desculpa.
30:03É maravilhoso e aproveita esse lugar.
30:05Maravilhoso.
30:07Uma das maiores dificuldades, mas sabedorias também, é você saber o seu lugar de tirar
30:12esse lugar de ser a pessoa mais importante, pra que ele vire a pessoa mais importante
30:16da vida dele.
30:17Do mesmo jeito que a gente ama ter a nossa liberdade e o nosso poder, a nossa decisão,
30:22ele também ter isso.
30:23Escolher a própria profissão dele.
30:25E a gente tem que lembrar que ele não é a sua infância que você gostaria de ter.
30:29Ele é a infância dele.
30:31Ele não é os sonhos que você não realizou.
30:32Você não precisa realizar nele.
30:34Você tem que cuidar da sua criança.
30:35E aquela criança que ele é, você tem que cuidar dele.
30:38Vou levantar a mãozinha aqui, gente.
30:40Porque sabe que eu vou falar uma coisa polêmica também, trazer um exemplo prático baseado
30:45nisso, que é o desmame pra mim.
30:47Ele foi muito nesse lugar de, cara, eu amava amamentar.
30:51Eu amamentei até dois anos e oito meses a minha filha.
30:54E eu amava, amava, amava amamentar.
30:57Então era uma coisa que chegou num momento que não era mais pra ela.
31:00Era pra ela também, claro.
31:02Mas assim, pra mim era muito gostoso amamentar.
31:04Só que aí, eu comecei a perceber que quando ela não podia mamar, ela ficava extremamente
31:10irritada.
31:11Extremamente insegura.
31:12Eu chupei, cara.
31:13Ela até passou pra chupeta.
31:14É.
31:15No meu caso, eu consegui fazer essa escolha de não dar a chupeta.
31:17Não julgo quem dá a chupeta.
31:18Eu dei.
31:19Eu dei pra ela chamar.
31:20Eu tentei e não consegui.
31:21Eu fracassei.
31:22Eu tentei tanto que consegui, gente.
31:23Olha, que botão é esse que a gente liga às vezes.
31:24Preparem pra tirar, hein.
31:25É.
31:26Zero julgamentos.
31:27Eu não dei a chupeta e eu amamentei até dois anos e oito.
31:32Só que aí, no dia que eu decidi e falei, vou parar, foi porque ela tava muito estressada
31:37porque eu tava fazendo uma reunião e ela queria mamar, só que ela tava de barriga
31:40cheia.
31:41Era um sofrimento.
31:42Era um sofrimento.
31:43Exatamente.
31:44Traduziu pra mim.
31:45Quando eu vi que ela estava sofrendo, que talvez o amamentar estava sendo mais prejudicial
31:49do que benéfico pra ela, eu falei, não, parou!
31:52Por que eu tô nessa jornada que tá gerando sofrimento?
31:54Aí eu falei, é hoje.
31:55Mas tá, a partir de hoje… Aí foi naquele dia, sim.
31:59Porque foi esse exercício, às vezes, que a gente tem que ter de falar, cara, não é
32:03por mim, é por ela também, porque se mistura isso, é muito misturado o sentimento, né.
32:08E é misturado, porque tava dentro de você, vocês eram uma coisa só, né.
32:12E aí, depois a gente vai ter a criança se entendendo que não faz parte do seu corpo,
32:16mas ela te quer, porque você é o porto seguro dela.
32:18E aí, a gente entendendo que a gente ama ser a pessoa mais amada da vida dessa pessoa,
32:22que é maravilhoso.
32:23Não, não julgo, é maravilhoso, mas a gente tem que entender até quando a gente pode
32:27ocupar esse trono de pessoa mais importante.
32:29Porque quando a gente continua nesse lugar, a gente só tá mostrando pros nossos filhos
32:33que a família dele sou eu.
32:35Então, ele não tem que ter a família dele, a mulher dele, o marido dela, o que seja,
32:41não tem.
32:42Ele tem que ser meu, e eu vou comandar a vida dele, porque eu sei o que é melhor pra ele.
32:46E a gente começa a fazer essa transição de ir largando isso na adolescência, que
32:50é quando vai ter o ídolo, que fala, ah, eu amo…
32:53Tá cedo agora, já começou.
32:55A minha filha tá na Sabrina Carpenter, adora a Sabrina Carpenter.
32:59E vai começar a ter os ídolos, e é natural que isso aconteça.
33:03Então, Paulo, a gente tem que entender, se a gente ama mais o nosso filho, a gente tem
33:06que amar tanto, mais tanto, que a gente vai deixar ele embora.
33:10E ele vai voltar com você por amor, ele não vai voltar por dependência.
33:13Aí é amor de verdade.
33:14Aí é amor de verdade.
33:15Eu ia fazer o recorte, a primeira eu amamentei três meses, simplesmente, eu tinha muita
33:20produção do leite, mas eu fazia faculdade na época, à noite, era o horário.
33:25A hora do mamar.
33:26E aí foi muito doloroso pra mim.
33:28Ela pegou a fórmula e beijo, tchau.
33:31Eu sofri muito, eu chorava no banheiro, ir lá, tirando, então secou e foi.
33:35Senti muito nessa primeira.
33:37Na segunda gestação, acho que teve aí uma vingança da segunda irmã, que ela mamou
33:41dela e mamou a parte da irmã.
33:43Mas eu percebi que também ela tinha essa questão de já tendência de querer fazer
33:47o meu peito de chupeta, já tava comendo vários alimentos, que todos os adultos comem, né.
33:52Então eu falei, gente, não tem necessidade.
33:54Aí eu tive uma conversa, eu falei, eu vou ter que conversar com essa criança?
33:57Peguei ela, assim, botei, eu falei, vem cá, acabou, não vai ter mais, a partir de hoje
34:04vai ser difícil pra você e pra mamãe e não vai ter.
34:08Aí eu lembro que eu fiquei uma frequência de horas, acho que das seis da tarde até
34:12nove e meia da noite, preparada pra sofrer aquela...
34:15Eu tirei aquela semana, eu falei, uma semana vai ser isso, toda noite.
34:19Todo ano amamentação.
34:20E tal.
34:21Ela se esperninhou, foi muito difícil a primeira noite.
34:24E eu tava muito, assim, com uma energia muito recarregada.
34:27E aí eu fiquei, não dei, não dei, eu lembro que até dei um suquinho na mamadeira e tal.
34:31Eu falei, não vai ter, ela se esperninhou, mas assim, foi uma noite muito difícil, dormiu.
34:36Dia seguinte eu tava lá, eu seis horas, com a faixa do rainbow, né, mais uma noite.
34:41Menina, foi simplesmente dormir.
34:44Eu preparada pra lutar a noite inteira.
34:46Foi simplesmente uma noite de luta.
34:49Então, é um lugar muito delicado, eu tô partilhando isso, porque muitas mães ficam,
34:53ai, vou dar, aí volta um pouquinho.
34:55Fica firme, uns três dias aí de guerra.
34:58É sustentar, né?
34:59É sustentar.
35:00Que depois vai, vai engrenar.
35:01Eu fiquei muito feliz, porque eu achei que essa...
35:04Eu considerei que essa conversa minha e dela, que a criança aprende e entende, eles escutam.
35:09Eles sabem o que a gente tá falando.
35:11Eles são surpreendentes.
35:12São demais.
35:13Mas quando perguntou pra mim do desmame, eu falei, Mônica, qual dica que você dá pro
35:16desmame?
35:17A primeira dica que eu te dou, e eu acho que é a única que precisa, é você estar
35:20decidida.
35:21É.
35:22Porque se você tiver com dúvida, é difícil sustentar essa noite de luta.
35:25Que pode ser uma, pode ser duas, pode ser três.
35:27Pode ser uma semana.
35:28Pode ser.
35:29Entendeu?
35:30Então, eu falo assim, o primeiro passo é você entender o que você quer.
35:33Se você está decidida, você vai conseguir.
35:35Vai rolar o desmame.
35:36Agora, se você tá ali, ai, ai...
35:37Ai, tá chorando muito um pouquinho.
35:38Perdeu, perdeu, perdeu.
35:39A criança ganhou, ganhou.
35:40E a criança vai descobrir que se ela fizer birra, a mãe vai ser bem.
35:41A mãe vai ser bem.
35:42E aí, volta o ciclo.
35:43Exatamente.
35:44E vai ser mais difícil.
35:45Muito mais.
35:46Que daí, dá uma noite e vira duas, que vira três, que vira quatro.
35:47Que já sabe que você, em algum momento, vai dar...
35:48Vai ceder.
35:49Ai, meu Deus do céu.
35:50Mas é difícil o desmame, eu falo.
35:51É porque tem gente que...
35:52Eu falo, tem gente que ama amamentar, foi o meu caso.
35:53Tem gente que não gosta de amamentar.
35:54Tem pessoas que têm perturbação da amamentação, que é um desconforto absurdo amamentar.
35:55Então, eu falo, cada experiência acaba...
35:56E tem mulheres também que desejaram, não conseguiram.
35:57E tem mil aspectos.
35:58Mas, eu acho que é o primeiro passo.
35:59mas eu também abraço quem não amamenta.
36:00Porque, gente do céu, como foi?
36:01Muito difícil.
36:02Muito difícil.
36:03Não, enfraquece tudo.
36:04Cabelo, unha, cai tudo.
36:05A gente não vai pra criança.
36:06Não vai pra criança.
36:07Cai tudo.
36:08Inclusive, eu sei.
36:09Cai tudo.
36:10Inclusive, eu sei.
36:11Não vai pra criança.
36:12Não vai pra criança.
36:13Não vai pra criança.
36:14Não vai pra criança.
36:15Não vai pra criança.
36:16Não vai pra criança.
36:17Não vai pra criança.
36:18Não vai pra criança.
36:19Não vai pra criança.
36:20Não vai pra criança.
36:21Não vai pra criança.
36:22Não vai pra criança.
36:23Não vai pra criança.
36:24Não vai pra criança.
36:25Não vai pra criança.
36:26Não vai pra criança.
36:27Não vai pra criança.
36:28Não vai pra criança.
36:29Não vai pra criança.
36:30Não vai pra criança.
36:31Não vai pra criança.
36:32Gente, o que que não é difícil nessa viagem, né?
36:36Assim, meu Deus, que a maternidade é uma viagem, muito doida, assim.
36:41O que não é difícil.
36:42O que não é desafiador.
36:43E o que não é igualmente maravilhoso.
36:45Eu acho surreal.
36:46E é uma medida maior, né?
36:47É surreal.
36:48É muito difícil.
36:49Mas é muito maravilhoso.
36:50Mas essa dualidade é uma coisa que mexe muito comigo.
36:53As minhas amigas que não têm filhos me perguntam, mas por que é tão bom?
36:56Explica pra gente.
36:57É muito bom.
36:58Eu não consigo explicar como a coisa é um lugar, é o meu lugar de poder, assim, eu me sinto a mais mais.
37:03Uma coisa mais difícil que a gente já fez e a coisa mais maravilhosa que a gente já fez.
37:07Eu acho que é isso, é muito singular, é muito você nessa jornada se descobrindo, apanhando, sendo recompensado.
37:12Que eu acho que não tem melhor abraço, melhor beijo no mundo do que nossos filhos.
37:16E tem uma coisa muito interessante, a gente aprende a ser mãe todo dia.
37:19Porque nossos filhos exigem uma versão diferente da gente todo dia.
37:22A medida que eles crescem, são ouvidas.
37:24E ainda a gente não atualiza a configuração pras entregas.
37:27Demais, demais. Tem até uma coisa que eu tô com isso na cabeça, eu falei antes de terminar o episódio.
37:31A hora que a Mônica falou que é uma coisa muito difícil, mas que nenhuma de nós está arrependida.
37:37E eu tenho uma frase que eu carrego comigo e que é que eu sempre falo, assim, né, pra quem tá ao meu redor.
37:41Que não tem filhos, que eu falo, que é, inclusive, quem fala isso é o André Costa.
37:45É um escritor, palestrante maravilhoso, vocês puderem acompanhar.
37:49E ele fala isso, assim, cansados sempre, arrependidos jamais.
37:54Sempre cansada, mas nunca arrependida, jamais.
37:57E essa dualidade é muito maluca.
37:59E eu vou pra um extremo, eu acho engraçado porque aparecem bastante gente falando assim,
38:02Mônica, eu não suporto criança, mas eu amo tanto meu filho criança.
38:05Até quem não gosta de criança, se apaixona pela própria maternidade.
38:09É, com certeza, uma loucura demais.
38:11Vamos divulgar os livros?
38:13Vamos divulgar os livros.
38:15Livros aqui na mesa, quem vai? Tina, que tá com ele fresquinho.
38:17Gente, a gente tá aqui fresquinho, lança domingo.
38:19Ai, meu Deus, eu tô tão fina, né, escritora.
38:23O poder da ousadia.
38:25Narra minha jornada como mulher preta, imigrante.
38:28Trago a narrativa do que foi a minha infância em Angola.
38:33Olha a contra capa, gente.
38:35Deixa eu acheitar.
38:37Falou de backstage, sobre profissionalismo.
38:41Tem até algumas imagens aqui, a gente usou essa estratégia porque acho que é interessante.
38:46Tá bem legal.
38:47Serve looks, né?
38:49A minha fase como miss, minha mãe, minha família, meus irmãos.
38:53Eu acho que é um complementar quando eu falo da minha jornada.
38:56Porque famílias africanas são muito grandes.
38:58Então, pra saber quem é o fulaninho, às vezes, vale olhar aqui.
39:02E aí eu falo da minha maternidade.
39:04Trago um resgate também do que é a maternidade no continente africano.
39:07Que ele é muito rico.
39:08Na Nigéria é diferente de Angola.
39:09Falo um pouquinho, dou umas pinceladas assim.
39:11O quanto a espiritualidade toca nesse lugar também de cuidados.
39:15Banhos, as ervas, banhos de ervas, as receitas.
39:19Que, sei lá, aumentam a produção de leite.
39:21Um monte de coisas bem legais, bem bacana.
39:23E eu tô muito feliz.
39:24Falo de BBB, pré-BBB.
39:26Que eu acho que ninguém fala de...
39:27Aqui tem pré-BBB.
39:29E aí, tô muito feliz.
39:31Ai, parabéns.
39:32Obrigada.
39:33Sucesso.
39:34Tô ansiosa.
39:35Acho que vão fazer um segundo livro, né?
39:37Já até brinquei que vai.
39:39Eu já tô super ansiosa pra ler.
39:40A gente percebeu várias similaridades.
39:42Não na nossa maternidade, mas no nosso jeito de admirar o maternário, né?
39:47A gente tem bastante similaridade.
39:49Eu trouxe hoje pra vocês, para quem não conhece.
39:51Vem cá, me dá um abraço.
39:52Meu primeiro livro.
39:53Esse aqui é uma autobiografia com reflexões.
39:56Olha só a coincidência.
39:57Também temos fotos no final.
39:59Falei, tem muito, hein? Fotos.
40:02Tem maternidade.
40:03Tem também.
40:05E...
40:06Eu também tenho meu segundo livro.
40:08Que eu lancei ano passado.
40:09Que é O Amor Maior Que O Meu.
40:10E agora vou lançar mais um.
40:11Daqui a mais ou menos duas a três semanas vai sair.
40:14Proteja Seus Filhos dos Perigos das Telas.
40:16Gosto.
40:17Que daí são as dicas da mãe nerd.
40:19Que é gamer também, pra quem não sabe.
40:21Que daí eu falo sobre dicas de como educar as crianças.
40:25E da mediação.
40:26O que é mediação?
40:27Não é só você falar o tempo de tela.
40:29A mediação é você ensinar pras crianças autonomia para usar tela.
40:33Como que a gente faz isso em cada etapa, em cada fase?
40:36Porque o controle parental é necessário.
40:38Mas ele tem data pra acabar.
40:39Aí quando acabar o controle, abre tudo e ele não sabe se comportar.
40:42Então eu vou ensinando a mediação em cada etapa.
40:44Falo sobre vários crimes na internet.
40:46Inclusive é um livro que foi escrito antes da série Adolescência.
40:50Mas tem muita coisa dessa série ali no livro.
40:52E eu falo como denunciar os crimes.
40:54E eu posso só contar uma curiosidade.
40:56Que eu acho muito importante.
40:57Esse livro novo, desse momento de pesquisa.
41:00Eu acabei descobrindo que existem dois sites.
41:02Um pra menor de idade.
41:03Um pra maior de idade.
41:04Um pra maior de idade.
41:05Em que qualquer pessoa pode registrar uma foto ou um vídeo seu.
41:10Que seja impróprio, tá?
41:12Ele vai criar uma hash que chama.
41:14Que é como se fosse uma assinatura desse vídeo.
41:16Você não precisa nem baixar.
41:17Na própria plataforma ele vai criar.
41:20E tem vários sites que utilizam essa hash.
41:22Então se você achar que tem um nude seu que vazou.
41:24Ou de um menor de idade.
41:25Só muda qual é o site, tá?
41:27Você cria essa hash.
41:29Instagram, Facebook, Pornhub.
41:31Nenhum desses lugares vai aparecer esses vídeos.
41:33Eles são bloqueados.
41:34Inclusive, quem tá subindo esse vídeo também é bloqueado da plataforma.
41:37Como que ninguém sabe disso, me conta.
41:39Uma proteção pra maiores e pra menores, tá?
41:42Então, se tem tudo no livro.
41:43Tá tudo, inclusive, com QR Code.
41:44Pra na hora que você espera começar a se digitar.
41:46Vai pegando.
41:47Obrigada por isso.
41:49E aí, depois eu compartilho com vocês todos os links também.
41:53Porque não é só pra gente.
41:54Não é só pra nossa proteção, mas nossos pequenos também.
41:57Sim, obrigado.
41:58Com certeza.
41:59Gente, que rápido!
42:00Já acabou?
42:01Não!
42:02A gente não vai entrar no proteção infantil pra crianças.
42:05Vamos entrar mesmo.
42:06Vale mais um episódio sobre o tema.
42:08Não posso sair daqui.
42:10Também no próximo livro, Tina Volta.
42:13Por favor.
42:14É isso.
42:15Vamos nos reencontrar, com certeza.
42:17E você também que nos acompanhou.
42:18Muito obrigada.
42:19Até o próximo episódio daqui a 15 dias.
42:21A gente se vê.
42:22Um beijo.
42:23Ah, acompanha a gente lá.
42:24No nosso Insta.
42:25Arroba na volta.
42:26Pode.
42:27Meninas, acho que os meninos já colocaram.
42:28Mas se quiserem falar também, o arroba de vocês.
42:30Tinacalamba em todas as redes sociais.
42:32Eu sou almanac dos pais em todas as redes sociais também.
42:36Um beijo, gente.
42:37Até a próxima.
42:38Beijo.
42:39Tchau, tchau.
43:00Tchau.

Recomendado