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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a proposta de reforma do Imposto de Renda enviada ao Congresso cria um constrangimento moral para os super-ricos ao expor a desigualdade tributária no Brasil. Segundo ele, a medida tem por objetivo corrigir distorções históricas, isentando quem ganha até R$ 5 mil por mês e estabelecendo uma tributação mínima para rendas superiores a R$ 50 mil. Haddad destacou que a reforma não tem impacto fiscal, pois busca redistribuir a carga tributária sem aumentar a arrecadação. O ministro fez uma analogia da situação, dizendo que os super-ricos são como um morador que possui uma cobertura e não paga o condomínio, sugerindo que é justo que contribuam mais para reduzir a carga dos que ganham menos.

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Transcrição
00:00Vamos falar um pouquinho do tutu do Massari, do imposto?
00:05O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a proposta de reforma do imposto de renda
00:15que foi enviada ao Congresso vai criar um constrangimento moral para os super-ricos,
00:24aqueles que mais pagam imposto, ao expor a desigualdade tributária no Brasil.
00:30Segundo ele, a medida tem por objetivo corrigir distorções históricas,
00:36isentando quem ganha até R$ 5 mil por mês e estabelecendo uma tributação mínima para rendas superiores a R$ 50 mil.
00:46Haddad destacou que a reforma não terá impacto fiscal,
00:50pois busca apenas redistribuir a carga tributária sem aumentar a arrecadação.
00:56O ministro fez uma analogia da situação.
01:00dizendo que os super-ricos são iguais a um morador que possui uma cobertura e que não paga condomínio,
01:08sugerindo que é justo que contribuam mais para reduzir a carga dos que ganham menos.
01:15Ellen Brown, a ideia é sempre colocada de forma muito simpática, simplista, até infantil.
01:24Mas será que vai funcionar?
01:27Parece que não, né?
01:28A gente já entra desesperançoso.
01:31Bom, a primeira coisa é a seguinte,
01:32eu detesto esse discurso do super-ricos aqui, super-pobres aqui,
01:38e vamos fazer uma super-justiça tributária lá,
01:42porque não é assim.
01:42De fato, a carga tributária no Brasil é desigual.
01:46Nós temos essa desigualdade histórica,
01:48nós temos metade dos nossos impostos, eles são indiretos
01:50e quem acaba pagando mais são os mais pobres.
01:52Isso é um fato e isso precisa ser corrigido.
01:54Mas nós não vamos corrigir isso
01:56da maneira em que está se propondo, né?
01:59Fazendo, por exemplo, um populismo com isenção
02:01para quem ganha até 5 mil reais no imposto de renda.
02:04A gente só está reforçando um discurso
02:06de que temos uns super-ricos de um lado
02:08e a população lá que está sofrendo e fazendo esse combustível.
02:13Isso não resolve a situação, né?
02:16Isso traz riscos, mais riscos de evasão fiscal para o país.
02:20A gente precisa discutir esse assunto de forma séria.
02:24Não é o ministro da Fazenda dizendo
02:26que isso vai trazer constrangimento para os muito ricos no Brasil
02:29que vai fazer isso ser resolvido.
02:32Portanto, eu não acredito nessa proposta,
02:34eu não acredito que ela vá vingar de fato, né?
02:38Embora a gente saiba que hoje o Congresso está muito ali
02:40à mercê das emendas, né?
02:42Tem emenda, a gente consegue passar ou não.
02:44Não me parece que o clima está tão favorável assim para isso.
02:48Meu querido Diego Tavares,
02:51será que é outra grande ideia que não vai funcionar?
02:53Olha, Capês, eu digo sempre que política pública,
02:55a gente não mede ela pela exposição de motivos
02:58do projeto de lei ou da proposta de emenda.
02:59A gente mede ela pelos resultados
03:01que essa política pública tem o condão de aparecer.
03:04E aqui, na exposição de motivos mesmo, já está errado.
03:07A Haddad disse que é para fazer uma reparação histórica.
03:09Eu jurava que esse ajuste seria para corrigir as contas públicas,
03:13não para fazer qualquer tipo de reparação.
03:15Mas eu concordo, ratifico aqui o que disse a Ellen mais uma vez.
03:19É um projeto populista.
03:20Populista por quê?
03:21Porque não é um jogo de soma
03:23onde a gente vai isentar as pessoas aqui de um lado
03:25e automaticamente os super ricos vão pagar.
03:28O super rico, ele paga sim, ele paga advogado
03:30para constituir a sua holding,
03:32para constituir a sua offshore,
03:33para, enfim, orientá-lo dos seus investimentos.
03:37Eles não vão pagar essa conta.
03:39Todas as experiências que nós temos no mundo
03:41de arrocho tributário sobre grandes fortunas,
03:43nada mais mostraram do que
03:44que as grandes fortunas encontram um lugar
03:46onde elas não vão ser tão tributadas assim.
03:48É isso que nós estamos construindo aqui.
03:50E a pretexto de facilitar a vida do mais pobre,
03:53no curtíssimo prazo,
03:55nós vamos dificultar muito a vida do mais pobre.
03:57Porque esse rebote tributário
03:59que chega daqui a algum tempo,
04:01ele incide aonde?
04:02Vai vir sobre o consumo.
04:03E quem no Brasil paga mais imposto sobre o consumo?
04:06É o pobre.
04:07A gente tem que quebrar essa lógica
04:08de que nós precisamos empobrecer o rico
04:10para o pobre ter um alívio.
04:11Não, é o contrário.
04:13Nós precisamos tornar aqui um solo mais fértil
04:15para os ricos, para os bilionários,
04:16para que essas pessoas tragam suas fortunas para cá
04:19e com isso enriqueçam os mais pobres.
04:21É enriquecendo o mais pobre
04:22que sempre vai pagar mais imposto
04:24que nós vamos dar mais dinamismo para a nossa economia,
04:27que nós vamos aumentar o tamanho da cifra
04:29nos cofres públicos.
04:30Não é fazendo populismo
04:31às vésperas do processo eleitoral.
04:33O Uruguai mandou um abraço para a gente, né?
04:34Pois é.
04:34Está feliz da vida o governo uruguai
04:36que está fazendo, dando isenção
04:37para bilionário e para lá
04:38e está conseguindo.
04:40Pois é.
04:41E aí, Ana?
04:42Será que o...
04:44Indo para cima dos super ricos,
04:46o pessoal vai esquecer
04:47o quanto que o governo gasta
04:49e torre de dinheiro público
04:50nas estruturas do Executivo,
04:52Legislativo e Judiciário?
04:53É mais fácil arrumar um alvo,
04:55um inimigo comum
04:56do que cortar gastos?
04:57É, exato.
04:58Quando a gente fala
04:59de que isso é populismo,
05:01é exatamente essa estratégia
05:03de tentar criar um novo inimigo
05:05para unir o governo
05:06e a população.
05:08Só que nesse caso,
05:09só não vê quem não quer.
05:11O problema
05:12não é o quanto se arrecada.
05:14É que nada disso
05:15retorna para a sociedade.
05:18Porque a gente tem
05:18inúmeros exemplos de países
05:20em que a alíquota
05:21é até superior
05:23à que a gente paga
05:24aqui no Brasil.
05:24Mas aí,
05:25eu não preciso pagar escola
05:26para os meus filhos,
05:27eu não preciso pagar
05:27plano de saúde,
05:28eu consigo andar na rua
05:30sem o meu carro quebrar
05:31porque está cheio de buraco.
05:33E quando a gente fala
05:34em receber de volta,
05:36é aí que deveria
05:37estar a insurgência.
05:38E aí,
05:38o governo não tem o que falar.
05:41Porque eu não posso
05:41descer aqui embaixo
05:42com o meu celular na mão
05:43que eu vou ser assaltada.
05:45Então,
05:46a questão
05:46não é sobre
05:47quem deve pagar mais
05:49ou quem deve pagar menos,
05:50mas sim
05:51o que isso está trazendo
05:52de volta para a sociedade.
05:54Esses valores
05:55que a gente paga,
05:56seja o rico
05:56ou seja o próprio,
05:58o pobre,
05:58como eles voltam para nós.
06:00E essa discussão
06:01ninguém quer encarar,
06:02porque não volta.
06:04Para encerrar,
06:05meu querido João Belotti,
06:06por que com tantas
06:07grandes ideias
06:09tão simpáticas
06:09o governo
06:10não está estancado
06:11na popularidade?
06:13Pois é, Capês.
06:13esse discurso do Haddad
06:15deveria ter sido feito
06:16no show do Gilberto Gil,
06:17que faria bastante sucesso
06:18esse discurso lá.
06:19O super rico,
06:20o super rico,
06:21sendo que a plateia
06:22normalmente era super rico.
06:23Agora,
06:24não me parece
06:24que causa constrangimento
06:25algum nos super ricos
06:26esse discurso
06:27da reforma do IR.
06:28Estou aqui diante
06:29de quatro super ricos
06:30e não estão constrangidos,
06:31porque sabem
06:31que é um discurso
06:32essencialmente populista.
06:34Então, assim,
06:35o Haddad,
06:36ele fala uma coisa
06:36para a plateia,
06:37mas na prática
06:37o que ele faz
06:38é aumentar impostos
06:39para a população.
06:41Muito bem.
06:42O show do Gilberto Gil,
06:43tem quatro milhões
06:44de apoio da Lei Rouanet.
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