Usando clipes de documentários e cinejornais antigos, Naldini traça a ascensão ao poder de Mussolini, a Marcha sobre Roma até a ascensão do regime fascista à função de cúmplice do Nazismo.
"Naldini tomou decisões estilísticas rigorosas ao conceber o filme. Nada de retórica antifascista, nada de 'ridicularização' fácil do fascismo, representação do fascismo por meio de material elaborado pelos próprios fascistas, ou seja, por meio da ideia falsa e verdadeira de si mesmos. Materiais que se acumulam e, por fim, explodem em uma expressividade anormal e involuntária. É uma aposta terrível, e o filme de Naldini joga com isso. Por isso, é um belo filme. E também perigoso, porque são os destinatários de boa-fé que aceitam o jogo. Os de má-fé fazem o 'seu' jogo, ou seja, não sabem jogar. O fascismo é um comportamento sombrio e coercitivo" [Pier Paolo Pasolini]