A Opinião de José Sócrates 1 de Junho 2014

  • há 10 anos
Resumo do Comentário de Sócrates
As impressões deixadas ontem pelo SG (secretário Geral) do PS, não são as melhores, começou mal. A cultura do PS é uma cultura de pluralidade de ideias em que cada militante tem direito a expor as suas e confrontá-las com os outros militantes, aquilo que pode parecer estranho para os outros partidos é prática no Partido Socialista e Sócrates relembra quando foi da sua candidatura a SG em 2004 os concorrentes Manuel Alegre e João Soares, foi enriquecedor e não prejudicou em nada o PS.
Qualquer dirigente do PS pode achar que a liderança numa dada altura não é a melhor e considerar-se ou considerar alguém disponível para o lugar sem que com isso seja considerado ambicioso ou desestabilizador politico ou mesmo fazer jogos políticos.
Todo o trabalho político se avalia pela votação dos eleitores. Temos de pensar que os eleitores além de avaliarem as más políticas do Governo dando-lhes a votação que deram, também avaliaram a inercia da oposição do PS, não podendo considerar-se como alternativa àquele governo.
Quanto ás primárias arremessadas á ultima hora para cima da mesa, é assim uma coisa não praticável até por imposição dos Estatutos do PS, que não preveem que um militante novo possa votar senão com seis meses de militância, como querem que simpatizantes possam votar (desigualdade de tratamentos) depois quem atesta que esses simpatizantes tem condições e o são simpatizantes. É impraticável… Os sorrisozinhos do PSD podem e serão transformados em sorrisos amarelos. A escolha do SG é feita pelos Militantes do PS
Sócrates recomenda muita prudência.
Quanto ao chumbo do TC (Tribunal Constitucional) do OE recorda que se trata do terceiro chumbo constitucional por aquele Tribunal, as inconstitucionalidades são muitas nunca na nossa vida democrática houve tanto chumbo de OE. Falta de critérios de igualdade e proporcionalidade.
Ganharam as eleições dizendo que iam cortar nas gorduras do Estado, afinal o que fizeram foram 3 OE inconstitucionais, pretendiam reduzir a divida, afinal de 94% do PIB está em 132 %. Este governo apresenta uma legitimidade diminuída em toda a sua actuação.
Susana Lourenço