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O Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, adotou uma postura cautelosa ao comentar o impacto imediato da manutenção da alta taxa Selic pelo COPOM, preferindo "desconversar" sobre o tema.

Em vez de criticar diretamente a decisão do Banco Central, Durigan focou no que o governo pode fazer para ajudar a reduzir os juros no futuro.


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Transcrição
00:00Enquanto o Banco Central não indica a possibilidade de começar a reduzir os juros,
00:04o secretário do Ministério da Fazenda ameniza os impactos econômicos.
00:08Repórter Matheus Dias, o que declarou Dário Durigan sobre esse assunto.
00:14Bem-vindo, Matheus. Boa noite.
00:19Boa noite, Tiago. Boa noite a você. Boa noite a quem nos acompanha.
00:23É aquela queda de braço que desde o começo do ano ainda existe entre governo federal e Banco Central.
00:30Um jogando para o outro, sempre a responsabilidade, né, Tiago, por conta dos gastos federais, a dívida do governo.
00:37Desde o início do ano, Gabriel Galípolo sempre apontou que o governo deveria diminuir os gastos públicos,
00:43que isso causava a alta da inflação e por isso justificava o Banco Central ser tão rígido quanto a taxa de juros,
00:50ser tão rígido a Selic, a maior dos últimos 20 anos, a segunda maior do mundo, fixada a 15% ao ano.
00:57Para Gabriel Galípolo, isso é uma forma de tentar compensar os gastos públicos ali.
01:02Sendo que o déficit primário do governo, divulgado há alguns meses pelo IBGE, já apontava certa preocupação.
01:09E depois que a dívida bruta pública do país atingiu quase um trilhão de reais no patamar verificado de janeiro a dezembro desse ano,
01:20o caos foi ainda maior. Só que tem uma certa justificativa para essa dívida alta,
01:26para os especialistas que dizem que muito disso é justificado pelos gastos com juros, por conta justamente da Selic.
01:34Então essa briga que antes era protagonizada por Gabriel Galípolo e Fernando Haddad, ministro da Fazenda,
01:39hoje foi protagonizada pelo braço direito de Haddad, o secretário executivo da Fazenda, então, Dário Durigan.
01:46Ele que disse que os gastos do governo, mesmo que altos, não justificam a dívida bruta total hoje,
01:53e que muito disso é por conta da taxa básica de juros. Vamos ouvir.
01:58Hoje o crescimento da nossa dívida pública não se dá pelo crescimento do déficit primário.
02:05O resultado fiscal, ele melhora ano a ano, desde 23 até hoje.
02:09Agora, sem dúvida nenhuma, que o patamar de juros do país tem gerado um endividamento maior.
02:15Se a gente quiser fazer gasto desproporcional, como muita gente à esquerda quer,
02:20nós não vamos levar o país para uma condição sustentável de crescimento.
02:24Nós vamos, possivelmente, fazer um voo de galinha.
02:27Se for fazer o arrocho só olhando para o fiscal, sem olhar para a população brasileira,
02:31como muita gente na centro-direita quer, também não vai dar certo.
02:35Por isso que nós estamos buscando um caminho do meio, que é o caminho que tem dado resultado para o país.
02:38Essa entrevista de Dário Duriga, então, aconteceu hoje na Câmara dos Deputados,
02:47em um evento para discutir o arcabouço fiscal.
02:50E nesse mesmo evento, Hugo Mota, presidente da Câmara dos Deputados, discursou também.
02:54Ele disse que os gastos públicos do governo realmente são altos,
02:57mas muitas vezes justificados, por conta dos gastos que são necessários para que o país funcione.
03:03E que, na verdade, o teto de gastos deveria ser ainda maior.
03:07Para Hugo Mota, o que deveria ser verificado com mais atenção é a arrecadação do governo federal.
03:13Vamos ouvir.
03:14O antigo teto de gastos não acompanhava o crescimento das despesas constitucionais obrigatórias.
03:21E tornava impossível a realização de investimentos adicionais, muitos deles de caráter essencial.
03:29Naquele momento, era absolutamente imprescindível a criação de novas regras que consolidassem a responsabilidade fiscal,
03:39mas, ao mesmo tempo, protegessem a capacidade de investimento e de implementação de políticas públicas.
03:46Estava claro que o crescimento da despesa pública deveria ter um limite,
03:51mas também ser flexível o suficiente para refletir melhorias em nossa capacidade de arrecadação.
04:00Sem isso, corríamos o risco de inviabilizar o país.
04:04A dívida bruta pública hoje do país soma R$ 987 bilhões, o que representa 78% do PIB.
04:18Como disse, muito disso puxado por conta dos gastos com juros federais.
04:22E na última reunião do COPOM, que foi realizada ontem, inclusive, Tiago,
04:25e a última reunião de 2025 do Comitê de Política Monetária,
04:29a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida a 15%.
04:33E mais do que isso, Gabriel Galipoli e os outros diretores do Banco Central
04:37não sinalizaram que, no início do ano que vem, já de pronto, terá uma diminuição nessa taxa.
04:43Viu, Tiago?
04:44Feito.
04:44Mateus Dias, até daqui a pouquinho, deixou eu chamar a Denise.
04:47E também vou perguntar para a Dora Kramer,
04:49porque a Denise vai trazer uma informação sobre Fernando Haddad.
04:52Mas antes, eu queria te perguntar sobre essa declaração de Dário Düring.
04:55Ele meio que desconversa em relação aos juros, é mais para não provocar polêmica, Denise?
05:00É, na verdade, ele está cobrando um pouquinho, sim, a posição do Banco Central
05:04em relação à manutenção de juros elevados,
05:06porque o Banco Central, em vários comunicados, questiona a gestão das finanças públicas
05:10e coloca como um dos fatores que levam a uma maior cautela na condução da política monetária.
05:17E aí, veio a contrapartida dele, ele defendeu que os dois caminham juntos,
05:21política monetária e política fiscal,
05:22mas, de fato, há um peso relevante do nível dos juros sobre a dívida pública.
05:28Os títulos do governo que são negociados, atrelados à Selic, à taxa básica,
05:33agora tem momentos de maior pressão no mercado financeiro
05:36em que os juros cobrados pelo mercado financeiro até sobem,
05:40além da taxa básica de juros.
05:42Nós tivemos isso em vários momentos de maior tensão do mercado,
05:46por vários fatores, não apenas a gestão das finanças,
05:49mas é uma gestão preocupante.
05:51Ele fala em cumprimento das metas fiscais,
05:53mas a gente sabe que muitos gastos ficam fora dessa meta,
05:59então gastos emergenciais.
06:01Agora, Dario Durinho se mostrou muito otimista
06:04com relação ao cumprimento da meta fiscal do ano que vem,
06:07se houver um corte dos gastos tributários,
06:09só aquelas isenções e benefícios e tudo mais.
06:12Agora, até o mercado financeiro está achando que o Banco Central
06:14está sendo muito conservador em relação ao tom adotado
06:18quanto à gestão da política monetária.
06:20Foi a avaliação que se teve a partir da divulgação do comunicado,
06:24todo mundo esperava a manutenção da Selic,
06:26só que o comunicado foi a cópia do comunicado anterior,
06:31deixando de lado o fato de a inflação já estar abaixo do teto da meta
06:34e de o Federal Reserve nos Estados Unidos também ter reduzido os juros.
06:39Então é isso, o mercado teve uma reação boa hoje,
06:41o dólar voltou a cair, a bolsa subiu um pouquinho,
06:44mas fica essa preocupação, Tiago.
06:45O Danilo, hoje a gente estava até conversando,
06:47o que o ministro estava fazendo a Fernanda Haddad é andar meio sumido,
06:50e aí ele deu uma entrevista para um jornal,
06:53para um portal de um jornal do Rio de Janeiro,
06:55lá onde mora a Dora Cramer, e chamou atenção, né, o que ele falou.
06:59Na verdade, é uma posição política que a gente já tinha discutido aqui,
07:02inclusive, Tiago.
07:03A gente sabe que a presidência do PT gostaria que Haddad fosse candidato
07:07ao governo de São Paulo para puxar o palanque para o presidente Lula,
07:11só que ele deu indicação nessa entrevista de que ele pretende colaborar de uma outra forma.
07:16Ele admite, inclusive, sair do Ministério da Fazenda
07:19para trabalhar pela candidatura do presidente Lula à reeleição,
07:23mas sem ser candidato.
07:25Ele não quer ser candidato a nada,
07:27ele se afastaria do ministério para ter mais tempo
07:30para trabalhar pela candidatura do presidente Bolsonaro
07:33e deixou em aberta a possibilidade, depois, no caso de reeleição,
07:36dele retornar ou não ao ministério.
07:38Agora, a gente vê que Dario Durigan tem participado de muitos eventos,
07:41substituindo o ministro Haddad,
07:43ele falou de vários assuntos hoje,
07:46ele teve uma postura política,
07:48ele falou em relação aos projetos que são negociados com a Câmara,
07:52com o Senado também,
07:54comentou todas as divergências,
07:56mas deu essa sinalização política,
07:58que ele, em particular, não quer concorrer a nenhum cargo.
08:02Odora, me diga uma coisa,
08:03ele não quer é uma coisa
08:05e querem que ele seja candidato a outra?
08:09Pois é, porque essas coisas nem sempre se conjugam, né?
08:13Porque querer nem sempre é poder.
08:16Mas o Haddad não pretende fazer,
08:19ele é um político, né?
08:21Então a ideia dele não é fazer carreira eterna ali no Ministério da Fazenda.
08:26De uma maneira ou de outra ele sairá.
08:28Ele já disse anteriormente que o plano dele,
08:32dependendo da vontade dele,
08:34seria coordenar a campanha de reeleição do presidente Lula.
08:40Isso que ele gostaria de ser.
08:42Mas tem essa pressão ou essa ideia, né?
08:48De que ele concorra ao governo do estado de São Paulo.
08:52Tem a outra ideia do Senado.
08:54De qualquer maneira, eu estou achando tudo com muita cara
08:57de o ministro Haddad realmente já ter...
09:03Decidir que já deu a sua cota ali no Ministério da Fazenda.
09:07Ele enfrentou, não digo poucas e boas,
09:10porque na verdade foram muitas e péssimas, né?
09:13A gente lembra, teve uma hora,
09:15quando ele ainda era o queridinho do mercado,
09:18o PT realmente não escondia nem...
09:22Não fazia questão de esconder a sua insatisfação com o Haddad.
09:29Aí, a partir de um certo momento,
09:31o Haddad começou a adotar um discurso mais político,
09:34um discurso mais alinhado com a esquerda do PT,
09:39já que ele é identificado com a ala mais moderada do partido, né?
09:44Do PT, então ali ele também se transformou
09:49numa pessoa, num militante petista
09:52que podia ser abraçado pelo PT como candidato.
09:57Aliás, foi isso que diz o presidente Partido Adinho Silva
10:00outro dia ao defender, não lembro se ontem ou anteontem,
10:03ao defender a candidatura dele.
10:06Resumindo, eu tô achando que o ministro Haddad
10:12está pegando táxi para sair da fazenda.
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