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  • 20 minutes ago
Quatro núcleos familiares contam como se conheceram e formaram suas famílias em uma época em que o casamento e a uni? | dG1fbWRIdXdBWGw3N0k
Transcript
00:00Família, um grupo de pessoas reunidas pelo mesmo propósito, se amarem apesar das divergências e das brigas.
00:16Família é aquele que quando você fica doente, pensa em chamar para ajudar na SUPA.
00:22É para quem você conta quando conquista o emprego dos sonhos.
00:26E que com o passar dos anos, as relações mudam, mas o sentimento de cumplicidade continua.
00:34Família pode ser uma, duas, três, dez, vinte, cinquenta pessoas.
00:41Pode haver ligação sanguínea, podem ser amigos, pode ser um parceiro romântico, pode ser tudo.
00:49Quando a gente estava junto com as outras pessoas, a gente nunca pegou nem na mão.
01:04Na minha casa mesmo.
01:06Estou dizendo assim em outros lugares.
01:09Nem aqui.
01:09A gente parecia assim que eram amigas.
01:11Então quando aconteceu assim, eu estava lá indo para a cozinha, ou ela ia, toda a gente estava um beijinho assim, né?
01:21Porque ela era bem carinhosa.
01:23Então aí eu estava, ela também, mas isso só eu e ela.
01:27A gente vem de uma geração em que tratar publicamente como casal não existia.
01:35A gente estava junto.
01:37Então eu ia a algum evento de trabalho, o Sérgio ia junto, ele ia alguma coisa, eu ia junto.
01:41A gente estava sempre junto, a gente estava sempre junto.
01:44Mas essa formalização casal, sem dar rótulos, não existia isso.
01:50Não existia.
01:52Tanto que para a gente durante muito tempo, no início, logo no início, a gente tinha dois quartos com duas câmeras.
01:59Das famílias, moravam assim em outra casa, então eram dois quartos montados.
02:04Perfeito.
02:06Chegou uma hora que enjei o saco, né?
02:07Porque aí estava muito óbvio, né?
02:08Por exemplo, porra, as pessoas estão dividindo casa há quantos anos?
02:12Há dez anos estão dividindo casa?
02:14Não existe.
02:15Quando a gente saia dos carros, eu vou dizer para você, eu saia com o carro e ia esperar a dois quilômetros antes, ela ia a pé.
02:21Ela não saia junto no apartamento.
02:23Era num apartamento, é um condomínio enorme, quem que ia, não acerteia, pedia até...
02:31Perceberam, mas daí também, pedia pagá-la suas contas, né?
02:34Porque quando eu a vi ali no caixão, deu aquela coisa de você querer falar seu aluno, e estava assim, de amor.
02:48Porque os alunos gostavam muito dela, e me valeram até um ano antes para ele.
02:54E nisso, eu não me recordo tanto, o que eu falei, as palavras mesmo, mas eu queria até contar um pouco.
03:02E nisso, eu a beijei na boca, porque a boca é gelada, mas eu saí de lá e disse assim, por que que eu não fiz isso antes?
03:16Tem que morrer para a gente ter coragem de beijar, de falar, abraçar, não ter medo.
03:23Porque ali, eu não estava vendo se alguém ia discriminar, se alguém ia falar, ali era eu e erva.
03:36Nunca vi rastro de cobra, nem couro de lobesome, se correr o bicho pega, o bicho come, porque eu sou é homem, porque eu sou é homem, menina, eu sou é homem, menina, eu sou é homem, como sou.
03:49Nunca vi rastro de cobra, nem couro de lobesome, se correr o bicho pega, se fica, o bicho come, porque eu sou é homem, porque eu sou é homem, menina, eu sou é homem, menina, eu sou é homem.
04:03Quando eu estava pra nascer, de vez em quando eu ouvia, eu ouvia a mãe dizer, ai, meu Deus, como eu queria, que esse cabra fosse homem, cabra macho pra danar.
04:22Nunca vi rastro de cobra, nem couro de lobesome, se correr o bicho pega, se fica, o bicho come, porque eu sou é homem, porque eu sou é homem.
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