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  • há 17 horas
Laila Zaid defende "mudança algorítmica" para promoção de maior letramento ambiental

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Transcrição
00:00E elas, muito provavelmente, vão ser expostas a possíveis soluções,
00:08inclusive, que vocês, pais e mães, não foram.
00:11Então, assim, abram escuta, ao invés de dizer, ah, bobagem, para com isso.
00:15Se seu filho te sugerir de separar o lixo em casa, ajuda a botar duas lixeiras.
00:30Um salve para todo mundo conectado no podcast Futuro Vivo.
00:36Eu sou Vitor Cremasco, sócio da Mandala, e apresento esse podcast,
00:40que é uma realização da Vivo, líder em sustentabilidade no Brasil.
00:44O futuro da vida no planeta é a nossa pauta, recebendo gente inspiradora
00:48para falar dos desafios existenciais do nosso tempo e de caminhos para um futuro mais vivo.
00:54Esse e outros episódios estão disponíveis no Portal Terra, no canal da Vivo no YouTube
00:58e nas principais plataformas de áudio.
01:05Enquanto a gente atinge o tão temido um grau e meio de aumento na temperatura média do planeta,
01:10enquanto sete dos nove sistemas planetários que sustentam a vida na Terra
01:14já ultrapassaram seus limites seguros de funcionamento,
01:17segundo o Planetary Health Check de 2025, recém-lançado,
01:21enquanto o desmatamento da Amazônia vai fazendo ela se aproximar perigosamente do seu ponto de não retorno,
01:26e enquanto a gente consome, no período de um ano, quase o dobro do que o planeta seria capaz de regenerar,
01:33e detalhe, fazendo isso todos os anos, sucessivamente há muitas décadas,
01:38enquanto tudo isso, pesquisas apontam que um em cada três brasileiros não sabe o que são mudanças climáticas,
01:45dois em cada três não sabem o que é a COP30.
01:48Enfim, para muita gente, falar de sustentabilidade ainda soa algo técnico, distante,
01:55quando não, uma verdade inconveniente e não muito agradável de encarar.
01:59Por isso é tão importante a gente falar de educação ambiental, em todos os sentidos,
02:04desde a infância, quando a gente programa nossa relação com o mundo e com a ecologia,
02:08até a fase adulta, quebrando vieses, mudando hábitos e comportamentos,
02:12sempre aprendendo como contribuir para um futuro vivo.
02:16Vou receber hoje uma pessoa que usa a potência da tecnologia, da conectividade e da comunicação
02:21para, com ludismo, bom humor e inteligência,
02:25aproximar as pessoas de um melhor entendimento do que está em jogo no planeta
02:28e novos e melhores hábitos.
02:31Ela é atriz, escritora, ativista e influenciadora das causas socioambientais,
02:36falando com a sociedade sobre sustentabilidade, meio ambiente, consumo consciente e educação.
02:41É autora do livro infantil Manual para Super-Heróis,
02:44O Início da Revolução Sustentável,
02:47onde desmistifica a sustentabilidade e empodera crianças a serem protagonistas da transformação.
02:52Eu bato um papo hoje com Laila Zayde.
02:57Oi, Laila!
02:59Tudo bem?
03:00Bem-vinda ao podcast Futuro Vivo.
03:03A gente ficou felizão que você topou essa conversa aqui com a gente hoje.
03:06Imagina, obrigada pelo convite. Vamos nessa.
03:09Vamos nessa. A gente vai ter bastante coisa legal para conversar.
03:12E não dá para não te perguntar, Laila, como começou a sua relação com as questões ambientais.
03:17Eu, lendo um pouco sobre você, vi que você estava lá na Rio 92, na Eco 92, com 8 anos de idade.
03:22Você passou por lá.
03:23Eu lembro também daquele discurso emblemático da Severn Suzuki, com 12 anos,
03:27nessa edição da Rio 92 também.
03:30Que, assim como você, ela continua aí também como ativista, girando o mundo.
03:34O que acho que é uma grande prova de como experiências como essa, nessa fase da vida, são marcantes, né?
03:40Mas talvez não tenha sido só isso.
03:41Então, eu quero te ouvir.
03:42Como a Laila começa a se encantar por esse tema para dar no que deu hoje?
03:47Eu acho que o contato com a natureza na infância é a base de tudo.
03:50Então, os meus pais eram pessoas de natureza.
03:53Nossas viagens de família eram todas para a natureza.
03:57Então, você aprende a lidar com aquilo e amar aquilo.
04:01E quando você ama, você quer cuidar.
04:02Então, a coisa começa mesmo nesse contato meio natural.
04:06E aí, tem esses marcos que você falou, né?
04:08Eu entrei no navio do Greenpeace com 8 anos e falei,
04:11caramba, existe um grupo de pessoas que vivem para proteger a natureza.
04:15Eu, com certeza, quero fazer parte disso.
04:17Sabe, né?
04:17E aí, a coisa já estava em mim, né?
04:20Então, eu digo que eu era ecochata desde sempre.
04:23Xuxa.
04:23E ativista de bastidores, assim.
04:25Eu não sabia que existia o ativismo como eu faço hoje, assim.
04:32Estruturado, com estratégia.
04:33Eu não conhecia o terceiro setor.
04:35Eu não imagino, né?
04:38O mundo se abriu mais tarde para mim,
04:39quando eu pisei, de fato, com os dois pés nesse lugar.
04:44Mas eu sempre fui aquela pessoa que ficava muito atenta à sustentabilidade.
04:50Nos bastidores das novelas, assim.
04:52Eu falava, gente, precisa imprimir todos os roteiros.
04:54Precisa dar presença para ali, enfim.
04:57Sim.
04:58E você trouxe o exemplo do navio do Greenpeace, por exemplo,
05:02que talvez tenha gerado esse encantamento.
05:05E eu quero te fazer a pergunta oposta também, que é,
05:09você tem a memória de algum momento na tua infância ou depois, já adolescente,
05:13de que, ao ver alguma dor em relação às questões ambientais,
05:18que te pegou pelo outro lado, te pegou por um senso de urgência,
05:21de ter te machucado, mesmo no sentido de, eu preciso fazer alguma coisa, eu preciso...
05:25Qual foi esse aprendizado, não pelo encantamento, mas pelo senso de urgência que você teve?
05:30É engraçado, não me vem nada muito pontual, mas tem muitos passos do que as pessoas chamam de desenvolvimento
05:38que me doem profundamente.
05:41Então, assim, o meu pai trabalhava em Búzios, que é um balneário do Rio, né?
05:45Então a gente morava metade do tempo lá.
05:47Lá foi uma cidade que foi se desenvolvendo muito rápido e a coisa foi crescendo de um jeito que me doía
05:54cada vez que eu chegava lá e via cadeiras e barracas de plástico no mar, na beira do mar,
06:01ocupando a praia inteira.
06:02Então aquilo era uma coisa que me dizia, ai meu Deus, mas e os tatuís?
06:05Essas pequenas coisas, eu lembro também, assim, de mergulhar no mar e ver plástico e aquilo me doer muito.
06:11Eu acho que, de forma geral, as injustiças como um todo sempre me doeram muito.
06:20Só que eu acho que a natureza tem um lugar de não saber se defender sozinha, né?
06:24Sim, sim.
06:27Lindo isso.
06:28Eu acho que vai falar muito também do nome que você dá ao livro, o manual para super-heróis,
06:34que é esse sentido de o que a gente pode fazer por essa parte da gente que não pode se defender sozinha,
06:40que não pode falar com a mesma linguagem que a gente, né?
06:43E eu acho que o manual tem uma coisa também que é assim,
06:46tem uma coisa de que as próximas gerações, isso é uma questão para as próximas gerações,
06:50e aí, de repente, isso se torna um problema da geração atual,
06:54que não foi preparada para isso, porque a gente ficou passando a batata quente adiante, né,
06:58nas últimas décadas, e aí, de repente, a gente tem uma geração de criança
07:03que vai precisar lidar com isso de uma maneira muito intensa,
07:06que não tem recurso, não sabe o que fazer.
07:09Então, o manual é um chamado para a ação para as crianças não precisarem dos adultos,
07:15é o que elas podem fazer, e como que elas podem puxar essa transformação para dentro de casa,
07:20partindo da premissa que é mais fácil uma criança desenvolver bons hábitos
07:25do que um adulto mudar hábitos antigos.
07:30Então, é meio que isso, é a criança chamando a família na sala e dizendo,
07:34ó, a gente vai precisar mudar algumas coisas aqui.
07:36Muito do que você está fazendo hoje, desse teu trabalho como influenciadora socioambiental,
07:42como comunicadora, você faz muito uso de diversas linguagens,
07:46você usa muito a plataforma do humor também,
07:48e às vezes isso não permite a gente chegar num lugar que é o que eu quero te perguntar.
07:52A Laila, essencialmente, hoje, nutre uma relação otimista ou pessimista
07:57no caminho que a gente está tomando?
07:58Tudo que a ciência está trazendo, a rapidez ou não com a qual a gente tem conseguido
08:03sair dessa rota de colisão, mudar o nosso modelo desenvolvimentista,
08:07você está ali, você está no front, você está fazendo a tua parte,
08:09mas eu quero saber se lá no fundo você faz isso com um sentimento de
08:12estamos avançando ou um, eu não sei se nesse caminho vai dar bom.
08:17O que você sente?
08:18Sim, tem dias em que eu fico muito deprimida, assim,
08:20meu Deus, há quanto tempo que a gente não ganha uma batalha, sabe?
08:23O sentimento ambiental, né, a gente ganha já perdendo, enfim.
08:29E tem dias que eu acho que a gente está conseguindo engajar mais a população,
08:33se você liga hoje a televisão, por exemplo,
08:35a mídia tradicional, ela cobre a crise climática de uma forma muito intensa.
08:42Então você já tem pesquisas dizendo que uma parte imensa da população
08:46já reconhece que há mudanças climáticas,
08:48e uma parte grande já sabe quem são os culpados.
08:53Então eu acho que, assim, tem uma luta minha que eu acho que ela é otimista
08:58por si só, porque senão eu não estava fazendo o que eu faço,
09:03que é, eu acho que ainda dá tempo de transformação
09:06e eu acho que a gente já vê alguma evolução, principalmente da sociedade civil.
09:13Agora, me desanima muito ver o quão que o setor privado
09:21hoje tem as políticas públicas nas mãos,
09:25e como nesse quesito a gente tem um congresso
09:28que é extremamente antiambientalista, né,
09:31tem uma pesquisa que diz que o nosso congresso é 80% antiambientalista,
09:35mas ano que vem é um ano eleitoral,
09:38eu acho que a gente está fazendo,
09:39eu acho que os ativistas, de forma geral,
09:43estão conseguindo mostrar para a população
09:45que a gente precisa de leis urgentes
09:49que nos protejam do que está por vir,
09:50o que já está acontecendo, na verdade, né,
09:52a gente tem alguns exemplos,
09:53o Chigarão do Sul foi um enorme exemplo.
09:57Então eu tenho um otimismo de achar que a população está entendendo,
10:01que é preciso agir e fazer alguma coisa.
10:04E acho que o setor privado é um grande freio de mão puxado, né,
10:10assim, os combustíveis fósseis, que são os maiores emissores,
10:13eles seguem aí, crescendo.
10:15Então a gente tem, por exemplo, a nossa Petrobras,
10:19que é uma empresa estatal,
10:21que a gente tem um carinho por ela, histórico,
10:26investindo muito pouco na transição energética,
10:29mas fazendo propaganda, bastante propaganda em relação a isso.
10:32Então tem alguns lugares em que eu fico muito deprimida
10:35e tem alguns momentos em que eu fico,
10:37não, dá tempo, vamos lá,
10:39eu estou vendo a juventude chegar junto,
10:41eu vejo o terceiro setor chegar junto,
10:43e aí eu vou alternando.
10:46Mas esse desespero me gera ação.
10:50É inevitável que você opere de uma forma múltipla,
10:53muitos temas e plataformas que estão aí,
10:55mas eu queria saber se entre tudo que a gente está discutindo hoje,
10:58precisando discutir no planeta,
10:59questões de emissões e clima,
11:01questões de biodiversidade, de resíduos, de água,
11:04tem alguma pauta com a qual você se engaja especialmente,
11:08com a qual você tem uma conexão maior?
11:11Existe uma jornada interna que eu acho que é comum
11:13a várias pessoas que têm um percurso como o meu,
11:16que é assim, você começa falando da sustentabilidade do dia a dia, né?
11:20Então a questão do plástico era uma questão muito forte para mim,
11:22porque é uma questão que você consegue administrar muito fácil
11:25na sua vida, no seu dia a dia, né?
11:28Evitar plástico, fazer substituições e tudo mais.
11:32Mas aí conforme você vai se aprofundando no tema,
11:36e assim, é muito importante dizer que esses vídeos que eu faço,
11:40os roteiros que eu crio,
11:41e depois eu posso falar da agência que eu fundei,
11:44mas tem muito estudo, eu fiz algumas formações nisso.
11:48E aí conforme você vai se aprofundando,
11:50você vai entendendo de onde vêm as emissões,
11:53quais são os verdadeiros vilões que a gente tem que combater.
11:57Então assim, hoje o meu foco é em comunicação,
12:03porque é isso, assim, todos os cientistas falam,
12:07gente, a gente já fez nosso trabalho,
12:09a gente já aprova por A mais B o que está acontecendo,
12:12esse aquecimento é fruto do nosso desenvolvimento,
12:14como ele se dá.
12:16Então agora a gente tem que comunicar
12:18para a gente gerar pressão pública
12:21para gerar políticas públicas,
12:23pressão popular para gerar política pública.
12:26Então o desmatamento me dói,
12:29ver uma árvore sendo derrubada,
12:31vendo os bichinhos perdendo seus hábitos de ser habitado natural,
12:34pensar que os meus filhos não vão conhecer a natureza
12:37como eu conheci, isso me dói muito.
12:40E esse é o maior desafio no Brasil.
12:43Mas em termos globais,
12:45os combustíveis fósseis ainda são o maior emissor,
12:48disparado.
12:49Então hoje como ativista eu miro mais neles.
12:53Mas enfim, são essas duas frentes.
12:55Agora assim, eu não consigo ver imagem,
12:58por exemplo, de queimadas e bicho.
13:01A questão dos animais é muito dura para mim.
13:04E você trouxe lá em um ponto agora que eu achei interessante
13:08e que deve pautar o teu dia a dia,
13:11no sentido daquilo que você pensa em trazer,
13:14roteiriza e quer comunicar.
13:17Primeiro as mudanças no âmbito mais individual,
13:19que você deu um exemplo,
13:21quando a gente pensa em circularidade hoje,
13:22gestão de resíduos e tudo mais,
13:24as pessoas estão ali mais aptas a entender
13:26o que eu estou consumindo,
13:27qual é a escolha que eu estou fazendo,
13:28como é que eu estou separando isso,
13:30como é que eu estou descartando isso.
13:32Na verdade, não tem lixo, não tem jogar fora.
13:36Trazer tudo isso parece um pouco mais fácil.
13:38Quando a gente pensa em questões climáticas,
13:39em questões de desmatamento,
13:41a gente vai se comunicar com uma boa parte da população
13:43que vai se sensibilizar,
13:45mas que se sente muito sem ferramenta para poder fazer.
13:49Como que é trabalhar nesse pêndulo,
13:52de comunicar com alguém que é algo acionável,
13:54mas ao precisar falar de temas de um sistema
13:56que parece maior do que as pessoas são capazes de aprender?
13:59O nosso desafio como comunicador
14:01é conectar a pauta climática ao dia a dia das pessoas.
14:06Então, num país onde a gente tem pessoas que passam fome,
14:10que tem problemas de segurança pública,
14:13de insegurança alimentar,
14:14a pauta climática não é a preocupação prioritária.
14:18Mas se a gente explicar que a pauta climática,
14:21ela acentua todas as desigualdades sociais,
14:25todos os nossos desafios,
14:26então, por exemplo,
14:27a sua conta de luz está ficando mais cara
14:29por causa da pauta climática.
14:31O seu acesso a alimentos está ficando mais restrito,
14:36o preço do azeite, do café, da banana,
14:39por conta da crise climática.
14:42Então, eu acho que esse é o nosso desafio,
14:44assim, na comunicação mais popular.
14:47De repente, a gente precisa falar de clima sem falar de clima.
14:52Então, é para isso que precisamos ser bastante criativos.
14:57Eu vi esses dias nas tuas redes,
14:59a pergunta que eu queria te fazer.
15:00Eu te vi fazendo essa pergunta para as pessoas,
15:02e eu falei, eu quero fazer essa pergunta para ela,
15:04que você pergunta para o pessoal,
15:05se você fosse presidente do mundo,
15:08qual lei você faria?
15:09Então, eu quero eu fazer essa pergunta.
15:11Cara, por incrível que pareça,
15:15a primeira coisa que me vem à cabeça
15:17não está necessariamente ligada ao clima.
15:20Eu faria uma lei que não é ideia minha,
15:23me vem o Cristóvão Buarque à cabeça,
15:25que é obrigar servidores públicos,
15:28isso inclui todos os políticos,
15:30a usarem serviços públicos.
15:33Porque eu acho que se aquele político,
15:35se o senador, o parlamentar que for,
15:38for obrigado a usar um hospital público,
15:41for obrigado a colocar o filho num colégio público,
15:44esses serviços vão ser muito qualificados.
15:48E acho que seria uma mudança social
15:50de bastante impacto.
15:51Agora, me vem milhões de coisas,
15:53eu seria uma ditadora louca,
15:56eu regulamentaria, assim,
15:59plástico, por exemplo,
16:01seria altamente regulamentado,
16:03eu faria uma política de transição energética
16:05com prazos muito mais curtos
16:07e metas muito mais ousadas.
16:11Enfim.
16:15Queria falar um pouco do humor,
16:17porque eu sei que ele é muito importante
16:19para o que você faz.
16:20Como é esse exercício criativo no seu dia a dia
16:22de olhar para pautas tão complexas,
16:25tão difíceis,
16:26e conseguir traduzir isso numa plataforma
16:27que faça as pessoas rirem?
16:28Eu, por exemplo,
16:29me diverti esses dias vendo um vídeo seu
16:31sobre o glitter lá,
16:32um casal que espalhou o glitter na casa,
16:35e você com todo o bom humor e todo o jeito
16:37falando assim,
16:37pessoal, não é nem por conta
16:38da biodiversidade,
16:41da água que isso aí vai contaminar,
16:42mas a própria pessoa que você está colocando
16:44isso é tóxico, tá?
16:45Então, conta um pouco como é que é isso.
16:47Eu sou do humor,
16:48eu sou do sarcasmo.
16:50Quando eu comecei a fazer vídeo,
16:51na verdade,
16:52eu comecei a usar
16:53trendes que já existiam.
16:56Falei,
16:57gente, dá para botar conteúdo nisso aqui.
16:59Então,
17:01é uma expressão que a gente usa
17:02aqui no meio de comunicação
17:04que não é minha,
17:05que é botar o brócolis no arroz, né?
17:08Então,
17:09a pessoa está consumindo
17:10aquela informação
17:11sem nem perceber.
17:14E aí,
17:15eu vi que engajou,
17:16eu falei,
17:17gente,
17:17isso para mim é muito gostoso,
17:19porque eu junto o que eu já trago,
17:20o que eu já sei,
17:21a minha forma de ver o mundo é
17:23através do humor,
17:24para dentro dos vídeos.
17:26E aí,
17:27é muito divertido,
17:29porque
17:29você pode ir exagerar, né?
17:32Eu fiz um vídeo,
17:33eu repostei um vídeo antigo
17:34essa semana
17:35que eu queria doar sangue
17:37e o cara do laboratório
17:38disse
17:38que
17:39eu não poderia doar sangue
17:42pela quantidade de microplásticos.
17:43Enfim,
17:44e aí a coisa
17:44vai até a minha avó,
17:46ele me devolve uma garraça de pets,
17:48inclusive,
17:48sua avó está aqui, ó.
17:51Enfim,
17:51você pode viajar,
17:52você pode ir para lugares
17:53muito doidos
17:55e a pessoa está se divertindo
17:57e não está percebendo
17:58que ela está aprendendo coisas, né?
18:00Eu acho o humor
18:01a melhor ferramenta.
18:03Sim.
18:04Mas, assim,
18:06nem sempre é possível.
18:08E é muito curioso,
18:10porque apesar de eu fazer
18:1190% dos meus vídeos
18:13com algum grau de humor,
18:15quando eu abro câmera
18:16e vou também na raiva,
18:19faço uma denúncia
18:20ou expõe
18:22alguma dor minha
18:22realmente na raiva,
18:24também vai muito bem.
18:26As pessoas
18:26se sentem representadas.
18:28É quase como
18:29se eu estivesse falando
18:29alguma coisa
18:30que elas pensam,
18:32mas não falaram ainda.
18:35Mas sabe o que eu penso
18:35te ouvindo?
18:36E apesar de,
18:37num primeiro momento,
18:38parecerem estratégias
18:39muito diferentes,
18:40eu acho que elas têm
18:40uma coisa em comum,
18:41tanto quando você provoca
18:43o riso, o humor,
18:44a diversão, a leveza,
18:45quando você vai
18:46com o pé na porta,
18:47eu acho que tem
18:48uma humanização
18:48da relação com as pessoas
18:50também, no sentido de assim,
18:51é legítimo você se indignar,
18:53é necessário você se indignar
18:55e é possível também
18:57você conseguir tratar
18:58com leveza e diversão
18:59alguma coisa.
19:00O que eu acho que fica
19:00no meio do caminho,
19:01em cima do muro,
19:02que não é interessante,
19:03é o que eu, pelo menos,
19:04acho isso, né?
19:05Hoje ainda se fala muito
19:06de meio ambiente
19:07de sustentabilidade
19:08com uma perspectiva alarmista
19:10de uma lógica
19:11só de informação.
19:12Então você traz um alarme,
19:13você bota um dado científico
19:15que muitas vezes
19:16não atravessa ninguém,
19:17vou dar aquele exemplo clássico,
19:18em 2050 vai ter mais plástico
19:21do que peixe nos oceanos,
19:22isso aí já foi essa onda
19:23dessa notícia,
19:24dessa informação.
19:26Como isso vai tocar
19:27uma pessoa
19:28que não está em 2050,
19:29que talvez não tenha
19:30uma relação com o mar,
19:32né?
19:32É só um dado
19:33e é só um alarde
19:34colocado.
19:35Agora,
19:36se você humaniza
19:37e é a Laila
19:37que está ali
19:38conversando com a pessoa
19:39de uma forma leve,
19:40divertida ou indignada,
19:41eu acho que isso aproxima, né?
19:42Olha, tem um vídeo
19:43que eu fiz,
19:44que eu fui comprar
19:45material escolar
19:46para os meus filhos.
19:47Eles estudaram,
19:49apreciam os primeiros
19:49anos de vida
19:50num colégio,
19:51uma creche parental
19:52que virou um colégio
19:53florestal,
19:54um coletivo e tal,
19:55e foi a primeira vez
19:55que eu tinha colocado
19:56em um colégio tradicional,
19:57eu precisava comprar
19:57material escolar,
19:59fui para a papelaria,
20:00voltei revoltada
20:02e eu abri câmera
20:04e só botei para fora.
20:06Falei,
20:06gente,
20:06pelo amor de Deus,
20:07essa lista de material
20:08tem coisas que eu nunca usei
20:09na minha vida
20:10e o valor disso
20:11e não precisa.
20:11Eu toquei numa dor
20:13de quase todas as famílias
20:15e aí foi que nem pólvora.
20:18O vídeo viralizou
20:19num grau intenso
20:21e foi pré-carnaval
20:22e eu lembro de ir
20:24para o bloco nas ruas
20:24e as pessoas falaram
20:25Ah, eu também!
20:27O vídeo foi uma coisa imensa
20:29e eu acho que é exatamente isso,
20:31assim, sou eu.
20:33Os vídeos,
20:34sou sempre eu.
20:36E eu acho que isso também
20:37tem um valor, sabe?
20:40Eu abro vídeo
20:41para trazer as minhas dores,
20:43o que eu falo,
20:44eu faço ou tento fazer.
20:46Muito importante também,
20:48eu contemplo a dificuldade
20:50que é você se engajar na pauta.
20:53A gente vive num tempo
20:55muito difícil
20:56para dar conta de tudo
20:57e muitas vezes
20:59a sustentabilidade
21:00não é prioridade, né?
21:03Então, é muito importante
21:04contemplar isso
21:05porque senão fica
21:06num lugar muito de
21:07você precisa fazer isso
21:09do alto do meu privilégio
21:11e a galera dizendo
21:11gente, mas para comprar
21:12a suíte de cova de bambu
21:13é uma fortuna,
21:15a de plástico é muito mais barato.
21:16Então, tem todo um exercício
21:17de você saber
21:18com quem você está falando,
21:20acolher essas pessoas,
21:21dizer, gente, tudo bem,
21:23vai no seu tempo,
21:24do seu jeito,
21:25eu estou aqui trazendo
21:25essas informações.
21:26se der,
21:28engaja.
21:30Vou voltar um pouquinho
21:31no manual para super-heróis.
21:33Se eu não me engano,
21:33são 12 missões
21:34que você traz no livro
21:35e é um desafio hoje
21:37num mundo hiperconectado
21:38com tanta correria assim,
21:41mães e pais
21:42conseguirem
21:44colocar ali no dia-a-dia
21:47da educação,
21:47da interação com os filhos,
21:48talvez essa questão
21:49do cuidado com o meio ambiente,
21:50com a natureza,
21:51com o planeta.
21:52Quais são,
21:53se baseando um pouquinho
21:53no livro,
21:54mas nas suas vivências também,
21:56as melhores dicas
21:57que você pode dar
21:58para mães, pais,
21:59cuidadores que estão
22:00escutando a gente,
22:00que estão assistindo a gente,
22:02de como talvez
22:02numa primeira infância ali,
22:04nessa fase das crianças,
22:06de inserir
22:07da melhor forma possível
22:08esse olhar para o planeta.
22:10Bota sua criança
22:11em contato com a natureza.
22:13Isso é o fundamental,
22:14não só para ela desenvolver
22:16esse amor
22:17e se tornar uma cuidadora
22:19do meio ambiente,
22:20mas porque a natureza
22:21ela é educadora.
22:24Posso trazer mil motivos aqui,
22:27eu tenho um tédio que fala,
22:29inclusive do livro
22:30do Richard Love,
22:30A Última Criança na Natureza,
22:32como as crianças se desenvolvem,
22:33aprendem horrores na natureza.
22:36Então essa é a primeira dica.
22:37Principalmente às vezes
22:38que estão interagindo
22:38com a natureza
22:39até sem supervisão,
22:40esse contato direto
22:41e puro assim, né?
22:42Não tenha medo,
22:43não traz os seus medos
22:45se você foi uma pessoa
22:46que não teve contato
22:46com a natureza,
22:47não traz os seus medos
22:48e as suas nóias,
22:50deixa a criança brincar,
22:51deixa ela se sujar.
22:52A segunda dica
22:53é uma dica que eu nunca dei,
22:54mas conversando agora
22:55com você,
22:55me vê a cabeça,
22:57existe muita resistência
22:59de quem não tem,
23:01quem não viveu
23:02essa educação ambiental,
23:03quem não viveu
23:03esse contato com a natureza,
23:05em acolher essa pauta.
23:07tem muitos pais,
23:10por exemplo,
23:10que falam assim,
23:10ah, eu nunca fiz isso,
23:12não fiz a minha falta,
23:13é bobagem.
23:15Então, a minha segunda dica é,
23:17abra um escuta
23:18para o que está vindo de novo aí,
23:21que muitas vezes
23:22vai chegar através
23:22do seu filho e da sua filha,
23:24porque a realidade
23:24que seus filhos vão viver
23:26é completamente diferente
23:28da que você viveu.
23:29Eles já estão vivendo
23:30um mundo de uma
23:31ecossiedade absurda,
23:32porque os desastres naturais,
23:35os eventos extremos,
23:37eles estão cada vez
23:38mais fortes,
23:38mais frequentes,
23:39a gente está vendo,
23:40você liga o noticiário,
23:41essas crianças,
23:42querendo ou não,
23:43elas sabem
23:44que elas estão
23:45num momento
23:45de muita insegurança,
23:48eu acho que a humanidade
23:49nunca viveu
23:50uma crise existencial,
23:52coletiva,
23:53como a gente está vivendo agora,
23:56e elas,
23:58muito provavelmente,
23:59vão ser expostas
23:59a possíveis soluções
24:01inclusive que vocês,
24:04pais e mães,
24:04não foram,
24:05então assim,
24:06abram escuta,
24:07ao invés de dizer
24:07ah, bobagem,
24:09para com isso,
24:10se seu filho te sugerir
24:11de separar o lixo em casa,
24:13ajuda a botar duas lixeiras,
24:17se ele te propor,
24:18sei lá,
24:19comer menos carne,
24:21ao invés de dizer
24:22precisa de carne,
24:23bobagem,
24:24churrasco,
24:25dá uma estudada,
24:26dá uma lida,
24:27vai entender
24:27o que seu filho está trazendo,
24:28de repente acolhe ele,
24:30não só pela mudança em si,
24:33mas até para o seu filho,
24:35sua filha,
24:35se sentir
24:36mais seguro,
24:38mais protegido,
24:39sabendo que os adultos
24:40estão ligados
24:41no que está acontecendo,
24:43e que estão juntos.
24:44Você brincou no começo,
24:47desde lá do início,
24:49ser chamada de ecochata
24:50e tudo mais,
24:51acho que isso aí
24:51talvez esteja mudando um pouquinho,
24:53mas ainda tem muito disso,
24:55como é lidar ainda
24:57um pouco com esses estereótipos
24:59e essas classificações
25:00de que pessoas como você,
25:01ou que estão exercendo
25:02um papel mais vocal
25:03no sentido dessas problemáticas,
25:05ainda terem talvez
25:06as suas vozes,
25:07as suas mensagens
25:07talvez minimizadas,
25:09como mudar essa visão,
25:12porque eu acredito
25:12que sem mudar isso,
25:14a gente ainda vai manter
25:14esse discurso,
25:15infelizmente,
25:16muito nichado, né?
25:17A primeira grande mudança
25:18que tinha que acontecer,
25:19ela é uma mudança algorítmica,
25:21porque os conteúdos
25:22de meio ambiente
25:23não são interessantes
25:25na teoria,
25:26então os algoritmos
25:28não entregam,
25:29então o algoritmo
25:30vai preferir entregar
25:31foto de mulher
25:32de biquíni,
25:34polêmica,
25:35tudo antes de entregar
25:37informação qualificada,
25:39então a gente precisa
25:40desesperadamente
25:41de uma mudança algorítmica,
25:44inclusive de fake news
25:46e desinformação,
25:48também as big techs,
25:50as plataformas,
25:51elas se monetizam
25:54com essa desinformação,
25:56então elas preferem
25:58discursos anticlimáticos
26:00do que os discursos
26:02que de fato
26:02são de impacto positivo.
26:05Depois,
26:06eu sinto que realmente mudou,
26:07eu era eco chata mesmo
26:09e hoje,
26:11eu recebo um feedback
26:13muito mais de
26:14obrigada por estar
26:16usando seu espaço
26:16para isso,
26:18que bom que você
26:19está nessa luta,
26:22eu sinto que existe
26:24um papel assim,
26:26que eu estou
26:26desempenhando
26:27dentro desse
26:28ecossistema
26:30de soluções,
26:31né,
26:32tem muita gente
26:33fazendo muita coisa
26:34incrível
26:34em vários campos,
26:36a população indígena,
26:38uma população
26:38que está ganhando
26:39bastante espaço,
26:41né,
26:41e que a gente está
26:42começando a olhar
26:42para eles
26:43como realmente
26:44guardiões
26:45que são o que são,
26:46a resposta
26:47é deles,
26:48né,
26:48quem protege as florestas
26:50são eles,
26:51dentro desse ecossistema,
26:53eu acho que
26:55tem espaço
26:57para esse ativismo,
26:58para essa comunicação
26:59e ele está mudando,
27:00eu não sou mais,
27:01eu não me vejo mais
27:01como eco chata mesmo,
27:03não,
27:04agora é isso,
27:05claro,
27:06as pessoas
27:06me olham
27:08e sabem
27:09que eu tenho
27:10excelente,
27:11eu vejo
27:11um mundo excelente,
27:12então muitas vezes
27:13eu estou com pessoas,
27:14os meus amigos não,
27:14meus amigos já sabem
27:16que,
27:16como é que funciona,
27:18como a coisa funciona,
27:19mas muita gente fala assim,
27:21ah,
27:21eu posso,
27:22desculpa,
27:23eu trouxe um plástico,
27:24a pessoa chega na minha casa,
27:25sei lá,
27:25trouxe uma coisa no plástico,
27:26ah,
27:27desculpa,
27:27eu trouxe no plástico,
27:28a gente está cheia de dedos,
27:29né,
27:30é,
27:31então existe ainda esse tato,
27:33e em algum grau eu falo,
27:34ah,
27:34não posso ficar com estresida mesmo,
27:36sabe,
27:37é isso,
27:38é isso aí,
27:39a gente também está amadurecendo
27:42agora essa discussão
27:43sobre os paradoxos naturais
27:45da tecnologia,
27:46todas as potências
27:47que ela traz
27:48de conectividade,
27:49inclusive ela é uma ferramenta
27:51que viabiliza
27:51todo o impacto
27:52que você consegue ter,
27:54mas também todas as questões
27:55aí de uso,
27:57né,
27:57de terras raras
27:59e a questão
28:00de minérios críticos
28:01e a questão
28:02da própria inteligência artificial
28:03com consumo energético,
28:04de água,
28:05então a gente está assim
28:06no ápice desse entendimento
28:07de o que a gente faz agora
28:09com essa coisa maravilhosa
28:10e mágica
28:10que a gente criou,
28:12mas que se a gente
28:12não souber domar,
28:13ela também é capaz
28:15de nos destruir,
28:16não só naturalmente,
28:17mas mentalmente.
28:18como você incorpora
28:20isso nas tuas mensagens
28:21e imagino que é
28:22uma complexidade,
28:23porque você usa ela
28:24como plataforma,
28:25mas ao mesmo tempo
28:26ela precisa ser debatida
28:27e também aí
28:28com os teus filhos,
28:29essa questão de tempo
28:30de tela,
28:31o que é a tecnologia
28:32na tua vida hoje?
28:33Primeiro que assim,
28:34eu sou uma pessoa
28:35vivendo em 2025
28:36assim como todos vocês,
28:38então muitas vezes
28:38falam assim,
28:38ah, mas esse celular
28:39que você está gravando aí,
28:41sim,
28:42eu não tenho como
28:43trabalhar fora desse sistema,
28:45eu não tenho como
28:45eu estou usando
28:47o que eu posso,
28:48as tecnologias que estão
28:50ao meu alcance
28:51para provocar uma transformação,
28:53para tentar provocar
28:54uma transformação,
28:55então assim,
28:56usa o celular,
28:58tem um computador,
28:59não troca o tempo inteiro,
29:02tem uma relação diferente
29:03com a tecnologia,
29:04com os acessórios,
29:05assim,
29:06eu vou usar até
29:07não conseguir mais,
29:09eu conserto muito
29:10antes de substituir
29:12essa relação.
29:15A inteligência artificial,
29:18eu acho que a gente,
29:19assim como mídia social,
29:21a gente não sabe usar,
29:22a gente está aprendendo,
29:24né?
29:25Então assim,
29:25outro dia o meu cunhado
29:26começou a postar
29:27no grupo da família
29:28fotos que,
29:29vídeos que ele estava
29:30criando na inteligência
29:31artificial.
29:32No primeiro eu fingi
29:33que eu não via,
29:33porque eu não quero
29:34ser sempre a chata,
29:36no segundo eu falei,
29:38ele vai continuar fazendo
29:39isso ou não parar?
29:40No terceiro eu falei,
29:43não vou dar o nome não,
29:43cunhado,
29:45você sabe que cada
29:46videozinho que você
29:47está brincando aí
29:47de fazer,
29:48você está consumindo
29:49uma quantidade imensa
29:49de água,
29:51ele não sabia.
29:52Eu acho que assim,
29:53a gente tem que ir
29:54aprendendo o impacto
29:55de tudo que a gente
29:57provoca,
29:57o nosso impacto.
29:58e eu acho que a gente
29:59tem que usar
30:00a palavra do momento
30:01é essa dosimetria,
30:02né?
30:03Assim,
30:03a gente tem que começar
30:04a dosar as coisas
30:06e acho que,
30:07assim como agora
30:07estão saindo pesquisas
30:08de que as novas gerações
30:10não vão usar
30:11mídia social
30:12como a gente está usando,
30:13que eu acho maravilhoso,
30:15a inteligência artificial
30:17também,
30:18eu sou otimista
30:19nesse caso,
30:21assim,
30:21eu acho que ela vai
30:22encontrar o lugar
30:23onde ela vai ter
30:24a sua funcionalidade
30:24muito bem utilizada
30:26e a gente vai parar
30:28de usar ela
30:29para as bobagens
30:30da vida
30:31e eu espero
30:32que a tecnologia
30:33dê jeito também
30:34de manter ela
30:34resfriada,
30:35esse processamento
30:36sem o consumo
30:37de água
30:37e que,
30:39enfim,
30:39que a tecnologia
30:40encontre um caminho
30:41de menor impacto.
30:43Na minha vida
30:44e aí trazendo
30:44para os meus filhos,
30:46eu sou muito pouco
30:47tecnológica,
30:48tá?
30:48Eu sou daquelas
30:49que assim,
30:49se eu preciso
30:50baixar um app
30:51para fazer alguma coisa,
30:53eu já desisti
30:53de fazer essa coisa.
30:55Eu não me dou bem,
30:57aí sempre que eu vou
30:58imprimir uma coisa
30:58e a impressora quebra,
30:59sabe assim,
31:01aí eu falo,
31:02quanto menos tecnologia
31:03na minha vida,
31:04melhor eu consigo
31:05manter o meu humor.
31:07E meus filhos,
31:09cara,
31:09a mais velha
31:10tem oito,
31:11o meu mais novo
31:12tem seis.
31:13Eu ainda tenho
31:14uma política radical
31:16de nenhuma exposição
31:18à tela pequena,
31:19assim,
31:20eles não têm acesso
31:20a nenhum celular,
31:22a tablet,
31:23nada disso.
31:25A gente consome
31:26audiovisual juntos
31:28na televisão
31:29com conteúdo
31:31que a gente faz
31:31uma curadoria
31:32juntos,
31:33assim,
31:34não é qualquer coisa
31:34que pode ver.
31:37Por outro lado,
31:38eu também não posso
31:39excluir meus filhos
31:40da vida,
31:41da realidade
31:42em que eles estão,
31:43então minha filha
31:43começou a ver
31:44cavaleiros,
31:45não,
31:46é qual o nome?
31:46Guerreiros do K-pop,
31:48porque
31:49todo mundo na escola
31:50estava vendo e tal,
31:52e aí eu dei
31:52uma pesquisada
31:53e não é
31:54o meu conteúdo
31:55favorito,
31:56mas ela viu
31:56e muitas vezes
31:58a gente assiste
31:58algumas coisas
31:59e eu dou
32:00uma pontuada
32:01que ali,
32:02ó,
32:03poxa,
32:03todas as pessoas
32:04ali são brancas,
32:05né,
32:06todas,
32:07enfim,
32:08vou trazendo
32:10alguma informação
32:11só para ir desenvolvendo
32:11um senso crítico
32:12também nas crianças,
32:14mas por outro lado
32:15é isso,
32:16é a tecnologia
32:16também que pode
32:17nos salvar,
32:18né,
32:18a gente tem,
32:18quando você me perguntou
32:19ali atrás
32:20sobre otimismo
32:20ou pessimismo,
32:23tem muitas tecnologias
32:24que são um refresco,
32:26porque elas trazem
32:27soluções maravilhosas,
32:29e o nosso conceito
32:30de tecnologia também,
32:32ele é muito limitado,
32:34né,
32:34eu estou aqui,
32:35sei lá,
32:35respondendo alguns minutos
32:36tecnologia e pensando
32:38em aparelhos eletrônicos,
32:41mas quando a gente
32:42pensa no,
32:44nas cidades esponja,
32:45por exemplo,
32:46isso é uma super tecnologia,
32:47das tecnologias
32:48que os povos ancestrais,
32:49os povos originários
32:51usam para manter
32:52a nossa floresta em pé,
32:53enfim.
32:54Talvez não falar
32:55da tecnologia
32:56com essa subjetividade
32:58própria toda,
32:59porque na verdade
32:59ela continua sendo
33:00uma obra humana
33:02no sentido daquilo
33:03que a gente quer
33:03colocar como intenção,
33:05né,
33:05acho que não dá
33:06para falar de tecnologia
33:07sem falar de intenção,
33:08e aí é tão importante
33:09a nossa conexão
33:10com a natureza
33:11e as crenças
33:12que a gente está trazendo
33:13e a visão de futuro
33:14que a gente está construindo.
33:16Sabe o que
33:16que a gente podia
33:17falar?
33:18Da responsabilidade
33:19das pessoas
33:20que hoje exercem
33:21qualquer tipo
33:21de influência.
33:24Eu,
33:25isso é uma coisa
33:25que é uma dor minha,
33:26sabe, assim,
33:28e que tem mudado,
33:29eu vejo evolução,
33:30mas,
33:32poxa vida,
33:33né,
33:33a gente tem
33:34um país
33:35que consome muito
33:36essa celebridade,
33:38que consome muito
33:39influenciadores,
33:40e a gente vê
33:42essas pessoas
33:42não assumindo
33:44a responsabilidade
33:46que é você
33:46exercer a influência.
33:47E aí eu não estou
33:48nem falando
33:48dos casos clássicos,
33:50né,
33:50da Virgínia,
33:52que tem a Bete,
33:54ou...
33:56Eu estou falando
33:56de você,
33:57de fato,
33:58pensar assim,
34:00se você é uma pessoa
34:00influente,
34:01escolhe uma pauta,
34:02sabe?
34:03A gente hoje
34:04está muito desconectado
34:05do social,
34:06e eu acho que
34:08existem tantos caminhos,
34:10são tantas as dores,
34:11então a sua pauta
34:12é a pauta racial,
34:15a sua pauta
34:16é a pauta ambiental,
34:17você se comove
34:18com a pauta animal,
34:20com a fome,
34:20enfim,
34:21ache uma pauta sua
34:23e puxa para si,
34:25sabe,
34:26e comece a usar
34:27sua influência
34:27para isso.
34:29Caramba,
34:29galera,
34:30sério,
34:31olha o poder
34:31que vocês têm,
34:32olha a meleca
34:34que o mundo está,
34:35vocês não vão fazer
34:36nada em relação
34:37a isso.
34:37E é interessante
34:38isso que você está
34:38trazendo,
34:39porque tem duas camadas
34:40de preocupação aí,
34:41se a gente ainda
34:42tivesse as pessoas
34:44bastante conectadas
34:45com pautas,
34:46mas fazendo uma opção
34:47de não vocalizar,
34:48não exercer
34:49de forma saudável
34:50e positiva
34:51o seu lugar de influência,
34:53talvez fosse uma crítica,
34:54mas acho que você está
34:55trazendo um ponto
34:56mais profundo,
34:56que é dentro
34:57dessa questão
34:57desse anestesiamento
34:59que a gente está tendo
35:00em relação
35:01à conexão das pessoas
35:02com as coisas
35:02que realmente importam
35:03para elas,
35:04não sei se é
35:05uma questão
35:06cultural brasileira,
35:08não sei que assim,
35:09a gente,
35:10trabalho voluntário
35:11praticamente
35:12não existe,
35:13aí quando existe
35:14é uma coisa
35:14da tiazinha
35:16na igreja,
35:17enfim,
35:18isso não é estimulado
35:20e o trabalho voluntário
35:22ele gera
35:22tanta empatia,
35:24ele expande
35:25tanto o nosso,
35:27mas eu acho
35:27que é mais do que isso,
35:28sabe,
35:29eu acho que é
35:31usar a comunicação
35:32mesmo,
35:33talvez você não precise
35:34fazer nada,
35:34entendeu,
35:35não precisa,
35:36não quer doar,
35:36não doa,
35:37não quer trabalhar,
35:38não trabalha,
35:38mas usa
35:38os vídeos,
35:40hoje é tão fácil
35:41você passar
35:41boas informações
35:43adiante,
35:44né,
35:44você vê a Anitta,
35:45a Anitta faz,
35:46ela tem um vídeo
35:48que é maravilhoso
35:48que ela fala assim,
35:49você tem que pegar o celular,
35:50aí tem que ser,
35:50bunda, bunda, bunda,
35:52bunda,
35:52e aí é uma coisa política,
35:54e aí eu dou um passo além
35:55que é a questão
35:57da publicidade mesmo,
35:59e é,
36:01poxa,
36:01vamos escolher melhor
36:03que a gente vai ajudar
36:05a vender,
36:06né,
36:08estudar um pouquinho,
36:09tem tanto greenwashing,
36:12tem tanta mentira
36:14nesse campo publicitário,
36:15não se coloca como um peão
36:18nessa máquina,
36:19sabe,
36:20e é interessante isso
36:21que você está trazendo agora,
36:23porque me faz pensar
36:24quão ruim é
36:26essa cultura do medo
36:28que a gente tem um pouco também,
36:29porque às vezes as pessoas
36:31têm até alguma conexão
36:33com algum tema,
36:33quer colocar,
36:35mas o campo do debate
36:36está tão impaciente,
36:38está tão violento,
36:40que eu particularmente
36:41conheço muitas pessoas
36:42que gostariam até
36:43de falar mais,
36:43mas que preferem
36:44não se envolver
36:45pelos riscos de represada,
36:46e até de marcas,
36:47você falou do greenwashing,
36:48agora a gente fala muito
36:49desse greenwashing,
36:50marcas que fazem um trabalho
36:51dentro do possível
36:52muito interessante,
36:53mas que não tem
36:54o mesmo espaço
36:54de comunicação
36:55que muitas vezes
36:56outras que estão
36:56indo por outro caminho,
36:58né.
36:58Quando eu comecei
36:59a fazer vídeo,
37:00eu comecei a entender
37:01um pouco como a coisa
37:02funcionava, né,
37:03então tinha muita marca
37:04me pedindo para fazer
37:05publicidade,
37:05então eu fui entendendo
37:06como é que as marcas
37:07se comunicavam,
37:08como as organizações
37:08se comunicavam,
37:10como outros ativistas
37:11se comunicavam,
37:12e aí em algum momento
37:13eu fundei uma agência
37:14de comunicação
37:16que tem diversas
37:18estratégias diferentes
37:19para botar clima
37:20nas mídias sociais,
37:21com vozes diferentes,
37:23né,
37:23usar o mercado de influência
37:24para isso.
37:25E aí eu esbarro
37:25em muita gente
37:26que fala exatamente
37:27o que você disse,
37:28assim,
37:28nossa,
37:29queria muito falar
37:30e não sabia como.
37:32E existem um monte
37:33de caminhos
37:34para a gente trazer
37:35a pauta socioambiental
37:36para as redes sociais
37:38que não vão entrar
37:39em conflito
37:40com ninguém.
37:41Então, se você é de esquerda
37:44ou de direita,
37:45se você é mais conservador
37:46ou menos conservador
37:47ou mais progressista,
37:48se você é religioso
37:50ou não,
37:52existem diversas narrativas,
37:54porque como o clima
37:55atravessa tudo,
37:56o clima é um problema
37:57de saúde pública,
37:58de segurança,
37:59de educação,
38:00é possível você abordar
38:02o clima por diversos
38:04viés e sem comprar
38:05briga.
38:06Talvez essa seja
38:06a grande questão,
38:09né,
38:09hoje,
38:09como fazer uma
38:10comunicação disso
38:11que seja um denominador
38:13comum,
38:14que não ocupe
38:15um lugar,
38:16uma ideologia,
38:17um ponto de vista,
38:17que seja
38:18para todo mundo.
38:20Todo mundo hoje
38:20tem que pensar nisso,
38:21sociedade civil,
38:22governo,
38:23empresas,
38:24marcas,
38:24como a gente fala
38:25unindo,
38:26voltando a unir as pessoas,
38:27a gente está precisando
38:28disso, né, Mariana?
38:29E esse é o meu sonho,
38:30porque eu acho
38:30que a pauta socioambiental,
38:32e aí vou botar
38:32só a pauta climática,
38:34então,
38:34tirar o sócio
38:34que fica mais descomplexo,
38:36ela é um ponto
38:38de interseção
38:38a todo mundo.
38:39Se você pensar
38:40que, inclusive,
38:40o agronegócio,
38:42que é tido como
38:44um vilão
38:44para a esquerda,
38:45para os ambientalistas
38:46e tal,
38:47está sendo
38:48extremamente impactado,
38:49as colheitas
38:50deles nesses últimos anos
38:51provam isso,
38:52assim.
38:53Então,
38:53meu sonho era esse,
38:54que a gente conseguisse,
38:55e a gente está trabalhando
38:55para isso,
38:56e a gente está conseguindo
38:57muito isso,
38:58que é dizer assim,
38:59gente,
38:59vamos lutar pelo planeta
39:00independente
39:01das nossas ideologias?
39:03Está rolando.
39:07Eu vou finalizar
39:09o nosso papo,
39:10Laila,
39:10com uma coisa
39:10que eu faço de praxe aqui,
39:12que é um pingue-pongue.
39:13Vou fazer algumas perguntinhas
39:14e essas são aquelas
39:15para você não pensar muito,
39:16com poucas palavras,
39:17o que vier na tua mente
39:18e no teu coração.
39:19Perigo.
39:20O que é vida para você?
39:21É amor e natureza.
39:22O que dá medo em você?
39:24Esse individualismo,
39:25esse sistema louco
39:26que a gente vive,
39:28que gera esses malucos
39:29que a gente está vendo
39:30por aí.
39:31Na outra via,
39:31o que dá esperança em você?
39:33Me dá esperança
39:34ver
39:35que
39:36a natureza
39:38é maior
39:38do que a gente
39:39e que a população,
39:42no fundo,
39:42é do bem.
39:43Quando a gente
39:44senta com todo mundo,
39:46mesmo quem pensa
39:46diferente da gente,
39:48todo mundo está aqui
39:49tentando ser feliz
39:50e fazer o seu melhor.
39:52Algum ato da humanidade
39:53de todos os tempos
39:55ou recente
39:55que te dá orgulho
39:57de fazer parte
39:58desse grupo
39:58de humanos?
39:59Ah, eu tenho muito orgulho
40:01de ser
40:01uma ativista
40:03só ambiental,
40:04assim.
40:05Não sei se foi
40:06essa a pergunta.
40:07Eu acho que você respondeu,
40:08mas assim,
40:09a possibilidade
40:10do ser ativista
40:11é uma virtude humana
40:14linda, né?
40:15Ah, eu acho
40:16que é você acreditar
40:18que dá para melhorar
40:19as coisas
40:20e se esforçar
40:21para isso.
40:22E aí você encontra
40:23um grupo todo
40:24que está fazendo isso
40:26há anos
40:27e você fala,
40:28ai meu Deus,
40:29não estou sozinha
40:30e isso me dá
40:32muita esperança.
40:32Quando eu estou
40:33com pessoas do meu campo,
40:35cientistas
40:35e ativistas,
40:37eu falo,
40:37meu Deus,
40:39estou muito bem cercada,
40:42a gente pode não ser
40:43igual a gente quer,
40:44né?
40:44E a gente prova
40:45a gente não vai.
40:47A gente já está aí
40:47a um grau e meio
40:48do aquecimento global
40:50que a gente não poderia estar.
40:53Mas a gente está tentando
40:54e cada décimo de grau
40:56aí conta,
40:57então eu me sinto
40:59do lado do bem,
41:01sabe?
41:01Eu estou no lado
41:02das pessoas que estão,
41:03que têm o privilégio
41:03de poder estar fazendo
41:05alguma coisa
41:05para melhorar as coisas.
41:07E de outro lado,
41:08tem algum ato
41:09da história da humanidade
41:10que te dá muita vergonha?
41:12Assim,
41:12como é que a gente
41:12foi capaz de fazer isso?
41:15Eu acho que a gente
41:15está vivendo momentos
41:16de muitas vergonhas.
41:18assim,
41:19eu tenho sentido
41:19muitas vergonhas
41:20da humanidade,
41:23de alguns grupos,
41:25assim,
41:25quando eu vejo
41:26algumas,
41:28né,
41:28assim,
41:28a gente,
41:29a soltura do campeonato,
41:30guerras acontecendo,
41:33genocídios acontecendo,
41:36pessoas passando fome,
41:38enquanto a gente tem
41:39uma ostentação
41:40da riqueza
41:42nas mídias sociais,
41:43isso me envergonha
41:45como ser humano.
41:46mas aí é isso,
41:47aí a gente tem que pensar
41:47no micro, né,
41:48não dá para pensar
41:49no macro.
41:50E a última pergunta
41:51é se hoje
41:53você pudesse escolher
41:54uma pessoa só
41:56viva
41:57ou que já tenha partido,
41:58você tem direito
41:59de escolher qualquer pessoa
42:00para jantar,
42:02quem seria?
42:03Tem uma pessoa
42:03que eu gostaria
42:05de sentar e conversar
42:06e que morreu
42:06há muito pouco tempo,
42:08que é a Jane Goddall
42:09e ela me vem à cabeça,
42:11mas Chico Mendes
42:12me vem à cabeça também.
42:16Nossa,
42:17me vieram esses dois agora.
42:20Queria agradecer
42:21esse tempo contigo.
42:23Aqui nesse podcast,
42:25o que a gente está
42:25se propondo a fazer
42:26humildemente
42:27é ter essas boas conversas,
42:28porque a gente acredita
42:29que diálogo
42:29transforma,
42:32diálogo entre seres humanos
42:33transforma.
42:34e muito especial
42:36e bonito
42:37poder hoje
42:38dialogar com você
42:39que está
42:39da mesma forma
42:40acreditando
42:41nesse poder
42:42de que a gente
42:43pode inspirar as pessoas,
42:44a gente pode ensinar
42:45as pessoas
42:45e a gente pode
42:46fazer elas irem
42:47e se preocuparem
42:48com as coisas
42:49e que é só colocando
42:50sentimento em movimento
42:51que a gente vai sair
42:52de um lugar para o outro.
42:54Então,
42:55obrigado pela tua vibe,
42:56pela leveza,
42:57pelo teu conhecimento
42:58em compartilhar isso com a gente.
43:01Muito obrigada
43:02pelo convite, gente.
43:03Você pode esquecer
43:04que só vem
43:04esse maravilhoso.
43:06Eu fiquei super feliz
43:06de estar aqui.
43:07Muito obrigada, gente.
43:08Mais uma hoje.
43:09Obrigado, Laila.
43:10Beijo.
43:11Obrigado, João.
43:12Beijo.
43:12Tchau, tchau.
43:17A primatologista britânica
43:19Jane Goodall,
43:20que nos deixou recentemente,
43:21foi pioneira
43:22no estudo
43:23do comportamento
43:24dos chimpanzés
43:24em seu habitat natural.
43:26Com seu trabalho
43:27revolucionário,
43:28ela desafiou
43:29as ideias científicas
43:30da época,
43:31nos anos 60,
43:32ao demonstrar
43:33que os chimpanzés
43:34utilizam ferramentas,
43:35têm emoções complexas
43:36e estruturas sociais
43:37sofisticadas.
43:39Ela inspirou
43:40na prática
43:40gerações
43:41a cuidarem do planeta
43:43com mais empatia,
43:44respeito
43:45e responsabilidade.
43:47Deixo aqui
43:47uma fala dela.
43:48Só quando entendemos,
43:50nos importamos.
43:51Só quando nos importamos,
43:53ajudamos.
43:54E só quando ajudamos,
43:56todos são salvos.
43:57O caminho
43:58para um futuro vivo
43:59precisa do coletivo,
44:00mas começa
44:00no indivíduo.
44:02São muitas
44:02as portas de entrada
44:03para uma pessoa
44:04se engajar.
44:04Pode ser conhecimento,
44:06consciência,
44:07indignação,
44:08emoção.
44:09E todas essas portas
44:10podem se abrir
44:11mais facilmente
44:12com a chave
44:13de uma comunicação
44:13inteligente,
44:15divertida
44:15e informativa.
44:17A gente se encontra
44:18no próximo episódio
44:19do podcast
44:19Futuro Vivo.
44:21Até!
44:21Podcast Futuro Vivo
44:24Conversa sobre o presente
44:26que temos
44:27e o futuro
44:28que queremos.
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